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História UNKNOWN (JIkook) - Reinícios e inícios


Escrita por: evyamaze

Capítulo 52 - Reinícios e inícios


JUNGKOOK

Ter dias tristes em casa é algo que nunca me agradou muito.

Ver meu pequeno tristonho por todos os cantos da casa me parte o coração.

Depois da morte do senhor Jung-su, Jimin tem enfrentado dia após dia. Sei que para ele, isso é doloroso demais, pois foi depois de quinze anos que reencontrou seu progenitor, e foi depois de nove dias que ele o deixou, e desta vez para sempre.

Eu vejo o quanto ele é forte, continuando e lutando todos os dias, mesmo que algumas noites ele ainda chore debaixo da coberta, ou até mesmo no banho.

Hoje, duas semanas depois de tudo, ele continua para baixo, mas tem um pequeno sorriso no rosto, o que me conforta um pouco.

Sei que está tentando seguir em frente.

ㅡ Kook-ah, faz uma coisa para mim? ㅡ ele pergunta vindo do quarto com uma sacola nas mãos. ㅡ Meu cabelo está com a raiz muito grande, e eu não queria mais descolorir, você poderia pintar para mim?

ㅡ Tem certeza disso? ㅡ pergunto até um pouco assustado. Se ele me quer pintando seus cabelos, é porque confia muito em mim. ㅡ Podemos ir a um salão.

ㅡ Não, é fácil. Eu poderia fazer sozinho, mas pensei que seria divertido se você fizesse.

ㅡ Confia tanto assim em mim? ㅡ sorri, indo até ele e buscando a sacola de suas mãos.

ㅡ Só não me faça se arrepender. ㅡ ele ri, e se inclina para me dá um beijo.

Quando Jimin caminha até o centro da sala, onde Jiwan está sentadinho no chão, brincando com alguns bonecos e carros, eu retiro tudo o que há na sacola, e então vejo dois tubos de tinta, luvas, um pincel, e dois manuais ㅡ um escrito à mão ㅡ o que provavelmente foi Jimin que fez para que eu não me perca em nada.

ㅡ Me sinto na escola, quando tinha aula de artes. ㅡ falo pegando tudo e ajeitando sobre o balcão da cozinha. ㅡ quer fazer agora, ou depois?

ㅡ Sky está vindo para cá. Podemos começar depois que ela chegar.

ㅡ Ela vem para cá? Porque não me avisou?

ㅡ Porque ela tem uma novidade para te contar, ou melhor, mostrar, e quer fazer surpresa.

ㅡ Novidade? Que novidade?

ㅡ é segredo.

Observo Jimin de longe, e ele tem um sorrisinho besta no rosto. Conhecendo bem meu pequeno, e o quanto ele e Sky se tornaram íntimos, posso ter certeza que algo grande está por vir.

ㅡ Quer comer algo? ㅡ pergunto, largando tudo ali, e caminhando até meus amores, sentando ao lado de Jimin, observando Jiwan balançar um brinquedo barulhento.

ㅡ Não sinto fome, mas obrigado.

Assinto balançando um dos brinquedos que toma a atenção de Jiwan, e sinto Jimin me abraçar pela lateral.

ㅡ Amor, acha que está na hora de voltarmos para seul? Já faz meses...

ㅡ Pensei sobre isso hoje. Você quer voltar?

ㅡ Sinto falta da nossa casinha... E da Ye, e do meu ateliê também...

ㅡ Tudo bem, ajeitaremos tudo, e pensaremos em voltar, tudo bem? Esse tempo foi bom para nós, não é?

ㅡ Foi ótimo, pudemos resolver muita coisa.

ㅡ É...

ㅡ Mas ainda faltam algumas, sei disso. ㅡ ele me olha.

Assinto.

ㅡ Eu conversei com o hyung. Ele me disse que iniciou um tratamento com terapia e remédios... Só não quis me ver.

ㅡ Conversar sobre isso ainda é tão complicado para mim. Desculpe-me Jungkook... Mas eu compreendo melhor agora.

ㅡ Tudo bem, amor. Sei que você ainda não se sente bem falando do Yug-hyung, mas sei que também entende que eu preciso manter esse contato com ele.

ㅡ Sim... Entendo um pouco melhor o que acontece a ele, e sei que você é importante, e se quiser visitá-lo não serei eu a te impedir.

ㅡ Você é perfeito. ㅡ toco na bochecha dele, fazendo ri. ㅡ agora me conta qual a novidade que a Sky tem para mim?

Antes que Jimin possa falar algo, a campainha toca, e então ele fica de pé rápido, sorrindo grande para mim.

ㅡ Acabou de chegar.

Eu também me ponho de pé, mas não vou até à porta, permaneço perto de Jiwan, enquanto vejo Jimin recebê-la sorrindo, e logo esticando a mão para outra pessoa que está ao lado.

ㅡ Tio Koko, oi... ㅡ Sky sorri tímida, e então entra junto a um garoto alto. ㅡ eu quero que conheça alguém.

Meus olhos vão direto ao homem alto logo ao lado, e eu o encaro com todas as minhas forças, desejando ler a alma do sujeito porque sei bem do que, e de quem se trata.

ㅡ Esse é o tal Chany? ㅡ Faço marra, olhando bem a cara do garoto.

ㅡ Park Chanyeol. É um prazer conhecer o senhor, Jeon. ㅡ o garoto estende a mão a mim. Cumprimento-o ainda encarando-o, e resolvo por um pouco de medo.

ㅡ Qual sua idade?

ㅡ Tenho dezoito, senhor... ㅡ ele diz baixo.

ㅡ Sabe o que isso significa, não é? ㅡ perguntei juntando os braços à frente do corpo. Sky me olhando apreensiva, e Jimin apenas observava a cena. ㅡ Sky tem dezesseis, então nada de mão aonde não possa ser vista, e beijos somente em locais claros, e quando tiver pessoas por perto. Nada de passeios depois das dez, e se obtiverem uma nota vermelha na escola, isso aqui ㅡ aponto para os dois. ㅡ já era.

ㅡ Tio Koko!

ㅡ Amor não os assuste assim. ㅡ Jimin disse rindo. ㅡ Venha, sente-se aqui. ㅡ fala ao garoto, guiando-o até o sofá. ㅡ Jungkook irá preparar um suco para nós.

ㅡ Eu vou? ㅡ perguntei olhando-o. Jimin apenas lançou um olhar duro para mim e Sky.

ㅡ Eu te ajudo tio Koko. Fica a vontade Chany.

O garoto sorri para ela, e então senta ao sofá com Jimin. Eu caminho até a cozinha com Sky, e é quando estamos afastados o suficiente de todos, que resolvo falar com ela.

ㅡ Ele é gatinho. ㅡ cutuco a barriga dela.

ㅡ Aish tio, para! ㅡ ela ri toda sem jeito. ㅡ Você me assustou!

ㅡ O que seu pai disse disso, uh?

