História Universidade Fairy Tail - Natsu

Natsu

Sai do quarto, me segurando para não agarra-la, ela é tão perfeita, quem casaria com um amigo só por que esse precisa? Ela é o anjo que Deus colocou em minha vida!
Sorri indo em direção ao quarto da Flare que tinha me mandado uma mensagem deveras interessante, eu não era de repetir a garota mas ela era bonita e sabia o que fazia, sorri malicioso ao pensar no que aconteceria.
Bati na porta e mesma me atendeu com um sorriso, retribui o sorriso e ela me puxou pela jaqueta, ela grudou seus lábios nos meus em um beijo faminto, mas ao contrário do que eu esperava, não me animei com aquilo, eu não queria os beijos dela, em minha cabeça só vinha um par de olhos chocolates, percebi seus lábios quentes grudados nos meus e me afastei dela delicadamente.
-Você tá quente!- Eu disse me soltando do seu abraço.
-Obrigada!- Ela respondeu voltando a me beijar.
- Não! Você tá estupidamente quente, não dá pra encostar em você!- Disse entre o beijo me afastando dela ofegante.
-Como assim? Você tá me negando?- ela perguntou irritada.
-Isso aí, não tô afim de derreter então tchau!- respondi e me virei saindo porta a fora.
-Podemos nos ver outro dia?- ele perguntou ainda irritada.
-Claro, manda mensagem!- disse saindo e indo para o meu quarto dormir, mas me lembrei que a Levy estava lá então mudei meu caminho e fui dormir no quarto dela.
Bati na porta mas não ouvi respostas, abri a mesma devagar e entrei no cômodo observei a cama da Lucy e ela estava com uma quantidade exorbitante de cobertores sobre o corpo mas mesmo assim era possível vê-la tremer, eu queria poder ajudar mas não podia fazer nada, peguei outro cobertor na cama da Levy e coloquei sobre ela, seu rosto estava escondido sob as cobertas, resisti a tentação de olhar e me joguei na cama da Levy adormecendo logo em seguida.
Quando acordei cedo e me surpreendi ao notar que, estava sozinho no quarto, me levantei e fui em direção ao meu dormitório, ela provavelmente não queria que eu visse seu rosto e por essa razão saiu mais cedo, cheguei no meu dormitório fiz minha higiene matinal e sai rumo ao prédio da faculdade, não demorou para que eu avistei um pequeno grupo de pessoas analisei melhor e reconheci três delas, meu irmão sentado junto a namorada e a minha pessoa preferida que também é a colega de quarto da mesma, me aproximei deles em passos calmos.
-Como vai conseguir isso?- Lucy perguntou curiosa.
- Bom espero poder contar com você!- Levy disse olhando nos olhos dela com uma cara pidona.
-Tem certeza?- Gajeel perguntou olhando para a namorada.
-Sim!- ela disse determinada.
-Espero que seu plano não envolva nada meu, eu não vou te dar nada!- Lucy disse enquanto ria da cara de determinação da amiga.
-E me dar um pedaço desse bolo você vai?- perguntei me referindo ao bolo de morango com chocolate que vi em sua frente.
-Esquece já pedimos e recebemos um belo não!- Disseram Levy e Gajeel juntos.
-Vocês têm que parar com isso de pedir minha comida sabem que não divido chocolate!- ela disse olhando para os dois e com a voz entediada.
-Nem comigo?- perguntei fazendo bico vi ela me olhar e suspirar me empurrando o prato.
-Só porque é seu aniversário e você tem que parar com essa mania de pegar minha comida, uma hora vou ficar brava.- ela respondeu derrotada.
Sorri e puxei o capuz da sua capa para o lado depositando um beijo em sua bochecha visualmente cadavérica.
-Voce deve ficar muito fofa brava e obrigado anjo!- Disse sorrindo enquanto comia uma garfada do bolo.
-Mas… o …que?- Levy murmurava sem entender o porquê dela ter me dado seu bolo.
Comi sorridente e o dia não demorou a passar, mais a noite meu celular tocou atendi vendo o rosto da minha mãe me encarar sorridente na tela.
