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História UNKNOWN (JIkook) - Último tão esperado mês


Escrita por: evyamaze

Capítulo 19 - Último tão esperado mês


O dia amanheceu bonito e eu finalmente estava pintando.

Jungkook havia trazido duas telas minhas ainda em andamento, e aquilo foi como um tranquilizante para mim.

Passar horas e horas, em meio às tintas, e pincéis, observando cada traço com cuidado, vendo tudo tomar forma, devagar.

Era o que eu amava fazer.

Ouvi duas batidas leves na porta, e quando me virei, um sorriso bonito retangular foi visto.

— Ai que lindo jimin-ah!

— Taehyung-ssi, entre.

O observei entrar em meu quarto, segurando um bebê todo empacotado de branco, igualmente ao seu marido, Yoongi, que veio logo atrás, segurando outro.

— Eu não sabia que você pintava jimin-ah! — Yoongi disse sorrindo, olhando para o quadro que estava inacabado no centro do quarto.

— Ah, eu sou um artista... — Comentei sentindo minhas bochechas esquentarem. — Pintar é o que eu amo fazer.

— São perfeitos! Parabéns.

— Obrigado, taehyung-ssi.

— Com licença. — Hoseok entrou no quarto, segurando o outro bebê, também de branco, e duas malas. — Oh, jimin-ssi que lindo!

Ele parou admirado, em frente ao meu quadro, e me senti ainda mais constrangido, por estar recebendo toda aquela atenção.

— Jimin-ah tem muito talento, não é amor?

— Demais... — Hoseok respondeu boquiaberto e me olhou. — Você trabalha com isso ou é somente um hobby?

— É meu trabalho... Esses são diretamente para um cliente. Mas tenho outros que serão expostos na life culture in Seul.

— A exposição? — Hoseok pareceu surpreso. — Eu fui um dos convidados da lista para visitá-la. Sou um amante da arte... Somente nomes renomados irão expor lá, então parabéns jimin-ssi.

— Oh, muito obrigado Hoseok-ssi. Que tipo de arte você gosta?

— Ele é um fanático por pinturas a óleo jimin-ah. — Taehyung sorriu. — Temos algumas obras espalhadas por toda a casa, mas uma em especial, de quase dois metros de altura, é o xodó do hobi.

— É verdade. — Hoseok sorriu. — Mas a sua aquarela está fantástica.

— Obrigado novamente. — Fiz uma breve reverência. — Eu fico imensamente feliz que tenham gostado.

— Com licença. — uma batida foi dada na porta aberta, e pude ver Jungkook sorri — Boa tarde hyung's. — Fez uma reverência para cada um, presente ali.

— Boa tarde, Jungkook-ah. — taehyung o respondeu.

— Estávamos apreciando essa obra. — Yoongi disse sorrindo. — Na verdade, Hobi estava quase babando.

— Ah, Hoseok-hyung eu te entendo... — Jungkook sorriu para mim. — São telas simplesmente perfeitas. E essa é apenas uma das tantas que meu Jiminie pinta.

— Aish, eu vou ficar envergonhado assim...

— Jimin-ah é fofo. — Taehyung sorriu e se aproximou de mim, entregando à pequena jisoo, para que eu a segurasse.

— Já receberam altas? — perguntei olhando a pequena que dormia em meus braços, fazendo um enorme bico.

— Recebemos hoje, mas passamos aqui antes para nos despedir de vocês, claro.

— Vocês irão vir quando o meu pequeno jiwan nascer, não é?

— Mas é claro que viremos jimin-ah! E olhe, eu quero o seu número, para mantermos contato, e te convidar para os almoços de domingo, com os amigos, lá em casa.

Sorri e assenti. Taehyung estendeu o celular para que Jungkook colocasse meu número ali, já que minhas estavam ocupadas com a pequena garotinha.

— Põe o seu também jungkook-ssi. — Yoongi pediu com um sorriso no rosto.

Jungkook colocou os números e entregou de volta o celular a Taehyung.

