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História "Unmei" - "Unmei XXVI"


Escrita por: AloneMinHae e AloneMinMoon

Notas do Autor


Olá pessoas!! Resolvi trazer mais um capítulo para vocês!! Comentem para que eu saiba o que estão achando!! Vejo vocês nos próximos capítulos! E estamos entrando em reta final!

Capítulo 26 - "Unmei XXVI"


                       K •◦⊰◊⊱•◦T

Foram dois dias atoa, uma mistura de passeios pela cidade com todos, e os encontros apenas com Shouyou, nos últimos dois dias, ficamos mais próximos um do outro, cada vez mais carinhosos, e eu particularmente não consigo ficar muito tempo longe dele, e também não quero, à cada instante só quero conhecer mais dele, de absolutamente tudo que eu puder, quero que confie em mim, para que quando nos tornarmos esposos, não exista nenhum mal entendido entre nós, para que num futuro não tão distante assim, possamos ser muito felizes juntos.

Depois de ficar a par de toda a situação, Shouyou me disse que nossa única esperança provinha de falar com o padre, este que havia acabado de voltar para a cidade, e como combinado com Yachi, estávamos indo encontrar ele, confesso que estou nervoso e ansioso, dependo do que ele disser, estaremos cada vez mais perto da bruxa, ou simplesmente perderemos todas as nossas esperanças.

O caminho até a igreja foi rápido, a casa de Hitoka era bem perto, e o caminho todo foi praticamente em silêncio, todos estavam tensos, até Nagi que era um animal, estava mais quieto do que o normal, assim que entramos na igreja, encontramos o padre sentado em dos bancos, ele abriu um enorme sorriso ao ver a pequena, que correu para abraçá-lo, eles pareciam ter uma relação muito boa.

– Meu pequeno pardal vejo que conseguiu mais amigos.- Ele sorriu docemente em nossa direção, e logo voltou o olhar para a garota.- O mercado só abre à noite, então creio que vieram falar sobre outra coisa. 

– Padre, temos que conversar seriamente, na verdade eles precisam falar com você.- A garota aponta para mim e para Shouyou, e o ruivinho dá um passo à frente.

– Nós precisamos da sua ajuda, queremos encontrar uma mulher.- O padre suspira calmo, e eu sinto Hinata apertando minha mão.

– Eu conheço muitas mulheres, preciso de alguma informação, nome ou aparência.- O senhor pede calmo, e Yamaguchi pega o papel com o desenho da mulher, o entregando ao padre.

– Procuramos Okamoto Sayuri, a mulher desse panfleto.- Comento baixo, e a expressão no rosto do padre se torna séria.

– O que vocês querem com essa mulher?- O homem à nossa frente aperta o papel em seus dedos, nos encarado.

– Precisamos que ela desfaça um feitiço que jogou sobre nós dois.- Hinata me puxa para a frente, e eu permaneço em silêncio.

– Eu não esperava que esse dia fosse realmente chegar, por favor Yachi, os leve para a sacristia, irei fechar a igreja.- O padre nos devolve o papel, e segue até as portas.

Em silêncio seguimos Yachi até a sacristia, nos sentamos em volta da mesa, permanecemos quietos até o padre entrar na sala, ele parecia um pouco nervoso, mas não falou nada enquanto retirava a batina, respirando fundo, o mais velho se sentou à mesa, suas mãos juntas e o olhar que antes era sério estava parecendo triste e melancólico.

– Algo me diz que o senhor conhecia a bruxa.- Oikawa é o primeiro a falar, atraindo a atenção do padre.

– De fato eu a conhecia, você também Yachi, afinal é da sua mãe que estamos falando.- Os olhos de Yachi se arregalam, e o silêncio incômodo surge em toda a sala.

– Como? Minha mãe se chamava Sayumi, Hitoka Sayumi.- Ela bate na mesa, e o padre suspira. 

– De quem você acha que herdou os seus poderes?- O senhor pergunta calmo, e ela negou com um balançar de cabeça.

– Do meu pai, o senhor me disse que ele era um grande bruxo.- A mais nova se exalta, e o padre segura sua mão.

– Seu pai era um guerreiro, um muito forte, mas nunca foi um bruxo, e sua mãe se chama Okamoto Sayuri antes de se casar com o seu pai.- Ele aperta a mão da garota, e nos olha por um tempo.- Eu preciso conversar com os três, a sós, por favor. 

– Vamos esperá-los do lado de fora.- Yamaguchi fala baixo, e saí junto aos demais da sala, nem Nagi ficou.

