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História Unknown Dimension - Novos Vizinhos


Escrita por: Alliet

Notas do Autor


Oie pessoas lindas do meu core XD Mais um capítulo ai pra vocês, não demorei né? Também não vou demorar porque eu já recebi avisos de mortes se eu demorar a postar. Ta. Vou calar a boca.

Capítulo 3 - Novos Vizinhos


 - Que horas ele vêm? - Peter perguntou logo depois de entrar em casa com sacolas de compras nas mãos.

 - Ele disse para mim que viria às sete - estou sentada no sofá assistindo TV.

 - Não vai se arrumar? - Ele sentou-se ao meu lado.

 - Vou.

 Entreguei o controle da TV para meu pai e levantei, arrependi-me de não ter contado o que aconteceu para Peter. Eu converso normalmente com Castiel, mas ele ainda  não me contou e eu estou prestes a explodir.

 Escolhi uma roupa e fui tomar banho, demorei o máximo possível, coloquei um vestido azul rodado de usar em casa mesmo já que Castiel já é parte da família considerado pelo meu pai, sequei o cabelo no secador e passei um perfume. Desci as escadas e fui até a sala.

 - Você realmente se parece muito com a sua irmã... Idênticas... - Meu pai disse ao me ver na sala.

 Minha irmã e eu somos gêmeas, mas gêmeas idênticas, possuímos a mesma marca de nascença, bem estranha por sinal, um símbolo muito estranho, nunca o vi e nem tenho curiosidade de saber se existe.

 - As vezes eu me olho no espelho e penso ver ela em minha frente, mas depois percebo que é só meu reflexo - abaixei a cabeça, meu pai se aproximou para um abraço e a campainha tocou, disfarcei os olhos lacrimejados, o que não deu muito certo e abri a porta.

 Castiel estava lá, lindo como sempre, o cabelo solto, uma jaqueta e jeans preto acompanhando a camisa vermelha do Winged Skull.

 - Oi - ele disse com um sorriso no rosto e me abraçou.

 Ainda me sinto estranha com isso.

 - Oi, entra - o soltei e dei espaço para que passasse.

 Ele entrou sorrindo e cumprimentou meu pai - de um jeito bem estranho.

 - Quanto tempo cara - Peter disse retribuindo o cumprimento.

 Os dois parecem adolescentes quando se vêem, vai ser bom até porque eles vão se distrair com a conversa deles e eu vou  poder ficar sem me preocupar.

 Sinceramente acho que ele não irá contar nada e eu terei que jogar as cartas na mesa e ver no que irá dar.

 - Então, porque não tem aparecido por aqui? - Peter perguntou oferecendo biscoitos para e mim e Castiel, ele aceitou, eu não.

 Meu pai também assume o papel como mãe, as vezes eu acho engraçado.

 - É que... - Castiel olhou pra mim. - Bom...

 - Brigaram? - Peter ergueu a cabeça e olhou pra mim e depois pra ele.

 - É... - Ele respondeu inseguro.

 - Angel nunca fala o que acontece com ela, não que eu queira me intrometer, mas... Eu sou o pai.

 Agora fico pensativa sobre falar minhas dúvidas ou não.

 - Eu entendo, mas acho que já está tudo bem - Castiel disse, olhou pra mim e sorriu, retribuí timidamente.

 - Que bom - Peter sorriu. - Angel, você pode me ajudar aqui na cozinha?

 Balancei a cabeça positivamente e o ajudei a fazer um macarrão que minha mãe costumava fazer em datas especiais.

 - Enfim... Está pronto! - Eu disse alertando Castiel que estava viajando por algum outro mundo.

 Ele "acordou" e sentou-se à mesa, ele ficou ali parado conversando enquanto fazíamos a comida.

 - Vai dormir aqui esta noite, não? - Peter perguntou servindo seu prato.

 - Não...

 Bem que eu tinha estranhado o fato de ela não trazer nenhuma roupa.

 - Por quê? - Peter perguntou deixando o sorriso de lado.

 - Eu... é que... Minha mãe voltou de uma viagem e como o senhor sabe, ela quase nunca está em casa.

 - E seu pai?

 - Vêm semana vem... - Disse baixo.

 Sei que ele está mentindo, pois sua mãe só irá vir no próximo mês e seu pai no mesmo dia.

 - Eles mudaram de ideia sobre vir mês que vem? - Perguntei e ele engoliu em seco, apenas assentiu.

