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História UNKNOWN (JIkook) - Me desculpa


Escrita por: evyamaze

Capítulo 8 - Me desculpa


— Kihyun qual o seu problema?

Caminhei até o elevador, e o encarei de baixo, colocando as mãos na cintura. — Eu disse que não há mais nada para se falar entre a gente.

— Jimin, por favor... Eu sei que eu errei, mas eu só quero 5 minutos, vamos conversar.

— Não há nada para conversar, que inferno! — bati o pé no chão o assustando, e fazendo o porteiro nos olhar.

Aliás, se tem um porteiro aqui, como porra kihyun conseguiu entrar?

— 5 minutos, e nada a mais... — ele me olhou implorando, e infelizmente ainda sou fraco demais para não cair nessa.

— Beleza, 5 minutos. Mas você não vai entrar no meu apartamento!

— Sem problema, podemos dar uma volta?

Assenti ainda me sentindo um tolo, e caminhei para fora do prédio.

Estávamos andando lado a lado na calçada, e Hyun parecia um tanto nervoso.

— olha, você pode começar a falar se quiser. — disse o olhando, e o vendo assentir rápido.

— É... Como você está? Digo como o bebê está?

— Estamos ótimos, mas foi pra isso que queria tanto conversar? — parei de frente a um playground público que havia perto. — Você poderia ter perguntado lá.

— Não. — ele negou rápido com as mãos, ainda nervoso. — Quer dizer, sim. Eu quero saber como estão, mas não é isso que eu quero conversar com você.

Assenti olhando-o e vendo sua inquietude.

— Podemos nos sentar ali? — ele apontou e me virei para olhar.

Era um banco de concreto em meio ao playground, possivelmente para os pais que trazem suas crianças, descansarem.

— Ok hyun, mas lembre 5 minutos.

Ele assentiu e caminhou comigo até lá. Sentei-me primeiro, e dei espaço para que sentasse ao lado, mas não tão junto de mim.

— Pode começar. — disse olhando para frente. Não queria o encarar, pois poderia ceder fácil.

— Primeiramente Desculpa. — o olhei com cara de "sério, de novo?" — Estou falando sério jimin, por favor, me desculpa.

— Pelo quê?

— Por ter te destratado, por te diminuir, e por querer interromper a gestação sem saber a sua opinião primeiro.

Respirei fundo, e decidi o olhar.

— Hyun, você me magoou muito... Você nem quis conversar. Poxa, você apenas me humilhou e não se importou. Foram três meses, três meses que você não nos procurou.

— Eu sei, eu sei, mas jimin entenda... Eu sempre tive medo de ser pai, por causa da minha infância.

— Isso não tem nada a ver hyun, você podia ser um pai muito melhor do que o seu foi.

— Eu sei, e é por isso que estou aqui. Jimin eu quero isso. Eu quero ser o pai que eu não tive, eu quero participar de tudo... Você pode não me perdoar, mas não me afaste do meu filho, por favor.

— Eu te afastar? Você mesmo se afastou hyun... Por que não nos procurou em três meses?

Ele abaixou os olhos e pareceu querer chorar.

— Diz... Porque não nos procurou?

— É difícil... Eu não podia te contar, eu... Jimin eu estou com uns problemas, e fiquei com medo de atrapalhar a vida de uma criança com isso.

— Que problema hyun? — o encarei, mesmo que seu olhar ainda permanecesse baixo.

— Não importa, o que importa é que eu quero esse bebê, eu quero ser o pai que ele merece, quero me redimir.

— Olha, por mais que eu queira, eu não posso te afastar. Legalmente você tem direitos paternos sobre essa criança assim como eu.

Ele levantou o olhar, e seus olhos pareciam ter esperança.

— Mas eu não irei voltar. Você pode ser o pai que quer ser, até porque não posso impedir, será assim... Você lá e eu cá. Nossa história já acabou.

— Mas jimin...

— Não hyun, está decidido. Minha vida está indo para frente, eu sou independente agora.

— Mas eu já te pedi desculpa pelo que disse...