-Oi filho! Parabéns, e todo o blábláblá de todos os aniversários!- ela disse encerrando a frase com risadinhas.
Minha mãe era carinhosa mas também rígida e tinha uns ideais meios loucos, mas ao todo, ela era uma boa mãe tirando o fato de que queria arranjar casamento para todos os filhos, mas eu acho que era por que meu pai tinha feito a cabeça dela e a tornado assim, agora o que ela tinha de gentil como mãe tinha de cruel como sogra, a Levy mesmo ainda não tinha tido coragem de conhece-la.
-Obrigado mãe!- respondi retribuindo o sorriso dela.
- Como anda tudo por aí?- perguntou.
-Bem, eu e o metaleiro estamos bem.- respondi rapidamente.
-O que bom, seu irmão comentou conosco da namorada nova o que fez eu e o seu pai decidirmos encontrar sua noiva!- ela retrucou com um enorme sorriso.
-NÃO!- gritei sem pensar e esquecendo brevemente do presente de aniversário que havia ganho da Lucy.
- Como não Natsu? Temos um trato, a não ser que você se case em um mês, vai se casar com quem nós escolhermos!- ela disse séria e continuou sem me dar chance de falar.
-Eu e seu pai tentamos a filha do sócio dele, sabe a garota que estava jogando xadrez com seu avô e que você gostou, mas o homem não gostou muito da ideia e disse que se persistissemos com isso ele desfazia o negócio com o seu pai então mudamos de ideia!- ela disse sorrindo pacífica, e continuou.
- temos três garotas para te apresentar e você pode escolher entre elas, estamos pensando em nós encontrarmos com elas no fim do ano o que acha?- perguntou finalmente me deixando falar.
-Acho que eu não quero uma noiva mãe!- respondi irritado.
Pensando em como seria bom se eu conseguisse conquistar a Lucy a ponto dela namorar comigo eu com toda certeza a levaria para esse encontro e diria aos meus pais que eu ficaria com a Lucy é deixaria eles enlouquecerem para só então dizer que já sou casado com ela, um sorriso surgiu em meu rosto quando pensei no fato de ser casado com ela.
-Viu já está até sorrindo!- Disse minha mãe me observando.
-Não sorri por isso, só me lembrei da Luce!- retruquei vendo ela fechar a cara.
-Olha eu não conheço essa garota mas acho que uma pessoa que não diz o próprio nome, não presta,  quem diabos chama Luce.- ela disse irritada, eu nunca contei para que a Lucy fazia parte dos seifdores e ela já a odiava, imagina quando souber desse pequeno grande detalhe.
-É Lucy com Y mãe!- corrigi  a mesma qu m olhou irritada.
-Tanto faz, não gosto dela.- respondeu decidida.
Não demorei muito conversando com minha mãe e desliguei indo me organizar para dormir.
Os dias foram passando e eu mudando, certo dia eu estava na última aula quando fui abordado por uma aluna de outro curso.
-Eros! É eu… queria saber se... Você não gostaria de sair comigo hoje?- Ela perguntou provocativa, olhei para ela de cima a baixo e sorri com minha visão, ela tinha cabelos castanhos e um corpo bonito além de medir provavelmente mais de um e setenta,  era bonita mas eu prefiro loiras, antes que eu pudesse responde-la recebi uma mensagem no meu comunicador, ergui um dedo para silencia-la e olhei para a tela vendo o nome de quem havia enviado a mensagem piscando, sorri ainda mais abrindo a mensagem e lendo seu conteúdo.
'' De: Anjo
Me encontra na biblioteca hoje?
Preciso terminar um trabalho e gostaria de companhia!''
Sorri e respondi sua mensagem confirmando que a encontraria na biblioteca em trinta minutos, só então me lembrei da outra garota.
-Me desculpa mas eu não vou poder sair com você, tenho outro compromisso urgente, fica pra próxima e me liga!- disse saindo da sala.