– Padre pode me explicar toda essa história?- Peço baixo, eu não sabia o que dizer ou fazer.

– Tudo começou a quase vinte anos atrás, em uma noite chuvosa, uma jovem garota e seu noivo vieram se abrigar na igreja, Sayuri estava grávida de três meses na primeira vez que nos vimos, Yachi você é identica à sua mãe, exceto pela cor dos olhos que herdou do seu pai, te ver me lembra ela à todo instante, desde que eles vieram para cá, a igreja ficou mais animada, todos os amavam, e quando eles se casaram foi uma festa enorme, Sayuri ficava cada vez mais bonita, e quando você nasceu pequena sua mãe estava radiante, mas com o passar dos dias ela começou a ficar doente, e enquanto você crescia forte, sua mãe estava cada vez mais fraca, e num dia qualquer ela veio se confessar na igreja.- O padre carregava um olhar melancólico, distante e vago, ele realmente parecia se sentir mal com tudo.- Sayuri me contou que bruxas normalmente não podiam ter filhos, seus corpos são como receptáculos de pura magia, portanto gerar uma criança é altamente perigoso para a mãe, as vezes a bruxa morre no parto, ou o bebê morre assim que nasce, de alguma forma era assim, Sayuri te amava tanto que decidiu que sua vida era mais importante Yachi, e antes de você nascer ela se enfeitiçou, junto a uma criança qualquer, um príncipe de um reino distante, que nunca fosse a encontrar.

– Mas no final ela enfeitiçou mais de uma criança, certo?- Pergunto, e o padre balança a cabeça em concordância.

– Infelizmente está certo alteza, o feitiço que ela usou era poderoso demais, ela me disse que ele usaria a vida de outra criança para salvar a vida da sua filha, mas Sayuri tinha uma saúde extremamente frágil, e apenas ela não foi suficiente, coincidiu que quando ela te enfeitiçou Kageyama foi o dia em que o príncipe Hinata nasceu, ambos foram presos em algo que não tinham culpa, em um desejo egoísta de uma mãe que desejava salvar a filha acima de si mesma, e eu sinto muito por vocês dois.- Hinata parecia atônito ao meu lado, e eu não queria acreditar no que estava escutando.

– Quer dizer que a mãe dá Hitoka é a mulher que me amaldiçoou, para que a filha ficasse viva, e agora o meu noivo está morrendo, e para melhorar Sayuri está morta?- Grito, eu sentia a raiva me consumir, tudo estava dando errado no momento.

– Yachi pode desfazer o feitiço não pode? Me diga que ela pode fazer isso! Eu não quero morrer!- Hinata também grita, e Yachi nos olha quieta.

– Ela não pode.- O padre fala alto, parecia tão perdido como nós.- Um feitiço só pode ser desfeito por quem o fez.

– Está me dizendo que ele vai morrer? Simples assim?- Pergunto exaltado, como as coisas poderiam ser assim?

– Tobio se acalma.- Shouyou pede, e eu acabo me levantando.

– Como quer que eu me acalme? Você vai morrer Shouyou! Por culpa dela!- Aponto para Yachi que estava quieta, chorando baixinho.

– Ela não tem culpa! Assim como você e eu, somos apenas vitimas, eu também não acho que Sayuri estava errada, era a filha dela!- O menor grita comigo, e eu não consigo acreditar que ele poderia estar a defendendo.

– Tudo bem Shouyou.- Passo por ele seguindo até a porta da sacristia.

– Onde você vai Tobio?- Shouyou me grita, mas eu não pretendo parar.

– Vou esfriar minha cabeça, já que você não consegue pensar direito na situação.- Passo pelos demais no meio do corredor, sentia minha irritação à flor da pele.

– Faça como quiser seu idiota!- Ouço ele gritar, mas não me dou ao luxo de responde-lo, por um momento eu só queria fugir da verdade tão dolorosa que havia acabado de escutar.

                      Q •◦⊰◊⊱•◦T 

Eu não fazia ideia de que horas era, mas já havia anoitecido, e eu apenas estava andando pela cidade, tentando colocar as ideias no lugar, a primeira coisa que eu faria assim que voltasse era pedir desculpas a Yachi e a Shouyou, eu confesso que explodi, eu somente não queria aceitar tudo que havia acabado de escutar, e me pedir calma naquele momento não ajudaria em nada, mas eu ainda estou errado de certa forma.

