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História Unknown Prohibited Love - Jikook - Strange People Around Me


Escrita por: bad_user

Capítulo 2 - Strange People Around Me


De manhã, senti alguma coisa gosmenta e gelada tocando meu rosto, de cima a baixo, minha pele ficava molhada, e com um aspecto nojento.

Tento abrir os olhos, vejo Gureum insistindo profundamente em continuar lambendo meu rosto.

ㅡGureum! ㅡ Empurro ele para o outro lado da cama. O problema é que a cama não tem outro lado, pois é de solteiro ou seja, Gureum caiu no chão ㅡ Aish! Desculpa Gureum!

Levanto da cama e me abaixo para ver como Gureum está. Ele é muito pequeno, eu tenho que tomar mais cuidado, e tenho que pegar logo minha cama, pelo menos nela tem outro lado aonde eu posso empurrar Gureum e ele não se machucar.

Olho para o relógio, 5:49 da manhã. Gureum me acordou 11 minutos antes da da hora certa.

Mesmo se eu me deitar de novo, ele vai acabar me chamando novamente pois ele está com fome.

Preencho o pote de ração de Gureum, e o coloco fora do meu quarto. Ele faz muita bagunça comendo e eu não quero ter que arrumar toda essa bagunça depois.

Vou até a cozinha, mas só tem apenas um mesa de jantar com duas cadeiras. Esqueci que agora morava sozinho e que não tinha nenhum móvel na minha casa, a não ser uma cama e um guarda-roupa.
Mas não tem problema, posso tomar café em alguma cafeteria próxima da delegacia até eu poder comprar meu fogão.

Vou até o banheiro para poder tomar um banho. Mas não tem água quente, que maravilha.

Acabo tomando banho gelado, saio do box morrendo de frio, e pra piorar eu não trouxe o casaco que veio junto com a farda. E provavelmente eu não vou poder usar minha jaqueta por cima da farda.

Saio e desço as escadas para ir em direção ao meu carro. Chegando no térreo vejo um homem loiro fumando um cigarro próximo das grades do prédio.

ㅡCom licença. O senhor por acaso sabe se o zelador do prédio vai estar aqui hoje?

O homem se vira e olha para mim com olhos assustados, como se estivesse com medo de mim ou algo do tipo. ㅡNão sei. ㅡ Ele me responde com a voz seca

ㅡSabe ao menos o nome do sujeito, ou o número, quem sabe?

ㅡNão, er... Eu tenho que ir. Tenha um bom dia. ㅡ Ele sai andando as pressas.

Hum, okay. Muito estranho. Mas tudo bem, talvez seja tímido, ou tenha fobia social. Mas é bem estúpido ter fobia social e se mudar para um prédio. Ou talvez não, esse prédio é tao silencioso. Parece que quase não tem moradores.

Entro no meu carro e começo a dirigir em direção da cafeteria que eu havia visto perto da delegacia. Vou tomar café e vou trabalhar. Infelizmente não terei minha escova de dentes, para escovar depois, mas fazer o que não mesmo?


                                   ㅡ•ㅡ


Estaciono meu carro em uma vaga próxima da cafeteria.
Entro nela, logo o cheiro de café fresco entra pelos meus narizes. Era óbvio que eu iria pedir um café, acompanhado de rosquinhas. Afinal, agora não tenho minha mãe para dizer que não posso comer rosquinhas no café.
Mas tenho que me controlar, não é porquê eu estou morando sozinho que agora eu vou engordar. Não posso ser o tipo de policial que passa o dia sentado comendo rosquinhas sem dar a mínima para ocorrências.