ㅡ Ele quase surtou, mas disse que precisava pensar a respeito, e até lá não iria falar com o Chany, mas não nos proibiu nem nada...

ㅡ Acho que é doloroso para ele ver que a bebê dele cresceu.

ㅡ Queria que a mamãe estivesse aqui... Ela iria amolecer o coração duro do papai.

ㅡ Mas o coração dele é duro, porque tem medo de te perder também. Dê uma chance a ele. Ele vai aceitar o garoto. ㅡ digo buscando maracujás para o suco.

ㅡ E você, o aceita? ㅡ Sky pergunta buscando a máquina que tritura as frutas.

ㅡ Só posso dizer isso com certeza com o tempo, mas confio em você. É bem inteligente, e não namoraria uma pessoa ruim.

ㅡ Ele já está no último ano, tio, pulou uma série, e quer aplicar na SNU, para medicina, igual o papai.

ㅡ Sabe o que eu acho. ㅡ digo colocando alguns pedaços da fruta, extraindo o suco. ㅡ que Junghyun, está feliz. Talvez ele tenha se visto nesse garoto, e isso é algo muito forte, porque ele sempre foi certo no que queria também. E durante aquela viagem, ele conheceu a Sara, e você sabe que sua mãe, foi uma pessoa bastante amada, principalmente por ele. Talvez ele veja em vocês, o que um dia ele viveu.

ㅡ Tio você é muito profundo. ㅡ ela diz rindo, arrumando quatro copos na bancada. ㅡ Talvez seja, mas espero de coração que o papai aceite o Chany...

ㅡ Ah, como é estranho ver minha pequena falando de amor. Me sinto tão velho. ㅡ sorrio e bagunço alguns dos fios dela.

Além, na sala, Jimin brinca com Jiwan e conversa bastante com o garoto. Eu os observo, e por um mísero segundo, imagino se a situação fosse no futuro.

E se fosse eu a estar no lugar de Junghyun, vendo meu filho crescendo ao ponto de já falar de amor e ser amado, e me apresentando a pessoa que quer namorar ao lado?

Isso me assusta.

Voltando à sala com os sucos, eu entrego um a Jimin, e Sky entrega outro ao garoto, sentando toda tímida ao lado, olhando para as próprias mãos quando ele simplesmente a agradeceu baixo.

Ok, são bonitinhos.

ㅡ Então, Chanyeol, você está no último ano, é isso?

ㅡ Oh, sim, senhor. Estou um ano adiantado.

ㅡ Isso é bom. E pretende estudar algo no futuro?

ㅡ Kook, sem pressão. ㅡ Jimin sussurra ao meu lado.

ㅡ Não que seja um problema você não pensar em nada ainda. Eu mesmo, tenho vinte e dois anos, e nunca estudei a um nível superior.

ㅡ Tio Koko sempre diz que a capacidade vem de dentro. ㅡ Sky diz olhando o garoto, eu apenas assinto porque é a verdade.

ㅡ Eu concordo com o senhor, mas pretendo cursar medicina em Seul, e me especializar em infectologia.

ㅡ Woah, que legal. ㅡ eu digo, fazendo o garoto me olhar espantado, mas logo sorrindo em seguida. ㅡ Estude bastante, você consegue.

ㅡ Conseguirá sim. ㅡ Jimin diz, segurando minha mão em um carinho leve, logo olhando para Jiwan ainda no centro da sala, fazendo todo o seu barulhinho.

ㅡ Eu vi alguns dos seus quadros, senhor Park, são fantásticos. Parabéns.

ㅡ Obrigado. ㅡ Jimin sorri.

A conversa com o garoto se segue durante alguns minutos, e eu desarmo minha marra, porque ele parece ser de fato, um bom garoto.

Quando Sky se vai com ele, porque ele ainda precisará trabalhar, Jimin se apressa para pôr Jiwan no berço para a soneca da tarde, e eu vou todo animado para a cozinha, buscar tudo o que preciso para pintar os fios loiros do meu amor, e deixo tudo prontinho.

ㅡ Ok, eu já passei pomada por todo o lugar, para que você não me deixe manchado. ㅡ ele diz rindo. Observo o rosto dele, e tem um leve brilho pelas extremidades, o que entrega que de verdade, ele já está protegido. ㅡ Pronto?

ㅡ Prontinho, sente-se aqui, senhor Park. ㅡ ironizo apontando para a cadeira.

Jimin vem rindo de mim, e senta bem à minha frente. Busco a toalha que ele escolheu para descartar, e cobro-o pelos ombros. Enquanto leio as instruções da caixa mais uma vez, Jimin prepara a solução, e posiciona todos os passos que ele mesmo escreveu em um papel, à minha frente.

ㅡ É super fácil, Kook. Olhe o papel quando tiver dúvida, ou me pergunte.

Assinto buscando o pote com a tinta, e espero Jimin separar o cabelo em quatro partes.

ㅡ Comece pelas extremidades, e depois você vai abrindo e pintando as mechas por dentro, certo?

ㅡ Certo.

Eu posso dizer que estou muito animado. Começo pintando as partes da lateral, e de onde Jimin separou, de maneira calma e bem detalhada, morrendo de medo de machucá-lo ou sujá-lo.

ㅡ Você só precisa ser um pouquinho mais rápido porque a tinta tem um tempo certo de ficar no cabelo. Se pintar mais um lado que o outro, tudo ficará manchado.

ㅡ Quanta pressão amor. ㅡ digo apressando-me mais um pouco.

ㅡ Você consegue, bebê, confio em você.

Eu continuo a pintar, e até uso a ajuda dele para segurar o pote. Vou separando mecha a mecha, e depositando a tinta escura em toda parte.

Quando chego ao fim, parte do meu corpo também está todo sujo, mas o que importa é que o cabelo de Jimin está completo uniforme, e não ficará manchado.

ㅡ Vai se limpar, preciso marcar quarenta minutos no timer.

Eu assinto, e caminho até a lavanderia, a fim de livrar a tinta de meu corpo, e escuto Jimin ligando o timer da cozinha, enquanto cantarola.

ㅡ Amor. ㅡ Ouço-o chama de lá.

ㅡ Quê?

ㅡ Hoje quero fazer um jantar romântico para nós.

Eu sorrio ainda limpando meus braços e vejo-o pôr somente a cabeça para fora da porta, me encarando.

ㅡ O que diz?

ㅡ Por mim tudo bem. Podemos tomar um vinho e dançar também.

ㅡ e podemos fazer um amorzinho bem gostoso, uh? ㅡ ele se achega em mim, me abraçando por trás. ㅡ estou com saudade de você...

ㅡ Mas fizemos amor há quatro dias.

ㅡ Mas eu tô com saudade de você, entende?

Suspiro assentindo, e sinto-o me abraçar ainda mais forte.

ㅡ Tudo bem.

ㅡ Kookie... Nada daquilo vai acontecer novamente. Você pode me tocar a vontade... Eu só quero te sentir.

ㅡ Desculpa se te frustra toda essa insegurança... Eu só tenho medo.