Em seguida foi até Yoongi, com um olhar pidão para o garotinho em seus braços.

— Você quer segurá-lo, não é? — Yoongi perguntou, e Jungkook assentiu sorrindo todo envergonhado. — Ok, pega a manta e põe sobre o ombro e braço.

Jungkook assentiu, e Yoongi ergueu devagar o pequeno bebê, para que pudesse ser retirada a manta.

Em seguida, Jungkook a ajeitou de forma correta no ombro, e sorri, vendo o jeito tão natural com que ele pegou o bebê.

— Ele é lindo hyung. — Jungkook disse, olhando Jongin, que tinha os olhos pretos bem abertos para ele, o observando.

— Obrigado. — Yoongi sorriu bobo, vendo o filho murmurar sons manhosos no braço do outro. — Você tem muito jeito com bebês jungkook-ssi. Saberá como ajudar o jimin-ssi, com o pequeno Jiwanie.

— Ah, com certeza ele vai. — sorri para meu namorado que balançava devagar o bebê, enquanto fazia sons estalados com a língua, chamando toda a atenção do bebê para si.

O som do celular do Hoseok foi ouvido, fazendo todos nós o olhar e vê-lo com toda a habilidade do mundo deixar o bebê em um braço e pegar o celular com o outro.

— Já chegaram...? Ok, estamos indo.

A chamada foi encerrada logo e ele nos olhou.

— Taetae, sua mãe já está lá embaixo com o carro e as cadeirinhas.

— Minha mãe comprou um VITO para mim, acredita? E ainda colocou aqueles adesivos ridículos de família até com os nossos cachorros, atrás. — Taehyung disse para mim, rindo.

— Taetae, não reclame. Sabe que precisamos de um carro grande. — Yoongi disse calmo. — Olha o tamanho da nossa família agora!

— E também, não é como se seu SUV fosse sumir da garagem baby. — Hoseok comentou sorrindo. — ele permanecerá lá, para você o usar quando quiser.

— Mais é um VITO! Aquilo parece um mini ônibus. — Taehyung revirou os olhos me fazendo sorrir. — Mas ok, não irei reclamar, afinal, será aonde irei levar meus três filhos para passear.

— Pois é. Mas então, vamos?

— Vamos. — ele me olhou sorrindo, e o entreguei a bebê de volta, com cuidado. — Eu te enviarei uma mensagem, e venho te visitar daqui a algumas semanas, quando esse garotão nascer, ok? — ele falou e assenti. — Eu gostei muito de te conhecer Jimin-ah.

— Eu também gostei taehyung-ssi! — o abracei. — Podemos ser grandes amigos...

— Podemos não, seremos! — ele sorriu.

— Também adorei conhecer vocês, e mandarei uma mensagem para você Jungkook-ssi, podemos ser amigos também. — Yoongi disse, pegando o bebê dos braços do meu namorado, enquanto ele assentia.

— Com certeza serão Yoon é muito difícil de gostar de alguém, e ele gostou do jungkook-ssi. — Hoseok sorriu, abrindo a porta para que os maridos saíssem. — Foi um prazer conhecer vocês, e espero os ver outras vezes.

— Eu também hyung. — Jungkook se curvou. — E novamente parabéns pelos bebês, parabéns para os três. Vocês serão ótimos pais, tenho certeza.

Taehyung foi até ele e o abraçou. — Te vejo em breve também jungkook-ah. Até mais.

— Até mais hyung.

Nós nos despedimos de todos e os vimos sair animados, cada um com um bebê empacotado nos braços.

— Não vejo a hora de pegar Jiwanie nos braços também, mochi.

— Eu sei anjo, também não vejo a hora. — Sorri e estiquei as mãos para ele, o chamando para perto. — Como foi com minha mãe?

— Ela é um amor, sério mesmo! Eu pensei que ela seria uma chata comigo ou que fosse me odiar, mas não, ela é legal e nos divertimos no pouco tempo que ficamos juntos no apartamento.

— Ela ficou chateada com algo?