 Talvez seja verdade.

 - Posso vê-la? - Perguntei segurando a mão dele.

 - É... Logo mais ela irá viajar de novo e só voltará mês que vem...

  Então é mentira.

 Jantamos, depois Castiel e Peter ficaram conversando, saí sem que eles vissem e fui para o jardim, deitei-me na grama e fechei os olhos.

 - O céu está bonito - ouvi uma voz masculina conhecida dizer.

 Abri os olhos e virei o rosto para o lado, Castiel estava deitado ali, eu dormi?

 - Há quanto tempo está aqui? - Perguntei e passei as mãos no rosto.

 - Alguns minutos, acho que você dormiu pois não notou minha aproximação.

 - Também acho... Você mentiu, não é mesmo? - Perguntei, por fim.

 - Eu? Menti o que? - Ele virou o rosto para mim, sua expressão é assustada.

 - Sua mãe ainda está viajando... - Encarei o céu.

 - É...

 - Então porque mentiu? Poderia ter dito que não queria ficar! - Sentei na grama e ele fez o mesmo.

 - Eu quero, mas percebi que você não quer!

 - Quando que eu demonstrei isso?! - Perguntei indignada e o encarei.

 - Faz dias... Você vem agindo estranho e quase não temos o mesmo contato que antes - ele disse com o olhar triste.

 O pior de tudo é que você não assume seus erros! - pensei.

 - É sim, eu ainda não perdoei, mas por isso não quer dizer que eu não te queira aqui - respirei fundo e contei até três.

 - Eu fico.

 - E vai dizer o que ao meu pai?

 - Que eu liguei para a minha mãe.

 Não sei porque mas sorri com isso, ele se aproximou e me beijou, um beijo diferente dos outros, não sei explicar.

 Ele passou as mãos pela minhas costas e eu entrelacei meus braços em seu pescoço, o beijo estava ficando cada vez mais intenso, mas fomos atrapalhados pelo barulho de um caminhão que parou na frente da casa vizinha, comecei a rir e Castiel também.

 Levantei e fui até o portão por curiosidade, Castiel me seguiu.

 - Mudança? Pelo o que eu sei só fazem isso durante o dia - olhei confusa para Castiel que retribuiu com a mesma expressão.

 - Estranho, mas enfim... - Castiel colocou as mãos em minha cintura e começou a me beijar.

 Retribuí no mesmo instante, ele desceu os beijos para o pescoço e eu virei o rosto para a casa vizinha. Saindo de um carro, um garoto de cabelos negros e roupas pretas me olhou e sorriu, do outro lado saiu um garoto de cabelos azuis que  no mesmo instante me fez lembrar Alexy, eles olharam para nós e depois entraram na casa. Os homens dentro do caminhão começaram a descarregar os móveis.

 - Vamos entrar - eu disse fazendo com que Castiel se afastasse, com dificuldade ele se afastou.

 - Vamos.

 Entramos em casa e meu pai já estava no quarto. Castiel me seguiu até o meu quarto. Eu fui ao banheiro e troquei de roupa, me sinto insegura por dormir com ele, de todas as vezes que já dormimos juntos... Agora o sentimento é outro.

 Assim que deitei na cama, Castiel começou a me beijar.

 - Não Castiel, vá dormir, por favor.

 Dito isso fomos dormir, no outro dia meu pai nos olhou estranhamente, Castiel explicou que tinha ligado para a mãe e ele entendeu.

 - Viu os novos vizinhos? - Perguntei para meu pai.

 - Sim, mas desde quando?

 - Ontem a noite, eram dois garotos, estávamos lá fora - eu disse.

 - Estranho...

 - Preciso ir - Castiel disse, nos despedimos e ele saiu.

 O dia foi extremamente etendiante, eu estava comendo uma colher de doce de leite quando alguém toca a campainha. Meu pai estava deitado, abri a porta e dei de cara com o rapaz de cabelo escuro da noite anterior.

 - Boa tarde, senhorita - ele fez uma reverência para mim, estranho, mas...

 - Boa tarde, posso ajudar em algo? - Perguntei e percebi a presença do outro garoto ali que acenou.

 - Claro - O garoto de cabelos azuis deixou um sorriso enorme no rosto. - É que vimos você ontem aqui e pensamos em conhecer os vizinhos.

 - Ah claro - olhei para trás para ver se meu pai estava acordado, não. Saí da frente e dei espaço para que eles entrassem. São altos. - Como vocês se chamam?