Eu até poderia ter dito não para a Luce  mas alguma coisa nela me atraia, eu almejava ouvir sua voz e conversar com ela sobre a vida e seus mistérios era uma das minhas atividades favoritas, e a Luce me entendia como ninguém nunca entendeu, conversávamos por horas a fio sem nunca nós cansarmos e ainda tinha o fato do quanto a voz dela, sempre baixa e doce me deixava ainda mais encantado por ela.
O tempo continuou a passar e quando percebi eu estava perdidamente apaixonado por ela, sua risada, seu cheiro, o modo como eu via suas orbes castanhas rolarem toda vez que faziam algo que a desagradava, ou como ela sempre sorria para mim, independente do quão triste estava e principalmente o modo como ela me entendia, eu poderia viver a vida toda ao lado dela sem nunca ver seu rosto que continuaria a amando da mesma maneira.
-Cara eu tô apaixonado, como eu queria poder simplesmente  beijar ela!- disse me jogando na minha cama e pensando em como seria o beijo dela, com toda certeza tinha gosto de chocolate, ela comia chocolate como quem bebe água.
-Por quem?- meu melhor amigo o Gray perguntou me olhando do sofá a onde ele jogava vídeo game com meu irmão.
-Oras por quem...- fui interrompido pelo Gajeel que respondeu a ele.
-Pela Lucy é claro, até mesmo pegou a mania dela de dizer oras o tempo todo.- o meu irmãozinho disse rindo de mim no sofá.
-E o que vai fazer quanto a isso?- Gray perguntou tirando os olhos da tela e me encarando.
-Estou pensando em convida-la para o baile de Halloween!- respondi olhando para teto, eu poderia dizer que é somente como amigos ou qualquer outra coisa para convence-la.
-E se ela for feia?-Gray perguntou ainda me encarando.
- Eu não me importo com a aparência dela, eu gosto dela mesmo se tiver três olhos!- respondi decidido.
Os dias continuaram a correr e eu decidi que iria convida-la para o baile, sai a sua procura pelo campus e a encontrei ao lado de uma garota de cabelos loiros e longos que olhava atentamente para a cerejeira, como se dejasse seus frutos o que é impossível já que todas ainda estavam verdes.
- Sua amiga?- perguntei me sentando ao seu lado.
- Não, ela tá aqui desde que eu cheguei, não conversou comigo só fica aí parada olhando a árvore.- ela disse como quem não quer nada.
-Entendi… então tenho uma proposta!- Disse olhando em seus olhos, depois de muito tempo eu me acostumei com ver uma caveira sempre que olho para ela.
-O que precisa Natsu?- ela perguntou segurando o copo de chocolate com as duas mãos.
-Queria te convidar pra ir ao baile de Halloween e aí topa?- perguntei olhando para ela.
-Claro, eu adoraria….- ela disse animada mas deixou a voz morrer no final.
Ela deve estar pensando que eu estou afim dela e em como eu sou fraco e idiota por me apaixonar,pensei olhando para ela, mas eh não posso deixar ela pensar que sou idiota apaixonado e então sem ter a intenção mostrei a ela que sou só um idiota mesmo.
-Espero que entenda que é somente como amiga, não é como se eu gostasse de você nem nada!- disse me justificando, vi as mãos dela se soltarem do copo e no segundo seguinte o agarrarem outra vez.
-Claro que eu entendo, quem poderia gostar de mim não é?- ela disse irônica mas eu não notei a ironia em sua voz e pensei ser uma brincadeira.
-Né! Por isso estou te chamando, acho que mais ninguém irá te convidar!- eu disse brincando e olhando para ela,  vi que ela, assim como eu não notei a ironia, ela não percebeu o tom de brincadeira que usei e então se virou para mim segurando o copo com força.
-Ta me convidando por pena?- perguntou já de pé me olhando.
-Não é bem por pena é mais por que ninguém vai te convidar mesmo e eu não tô afim de ir comprometido para lá, quero pegar todas!- disse vendo a mão dela tremer levemente.
- Eu não preciso da sua piedade!  Você é um idiota Natsu!- ela disse jogando todo o chocolate em mim e saiu pisando duro para dentro do prédio principal.