Sento-me um dos banquinhos próximo ao balcão e pesso ao garçom um americano, e meia dúzia de rosquinhas de chocolate. Ele anota os pedidos sem olhar para o meu rosto e vai em direção da cozinha.
Noto uma leve agitação lá dentro, como se elea tivesse comentando algo que tivesse acontecido. Noto também, que um rapaz alto de cabelos curtos e verdes ㅡ provavelmente um dos garçons ou cozinheiros ㅡ fixava friamente seus olhos em mim. Como se a todo momento o rapaz queria o tempo todo reclamar de algo que eu tivesse feito. Era assustador a maneira como ele me encarava, mas o pior de tudo era: Porquê todos estavam me encarando hoje?

ㅡSeu café ㅡ O rapaz de cabelos verdes entrega o copo em minhas mãos ㅡ E sua meia dúzia de rosquinhas de chocolate.

Sua voz era grossa, e o jeito que ele se referia a mim o deixava mais assustador que seu própio olhar. Coragem Jeon! Você é um adulto, e é um policial, não deve se deixar intimidar por apenas olhares.

Mas era realmente muito assustador.

Agradeço e me levanto, saio pela porta e vou em direção do meu carro entro nele e começo a dirigir até a delegacia. Comendo minhas rosquinhas e dando leves goles no café. 

A delegacia era perto da cafeteria, eu poderia deixar meu carro estacionado ali mesmo. Mas do jeito que o garoto me olhou eu achei melhor levar o carro comigo.

Estaciono meu carro ao lado de algumas viaturas. Levanto do carro, vou até a um lixeiro próximo e jogo a caixa de rosquinhas fora, afinal eu terminei.

Pego meu óculos no meu bolso e coloco no meu rosto, sim, depois de quase uma hora de sol na cara, eu resolvo colocar o óculos antes de entrar, sabendo que vou ter que tirar logo assim que entrar.

Entro com um grande sorriso no rosto. Confiante, começo andar em direção sala do delegado mas sou interrompido por um homem na minha frente.

ㅡO garoto. Você está do lado de dentro, já pode tirar os óculos. E o sorriso de coelho da cara também. Aqui é a delegacia. Não o parquinho.

ㅡTaekwon! ㅡ O delegado aparece na porta da sua sala. ㅡ Deixe o garoto em paz, ele acabou de chegar.

ㅡUm novato. Que interessante. Ele parece que tem jeito para isso. Mas ainda sim parece tão bobinho. ㅡ O mais alto se afasta.

ㅡNão ligue para ele ㅡ O delegado me puxa para sua sala ㅡ Ele é assim com quase todo mundo.

Ele me manda sentar em uma cadeira. O mesmo senta em sua própria e começa a digitar alguma coisa no seu computador.

ㅡJeon Jungkook, certo? ㅡ Balanço a cabeça confirmando ㅡ Oficial Jeon a partir de hoje. E a mim, você se refere como Delegado Zhang, entendido?

ㅡSim senhor.

ㅡÉ, acho que não tem nada que eu precise saber a mais. ㅡ Ele avalia minha ficha ㅡ Você tem alguma duvida Jeon?

ㅡSim, onde é minha sala?

ㅡSala? ㅡ Ele começa a rir ㅡ Você é novato Jeon, seu lugar é naquelas 4 mesinhas fo lado de fora. Ao sair da minha sala é a primeira mesa a sua direita. Provavelmente você não tem nada para botar em cima ainda certo?

ㅡRealmente não.

ㅡTente manter sua mesa sempre organizada Jeon. Eu tenho esperança de que você vai ser um ótimo policial, então não me decepcione.

ㅡSim senhor.

ㅡObrigado. Dispensado. ㅡ Ele se vira e continua mexendo em seu computador

Saio da sala e vou até a mesa que me foi indicada. Ela estava uma bagunça, bem eu prometi ao delegado que manteria arrumado, então é isso que vou fazer.

Começo arrumando os documentos espalhados pela mesa, eles podem ser importantes, então guardo todos em uma pasta vazia dentro da gaveta.

