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História UnKiss Me - Suga BTS - Eu disse Sim


Escrita por: Kesey_ecc

Notas do Autor


Um... dois... três... testando.

É só um teste mesmo por enquanto. Eu não resisti e quis postar esse primeiro cap pra ver se a história valia a pena.

Capítulo 1 - Eu disse Sim


Fanfic / Fanfiction UnKiss Me - Suga BTS - Eu disse Sim

A cada 2 minutos eu limpava as gotas de suor que teimavam em escorrer entre os fios de cabelo da minha testa. Eu olhava pra um ponto fixo enquanto me mantinha imóvel e perdido nas palavras que aquele cara estava dizendo.

- Já que vocês se comprometeram com a felicidade um do outro, o desejo estará criando novas e profundas raízes...

Meu estômago continuava revirando e o gosto amargo que subia pela minha garganta denunciava que eu estava prestes a vomitar de novo a qualquer momento. Aquele cara não ia parar de falar nunca?

- Muitas pessoas passam pela vida e não encontram seu grande amor. Aqui perante a mim, no entanto, tenho a plena certeza de estar dando a benção a duas pessoas que foram feitas uma para a outra...

Plena certeza? Sério?

- Hoje é um dia agraciado e cheio de bênçãos...

Enfio dois dedos na gola da minha camisa social e tento afrouxar aquela gravata que estava me sufocando. Faço uma careta sem graça e impaciente. Não poderia existir outra forma de tortura pior do que aquela. Engomado, de pé a mais ou menos meia hora, com uns 300 par de olhos concentrados nas minhas costas. A corda estava formando um laço no meu pescoço a cada palavra dita, até que...

- Tigrão? Responde... é a sua vez – a garota me encarava com olhos cheios de expectativa, se balançando nos pés sem parar.

- Minha vez? – franzo o cenho e engulo em seco.

- Sua vez – ergue as sobrancelhas, fazendo um gesto com a cabeça e indicando o cara a minha frente.

Então ele repete a pergunta:

- Você aceita Julia como sua legítima esposa?

Puta que pariu! Era a hora.

- Ééé... – começo, tentando pensar em alguma coisa, qualquer coisa que pudesse me tirar dessa. Mas era tarde demais – Tá legal... beleza... sim... aceito. 

Falo sem jeito, balançando a cabeça positivamente e a pendendo pro lado logo em seguida. Passo a mão pela minha testa molhada, sem me importar se ia bagunçar o cabelo ou não. Ao meu lado Julia dava leves pulinhos discretos e balançava o buque entre as mãos. Agora parecia eufórica.

- Eu vos declaro Marido e Mulher.

Mal terminou a frase e eu sinto bracinhos jogados sobre meu ombro e o choque de seus lábios quentes contra os meus gelados. O impacto me pega de surpresa e me faz inclinar pra trás, fugindo não tão discretamente assim daquele contato. Não foi nada mais que um selinho demorado, mas ainda assim era muito pra mim.

Rapidamente Julia entrelaça o braço no meu e juntos desfilamos entre as fileiras de convidados, enquanto ela acenava para todo mundo.

Eu não tinha ideia de quem era metade daquelas pessoas, na verdade não tinha nenhum interesse em saber também. O único pensamento ecoando na minha mente confusa era: como é que eu vim parar aqui?

(...)

Agora eu estava largado na minha cadeira da mesa principal. Gravata desfeita, botões da camisa social branca abertos até o peito, mangas dobradas até os cotovelos. Eu tinha certeza que estava mais pálido do que eu já era, o que significa que eu estava praticamente invisível. O vomito ainda insistindo em coçar minha garganta vez ou outra enquanto eu olhava pra porta do salão involuntariamente. É óbvio que eles não iriam dar as caras. Meus pais não se importavam nem em prestigiar os amigos de longa data só pra não ter que olhar na cara do filho. Como se eu já não soubesse de toda a desaprovação da parte de ambos. Estico minhas pernas por baixo da mesa e coloco as mãos nos bolsos da calça preta de linho, eu não fazia questão nem de sorrir pra quem se aproximava e insistia em parabenizar o noivo. Meu único gesto era balançar a cabeça enquanto pensava “ta, ta... agora, tchau”.

No meio das pessoas animadas dançando, uma com certeza se destacava. Julia balançava as camadas do vestido de noiva animadamente, ao som de uma música agitada. As luzes da festa faziam o branco do vestido se destacar, era possível vê-la fora de órbita, competindo com a muralha da china. O sorriso só saia de seu rosto quando alguém insistia em abordá-la pra perguntar alguma coisa, ela ficava esquentadinha rapidinho, mas logo em seguida já voltava a dançar assim que colocava a pessoa pra correr.

Ela era irritadiça com todo mundo, menos comigo desde quando nos conhecemos. Julia tinha 10 anos e eu 16. Nada havia mudado agora com 18 e 23 respectivamente, a não ser a aliança dourada no meu dedo da mão esquerda.

- Min Yoongi... 

Uma voz grave me chama e eu ergo o rosto vendo uma mão estendida em minha direção.

- Meus parabéns – meu sogro congratula com o semblante sério – Não vai dançar com a noiva?

- Eu não sei dançar – aperto sua mão, sustentando seu olhar frio.