 - Meu nome é Nevra, ele é o Ezarel - O garoto de cabelos negros falou apontando para si e depois para o outro. - E você?

 - Nomes... Diferentes... Me chamo Angel - estendi a mão para eles, depois de um tempo se olhando eles também, um pouco hesitantes, estenderam as mãos. - Algum problema?

 - N-não, nenhum... Estuda? - Nevra perguntou recolhendo a mão.

 - Em uma escola enorme do Centro.

 - Se for a que eu estou pensando é a mesma a qual iremos estudar, tem grandes portões vermelhos? - Ezarel perguntou ainda sorrindo.

 - Sim, essa mesmo. Vocês são de onde? - Perguntei.

 - É... - Os dois se olharam. - De um lugar bem distante, digamos assim... - Nevra concluiu.

 - Ah bom...

 - Bom, melhor irmos embora, se for a sorte nos vemos na escola - Ezarel disse e piscou, meu pai apareceu na entrada da sala.

 - Os novos vizinhos?

 - Sim, pai esse é Nevra e Ezarel - apontei para cada um.

 Meu pai fez uma cara estranha, provavelmente quis rir dos nomes.

 - Bem vindos, novos vizinhos - e sorriu.

 - Obrigado... - Nevra disse querendo saber o nome dele.

 - Peter.

 - É... Já estamos de saída - Ezarel disse puxando Nevra que mantinha o olhar fixo em mim.

 Assim que saíram, Peter começou a rir.

 - É feio isso, sabia? - Falei fechando a porta.

 - Os nomes... - Ele não parava de rir, eu não havia achado graça. - Desde quando estavam aqui?

 - Ficaram poucos minutos, disseram que queriam conhecer os novos vizinhos - eu disse e andei até a cozinha, coloquei a colher na pia.

 - Acho que gostaram de você pra ser sincero.

 - Não me conhecem.

 Ezarel P.O.V

 A vi ontem a noite, mas não sabia que ela já amava alguém, Nevra agiu estranho, ele não é assim. Digamos que ele sempre é ousado com as garotas, mas hoje... Foi diferente. O que deu nele? Eu não sei. Assim que entramos em casa, fechei a porta e decidi conversar com ele.

 - O que achou da garota? - Perguntei sentando-me em sua frente.

 - Ela é uma gata - ele disse e mordeu o lábio.

 O que está acontecendo com você?! Estava daquele jeito e agora... Voltou ao normal?! Quê?!

 - Você estava estranho - coloquei a mão no queixo, pensativo.

 - Temos que agir como humanos, não como somos acostumados a agir - ele disse em tom sarcástico.

 - E como vamos saber que é ela? Só poderemos saber se vermos a marca de nascença, Miiko não nos descreveu ela e simplesmente nos mandou pra cá - levantei e comecei a andar de um lado para o outro.

 - Eu sinto que é ela.

 - Eu também, mas como vamos ver a marca para ter certeza? - Perguntei.

 - Miiko disse que não éramos para fazer nada, simplesmente achá-la. Se nós dois sentimos que é ela, precisamos levá-la até Miiko. Até porque ela é muito parecida com a...

 - É verdade - tive que concordar.

 - E não há sombra de dúvida que seja ela.

 - Pode ser qualquer um com a marca, só porque são parecidas não quer dizer nada - Falei e Nevra me encarou.

 - Precisamos esperar um tempo, não podemos simplesmente capturá-la - ele levantou.

 - Por quê? - Eu já estava ficando indignado.

 - Temos que dar confiança para ela, depois a convidamos para uma viagem entre amigos e puff - ele bateu uma das mãos na mesa acompanhando o "puff".

 - Seja como você quiser - me joguei no sofá novamente. - Espero que ela não traga problemas.

 - Vai ser difícil com o namorado junto - Nevra juntou os punhos em frente aos lábios.

 - Por quê? - Revirei os olhos, têm mais isso!

 - Ele não deixaria a namorada ir em uma viagem sozinha com amigos que recém conheceu - ele tem razão.

 - Até lá pensamos melhor - o acalmei, já raciocinei o problema dele.

 - Tenho que admitir que você ficou melhor de cabelo curto e sem as orelhas pontudas - ele disse e joguei uma almofada nele.

 - Espero que Miiko devolva minhas características quando voltarmos - ele riu. Encerramos o assunto ali.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! O que será que esses dois estão escondendo?


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