Tiro a poeira do computador e do telefone que havia em cima da mesa, tiro alguns dos álbuns de figurinhas incompletos e coloco em uma caixa.
Abro o pequeno armário debaixo da mesa, e de dentro dela caem vários papéis, bonecos, caixas de doces velhos, e umas 2 revistas da playboy. Talvez eu venha ter um grande trabalho aqui.


                                 ㅡ•ㅡ


Coloco os pertences do antigo dono da mesa dentro de uma caixa, e todos aqueles papéis foram organizados em pastas, mas o que não foram e que não tinham mais utilidade foram jogados no lixo.

ㅡCom licença? ㅡ Um homem de estatura média e cabelos pretos se aproxima da caixa em cima da mesa ㅡ Eu só vim pegar as minhas coisas.
ㅡAh sim. Estão ai na caixa.
ㅡTá certo eu vou indo ㅡ Ele pega a caixa de cima da mesa, mas para por uns instantes para olhar para mim
ㅡO que foi?
ㅡNada não. Tenha um bom dia ㅡ E sai

Hoje o dia está muito estranho. Todos me encarando torto, ou com medo. Eu tenho certeza de que tomei banho hoje. Será que tem alguma coisa no meu rosto?

Pego meu celular para poder olhar meu reflexo, não tem simplesmente nada no meu rosto. Olho para minha farda, também não tem nada. O que será que tanto olham? Seria talvez minha beleza irresistível?

Não Junkook, chega de narcisismo.

Sento-me na mesa e começo a trabalhar de verdade, não sei o que realmente tenho que fazer, mas com o tempo talvez eu pegue o jeito da coisa.


                        ㅡ•ㅡ


Olho para o relógio, 18:00 em ponto.

Passei o dia inteiro sentado messa maldita cadeira, atendendo telefonemas e registrando ocorrências. Eu me senti trabalhando com telemarketing, ao invés de ser policial.

Estava cansado e irritado, me senti trouxa, iludido.

Eu assistia filmes policiais na tv e eu achava que sempre era uma eterna aventura. Sempre em perseguições policiais. Encontrando drogas, participar de tiroteios. Mas eu não tenho minha arma. E também não tenho algemas, ou seja, não posso prender ninguém também.

Levanto da cadeira e vou andando em passos curtos até a saída. Sou empurrado por Taekwon, que passa rápido pela minha frente, e nem diz ao menos uma "boa noite", mas tudo bem, já deu pra entender que ele me odeia sem motivo algum.

Entro no meu carro e começo a dirigir até minha casa, ligo para a equipe de mudança. E sigo meu caminho, porém noto que havia uma mensagem de Soo, ele queria falar comigo de novo. De qualquer jeito, esrou com fome, iria passar lá de qualquer jeito.


                          ㅡ•ㅡ 


Depois de deixar meus móveis em casa, vou até o restaurante de Soo, onde o mesmo já me esperava, porém não na cozinha, e sim sentado em uma mesa bem no centro do local.

Soo não estava vestindo sua roupa de cozinheiro. Vestia um terno preto, seu cabelo estava muito bem pentiado. É estranho vê-lo assim. Desde que ele comprou o restaurante ele não veste nada além da farda. Bom, pelo menos quando eu o vejo, ele está sempre de farda.

ㅡJungkook! ㅡ Ele me chama assim que me vê enquanto eu me aproximo da mesa

ㅡOi Soo ㅡ Falo sem humor

ㅡNossa, até perdi minha alegria.

ㅡDesculpa, mas hoje no trabalho foi um saco. E ainda teve o negócio de jr pegar meus móveis, que por sinal foram pouquíssimos, só as coisas que estavam no meu quarto.

ㅡVocê não pegou nem seu PlayStation?

ㅡPeguei, mas o que adianta? A tv é da minha mãe. Foi ela que pagou.

ㅡPelo visto alguém vai ter que juntar dinheiro.

ㅡVou sim, mas não por isso.

ㅡAh, já sei, para comprar minha pulseira né?

ㅡNão cante vitória antes da hora Soo. Eu que vou ganhar.