Aquilo era um erro, eu deveria estar sendo grato e não idiota.

- É bom que aprenda para o seu próprio bem. E não se esqueça do por que veio parar aqui - Lee Byung-hun, um dos empresários mais importantes de Seoul e pai de Julia, me ameaça educadamente - Sua divida agora é comigo e essa é minha condição.

- E eu pretendo cumpri-la senhor – respondo com firmeza.

Para o meu total e completo desagrado eu tenho que cumprir a divida, ou vou direto para a penitenciaria já que não tinha o dinheiro da fiança.

Encurtando a história:

Garoto problemático destrói patrimônio privado... preso em flagrante após denuncia anônima... o juiz estipula uma fiança exorbitante e serviços comunitários... eu não tenho onde cair morto... Lee Byung-hun assume a fiança após grande insistência da filha única apaixonada pelo bad boy sem rumo... a única condição: case-se com a minha filha por que ela merece ter tudo o que quer.

Bom, tudo que a garota queria e não tinha infelizmente era eu.

Meu agora sogro me lança um olhar de “estarei sempre a espreita” antes de soltar minha mão e se afastar. Eu não fico nem meio minuto sozinho novamente antes de ouvir a sua voz:

- Tigrão, vem dançar comigo. Eu sei que você gosta dessa música, pedi pra colocar especialmente pra você – exibe um sorriso largo e me chama alegremente.

Pra ser bem sincero eu não tava nem ai pra música, pra casamento, pra ela. Nem era culpa da Julia, mas por alguma razão sua devoção toda por mim me causava aversão e só me fazia querer afastá-la de mim o quanto antes. Aquilo não era normal. Aquele amor todo não era normal.

- Eu nem conheço essa música – faço uma careta.

- Claro que conhece, eu já vi você cantando – da alguns pulinhos animada – Ah vem tigrão! Vai ser legal.

Tigrão... mas que saco, era aquilo de 5 em 5 minutos.

- Eu não quero...

- Poxa, desfaz essa carinha – faz um bico quase infantil.

- Julia, você escolheu isso sabendo as conseqüências. Me conhece e sabe que eu não queria estar aqui, então para com isso de uma vez – bufo irritado – Vai aproveitar sua festa.

Por um segundo sua expressão murcha e seus olhos me encaram com um misto de tristeza e raiva, mas como sempre, comigo ela se contém. Antes de me dar as costas vejo-a abrindo um sorriso para os convidados e voltando para sua rodinha de amigos, fingindo estar tudo bem.

(...)

Depois de horas aguentando aquilo calado, finalmente pudemos vir embora. Era minha casa nova. Na verdade tudo ali era novo, presente da minha sogra e do meu sogro. Tudo novo do teto ao chão e suas mobílias, eu não tinha que escolher nada, dar palpite em nada, querer nada, só aceitar.

A casa não era pequena e nem grande. Era o espaço ideal pra um casal recém casado começar. Sala, cozinha, sala de jantar, banheiro no andar de baixo. Três quartos, banheiro, escritório no andar de cima. Não era exatamente do meu feitio me sentir a vontade em qualquer lugar pela primeira vez, aquele lugar não parecia meu lar. 

- Não vai me carregar até o quarto tigrão? – me arranca dos meus devaneios. Estava segurando a calda do vestido junto com o véu.

- Julia... pare com isso – respondo entediado.

- Vem conhecer nosso quarto – ela me ignora. Pega minha mão ainda animada e começa a me puxar escada acima.

Me guia até a segunda porta da direita e quando escancara faz um: TCHANAM mudo. Cama enorme de casal. Guarda roupa embutido. Janela balcão. Televisão enorme de plasma. Era uma suíte. Tudo em branco, preto e azul marinho. A única coisa bem feminina ali era um ursinho gigante de pelúcia ao lado da cama. 

- Legal seu quarto – dou de ombros.

- Como assim?

- Já era de se esperar que eu não fosse dormir no mesmo quarto que você. Não somos casados de verdade.

- Claro que somos tigrão – me mostra o anel dourado – foi tudo de verdade.

- Dá pra parar com esse negócio de tigrão? Me sinto um idiota retardado toda vez que me chama assim.

Ela fica em silêncio por quase um minuto inteiro. Quase. Quando me movo pra sair do quarto, volta a me chamar:

- Não vai me ajudar a tirar o vestido? 

Provocante e sutil, mas não sutil o bastante.

- Não! – dou as costas pra ela.

- Mas é a nossa noite de núpcias tigrão – sua voz murcha pela primeira vez naquela noite, denunciando que sua animação finalmente se foi.

- Não me espere acordada – bato a porta do quarto antes de descer as escadas e sair daquela casa.

Eu só queria estar em qualquer lugar, menos ali.


Notas Finais


Julinha, quero muito saber sua opinião. Acho que te peguei de surpresa kkk.

É um capítulo piloto gente. Se acharem que a história pode valer a pena por favor me digam. Senão tento ter outra ideia mais legal.

Se você já era leitora de Tipo Ideal Perfeito... por favor me mate do coração e fale comigo. Não se esqueça que eu vou responder todos os comentários que faltam ainda.
É isso... testes sendo feitos.

Ainda estou com saudades
<3


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