Suspirei olhando para ela, o que fiz? Me perguntei me erguendo e apoiando um dos meus braços em um galho baixo da arvore para então me assustar ao ouvir uma voz fina e melodiosa próxima ao meu ouvido.
- Ela tem razão!- olhei para o lado e vi a garota com as mãos cheias de cerejas maduras sentada no galho em que eu apoiava meu braço.
-E quem é você?- perguntei reparando melhor na fisionomia dela, era bonita com os cabelos loiros e longos e olhos verdes, ela tinha uma expressão seria e os braços, assim como as pernas, cobertos por ataduras, como se ela acabasse de sair de um hospital.
-Sou a Mavis, prazer!- ela disse me oferecendo uma cereja, segurando a mesma pelo cabo, a olhei estranho e ela sorriu respondendo.
- Não gosto que me encostem!- disse dando de ombros, fiz o mesmo pegando a fruta sem encostar nela, coloquei a cereja na boca me surpreendendo com seu gosto doce, era simplesmente a melhor cereja que eu já havia comido em toda a minha vida.
-Uau!- disse surpreso pelo sabor.
-Estão ótimas não?- perguntou sorrindo. Concordei com a cabeça voltando ao assunto anterior.
- Por que acha que eu sou um idiota?- perguntei a olhando.
-Ela gosta de você!- ela disse ignorando minha pergunta e sendo direta.
- Ela não gosta de mim!- respondi triste.
-Olha moço eu não gosto de repetir e também não sou gentil e agradável, só estou fazendo um favor para uma vida importante!- ela disse olhando para a árvore e sorrindo ao encontrar outra cereja madura.
-Qual vida?- perguntei sem entender a garota estranha próxima a mim.
-Isso  não te interessa, o que realmente é importante é quanto tempo você ainda vai ficar aqui falando com uma estranha ao invés de correr atrás da garota que você ama e que te ama! - Ela disse olhando para os pés que balançavam sem parar.
-E se ela não me amar? Tipo, se ela gostar de mim só como amigo?- perguntei olhando para garota.
-Se ela gostasse de você só como amigo teria dado risada do seu comentário e você não estaria sujo de chocolate…- ela terminou a frase olhou fixamente para frente com os olhos brilhando, segui seu olhar e notei um  garoto de cabelos negros, ele deveria ter uns no maximo 20 anos e assim como ela tinha os braços cobertos por ataduras, ele a olhou dizendo.
- Vamos Mavis?- ele perguntou abrindo os braços para ela que pulou do galho e correu na direção dele  se jogando no rapaz que riu brevemente circulando seus braços em volta dela.
-Vamos Zeref! E moço, eu não te conheço, não tem motivo para que eu queira destruir sua vida, vá atrás dela, não perca seu amor por medo de saber a verdade.- ela disse acenando para mim enquanto o rapaz passava o braço pela cintura dela e a rebocava para algum lugar, acenei de volta, distraído com o que ela me disse.
A Luce realmente me amava? Tipo ela gosta mesmo de mim como eu dela? Mas e se não gostar? E se gostar? Será que devo ir até ela? Olhei para A cerejeira fazendo uma brincadeira comigo mesmo percebi que todos os seus frutos estavam verdes e então pensei em voz alta em uma disputa entre eu e o destino.
-Se eu encontrar cerejas maduras, eu vou até ela e irei me declarar.- disse olhando para a árvore que como mágica me revelou diversas cerejas maduras.
Sorri me esticando a panhando as mesmas, a Luce amava cerejas, era sua fruta preferida e provavelmente ela gostaria de algumas estando assim tão doces,  e quem sabe talvez assim ela não me odiasse, sorri com o pensamento fui até meu dormitório para tirar o chocolate do meu corpo e logo depois andei em direção ao prédio principal.
Procurei por ela para encontra-lá na biblioteca em frente a uma prateleira ao fundo com diversos livros, me aproximei dela lentamente e a ouvi fungar.
- Não chore por ele Lucy…., o Natsu não te merece, como eu sou idiota, eu não deveria amar alguém que não me enxerga.- ela resmungou provavelmente secando as lágrimas com as mãos.
Senti meu coração saltar e minha respiração falhar, ela disse que me amava? Mas e se não fosse verdade?