ㅡ Está tudo bem, de verdade, não é frustrante... Eu estou bem, e você também. Eu só estou com saudade de sentir o meu amor dentro de mim, mas tudo bem se ainda não estiver pronto.

Eu rio, ficando sem graça, e fecho a torneira, buscando um pano para secar minhas mãos.

ㅡ Quando Park Jimin se tornou esse safado, uh?

ㅡ Quando ele, provou da melhor foda do mundo.

Eu nego sorrindo, e viro-o, ficando logo atrás e caminhando de volta a cozinha ainda abraçado a ele.

Enquanto aguardamos o tempo para que a tintura aja nos fios dele, Jimin me força a preparar alguns sanduíches para nós, e até coloca um episódio do dorama que estávamos assistindo juntos.

ㅡ Quem se apaixona por um holograma? Só doida. ㅡ Jimin diz. Os pés para cima enquanto está sentado em uma cadeira no canto, devorando um sanduíche.

ㅡ Mas é o holograma, amor. É bonito, gentil, e ainda está ajudando-a a conquistar a pessoa que ela é afim.

ㅡ Mas está na cara que ela irá acabar se apaixonando por ele, uma hora ou outra.

ㅡ Mas essa é a graça da coisa. Sempre haverá um final feliz...

ㅡ Nem sempre...

Jimin nega com as bochechas cheias, enquanto olha a cena na qual a protagonista tenta tocar o tal holograma.

O timer enfim avisa, e Jimin se ergue no mesmo instante.

ㅡ Vou tirar a tinta no banheiro, reza aí pra não ter ficado manchado.

ㅡ Impossível. Tudo que eu faço, eu faço bem. Seu cabelo ficará perfeito.

Jimin sorri novamente, e se vai. Eu deito no sofá, pausando a cena, porque só louco decide assistir algo com Park Jimin, e continua sem ele.

Então, eu fico somente viajando no teto, até ouvir um chorinho baixo, que vem da babá eletrônica logo na mesa de centro.

Eu vou até o quartinho de Jiwan, e encontro-o com um bico fofo no rosto, ameaçando chorar, enquanto os braços se erguem pedindo meu colo.

ㅡ Está com fome? ㅡ pergunto-lhe, e como resposta, tenho apenas um resmungo, enquanto ainda sonolento, ele encosta a cabeça em meu ombro.

Caminho de volta, mas vou direto à cozinha. Ainda com ele sobre meu braço, busco a mamadeira média, e o suco que havia feito. Boto um pouco nela, e volto à sala com Jiwan.

ㅡ Aqui. ㅡ digo colocando-o sentado em meu colo, e segurando a mamadeira, vendo os dedinhos pequenos segura-lá também.

Jiwan toma o suco entre resmungos e risos. Eu apenas continuo olhando para ele, já que a cena na TV continua pausada, e é nesse meio tempo que ouço a porta do quarto ser aberta, e Jimin ainda de toalha aparece.

ㅡ Ficou bom? ㅡ balança os cabelos. Eu peço para que vire, e ele faz todo animado.

ㅡ Ficou ótimo, amor.

ㅡ Fiquei menos bonito?

ㅡ Impossível. ㅡ sorrio. ㅡ está ainda mais lindo.

Ele ri e nega, então olha para Jiwan em meus braços e se aproxima.

ㅡ Quer ir tomar banho? Eu fico com ele.

Assinto me erguendo do sofá e caminhando até o quarto. Jimin retorna para dentro também, e pede para que eu coloque Jiwan sobre a cama.

Eu faço, cercando-o de travesseiros e almofadas, e é apenas quando Jimin volta do closet com suas roupas na mão, que me afasto e vou até o banheiro.

O banho é rápido, e me apresso a vestir-me também.

Voltando a sala, encontro Jimin já no sofá, com Jiwan entre suas pernas, e o dorama rolando.

ㅡ Que trairagem! ㅡ ele me olha sem entender, e dá apenas duas tapinhas no assento ao lado. ㅡ eu te esperei, não podia me esperar também?

ㅡ Eu acabei de tirar o pause, deixa de coisa.

Com um bico, eu sento no sofá. Jimin me enrosca em seu abraço, e Jiwan aproveita para subir todo atrapalhado, e deitar sobre o peito dele.

À noite, como resolvido, Jimin quem fez o jantar, e eu cuido do bebê.

Dei banho, troquei fralda e fiz a mamadeira. Quando Jiwan já estava dormindo, eu e Jimin tomamos banho juntos, sem intenção nenhuma, e fomos até a mesa na qual ele havia feito questão de arrumar, com direito a velas e tudo.

ㅡ está linda, amor. ㅡ digo sentando-me.

Jimin também senta, ficando a minha frente, e então aponta para cada prato que foi posto à mesa.

ㅡ Miyeok Guk, kimchi, e Bulgogi.

ㅡ Miyeok Guk? Há alguém grávido aqui? ㅡ pergunto me servindo. Jimin sorriu negando e também se serviu.

ㅡ Não, é apenas um prato fácil que sei fazer. ㅡ dá de ombros.

ㅡ Mamãe contava que comer Miyeok Guk durante a gestação, faz bem.

ㅡ Minha mãe também falou a mesma coisa. Eu até preparei algumas vezes, logo no começo da gestação de Jiwan.

ㅡ Lá em casa, sempre faziam nos nossos aniversários por dizer que traria fortuna para o restante do ano, e para pessoas grávidas, fazia bem, pois é rica em cálcio e iodo. Sara foi obrigada a comer durante a gravidez dos meus três sobrinhos.

ㅡ Jungkook-ah, só come. ㅡ Jimin diz rindo, tomando um pouco da sopa. ㅡ Não há ninguém grávido aqui. Ainda...

ㅡ Ainda? Não brinca assim com meu coração, poxa. ㅡ brinco massageando o peito e me inclino, colocando um pedaço de carne na boca dele.

Jimin aceita de bom grado, e o jantar toma continuidade de forma calma. Depois da comida, fizemos um acordo para decidir quem lavaria a louça suja, e quem enxugaria e guardaria tudo.

Eu terminei com a parte de lavar, então ao meu lado, enquanto uma canção baixa era reproduzida através do sistema de sound embutido da casa, Jimin cantarolava e se remexia devagar, enquanto com o pano, enxugava cada louça que era passada a si.

Daquele jeito terminamos de guardar a louça, e ainda ouvindo a canção baixa, caminho junto a ele até a sala, onde uma garrafa de vinho e duas taças estão repousadas sobre o centro.

ㅡ Eu gosto de ter momentos assim com você. Faz-me esquecer um pouco de tudo o que aconteceu...

Suspiro ao vê-lo sentar no sofá, e busco a garrafa para encher as taças. Jimin logo pega a sua, e me espera para que sente entre suas pernas, deixando assim que minha cabeça repouse sobre seu ombro, enquanto do vinho eu bebo.

ㅡ Tudo passa amor. A dor, a tristeza... Sempre passa.

Ele assente, e inicia um cafuné calmo em minha cabeça.