— Não, mas se negou a dormir no seu quarto... Disse que era o nosso ninho de amor e não podia dormir lá... — o olhei e o rosto dele estava ficando vermelho. — mas eu disse que nós não tínhamos feito nada lá, só dormimos... Mas mesmo assim ela não quis...

— Ela não quis? E onde ela dormiu? Você deveria ter me dito isso ontem, eu poderia ter reservado um hotel.

— Ela me pediu para não te contar. Na verdade, ela me ameaçou para não te contar, ela não queria incomodar. — ele riu. — Quando saí de lá, ela estava lavando as roupinhas do bebê com um sabão especial e disse que tinha que passar ferro em tudo antes de guardar.

— Minha mãe é assim... Ela é sempre muito cuidadosa com tudo... Mas fiquei chateado agora. Onde ela dormiu então? No sofá? — o olhei e ele assentiu. — Preciso de uma casa maior, uma que tenha ao menos um quarto de visitas...

— Na minha há vários...

— Sério?

— Uhum... E eu estive pensando sobre ela ontem. — ele me encarou envergonhado e me puxou para um abraço. — Por que você não vem morar comigo? Digo, minha casa é enorme e eu moro sozinho... Tem muitos quartos vagos, todos poderiam nos visitar e ainda teria espaço...

— Jungkookie não precisa, eu posso procurar um lugar. Não quero te atrapalhar com nada.

— Mas não atrapalharia... Você sabe que eu te quero muito, não sabe? E te ter pertinho assim, todos os dias junto ao bebê é o que eu mais sonho agora.

— Mesmo? — sorri e o abracei na cintura. — eu não sabia disso...

— Mesmo. E eu sei que esse é um passo muito grande para nós e você pode dizer não se quiser, óbvio. Mas eu ficaria imensamente feliz se aceitasse.

— Mas Jungkookie...

— Se quiser dizer não, tudo bem, amor. Eu não ficarei triste. — Ele sorriu e me deu um beijo no topo da cabeça.

— É que é tudo tão recente... Não estou duvidando do seu amor anjo, é que o bebê vai nascer e essa fase pode ser muito difícil, entende?

— Eu sei. — ele suspirou. — Mas eu posso passar essa fase difícil com você, eu te ajudaria melhor com ele. — ele alisou minha barriga. — Eu cuidaria bem de vocês dois...

Jungkook me manteve em seu abraço enquanto o silêncio tomava o quarto e eu me colocava pensativo.

Não seria uma má ideia, mas isso poderia ser complicado...

Eu e Jungkook nos conhecemos há apenas alguns meses. Namorávamos sério a apenas dois.

Mas o que me assusta é que ele não tem obrigação alguma comigo ou o bebê e eu posso o atrapalhar os planos dele de algum modo.

— Para de fazer essa cara de assustado. — Ele riu novamente me fazendo olhá-lo. — Seus olhos estão quase saltando.

Sorri e me aninhei melhor nele, aspirando o cheirinho gostoso que vinha de sua roupa.

Ele afagou meus cabelos e suspirou, esperando talvez por uma resposta minha.

Tentei arriscar e pensei se isso pudesse mesmo dar certo. Meu coração já gritava um estranho sim, mas minha cabeça me fazia recuar.

— Quantos quarto tem? — perguntei ainda abraçado.

— Cinco...

O soltei devagar e o encarei incrédulo.

— Cinco? — perguntei com uma sobrancelha arqueada. — Mesmo?

— É... — ele coçou a nuca sem jeito. — São dois andares além do térreo... Eu a comprei pensando no futuro...

— Nos três filhos, um cachorro e um gato? — o perguntei sorrindo, e ele assentiu.

— E um amor também, não se esqueça. — selou nossos lábios devagar. — mas isso eu já tenho. — Tocou meu nariz me fazendo rir baixinho. — te contei meu sonho, porque metade já está realizado... Mas ter a casa vazia agora é muito estranho, precisa de um pouco de vida lá, mochi...

— E você acha que essa vida seria eu e Jiwan?