Continuei caminhando pela cidade, até chegar à uma pracinha, eu me sentei em dos bancos, e continuei à observar as pessoas passeando, casais andando de mãos dadas, pais brincando com seus filhos, todos em suas vidas felizes e pacatas, eu senti quando alguém se aproximou, e quando levanto meu rosto encontro Yachi, eu dei espaço para que ela se sentasse, e assim ela fez.

– Me desculpa por hoje mais cedo, eu só não queria acreditar que todas as nossas esperanças foram esmagadas em segundos.- Falo baixo, e escuto ela suspirar.

– Eu te entendo bem, afinal a minha vida foi uma mentira atrás da outra, eu nem sabia o nome da minha própria mãe.- Yachi comenta baixinho.- Se eu pudesse desfazer o feitiço, eu juro que faria, mas no final eu sou só uma aprendiz.

– Está tudo bem, você não tem culpa no final, nenhum de nós tem, nem a sua mãe, acho que eu também faria de tudo para salvar o meu filho.- Falo calmo.- Eu só não quero perder Hinata agora que descobri que estou apaixonado por ele.

– Em falar nele, ele se trancou no quarto desde que voltamos para casa, Tadashi disse que ele chorou e pediu para ficar sozinho.- Yachi sorriu tristemente, e eu apenas suspirei.

– Eu vou pedir desculpas assim que voltar, não deveria ter brigado com ele.- Me martirizo continuando a olhar as pessoas bem à minha frente.

– O que vocês vão fazer agora?- Pergunta curiosa, e eu suspiro. 

– O combinado era que depois que o feitiço fosse desfeito, voltaríamos para casa, nos casaríamos e por fim seriamos coroados, final feliz da história.- Falo calmo, sentindo todas as pequenas lembranças indo embora.- Agora, vamos apenas voltar.

– Não pretende mais se casar com ele?- A mais nova pergunta.

– Yachi, tem alguma joalheria na cidade?- Pergunto já me levantando, e Yachi faz o mesmo.

– Tem uma, mas é um pouco longe.- Yachi começa a andar, e eu apenas a sigo.- Mas porque quer ir a uma joalheria?

– Você vai descobrir, agora vamos logo.- Falo baixo, a boa ideia rondando minha cabeça, só espero que dê certo.

                       H •◦⊰◊⊱•◦S

A noite parecia mais fria do que o comum, e eu me sentia extremamente mal, todas as minhas esperanças haviam ido por água abaixo em questão de segundos, e Tobio não havia nem feito questão de permanecer ao meu lado, eu meio que já estava aceitando que iria morrer, no final é um fato inevitável, eu estava deitado na cama quando meu namorado entrou no quarto, eu estava tão irritado com ele, não queria olhar para a sua cara, e ao mesmo tempo queria ser abraçado por ele.

– Resolveu voltar?- Pergunto ríspido, o vendo me olhar com uma carinha de cachorro sem dono.

– Ei não precisa falar assim, eu sei que fui um idiota, e sei mais ainda que não deveria ter saído daquele jeito, me desculpa.- Tobio se sentou na cama, e eu me sentei à sua frente.

– Eu pensei que ia me deixar sozinho, seu idiota!- Lhe dou um tapa no ombro, mesmo que fosse fraco.

– Eu nunca vou te deixar sozinho, me desculpa mesmo.- O moreno acaricia meu rosto, e eu apenas suspiro.- Eu tenho algo para te pedir.

– O que é?- Pergunto curioso, e ele sorri, levando minha mão até o seu rosto, Tobio deixa um beijo sobre meus dedos.

– Casa comigo?- Ele pede com um sorriso lindo em seus lábios.

– O que?- Pergunto atônito.

– Casa comigo Shouyou? Se você aceitar, nos casamos amanhã mesmo, eu só não quero me arrepender de não te amar com todo o meu coração.- Ele me dá um selinho ao terminar de falar.

– Tobio, eu não sei o que dizer.- Falo baixo, me sentindo um pouco confuso.

– Diz que sim, casa comigo meu amor.- Por instante eu deixo de pensar no que poderia ou não acontecer, e apenas sorrio. 

– Sim, sim, meu deus sim, eu me caso com você Tobio!- Grito alto o suficiente para que toda a casa escutasse, eu iria me casar com Kageyama Tobio, longe de todos nossos familiares, mas iria me casar, iria ser seu esposo antes que meus dias acabassem, e o amaria durante os meus últimos dias com todo o meu coração.

                          •◦⊰◊⊱•◦



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