ㅡ Mesmo que demore, não é?

ㅡ Mesmo que demore. ㅡ afirmo.

Jimin suspira, e deixa um beijo no topo da minha cabeça.

ㅡ Obrigado Jungkook-ah. Por estar comigo nessa... Obrigado mesmo, eu sou grato demais.

ㅡ Obrigado a você também. ㅡ digo e me inclino, virando para olha-lo. ㅡ Você me faz muito feliz.

ㅡ Muito? ㅡ ele pergunta sorrindo. Assinto e vejo-o beber todo o vinho de uma só vez, logo me olhando com aquele rostinho que eu conheço bem. ㅡ Posso te dar um beijo então?

ㅡ Só um? ㅡ falo, abandonando a taça para olhá-lo agora de frente.

ㅡ Não. ㅡ ele nega, os braços vindo a mim, igualmente ao corpo que sobe sobre o meu, e então ele me abraça no pescoço. ㅡ vários.

ㅡ Muitos? ㅡ roço meu lábio ao dele, e sinto-o sorrir.

ㅡ Muitos.

E então eu o beijo.

Jimin suspira, e parece ansioso quando me prende ainda mais forte em seus braços.

Nossas línguas logo se tocam, e agitadas, se envolvem.

Minhas mãos o tocam na cintura, prendendo-o bem a meu corpo, e assim, sinto-o subir por completo em mim.

ㅡ Vamos para o quarto? ㅡ ele diz, a voz baixa, em um sopro.

ㅡ Mas já? Não quer tomar mais do vinho?

Jimin nega mordendo o lábio inferior e então ri. Eu assinto, e ergo-me, fazendo caminhar à frente, enquanto retiro minha camisa.

Quando chegamos ao quarto, não há muito tempo para se falar algo. Jimin retira a própria camisa, e então vem até a mim, segurando minha cintura, e iniciando um novo beijo.

Nossas peles quentes se tocam, e isso me faz arrepiar. Levo minhas mãos afoitas até a bunda dele, e ali, deixo um aperto forte.

ㅡ Eu quero tanto você... ㅡ Jimin diz, sussurrando enquanto a mão vai até meu short. ㅡ quero você dentro de mim Jungkook-ah...

Eu sorrio, o nervosismo tomando conta completamente de mim, enquanto ele ainda me tem em seus dedos, sorrindo, e distribuindo beijos em minha pele.

ㅡ Mas tudo bem se não estiver pronto.

Eu olho-o e engulo em seco quando nego. Eu quero tocar meu homem como ele quer que o toque, mas ainda sinto, dentro de mim, o medo e a incerteza do que possa vir a acontecer.

ㅡ Então tudo bem? ㅡ ele adentra minha cueca, me segurando firme.

Sinto-me pulsar sobre o toque dele, e então caminho até a cama, deitando-o ali com cuidado, e subindo sobre as coxas dele.

Jimin sorri, e se arrasta até o centro da cama. Minhas mãos ajudam-no a retirar as peças debaixo que veste, e com um suspirar, libero sua ereção, tocando-a apenas para ouvi-lo gemer baixo.

ㅡ Tira isso. ㅡ ele diz e aponta para meu short. Eu retiro-o ficando de pé sobre a cama, e Jimin aproveita para ir até o móvel ao lado da cama, e de lá retira dois pacotes com preservativos.

Eu o observo de pé, e então me deito ainda encarando-o. Jimin ainda sorri, e eu sei que está ansioso, porque ele nem sequer pensa em preliminares quando sobe sobre minhas pernas e me olha bem de pertinho.

ㅡ Eu posso? ㅡ ele pergunta erguendo um dos pacotes.

Eu mordo meu lábio inferior e assinto. Meu peito está maltratado com os batimentos enfreados de meu coração, então Jimin me segura pela base, me pegando de surpresa e fazendo gemer alto com o toque delicado. O polegar escorrega até minha glande e ali ele a circula, fazendo-me jogar a cabeça para trás, enquanto espalha o pré-gozo por todo o lugar.

ㅡ A vontade que eu tenho é de te pôr em minha boca.

Volto a olhá-lo, e então me ajeito melhor sobre a cama. Jimin tem o lábio inferior maltratado por seus dentes, e a mão inicia uma masturbação lenta.

ㅡ Então me chupa. ㅡ peço, estocando devagar sobre sua mão.

E então, como se esperasse apenas por aquele pedido, ele desce distribuindo beijos por meu peito, passando por meu abdômen e então me pondo em sua boca.

A princípio, sinto apenas sua língua me tocando com calma. Ele passeia por toda a glande, rodeando, e finalizando com uma chupada lenta, me fazendo novamente gemer, enquanto meus dedos se prendem agora nos fios escuros.

Jimin parece gostar do toque, pois geme manhoso e então me põe por completo em sua boca.

O som alto de sucção me faz abrir a boca ao sentir o toque intenso, enquanto meus olhos se fecham, e as mãos se prendem ainda mais a ele.

O movimento inicia de modo regrado, mas Jimin vez intensifica, e dessa vez apenas me engole devagar, chupando no final como se se deleitasse com um doce, deixando sempre um estalo ecoar por todo o cômodo, junto a um gemido meu.

ㅡ Hyung...

Chamo sem conseguir raciocinar direito quando ele volta a me pôr com rapidez e agilidade em sua boca, fazendo-me estocar inconscientemente, enquanto ainda seguro-o.

Jimin me solta fazendo um estalo alto e então me encara ainda debaixo.

ㅡ Posso sentar em você?

Eu ofego ao ouvi-lo e sem precisar de respostas, ele busca o preservativo. Observo-o pôr com cuidado em mim, e assim que finaliza, ele sobe em minhas coxas.

Aproveito para me sentar de modo que não o atrapalhe, e então encaro-o.

Os olhos cravados aos meus, enquanto sorri, totalmente despido e entregue, me faz ficar ainda mais nervoso.

Eu sinto-o se erguer devagar, e é quando encosta a boca a minha, em um beijo quieto e gostoso, eu sinto-o se posicionar.

ㅡ Eu posso? ㅡ ele sussurra. Minhas mãos deslizam da cintura, até as nádegas dele, e então ele para e me olha. ㅡ Tudo bem?

Eu assinto, buscando a boca dele, para novamente voltar ao beijo.

Apertando-me e gemendo baixo, Jimin inicia sua descida. Ele me arranha devagar no ombro, me fazendo gemer em resposta, e apertá-lo na bunda é a única resposta que consigo dar, fazendo com que as pontas de meus dedos fiquem esbranquiçadas pela força usada no ato.

Quando sinto a carne farta tocar minha pele, solto todo o ar que nem sequer percebi prender, e então escuto-o gemer arrastado, liberando também todo o ar que prendia em seus pulmões.

Jimin fica quieto por alguns segundos, a boca vem até meu ombro, deixando beijos pequenos por ali, e então ergo minhas mãos, passeando pelas costas dele, repousando em sua nuca, e erguendo-o o rosto, beijando sua boca, e ouvindo um suspiro assim que o toco.