— Você, Jiwan e todo o futuro que podemos ter pela frente. — Ele sorriu novamente me dando alguns beijinhos.

— Você é fofo. — o abracei mais e o puxei até a cama. — Sabe que terão madrugadas em claro, não sabe?

— Sei sim. — sorriu ainda maior. — muitas.

— Madrugadas cheias de choros, mamadeiras, fraldas, xixi, cocô... — ele gargalhou e assentiu. — E dias em que surtarei! Dias em que chorarei e que só vou querer ficar quieto no meu canto. Dias ruins e dias muito ruins...

— Eu sei amor. — ele deitou ao meu lado e se aninhou a mim. — Mas terão dias bons também, e dias muito bons. Dias em que o sorriso desse pequeno ou dos outros que virão nos farão sorrir feito loucos de tanta felicidade.

E eu não ligo para os choros, as fraldas ou as crises. Eu quero ter você, e isso significa te apoiar em tudo, na hora fácil e na difícil.

Funguei, sentindo a mão grande passar por minha bochecha, enxugando uma lágrima que desceu sem permissão.

— Você é lindo jungkook! E é fofo que só o inferno. — sorri. — E é um amor. — selei nossos lábios. — eu sei que estou fazendo a coisa certa estando com você, e te permitindo cuidar de nós dois.

— Eu amo você Jiminie, amo mesmo.

E eu só quero o seu bem. E se puder te acompanhar em tudo, do teu lado, ficaria ainda mais feliz.

— Esse é um passo muito grande jungkook, tem certeza disso? Não acha que está muito cedo?

— Lembro-me de um dia ouvir de um certo alguém que nunca era cedo para o amor, então não, não está muito cedo, e eu tenho toda a certeza da vida que eu quero isso com você.

Suspirei e neguei sorrindo, será que esse homem existe mesmo? Meu deus, é um anjo que caiu do céu para mim, só pode.

— Precisamos falar com Lalisa então...

— Como? — ele me encarou curioso, mas os olhos brilhavam feito duas estrelinhas.

— O quartinho, se irei me mudar, ela precisa fazer o quartinho no lugar certo, não acha? Mas ela com certeza ficará uma fera por ter que refazer todo o projeto outra vez.

Ele me olhou e piscou algumas vezes em um total silêncio, e eu apenas aguardei com um sorriso enorme no rosto.

— Isso... Isso é sério? — sorri e assenti. — De verdade?

— U-hum.

— Minha nossa! — ele sentou na cama e me olhou com as mãos no peito. — Jiminie, não brinque comigo! Olhe só como estão minhas mãos de tão nervoso.

Ele esticou uma das mãos para mim, e quando a olhei, estava tremendo muito.

Me apoiei na cama e ergui meu tronco com cuidado, ficando sentado e segurando ambas as mãos dele.

— Não estou brincando, anjo. — o olhei nos olhos tentando ser o mais sério possível. — Podemos tentar isso, como estamos tentando até hoje... Pode dar errado, mas-.

— Mas também pode dar certo. — ele sorriu. — E vai dar certo hyung. Na verdade, já está dando.

Ele sorriu e se aproximou, mordendo meu lábio inferior e me fazendo rir quando iniciou um beijo lento.

— Eu te amo. — ele sussurrou para mim.

— Eu gosto muito de você, anjo... continue cuidando de mim e me ensine a sentir tudo isso que você sente por mim. Eu quero sentir também, quero muito.

— Você irá, amor, você só não precisa ter pressa para isso, eu sei o que você sente por mim e eu amo te amar. — Jungkook disse e sorriu. Em seguida, buscou o celular no bolso.

— O que vai fazer?

— Vou ligar para o Jin-hyung!

— Pra quê?

— Pra ele falar com a lalisa, ele está com ela agora.

Assenti e o puxei para deitar novamente, me aconchegando melhor nele, sentindo uma carência sem igual, e uma sensação maravilhosa no peito.

[...]

12 DIAS DEPOIS.

— Hyun, Vai com calma!

— Minie, eu estou bem!