Como não seria, ela nem sabe que eu estou aqui, uma voz em minha cabeça gritou.
Eu nunca pensei que sentiria isso, mas ao perceber que existia sim a mais remota chance de que ela me amasse, senti como se não fosse real, como se eu estivesse sonhando com algo que eu ficaria feliz se ocorresse e ainda com essa sensação me fiz presente.
-Fica difícil enxergar você se está sempre com essa capa!- disse atrás dela, fazendo a mesma congelar.
-O que disse é verdade?- perguntei me aproximando dela.
-E se for Natsu ? Vai jogar na minha cara o quanto eu sou idiota por estar apaixonada pelo grande Natsu ?- ela perguntou irritada se virando para mim.
-Não, eu…-tentei falar mas fui interrompido por ela que estava a minha frente.
-Ja sei você vai me recusar gentilmente alegando que somos amigos…- ela disse irritada.
-Não eu vou dizer….- Comecei outra vez irritado por ela ter me interrompido e sendo calado por ela outra vez.
-Dizer que gosta de mim só como amiga?- ela perguntou  nervosa.
-Não, me deixa falar, eu…- disse já completamente irritado pelas interrupções e sendo outra vez interrompido por ela.
-Te deixar falar pra que, pra quebrar completamente meu coração?- ela disse irritada.
-Que inferno Luce, já chega!- Disse explodindo com ela e pegando em seus braços firmemente.
A puxei para perto de mim e colei seus lábios nos meus, senti as mãos dela no meu peito enquanto eu deixava uma das minhas mãos ir para a sua cintura e a outra para os seus cabelos.
Infiltrei minhas mãos em seu cabelo sorrindo ao perceber que o mesmo era liso, puxei mais seu corpo o colando no meu e pedi passagem por seus lábios com a língua, ela me concedeu rapidamente, levando os braços para o meu pescoço colocando os dedos nos cabelos da minha nuca.
Sorri com seu ato aprofundando mais o beijo e sentindo o gosto de chocolate em sua boca, terminei o beijo quando o ar nos faltou e uni nossas testas, olhei para ela que pelo som respirava ofegante.
- Vou dizer que… Eu te amo Luce !- disse olhando em seus olhos chocolate , a única parte dela que eu poderia ver já que todo o resto do rosto dela era um esqueleto, mas mesmo eu vendo o esqueleto eu podia sentir a pele suave e fria dela sob minhas mãos.
-Me ama?- ela perguntou me olhando com as pupilas dilatadas.
-Amo Luce, eu amo sua risada, o modo como conversa, o fato de sempre estar disposta a ajudar os outros, amo você toda e não me importa qual sua aparência por que eu amo você Luce só você e nunca vou amar outra pessoa como eu te amo.- respondi a sua pergunta encarando seus olhos e entrelaçando suas mãos nas minhas.
-Mas se me ama sem nunca ter visto meu rosto, e se quando o ver não gostar de como eu sou?- ela perguntou com a voz suave e abaixando a cabeça.
-Não me importa como você é, só se é você, eu não vejo problema se você tem olhos castanho e cabelos lisos ou se…- Parei de falar e levei minha mão até o primeiro botão da sua capa.
Se ela realmente me amasse e se fossemos um para outro eu conseguiria desabotuar a capa, agora, se eu estivesse equivocado o que eu tenho certeza de que não estava, assim que desabotua-se o botão não  teria seu rosto revelado a mim.
Terminei de desabotuar o segundo botão  da capa e vi a mesma desaparecer revelando-a para mim.
-Ou se você é a garota bonita que vi uma vez jogando xadrez com meu avô!- terminei sorrindo e olhando para ela, olhei seus cabelos dourados, presos em um rabo lateral, os lábios bem desenhados e vermelhos e o rosto fino e delicado, desci os olhos pelo seu corpo muito bem distribuído e sorri com esse pensamento mas logo fui retirado dos meus devaneios impuros pela sua voz.
-Se lembra de mim?- perguntou segurando minha mão e brincando com meus dedos.
Ergui seu queixo ao responder.