Meu peito sequer aguenta a dor que sente ao ouvi-lo e acelerado, meu coração faz com que entenda que estou tocando meu homem do jeito que ele me pediu, e do jeito que sempre amei. Então, é quando abraço-o forte, que Jimin envolve os braços em meu pescoço, repousando a cabeça no espaço livre de meu pescoço, deixando selares ali, enquanto meus olhos liberam toda a dor de dentro, lavando-nos, marcando que mais uma etapa está sendo vencida por nós, regando o amor envolto que estamos retribuindo um ao outro, e fazendo com que nosso laço, fortaleça ainda mais.

Ele ergue a cabeça ao ouvir-me fungar, e então com suas mãos, enxuga toda a bagunça que estou agora, me fazendo suspirar ao olhá-lo.

ㅡ Desculpa... ㅡ sussurro encostando nossas testas. Era a primeira vez chorando durante o sexo, mas tudo era tão forte, tão significativo, que sequer controlei. ㅡ Me desculpa.

ㅡ Eu te amo tanto, amor. ㅡ ele diz, e beija minha boca. ㅡ Amo muito.

Ainda segurando-o, Jimin ergue o quadril, e quando chupa meu lábio inferior, desce devagar.

Eu sorrio para ele, suspirando mais uma vez, e ajudo-o a voltar a se mover. O início é calmo, sem pressa alguma, mas não demora a Jimin intensificar, e iniciar os movimentos acima de mim, me fazendo gemer a cada um, enquanto os braços me envolvem e mantém perto, beijando o sentindo-o.

Jimin é quem vem primeiro. Calmo, gemendo baixo, ele se desmancha sobre nós, sujando-nos, me fazendo estocar apenas mais algumas vezes, para então explodir também.

Com nossas respirações falhas, ele volta a juntar nossas testas, e quando seus dedos me envolvem a nuca, puxando devagar meus cabelos, nos beijamos como se fosse a primeira vez, causando nervosismo em meu coração, que ainda acelerado, se apaixonava um pouco mais por ele.

ㅡ Eu te amo muito. ㅡ sou eu quem sussurra, vendo-o ainda sobre meu corpo, sorrindo, voltando a me beijar.

Após nos perder um pouco no tempo, Jimin foi até o banheiro, tomar um banho, enquanto eu tive que voltar até a sala e guardar o vinho, para só então ir ao banheiro, tomar banho abraçadinho, enquanto ele repousava sobre meu peito.

Deitamos apenas vestido em roupas íntimas, e Jimin sorria todo tímido para mim. Eu o segurei perto, deixando com que deitasse a cabeça em meu ombro, e então no silêncio do lugar, acabamos dormindo juntos.

[...]

No dia seguinte, acordei cedo, conseguindo preparar o café da manhã, e deixar toda a mesa arrumada para quando meus dois anjos acordassem.

Jiwan como sempre acordou antes, com seu choramingo, e foi antes que Jimin enfim acordasse, que eu preparei o banho, e deixei meu pequeno arrumadinho.

ㅡ Você deve estar faminto, não é? ㅡ caminho de volta a cozinha, agora com ele em meus braços.

Assim que coloco Jiwan sobre a cadeirinha, e busco a papinha de fruta que já está amassada e pronta, a campainha da casa toca, me fazendo estranhar a hora.

ㅡ Bom dia. ㅡ Jimin aparece à cozinha, enrolado em seu hobby de seda, com os cabelos escuros todos de pé.

Eu sorrio para ele, mas novamente a campainha toca, e desta vez desenfreadamente, me fazendo estranhar ainda mais.

ㅡ Quem será? ㅡ pergunto a Jimin, e vejo-o apenas dar de ombros.

Caminhando até lá, eu me surpreendo ao abrir a porta, e um casal, cujo um mais parece uma gigante melancia entra resmungando alto.

ㅡ Park Jimin, onde você está?

ㅡ Jinie? ㅡ ouço Jimin falar da cozinha, e ajudando Namjoon a entrar com duas malas gigantes que carrega, eu vejo meu amor aparecer e sorrir. - Jinie!

Jin hyung caminha todo aberto até Jimin e então o abraça. Eu nem ouso perguntar o que está acontecendo, apenas deixo as malas na sala, e vejo Namjoon cair mortinho em meu sofá.

ㅡ O que faz aqui? Que malas são essas?

ㅡ Namjoon foi a uma exposição ontem, em Masan, isso é material de trabalho. ㅡ diz olhando as malas. ㅡ Não sei porque esse louco não deixou no carro.

ㅡ Já disse, o calor pode danificar algo. Prefiro prevenir. ㅡ Nam diz, falando ainda deitado de meu sofá.

ㅡ Mas porque vocês estão aqui? ㅡ Jimin volta a perguntar, indo até Jiwan e começando a dar a papinha.

ㅡ Vim buscar vocês. ㅡ Jin diz, calmo.

ㅡ Nos buscar? ㅡ eu pergunto.

ㅡ Claro. Faz mais de dois meses que estão aqui. Hoje entro no sétimo mês, os bebês podem nascer a qualquer momento, e o dindo deles precisa estar lá. ㅡ diz olhando para Jimin.

ㅡ Você é doido, hyung. ㅡ eu falo, rindo. ㅡ Sei que não pode ser feitas viagens longas depois do sexto mês, ainda mais de gêmeos!

ㅡ Nam que deveria impedir. ㅡ Jimin diz, olhando o semiㅡmorto em meu sofá.

ㅡ Não pense que eu não tentei. ㅡ ele se defende.

ㅡ Tentou, é verdade, mas nada me impediria de vir te buscar pessoalmente.

ㅡ Mas nós já estamos querendo voltar. Eu e Kook temos conversado muito a respeito, e talvez já voltássemos nesse próximo fim de semana.

ㅡ Que bom que o talvez se tornou certeza. ㅡ Jin sorri. ㅡ O que tem para comer? Estou faminto.

Eu nego mais uma vez, e aponto para a mesa posta. A comida talvez seja suficiente para todos nós, mas prefiro prevenir, então caminho até a cozinha, e preparo mais algumas torradas, assim como pães e ovos, junto a mais uma jarra de café.

Quando Jimin termina de dar a papinha de Jiwan, o bebê arrota por si só, e então ele apenas o limpa, deixando-o em sua cadeirinha na sala, brincando com alguns brinquedos em formatos diferentes que estão presos a ela.

Jin hyung, junto ao noivo, sentam-se à mesa, e se servem, assim como eu e Jimin. A conversa a mesa é sobre como os bebês estão enormes e como se mostraram bem desenvolvidos no último ultrassom feito, e em como machucam todas às vezes que se mexem.

ㅡ Eu não aguento mais! As contrações de treinamento já começaram, e se o que eu sinto é treinamento eu não quero nem imaginar na hora do parto.

ㅡ Eu nem quero imaginar isso. ㅡ Nam diz rindo. ㅡ eu já fico numa agonia só quando ele resmunga...