— Eu sei, e eu já te desculpei, mas não iremos voltar. É isso. — me levanto e ele fica de pé no mesmo instante.

— Não irei insistir porque sei que errei demais.

Assenti e comecei a andar de volta para meu apartamento.

— Mas me diga... Você já sabe o sexo?

O olhei e ele parecia inseguro, talvez estivesse com vergonha de tudo o que fez.

— Ainda não, mas seu nome será Jiwan.

— Oh, já escolheu o nome? — ele parecia estar surpreso. — Desculpa não participar disso junto a você, mas Jiwan é um lindo nome.

— É, é sim. Park Jiwan. — disse e o vi parar por um segundo me olhando.

— Ele... Ele terá apenas o seu sobrenome?

Virei-me para ele tentando entender qual o problema, porque há um dia pelo que saiba a criança não importava em nada para ele.

— Sim, algum problema?

— É que... Por pior que seja, eu... Eu sou o pai dela também, né?

— Há um dia você não queria saber como estávamos, e agora quer até dar o seu sobrenome?... Não entendo você.

— Jimin, olha. — Ele segurou meus braços. — Eu não tenho muito tempo... É difícil te explicar agora, mas tudo que eu tenho, é dessa criança.

— Como assim não tem muito tempo? O que aconteceu com você?

— É complicado... Mas estou sendo verdadeiro com você... Faremos assim, ele não precisa ter meu sobrenome, mas me deixe entrar no registro, me deixe por em sua certidão que eu sou seu pai biológico. — ele parecia suplicar.

Novamente estranhei. Kihyun nunca implorava por nada, ainda mais algo que ele parecia não ligar.

— Ok hyun, como já te disse esse é um direito seu. Pode pôr o seu sobrenome se quiser também, mas, por favor, não me faz arrepender.

Ele assentiu sorrindo e em impulso me abraçou. Fiquei paralisado, e ele se afastou meio envergonhado.

— Yoo park jiwan... — ele murmura para si mesmo com um sorriso besta na cara.

— Nada disso! Se quiser, será Park Yoo Jiwan, ou ficará Park Jiwan apenas.

Ele sorriu e negou.

— Park Yoo Jiwan é lindo.

Sorri para ele, me sentindo um tolo por ser tão besta por ele, ao ponto de sorrir com o nome do bebê tendo o seu sobrenome.

— Agora tenho que ir. — digo me virando para frente, continuando a andar.

— Ah, sim... Eu deixei meu carro próximo, então te acompanho até o prédio.

Assenti e caminhamos devagar, vez ou outra conversando mais um pouco sobre o bebê.

Contei-lhe sobre o incidente do centro e como a gravidez era de risco. Também lhe contei de quantas semanas estava e ele a princípio não entendeu bem, mas assim que converti em meses, ele compreendeu.

Sei que parece besta, e que depois que tudo que ele fez, ele não merecia nem um "oi" meu, mas eu sou mole demais, e sei que essa criança precisará dos dois pais ao seu lado, e mesmo não estando mais junto a ele, adorarei ver hyun como o pai que ele tanto diz que quer ser.

Despedimo-nos, e enfim entrei em meu apartamento, tirando os sapatos e me jogando no sofá, aliviando meus pés que doíam um pouco e lembrando-se do dia louco que tive.

[...]

No dia seguinte acordei com uma vontade tremenda de comer abacaxi, então tratei de levantar, tomar um banho e correr para a cozinha atrás da fruta.

Com rodelas de abacaxi em um prato, sentei em meu sofá e liguei a tv, onde passava algumas notícias.

Me surpreendi com o rosto de Kihyun na tela, e tratei de aumentar o som para entender do que se tratava.

— O CEO da Kabum Entertainment, Yoo Kihyun, anunciou hoje em suas redes sociais que será pai. Seu ex-noivo, o pintor Park Jimin, está à espera de um bebê. A notícia é bombástica, mas não tão bombástica quanto o fato, do próprio kihyun, dizer junto à notícia da paternidade, que está com uma doença grave e que se afastará por tempo indeterminado para tratamento. Ainda não temos notícia sobre esse fato, mas assim que possível traremos em primeira mão.