— Não está não, hyung! Faz apenas duas semanas da cirurgia e você não pode fazer o que quer ainda.

— Mas eu só queria dar um passeio no jardim. — Hyun fez um bico, todo emburrado, e Jungkook se pôs a frente dele, batendo o pé.

— Você não vai hyung! — Jungkook disse por fim.

— Minnie? — ele me olhou, como se implorasse.

— Jungkook tem a palavra final aqui.

— dei de ombros. — e ele tem razão. O doutor liberou que você saísse?

— Mas eu vou ficar louco se passar mais um tempo aqui nesse quarto!

— Vai nada. — Jungkook o olhou. — a senhora park daqui a pouco chega. Ela gosta de passar o dia com você.

— aish! — hyun bufou, e sentou sobre o sofá com força.

— Ei seu louco! — o chamei atenção. — vá com calma, acha que já pode sair por aí fazendo tudo o que quer? E você não gosta mais da companhia da minha mãe?

— Não é isso Minnie, eu a adoro, você sabe. — suspirou. — É que está muito chato ficar aqui.

— Relaxa hyung, daqui a pouco você vai receber alta.

Ele assentiu e o olhou.

— Como foi a mudança?

— Tranquila. — Jungkook sorriu e sentou ao lado dele. — O pior foi levar todos os quadros do mochi. Morri de medo de quebrar ou danificar algum, porque ele me mataria.

— Mataria mesmo! — sorri e sentei ao lado de Hyun. — Eu ainda não vi como nada ficou. Deixei nas mãos de Jungkook e de minha mãe.

— Ficou tudo arrumadinho mochi. A lalisa foi lá ontem e já levou alguns dos móveis.

— Ela não brigou por conta da mudança? — Hyun perguntou rindo.

— Não, mas cobrou pelo novo projeto. — Jungkook sorriu. — Mas já paguei tudo.

— Eu ainda vou te pagar por isso. Não admito você gastar tanto dinheiro assim. — Falei olhando, e o vi revirar os olhos. — e você — olhei para Hyun. — Assim que você receber alta irá nos visitar, não é?

— Vou sim, quero ver o quartinho pronto.

Ouvimos duas batidas na porta e pensei que seria minha mãe, mas fui surpreendido, pois quem entrou foi Chae Hyungwon.

— Com licença. — Ele sorriu contido e fez uma reverência.

— Pode entrar Chae. — Hyun sorriu e o olhei desconfiado, sorrindo contido.

— Senhor Park. — ele se curvou novamente.

— Não, não. Me chame apenas por Jimin.

Ele sorriu e assentiu.

— Chae, conheça jungkook. — Hyun apontou ainda sentado e Jungkook sorriu. — Namorado do Minnie.

— É um prazer te conhecer.

— O prazer é meu. — Jungkook ergueu a mão, em um cumprimento simples.

— Então, resolveu aquele problema?

— Sim... — Chae sorriu contido.

— Que problema? — perguntei sentando, pois meus pés doíam.

— Ah, só um erro de contrato... Chae me avisou e pudemos resolver antes de fecharmos acordo com um grupo novo que queremos debutar.

— Yoo Kihyun, eu não acredito que você está tratando de trabalho enquanto está em recuperação!

— Aish, Minnie! Eu apenas revisei... Chae os trouxe ontem e passamos horas olhando, mas eu juro que não me esforcei, fiz tudo bem deitadinho.

— É verdade. Eu não deixei que ele fizesse o que não deveria. — Chae disse ainda rindo para Kihyun.

— Ontem? Não sabia que você tinha vindo.

— Na verdade, essa é a quarta vez que venho. — Chae riu e hyun o acompanhou. — apareceram problemas e gosto sempre de confirmar antes de resolvê-los...

Intercalei o olhar de um ao outro e sorri assentindo.

— Ok... Eu irei para meu quarto então. — avisei.

— Mas já? — Jungkook me olhou fazendo bico. Olhei-o de modo intimidador que o fez arregalar os olhos. — Ah, claro. Vamos.