ㅡ Você acha que está preparado hyung? ㅡ pergunto.

ㅡ Nem um tico. Deus que me ajude na hora. ㅡ ele ri.

ㅡ Vai ser tranquilo, Jinie, eu tenho certeza disso.

ㅡ Eu não. ㅡ Nam diz, mas logo ergue o olhar e encara Jin. ㅡ Quer dizer, vai sim. Jin com certeza vai gritar e me xingar muito, mas vai ser tranquilaço.

Eu sorrio da cara que Jin-hyung faz, mas ele logo sorri também.

Depois do café da manhã, ajudei Namjoon a guardar as malas no quarto de hóspedes, enquanto Jimin foi se arrumar todo empolgado, pois iria até o hotel de Sun-noona.

O dia passou daquele jeito. Eu fiquei em casa, com Namjoon, enquanto os dois e Jiwan foram até o hotel.

No dia seguinte, eu levei Jin e Nam para conhecer minha família. Minha mãe faltou babar sobre a barrigona do hyung, e aproveitei o tempinho para rever tudo sobre a cafeteria com meu pai, já que nossa partida estava próxima.

ㅡ Eu não quero que você vá, tio Koko. ㅡ Jonny diz abraçado a minhas pernas.

ㅡ Nem eu quero, tio ji. Por favor, mora aqui pra sempre. ㅡ Enddy pede, olhando para Jimin.

ㅡ Oh meu anjinho... Eu adoraria, mas preciso voltar.

ㅡ O tio ji e o tio Koko precisam voltar. ㅡ Sky diz. ㅡ mas nós podemos visitá-los qualquer dia, Não é tio?

ㅡ Claro que sim. ㅡ Jimin quem responde. ㅡ E ainda temos alguns dias livre. Vão passar o dia conosco na praia, eu irei adorar.

ㅡ Mas você promete que ainda vai voltar? ㅡ Jonny pergunta a ele. Jimin sorri e assente. ㅡ Tudo bem então...

Jimin me olha e suspira. As crianças permanecem abraçadinhas a nós, e carregam bicos enormes nos rostos.

Após nos despedirmos de todos, retornamos para casa, e no jantar, decidimos pedir algo já feito.

ㅡ Ai! ㅡ Jin diz do sofá.

Eu o olho rápido, assim como Jimin, e Namjoon corre parando ao seu lado.

ㅡ O que foi?

Jin não responde, apenas fecha os olhos e respira de modo rápido, tentando acalmar o que sentia.

ㅡ Isso dói... ㅡ ele reclama alisando a barriga.

ㅡ Hyung, está tudo bem? ㅡ pergunto me erguendo e indo até ele.

Namjoon senta ao lado do noivo, e alisa devagar a barriga. Jin encosta a cabeça sobre o ombro dele, e ainda resmunga de dor.

Eu comprimo o lábio, olhando apreensivo para Jimin, e vendo-o caminhar até nós, sentando no lado vago de Jin.

ㅡ Respira devagar. ㅡ ele diz.

Jin faz como pedido, e a mãozinha de Jimin repousa sobre a barriga.

Dura cerca de cinco minutos até que tudo passe. Jin suspira, e eu sei que ele está cansado, porque ele tem o semblante triste, e seus olhos o entregam, baixos e tristes.

ㅡ Poxa, eu nunca pensei que seria difícil assim. ㅡ digo baixo a Jimin.

Ele assente, suspirando e olhando para Jin no sofá.

ㅡ Teremos que ir no sábado, tudo bem?

Assinto.

ㅡ Tudo, eu achei que iriamos na sexta, mas sábado fica melhor, porque preciso fechar uma nota com meu pai.

ㅡ Se quiser eu posso voltar com Jiwan e você fica mais alguns dias. Não quero te atrapalhar.

ㅡ Você não atrapalha. ㅡ abraço-o pela lateral, depositando um beijo em sua bochecha. ㅡ Hoje é quarta, temos tempo.

Jimin assente e leva a atenção a Jin, que se ergue do sofá com ajuda de Namjoon, e sorri para nós.

ㅡ Irei deitar, boa noite.

ㅡ Boa noite, hyung.

ㅡ Boa noite Jinie. Se sentir qualquer coisa, pode nos chamar, tá?

Ele assente e manda um beijo no ar para nós. Nam acena e segura à mão do amado, caminhando devagar e guiando-o até o quarto.

ㅡ Woah, eu realmente não me imagino assim. ㅡ falo sentando em uma das banquetas da cozinha. ㅡ Você viu amor? Jin hyung é muito forte. Se fosse eu, com certeza já estaria chorando...

ㅡ Eu não acho Jungkook. Você é muito forte, mais forte do que imagina.

ㅡ Será? Acho que não sou tanto assim... Você e o Jin-hyung ㅡ olho-o e ergo meu polegar. ㅡ São dez!

ㅡ Bobo.

Jimin sorri e senta em minhas pernas, me enroscando em seus braços enquanto deixa beijos por meu rosto e boca.

Eu sorrio a cada beijo dado por ele, e então com cuidado nos ponho de pé. Jimin caminha à frente, boceja no trajeto, e é quando abrimos a porta de nosso quarto, que um chorinho leve nos atenta.

ㅡ Eu vou, vá descansar. ㅡ digo e deixo um beijo sobre a testa dele.

ㅡ Boa noite, amor. ㅡ ele diz, e me beija a boca.

Eu caminho até o quarto ao lado, encontrando Jiwan acordado, mordendo seus dedos, enquanto os olhos se atentam a tudo.

Busco-o do berço, deixando com que novamente encoste a cabeça em meu ombro, e eu sei que tudo isso é apenas manha, pois depois de cerca de vinte minutos, ele volta a dormir, e eu volto até meu quarto, encontrando Jimin já dormindo, com o abajur ligado, possivelmente a minha espera.

Eu deito a seu lado, desligando o abajur, me ajeitando a ele. Sinto-o se remexer de leve, e como de costume, Jimin me prende a suas pernas, jogando um braço ao meu redor, e deixando o rosto bem próximo ao meu.

Posso dizer que no momento, estou feliz. Estou tranquilo, e calmo.

Porque tudo está bem.

[...]

ㅡ Eu não acredito que estou mesmo te dando tchau...

Vejo Sky se lamentar com Jimin. Os dois estão próximos ao carro. Namjoon hyung já tem o seu organizado, e eu termino de pôr minhas malas junto à de Jimin.

ㅡ Tio Ji... Como vou ficar sem você?

ㅡ Oh meu anjo... ㅡ Jimin sorri e abraça.

Vejo minha mãe se aproximando junto a Sun noona, e ambas têm o semblante triste e choroso.

ㅡ Eu não quero me despedir do meu netinho... ㅡ mamãe lamenta.

ㅡ Nem eu... ㅡ Sun diz logo ao lado.

Sorrio para ambas, e fecho o porta malas, indo até o banco de trás, e verificando se a cadeirinha de Jiwan está bem presa.