ㅡEntão tá. Bom, eu te chamei aqui pra você jantar. Eu imaginei que sua mãe não deixaria você jantar lá, e nem ramén você tem em casa. Mas só por hoje.

ㅡEntão a partir de amanhã eu me viro?

ㅡEr. Tecnicamente sim. Eu pedi kimchi apimentado pra gente okay?

ㅡOkay. Valeu Soo.

Ele sorri para mim, e eu sorrio de volta. Logo os ensopados chegam e começamos a comer.

Fico olhando o local, mas meus olhos param num vidro que separam a cozinha do salão. Um dos cozinheiros olhava fixamente para mim, me olhava sério, sem em nenhum momento mudar sua expressão.

ㅡSoo? Quem é aquele homem me encarando da cozinha?

Ele se vira para poder olhar para o vidro ㅡAh, é o Seong, sub-chefe da cozinha. Ele cozinha muito bem, por sinal.

ㅡAh, entendi.

Tentava manter meus olhos longe do vidro, mas não havia muitos locais para olhar, então meu olhar sempre batia no rapaz de cabelo preto no vidro.

Após o jantar, o mesmo rapaz recolheu os pratos, seus olhos continuavam penetrando friamente na minha alma.

Soo me levou para o lado de fora do restaurante, onde estava sua picape, com uma geladeira e um fogão em sua "mala".

ㅡHum, okay, o que isso? ㅡ Perguntei me referindo ao fogão e a geladeira.

ㅡUm presentinho.

ㅡO que? Não mesmo.

ㅡSim, sim mesmo. Esse fogão e essa geladeira eu não uso mais. Eu comprei uma geladeira melhor e um fogão maior então você pode ficar com eles.

Soo era definitivamente o melhor amigo que podia se ter. Ele ainda se ofereceu para levar o fogão e a geladeira pra casa. Agradeci e seguimos caminho.

Arrumamos os móveis na cozinha, já estava ligados e funcionando.

Amanhã mesmo vou fazer compras, agora finalmente vou poder cozinhar minha própia comida, ou pelo menos não tentar queimar.


                          ㅡ•ㅡ


Fábrica Abandonada nos afastamentos de Seoul ㅡ 20:44 da noite


ㅡHoje eu vi o mesmo policial que Hobi havia falado de manhã ㅡ O rapaz alto de cabelos pretos falava se referindo a um rapaz loiro a sua frente

ㅡO mesmo que todos os outros viram só hoje? ㅡO loiro pergunta

ㅡSim ㅡ Ele responde engolindo seco

ㅡE eu posso saber o por que pra vocês ele é tão ameaçador?

ㅡEu não sei. Mas ele passa uma imagem queㅡ O loiro o interrompe

ㅡParem de me dar desculpas! "Ele passa uma imagem" Me poupe! Eu não ligo pra porcaria da imagem! 

ㅡDesculpe-me.

ㅡTanto faz. Só me faça o favor de descobrir o apartamento em que ele mora e o que ele vai fazer essa semana. Min!

ㅡEu. ㅡ Um moreno mais baixo se desencosta da parede e vai até o loiro

ㅡVocê vai seguir esse garoto a todos os lugares que ele for. Não importa aonde ele vá, você vai atrás. Mas tomando cuidado!

ㅡOkay ㅡ O moreno mais baixo concorda sem dar a mínima.

ㅡAgora se vocês não se importam, eu não quero ser incomodado. Vão fazer qualquer idiotice, mas me deixem em paz. ㅡ Ele entra em uma sala 

O loiro se senta numa cadeira preta giratória atrás de uma mesa cinza escuro, pega sua arma em cima da mesma e fica observando passando ela entre suas mãos.

ㅡEsses patéticos vão ver que nem um policial é invensível. Nem mesmo esse oficial de bosta. Agora, o que você tem de tão amendrontador para quase todos os meus homens terem medo de você?



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