Sorri e segurei a mão que me foi estendida por ele para me ajudar de volta.

— Hyun, nada de se esforçar, entendeu? — ele concordou uma vez e olhou para Chae que sentou ao seu lado um pouco envergonhado. — Foi bom te ver Chae. — sorri. — É bom que o Hyun tenha uma pessoa boa como você ao lado dele, fico grato que posso contar com você. — sorri e ele me olhou com as bochechas coradas, mas assentiu. — Fiquem bem.

Puxei jungkook e saí do quarto. No corredor, já a sós, me permiti rir.

— Mochi, até eu entendi a sua indireta. O moço ficou todo vermelho. — ele também riu juntando nossos dedos e caminhando de volta ao meu quarto.

— É que é bom, sabe? Fico feliz em ver que eles estão se dando bem outra vez... Eu sempre achei que Chae tinha uma queda pelo Kihyun e que pudesse até ser recíproco, mas ele sempre saia junto conosco e se mantinha muito quieto. Depois ele só se afastou e não saiu mais com a gente. Espero que eles voltem a ser o que eram, porque eu meio que sinto que Chae só se afastou de Kihyun porque achou que nos atrapalhava. Eles se gostam muito.

— Será mochi? — Jungkook me olhou todo curioso. — Seria ótimo se o hyung encontrasse uma pessoa que o amasse, não é?

— Pois é. — Jungkook abriu a porta do quarto, mas quando me movi para entrar, senti uma dor enorme junto a um chute. — Minha nossa! — Alisei a barriga rápido e jungkook veio me ajudar.

— Está tudo bem? Quer que eu chame um médico?

— Não... Estou bem. Ainda bem que entramos oficialmente na trigésima sexta semana.

— Oficialmente estamos com nove meses. — Jungkook sorriu bobo, alisando minha barriga e outro chute foi dado.

— Ok, me leva para aquela cama antes que eu caia aqui mesmo de tanta dor.

Tentei sorrir, mas a dor era muito forte. Jungkook se ajeitou melhor e me pegou no colo com certa dificuldade.

— Obrigado. — o agradeci quando me sentei sobre a cama. — Está ficando cada vez mais difícil...

Ele alisou meu rosto e em seguida minha barriga.

— Mas já, já tudo isso passa, amor. Teremos esse bebezinho nos braços.

— E tudo terá valido a pena.

— Com certeza terá...

[...]

— Mamãe... Por favor!

— Chimmy! O que custa? É só uma foto!

Bufei e assenti.

Jungkook ao lado sorria, enquanto Hyun limpava os dedos sujos de tintas.

A carinha feliz pintada na minha barriga, junto ao número 37, que indicava a nova semana, enfeitava toda a minha frente.

— Minnie, você está enorme! — Hyun disse todo feliz, olhando para seu trabalho artístico, mas o olhei fazendo uma careta, o fazendo parar de rir na hora.

— Mãe...

— Cala a boca chimmy, e faz uma pose bonita! — exigiu.

A olhei assustado e assenti.

— Jungkookie, olha para lá! — Pedi envergonhado pela milésima vez, por estar usando apenas uma blusa branca transparente, com os botões abertos na barriga.

— Mas como vou tirar as outras fotos?

Jungkook segurava uma máquina fotográfica semiprofissional, e sorria todo bobo para a lente.

— Vai logo mochi. — pediu. — ou eu vou tirar um monte de fotos suas de qualquer jeito! Sabe como eu amo fotografar a sua forma natural.

Coloquei a mão sobre a barriga e sorri sem jeito para ele.

— Eu estou natural.

— U-hum. — minha mãe debochou junto à hyun.

— Vocês dois não tem mais nada para fazer não?

— Não! — os dois falaram ao mesmo tempo rindo.

Bufei e olhei para Jungkook. Ele sorria tão bonito para a câmera, que foi impossível não sorrir também.

O barulho do da câmera junto ao flash me fez piscar algumas vezes e quando olhei para frente novamente, meu namorado já estava bem próximo.

— Você está lindo, amor.