ㅡ Tio Koko! ㅡ ouço me chamar ao longe. Quando retiro meu corpo de dentro do carro, e olho adiante, vejo Jonny e Enddy correndo, logo atrás vem Junghyun e Hyejin.

ㅡ Chegamos a tempo, ufa. ㅡ Enddy diz pondo a mão no peito.

ㅡ Você achou mesmo que eu iria embora sem antes de ver? ㅡ falo olhando a garotinha. Ele ri e nega, esticando os braços para que pegue-a no colo.

ㅡ Fizemos um desenho maneiro. ㅡ diz Jonny. Enddy então me entrega o envelope customizado com purpurinas e borboletas. ㅡ Enddy deixou bem bonito para o senhor ficar bem feliz.

ㅡ Fizemos para o tio Ji também. ㅡ ela diz. Jonny então retira um envelope igualmente decorado do bolso e me entrega. ㅡ Ele está tendo conversa de adulto com a Sky, o papai disse que é feio interromper, então o senhor pode entregar depois?

ㅡ Claro, pequena. ㅡ busco o envelope das mãos de Jonny e ponho Enddy no chão.

ㅡ Não acredito que já estão indo. ㅡ Hyejin fala se aproximando. ㅡ É uma pena que não tivemos muito tempo juntos, meu trabalho sempre me deixa sem tempo...

ㅡ Tudo bem cunhada. ㅡ digo. ㅡ Vocês são muito bem vindos em Seul. ㅡ sorrio.

ㅡ Sentiremos saudade. ㅡ Junghyun diz, vindo até a mim e me dando um abraço apertado. ㅡ Vê se toma cuidado no caminho.

ㅡ Pode deixar. ㅡ assinto.

Minha mãe também vem até nós, me dando um abraço apertado e deixando palavras reconfortantes junto a lágrimas que segundo ela, já são de saudades.

Um a um vem se despedir de nós. Jimin arruma Jiwan em sua cadeirinha, e vai até Sun noona dar um último abraço.

Eu olho ao redor, suspirando talvez pela milésima vez, e busco meu celular, checando as mensagens, e vendo que não há nenhuma recém-recebida.

Então eu entro no contato de Yugyeom, e digito de modo doloroso, já sabendo o final de tudo.

Me: Você não vem mesmo, hyung?

Envio e vejo Jimin abraçar novamente minha mãe, pai, e toda a família.

Meu celular vibra, e como esperado, a resposta vem.

Yug: Desculpa, Kook, ainda não consigo fazer isso… Vai ser ainda mais difícil se eu te ver partir.

Suspiro, novamente, e, no fundo, até entendo e fico feliz que ele esteja de fato se tratando, mas a verdade é que partir sem se despedir de meu amigo, sabendo tudo que ele está passando, dói.

Me: Tudo bem, hyung, fique bem.

Assim que envio a mensagem, guardo o celular no bolso, e vejo Jimin falar algo a Jin, que já está sentado no carro de Namjoon, e então ele vem até mim, sorrindo.

ㅡ Vamos?

Liberando todo o ar, eu olho ao redor uma última vez, vendo todos os que se despediram de nós no canto, aguardando apenas nossa partida.

Assinto para ele.

ㅡ Vamos.

Jimin então sorri para mim, dando a volta no carro e sentando no banco do motorista.

ㅡ Até mais. ㅡ digo a todos, acenando.

Assim que entro e sento ao banco do carona, vejo minha mãe juntinha de minha sogra, e como os outros, sorri e acena.

Jimin então aguarda alguns segundos para dar partida no carro, e com muita dificuldade de deixar todos, inicia nosso caminho de volta.

Eu ligo o som, colocando uma música qualquer para tocar baixo, e então olho-o.

ㅡ Você está triste? ㅡ pergunto.

ㅡ Não... Só está doendo partir. Não sei, me apeguei a tudo isso.

ㅡ Eu também. ㅡ relaxo sobre o banco e ouço Jiwan fazer sua baguncinha particular. ㅡ Mas podemos voltar quando quiser. E eles também poderão nos visitar quando quiser.

ㅡ Precisamos de uma casa maior, lotadas de quartos, para receber todos de uma só vez. ㅡ ele comenta rindo.

ㅡ Imagina, a casa lotada? Céus, haja comida.

ㅡ Você é rico, pode comprar o quanto de comida quiser.

ㅡ Você também é, esqueceu?

Ele ri negando, e então fica em silêncio, olhando a estrada, pensativo.

Eu não ouso perguntar o que ele pensa, apenas deixo que tenha seu tempo quieto, e presto atenção à paisagem que passa.

ㅡ Kook-ah, em que estação você prefere casar?

ㅡ Minha nossa, você quer marcar a data do casamento? Sério?!

Jimin gargalha. Eu me ajeito ao banco e olho-o em expectativa.

ㅡ Foi apenas uma pergunta, amor. Fiquei curioso... Acho que casar na primavera deve ser lindo.

ㅡ Primavera? Mas acabamos de entrar no outono... A primavera será em seis meses, amor.

ㅡ Kookie, não é como se já não fossemos casados? Não há pressa, amor.

ㅡ Poxa... Eu já estava pensando em tudo. ㅡ sorrio. ㅡ Mas tudo bem.

ㅡ Casaremos na primavera.

ㅡ Isso é uma afirmativa?

ㅡ É uma certeza, eu prometo.

ㅡ Meu deus Jimin você vai me matar de amor.

Ele ri, buscando minha mão e entrelaçando a sua.

O caminho é calmo e tranquilo. Assim que chegamos a Seul, paramos em um restaurante para comermos algo, e essa parte foi bastante engraçada, visto que Jin estava completamente faminto, então enquanto Namjoon o empanturrava de comida, eu e Jimin nos divertíamos com ambos.

ㅡ Quando você tiver grávido, eu vou tirar fotos sua em seu momento de fraqueza. ㅡ Jin diz a Jimin, a boca cheia de comida.

ㅡ Ah não, o próximo a ficar grávido aqui é o Jungkook.

ㅡ Eu não. ㅡ digo rápido, negando com a cabeça.

ㅡ Sentar, você gosta né? ㅡ Jimin fala, fazendo Jin gargalhar e quase engasgar.

ㅡ E quem não? ㅡ falo a mesa, e até Namjoon dá de ombros.

ㅡ isso não é conversa para se ter com crianças a mesa. ㅡ Ele fala e aponta para Jiwan em meu colo.

Eu olho meu pequeno, completamente alheio ao mundo e sorrio.

ㅡ Tem razão. Vamos mudar o foco.

ㅡ Jinie, você recebeu a foto do ultrassom do bebê do Tae? Tão pequenino...

ㅡ Ah eu vi! ㅡ Jin se anima. ㅡ a coisinha mais fofinha, só uma bolinha ainda.

ㅡ Ele contou que o Yoon chora toda vez que segura à barriguinha, e o Hobi cai na gargalhada.