-Seria impossível esquecer você, fico admirado que tenha se lembrado de mim na verdade.- disse ainda a olhando.
- Como poderia me esquecer se no exato momento em que eu te vi, meu coração fora entregue a você? Te amei assim que meus olhos se encontraram com os seus e vou te amar até eles se fechem!- ela disse olhando nos meus olhos.
Senti meu coração se aquecer e puxei o corpo dela para perto do meu erguendo seu queixo e me curvando em sua direção selando nossos lábios, diferente do primeiro beijo nesse estávamos mais confiantes tanto de nossos sentimentos quanto dos sentimentos do outro.
Ela passou os braços pelo meu pescoço e eu coloquei as mãos na sua cintura e escorei meu corpo em uma das estantes ficando um pouco mais baixo a deixando entre minhas pernas a aproximei mais de mim colando o corpo dela no meu, aprofundei o beijo sentindo ela puxar mais meus cabelos.
Nos separamos ofegante e eu afundei meu rosto em seu pescoço sentindo o seu cheiro floral, como se eu estivesse em um campo cheio das mais diversas flores.
-Como vamos ficar agora?- ela me perguntou acariciando meus cabelos, fechei meus olhos aproveitando o carinho e respondi a ela com a voz baixa.
-Acho que juntos, até nosso último dia!- respondi com os lábios em seu pescoço.
-Sério?- ela perguntou nos afastando e olhando nos meus olhos com um sorriso.
-Sim, a partir de hoje e enquanto vida eu tiver!- respondi olhando em seus olhos vendo seu sorriso alargar.
- Adorei essa idéia, você e eu, juntos por toda a nossa vida, parece perfeito!- ela disse em voz baixa.
-Uma vida com você é perfeita!- respondi abraçando ela juntando nossos lábios em outro beijo que demonstrasse todo meu amor por ela.
-Acho que está na próxima prateleira!- ouvimos uma voz falar enquanto passos se aproximavam.
Olhei para ela que sorriu precionando o berloques da capa com os dedos e voltando a usar aquela capa, sorri ao perceber agora mesmo com a capa eu conseguia ver o rosto dela perguntando a ela.
-Tem algum livro para pegar aqui?- perguntei fixando meus olhos nela.
- Não.- ela respondeu com uma cara inocente.
Olhei para ela rindo.
-O que foi?- ela perguntou me encarando com as bochechas vermelhas.
-Já percebeu que cada passo importante que demos no nosso relacionamento foi nessa biblioteca?- perguntei enquanto me sentava no chão com as costas escoradas na estante repleta de livros.
Estiquei minha mão pegando a dela e puxando suavemente para que a mesma também se sentasse no chão ao meu lado, ela o fez se sentando e colocando as mãos sobre o colo, sorri e passei meu braço por detrás do seu corpo e a puxando para perto de mim deixando minha mão em sua cintura.
-Mas o seu presente de aniversário eu entreguei no meu dormitório, esqueceu?!- ela disse inocente me fazendo sorrir ao lembrar que aquela era minha esposa.
-Jamais me esqueceria disso, até por que tenho a esposa mais bela de todas!- respondi olhando para ela vi ela arregalar os olhos e me encarar com um sorriso enquanto ia bochechas ruborizavam.
-Acha mesmo isso?- ela perguntou sorrindo e me olhando incrédula.
Sorri concordando e passando meu polegar em sua bochecha, ela colocou a mão sobre a minha e olhou nos meus olhos.
- Você é perfeita Luce em todos os sentidos, nem parece uma senhora casada mas o melhor é que, isso você é, e comigo!- disse a olhando vendo ela sorrir é fixar ainda mais vermelha
O celular dela tocou e ela pegou o mesmo dispensando a ligação e então revelando a foto que ela usava como protetor de tela.
-Quem é?- perguntei observando a ruiva de olhos castanhos sorridente com a Luce nas costas, as duas com uniformes de líderes de torcida, eu já havia visto essa foto outras vezes mas nunca tinha tido coragem de perguntar quem era.
Agora era diferente eu queria saber cada segundo da vida dela e não me reprimiria em perguntar cada detalhe.