Sorri bobo e recebi de bom grado o beijinho que ele me deu. Olhei para os outros dois no quarto, e eles pareciam se atentar em algo na janela. Estavam fingindo, claro, mas eu sabia que era apenas para não atrapalhar a mim e a jungkook.

— Eu te amo. — Jungkook sorriu e deu outro beijo, em seguida ergueu a câmera e tirou uma foto minha bem de perto.

— Jungkookie! — Tentei deixar um tapa no braço, mas o safado correu a tempo. — Ok, acabou a sessão de fotos, não é?

— Mas já? — minha mãe lamentou. — Nós tiramos tão poucas fotos chimmy...

— Na verdade foram 78 fotos, senhora Park. — Jungkook disse e ela o olhou cerrando os olhos, o ameaçando sem palavras. — Mas claro que foram poucas.

Sorri junto à Hyun, da carinha de assustado dele.

— Me deixa ver as fotos. — mamãe pediu, e Jungkook assentiu, começando a passar as fotos, uma por uma.

Aproveitei a distração deles para ir ao banheiro e limpar toda a tinta da barriga.

Assim que entrei no banheiro ouvi duas batidas na porta do meu quarto, e logo os sons das vozes conhecidas entraram.

— Onde está meu, Chimie?! — Jin berrou, e apareceu em segundos dentro do banheiro. — Nem ouse tirar isso da sua barriga, eu quero uma foto com você!

— Amor. — Namjoon o chamou do lado de fora. — Deixa o jimin quieto.

— Joonie, calado! — Ele berrou e mais nada foi ouvido do outro. — Bora, chim, eu quero uma foto com você pintado!

— Aish jinie... Eu já tirei um monte, faz uma montagem!

— Vá à merda! Você vai tirar mais sim! — me puxou com cuidado até estar novamente no centro do quarto, com todo mundo me olhando. — Meu deus! — tentei cobrir melhor meu peito, mas a camisa transparente não ajudava em nada.

— Vou esperar lá fora. — Namjoon disse, já saindo para nos dar privacidade, mas assim que abriu a porta, vimos outras três pessoas, cada um com um bebê vestido de urso nos braços.

— Jungkook-ah me falou das fotos por mensagem, e o tae me obrigou a vir.

Yoongi foi rápido em explicar, já entrando no quarto.

— Olha mochi, estão com os macaquinhos de urso. — Jungkook abandonou a câmera, e foi até Yoongi, pegando dele o pequeno bebê. — Está tão lindo.

Sorri e vi tae se aproximar, com um dos pequenos bebês sobre o braço.

— Viemos para ver o ensaio, e quem sabe participar!

— Olha jimin-ssi, me desculpa. — Hoseok lamentou sorrindo. — Eu tentei os segurar em casa, mas nada segura esses dois.

— Tudo bem hoseok-ssi. — sorri e peguei o bebê de cabelos espetados, do braço do taehyung. — Olá, Jonginie.

— Oh, como consegue diferenciar? Para mim ainda é tudo igual. — Hoseok falou, tirando risadas de todos ali. — até o jongin.

— Hobi! — Tae o bateu de leve.

— Posso segurá-la, Hoseok-ssi? — Jin perguntou e Hoseok assentiu, entregando a garotinha a ele, que a segurou com um pouco mais de habilidade. — Oh, esse é meu noivo, Kim Namjoon.

Namjoon se aproximou e vi hoseok abrir o maior sorriso.

— Kim namjoon, da revista the korea to the world? — Namjoon riu envergonhado e assentiu. — Cara, eu sou seu maior fã!

— Ele é fascinado por arte. — Taehyung ao lado disse baixinho. — Me desculpe se ele parecer um fanboy louco seu.

— Sem problemas. — Namjoon sorriu mostrando as covinhas e Hoseok faltou babar. Ele estendeu a mão para Namjoon em um cumprimento, mas até mesmo o toque pareceu deixá-lo nas nuvens.

— Então, jungkook, por favor... — Jin apontou para mim e depois para a câmera.