A moça da TV falou e minha cara foi no chão no mesmo momento.

Kihyun havia falado sobre a gravidez, assim? Sem nem me falar antes? E essa doença? Porque ele não me contou nada?

Busquei meu celular, e procurei seu contato que havia salvado recentemente.

Com as mãos tremendo, digitei uma mensagem.

ME: Hyun é verdade o que vi na tv?

Sentei encarando o celular, à espera de uma resposta, mas nada veio.

Decidi retornar a comer meu abacaxi, mesmo com o coração na mão, e de olho no celular.

Quando a tela brilhou, não demorei 2 segundos e a desbloqueei.

Hyun: Sim, desculpa não ter te contado ontem, fiquei com medo de te assustar.

Me: então foi por isso que voltou? Que doença é essa?

Hyun: Tenho um problema no coração... Estava me tratando no Japão, mas acham que somente um transplante pode resolver meu problema.

Me: Japão? Então você já sabe disso antes mesmo da gente terminar?

Hyun: Sim, há um ano e meio mais ou menos. Esse foi o principal motivo para eu não querer o bebê naquela época... Sei que não justifica, mas eu estava com medo de ter uma criança que não teria um pai assim como eu, mas eu vi o quão forte você é sozinho, e sei que mesmo se eu morrer, você consegue o criar para ser uma ótima pessoa, então quero participar até enquanto der.

Senti um chutinho na barriga, e uma lágrima desceu por meu rosto.

Isso significava que ele estava morrendo? Que apenas um transplante o salvaria?

Me: Não há outro jeito? Um tratamento?

Hyun: Há, sempre há. Estou com o melhor médico, mas ele foi bem franco comigo e explicou que o tratamento só me dará uns dias a mais enquanto espero, mas que preciso do transplante para viver o mais rápido possível.

Me: Meu deus hyun, eu sinto muito...

Hyun: Não sinta jimin, estou grato que você tenha permitido que participe da vida do nosso filho, mesmo que por pouco tempo.

Me: Não fala assim, você viverá muito ainda, e achará uma solução para isso.

Hyun: agradeço as palavras, mas o futuro é muito incerto.

Bom, agora tenho que ir, terei que fazer um exame agora pela manhã e em seguida uma reunião.

Me: Ok, não se esforça muito, e me deixe informado de tudo ok?

Hyun: ok.

Bloqueei novamente a tela do celular, e fiquei de pé, guardando o abacaxi na geladeira, pois toda a fome havia sumido.

Meu celular vibrou novamente sobre o sofá, e o peguei para verificar.

Jeon: Eu acabei de ver seu rosto na TV?

Me: Sim.

Jeon: a notícia sobre o pai do bebê é real?

Me: Infelizmente sim, fiquei sabendo hoje também.

Jeon: Nossa... Sinto muito, como se sente?

Me: Assustado.

Jeon: cuidado, não se estressa muito ok? Pode fazer mal para o bebê.

Me: Muito obrigado por se importar conosco jungkook.

Jeon: Sem problemas, só tenta descansar.

Me: Será que podemos remarcar o café? Tudo isso caiu como uma bomba em cima de mim.

Jeon: Claro jimin, não há problema algum. Eu não sei como está se sentindo, mas imagino que seja difícil.

Me: Você é um anjo. Podemos marcar para jantar no próximo domingo? Acho que te devo um jantar...

Jeon: Claro, então próximo domingo :) agora trate de descansar, e não hesite em me ligar caso precise de algo, eu irei correndo.

Me: Novamente, muito obrigado anjo.

Jeon: Você me chamando de anjo é fofo, hyung.

Jeon: Ops, jimin*.

Sorri para sua tentativa de humor.

Me: Não sou fofo, já disse, estou grávido, mereço respeito.

Jeon: Ok, então você é um grávido fofo respeitável.

Me: Ok, Ok... Eu desisto

Jeon: hahaha espero que fique bem jimin-ah ��

Me: Eu ficarei obrigado anjo.

Continua...



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