ㅡ Isso é verdade. ㅡ falo. ㅡ conversei com o Yoon hyung esses dias, e ele contou como está uma bagunça por lá.

ㅡ Imagine, três bebês, e agora mais um! Seria meu sonho? ㅡ Jin diz e olha para Namjoon. ㅡ Não, não seria não.

ㅡ Porque não? ㅡ pergunto.

ㅡ Porque imagine só, eu, cuidando de quatro crianças e do Namjoon? Credo, eu iria ficar doidinho.

ㅡ Amor! ㅡ Namjoon protesta. ㅡ Eu te ajudaria a cuidar.

ㅡ Sei, sei... ㅡ ele ri. ㅡ Jimin toparia algo assim?

ㅡ Eu não sei. ㅡ Jimin diz e me olha. ㅡ Somos muito atarefados. Talvez agora, não fosse o momento.

ㅡ Mas passamos a maior parte do tempo em casa, amor. Acho que não seria tão difícil.

ㅡ Não? Imagine você, ter que fechar notas de vinte cafeterias, e eu, precisando pintar, e às vezes viajar para outro país? Você daria conta, Kookie?

ㅡ Ah, ok, não. ㅡ nego rindo.

Jimin sorri, e continua a comer, mudando de assunto, quando a pauta é todos os países em que ele e Jin-hyung já viajaram.

Quando voltamos à estrada, nos despedimos de Nam e Jin, e vamos direto para casa.

Assim que entramos, suspiro olhando ao redor, e Jimin sequer para, apenas caminha até o sofá, e lá se joga junto à Jiwan.

ㅡ Deus, que saudade do meu lar. ㅡ ele diz.

Eu arrasto mala por mala e deixo-as no canto da sala, depois vou até eles, e me deito ao lado.

ㅡ Você falou com Yeji? A casa está bem organizada.

ㅡ Ela acompanhou a faxineira uma vez por semana, esse tempo que estivemos fora. Mas já avisei que estamos de volta, e segunda-feira ela está de volta para me ajudar.

ㅡ Tudo bem. ㅡ digo me espreguiçando. ㅡ Avisei ao Kihyun também.

ㅡ Eu ainda quero ver aquele safado, só pra tirar onda com a cara dele.

ㅡ Hyung, não seja assim. ㅡ sorrio.

ㅡ Não? Ele assume namoro com o Chae e finge de desentendido? Há quanto tempo você acha que estão juntos, e sequer nos contou nada?

ㅡ Meses. ㅡ digo e fico de pé. ㅡ Vou pôr Jiwan no berço.

ㅡ E eu vou tomar um banho. ㅡ anuncia.

Com o bebê sonolento nos braços, caminho até o quartinho e troco a roupa e a fralda, colocando-o no berço e logo vendo-o adormecer.

Quando vou para o quarto, ouço Jimin cantar debaixo do chuveiro e sou rápido a retirar minhas roupas e entrar lá também, dando um leve susto nele.

Tomando banho, juntos, eu e Jimin ficamos abraçados por minutos, saindo apenas para colocarmos nossos pijamas velhos e deitarmos totalmente esgotados a cama.

Quando o dia amanhece, é Kihyun quem bate à nossa porta logo cedo, chorando por quarenta minutos seguidos, apenas por constatar que Jiwan agora tem seu primeiro dentinho, e ele não viu acontecer de perto.

Eu e Jimin decidimos deixá-lo o tempo que quisesse com Jiwan, e sinceramente acho que isso seja bom, a constar que ele também é pai do nosso bebê.

ㅡ Você acha que isso vai ser complicado a explicar a Jiwan no futuro? ㅡ Jimin pergunta.

ㅡ Diz a questão dele ter três pais? ㅡ ele assente. ㅡ Sinceramente, acho que não. Tudo vai da nossa criação, amor. Se explicarmos direitinho, desde o começo, ele entenderá.

ㅡ É... Seria tipo os bebês dos Kim's... Eles têm três pais, né?

ㅡ Basicamente. ㅡ sorrio.

Quando Kihyun aparece com o rosto vermelho e os olhos inchados, segurando o bebê que tem seus cabelos entre os dedos, eu sorrio e vou até ele, dando-lhe um abraço forte.

ㅡ Senti saudade, hyung. ㅡ digo.

ㅡ Sentiu nada, vocês nem estavam pensando em voltar, tenho certeza disso...

ㅡ Ora, deixe de falar bobagens, é claro que já estávamos pensando em voltar. ㅡ Jimin diz, passando por nós e se jogando no sofá. ㅡ Jinie apenas nos apressou.

Eu peço para que Kihyun fique para o jantar, e ele sequer pensa em recusar.

O dia é com ele totalmente grudado a Jiwan, e a noite, é complicado quando ele precisa ir embora.

Os dias passam assim.

Jimin voltando a pintar, Yeji voltando a ajudá-lo, eu trabalhando como nunca, e tendo sempre a visita do Kihyun em casa, aproveitando cada segundinho que ele pode com Jiwan.

Quando passam-se três semanas, tudo já está habitualmente voltando ao normal.

Jiwan agora está com quase oito meses, e a cada dia fica mais esperto.

Seu costume de se arrastar pela casa, em busca do que for, fica ainda mais frequente.

Ele também começa a querer se apoiar aos joelhos e engatinhar, mas ainda sem força, fica como uma minhoquinha pela casa, se arrastando e fazendo com que comecemos a ter mais atenção a si.

Numa manhã, enquanto eu normalmente preparava o café da manhã, Jimin apareceu na cozinha.

Os cabelos todos de pé, o celular na mão, e os olhos arregalados.

Eu estranho sua atitude, e caminho até ele, preocupado por vê-lo em choque, parado a entrada, me olhando.

ㅡ Hyung, está tudo bem?

Jimin respira fundo várias vezes, e pisca, até que uma lágrima cai de seus olhos, e ele me entrega o celular.

Namjoon.

Franzo o cenho, vendo que se trata de uma ligação às oito da manhã, e ainda sem entender, resolvo pôr o celular no ouvido.

Gritos.

ㅡ Hyung? ㅡ falo assustado. ㅡ é o Jin?

ㅡ Jungkook? ㅡ ouço Namjoon praticamente gritar.

ㅡ Hyung, o que foi? Porque o Jin está gritando?

ㅡ Ele está gritando? ㅡ Jimin pergunta, voltando a si. ㅡ Meu deus. ㅡ e põe a mão nos cabelos, começando a andar de um lado a outro.

ㅡ Jungkook pelo amor de deus, o que eu faço? ㅡ Namjoon volta a gritar.

Eu olho ao redor, tentando raciocinar o que está acontecendo, e então ouço outro grito de Jin-hyung.

ㅡ Minha nossa, o que está havendo?

ㅡ A bolsa... ㅡ Namjoon faz uma pausa e ofega. ㅡ A bolsa dele acabou de estourar.

E é nesse momento que eu entendo tudo.

Pânico.

Grito.

Dor.

Bebês.

Os bebês irão nascer!

Continua...



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