— Ok, mas somente uma.

— Uma nada, quero várias para mostrar ao meu afilhado depois.

— e eu também vou querer Jimin-ah. — Taehyung foi quem disse.

— Eu também jimin-ssi. — Yoongi falou em seguida.

— E por último eu! — Hyun sorriu e ficou atrás de Yoongi.

— Farão fila? — olhei todos um atrás do outro. — Ok, dez mil wons cada um.

— O quê? — jin perguntou sem entender.

— A foto. Vou cobrar ué, assim vou ficar rico.

— Mas você já é rico, Chimie.

— Não sou não e tintas boas são caras. — dei de ombros e sorri olhando-os. — E olha só esse tanto de gente... Vou comprar um monte de fraldas também.

Taehyung sorriu junto aos dois maridos e minha mãe.

— Aish, só olha para câmera logo. — Jin falou enquanto segurava jisoo e eu jongin.

Sorri para meu melhor amigo, e fiz o que foi pedido.

Depois de Jin, veio Taehyung, que aproveitou para tirar fotos também com as filhas e o marido.

Jungkook sorria e tirava foto de cada um presente naquele quarto, lotado.

E depois de toda aquela sessão cansativa e longa, sentamos para comer duas das tortas que Jungkook pediu para ser entregue, da própria cafeteria.

— Agora eu entendo como você ficou rico garoto. — Mamãe falou com a boca toda cheia de bolo. — Isso aqui é muito bom!

— Obrigado, senhora Park. — ele sorriu contido. Me aproximei para abraçá-lo pelo pescoço.

— Você está tão bonito hoje. — sorri e o beijei sobre a bochecha.

— Só estou feliz. — deu de ombros. — tive a percepção de que eu era sozinho, até te conhecer. Minha família toda mora em outra cidade, eu só tinha namjoon. Mas olha só esse quarto mochi... — Olhei ao redor junto a ele e senti meu coração quentinho dentro do peito.

Mamãe, junto à jin, yoongi e taehyung, comiam do bolo enquanto faltavam babar nos três ursinhos que dormiam no carrinho.

Hoseok, Namjoon e Hyun conversavam sobre alguma coisa de arte, que consegui me esquivar, para ficar com o meu anjinho, que sorria do canto, olhando para todos.

— Eu também... Parece que o destino que nos uniu não é? Éramos dois desconhecidos, vivendo uma vida solitária, que por obra dele, tivemos nossas vidas cruzadas, no meio daquele centro movimentado.

Jungkook sorriu, olhando para baixo e assentiu.

— Akai Ito.

— O quê? — o olhei e o vi erguer os olhos para me encarar.

— Akai Ito, a lenda. Conhece? — neguei. — É uma lenda chinesa... Conta que quando duas pessoas nascem e estão predestinadas a serem almas gêmeas uma da outra, tem o fio vermelho do destino ligado aos corpos. A lenda diz que esse fio, pode esticar, ou se amarrar, mas nunca partirá. E não importa o tempo que passar às duas pessoas irão se encontrar.

— E você acha que temos essa ligação?

— Eu sinto que é forte... O que eu sinto por você. E sinto que já nos encontramos antes... De alguma forma eu acredito que sim, você é o meu destino.

Sorri e o abracei sem jeito.

Jungkook ficou de pé, e me puxou devagar para ficar de pé.

— Vamos comer um pedaço da torta, antes que não sobre mais nada. — ele falou rindo, e assenti.

Dei um passo em direção à mesa, mas senti uma pressão muito grande sobre o pé da minha barriga.

Jungkook parou e me olhou, assustado.

— Está tudo bem?

Respirei fundo, e a pressão aumentou.

No mesmo instante senti algo quente descer por minhas pernas, e o som de líquido caindo no chão, fez todos nós olhar.

—Oh minha nossa! — Jungkook exclamou alto, com os olhos abertos, quase saltados.

— Ok, calma! Calma! — Hyun ficou inquieto e vi minha mãe correr até mim.

— Acho que minha bolsa estourou...

Continua...



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