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História Unreachable - Fifteen


Escrita por: tinimyeon

Notas do Autor


Oi gente! :)
Voltei uma semana depois, adoro, felizmente atualizando semanalmente! Mas um pouco triste porque estamos entrando na reta final (QUE? pois é). Ainda tem bastante coisa pra acontecer, porém em meu planejamento, logo logo vocês terão que dizer adeus a Unreachable (dor).
Enfim, sem lamúrias (por enquanto), vamos ao capítulo!
Boa leitura. Está tenso, só para avisar.

Capítulo 16 - Fifteen


Fanfic / Fanfiction Unreachable - Fifteen

Itália, século XII, Idade Média.  

Namjoon se sentia como um bobo que havia sido enviado pelo governo espanhol. Com a companhia de um chefe de exército e um embaixador, os três partiram para o Vaticano em busca de aliados para a guerra que estava se aproximando cada vez mais.

Guerra. Isso trazia desconforto não só para o Kim, mas também para a corte espanhola que nesse momento carregava grande peso. Obviamente por motivos diferentes e até mesmo semelhantes, ainda assim, ninguém queria essa droga de guerra. Talvez apenas o rei e outros cinco idiotas quisessem. No fim, todos sabiam que iria apenas atrapalhar a estabilidade e paz que eles possuíam.

Então por quê fazê-la? A Espanha já é rica demais, mas meu pai não consegue esquecer acordos antigos e decidiu fazer de tudo para que Seokjin perdesse o trono. Torturar o próprio filho por engano não tinha sido o bastante? Era para ser Jin ali, mas ele não pensou nas consequências e acabou trazendo muita dor para todos.

Quando Namjoon lembrava daquele dia horrendo, arrepiava-se de uma forma negativa. O único momento que ele se sentiu seguro naquela noite foi quando Seokjin o resgatou. Era até um pouco irônico - ironicamente triste, para deixar claro - ao pensar que na verdade era para o francês estar ali ao invés do próprio príncipe da Espanha. 

O pai do espanhol fora muito tolo para contratar pessoas tão incompetentes, que sequer reconheceram ou confirmaram a identidade do possível príncipe da França. Mas Namjoon agradecia pela tolice, caso contrário ele sequer poderia ter vivido qualquer coisa com Seokjin, afinal, o garoto estaria morto agora. O pensamento trazia angústia para o príncipe.

O Kim sabia que o francês até hoje provavelmente não entendia o motivo de terem sequestrado Namjoon, terem torturado ele e matado até mesmo uma mulher inocente - no caso a antiga amante do rei da Espanha - em seu próprio castelo. Com certeza, o moreno jamais se esqueceria da cena de ver uma mulher sangrando até a morte.  

Mas Namjoon preferia assim: ele não queria que Seokjin descobrisse que era somente um plano. Um plano para fazer o pior com o francês em benefício de seu país, a Espanha. Era realmente assustador pensar que praticamente enganaram o Kim mais velho o tempo todo somente para ele ir para a Espanha para tratar dos assuntos daquele antigo contrato. Mas ele nunca poderia imaginar que aquilo havia sido apenas uma armadilha. Uma armadilha que Namjoon conseguiu salvar o moreno.  

- O cardeal Hee aguarda Vossa Alteza em sua sala. - Um dos ajudantes do cardeal avisou Namjoon. - Os outros dois poderão entrar também. - Arqueou uma das sobrancelhas, perguntando-se mentalmente o motivo dessa visita inesperada e extremamente formal. Talvez essa informação pudesse ser vendida mais tarde.  

O loiro assentiu, indo em direção a sala e sendo acompanhado pelo embaixador e pelo chefe de exército. Nenhum dos três havia falado alguma coisa nesse tempo de espera pois os próprios estavam nervosos.  

- Príncipe Kim Namjoon, direto da Espanha... É uma honra conhecê-lo. - Disse o cardeal ao loiro entrar em sua sala. Trocaram uma reverência breve e o príncipe logo se sentou em uma cadeira que ficava de frente para a mesa do tal Hee. Os que acompanhavam Namjoon se mantiveram mais afastados, de pé. A hierarquia realmente era dominante, pensara o Kim ao olhar para trás. - O que lhe traz aqui? - Perguntou o senhor que parecia ter por volta dos seus cinquenta anos, ajeitando a sua roupa e se sentando confortavelmente. 

- Bom... - Namjoon suspirou, tentando encontrar palavras. - Acho que você sabe sobre o acordo entre a França e a Espanha. - O cardeal pareceu pensar, mas logo assentiu. - E eu, Kim Namjoon, venho em nome de meu país em busca da aliança da Igreja nesta guerra. - O loiro disse, aparentando estar confiante. 

Só Deus sabia o quanto ele se culpava internamente por praticamente declarar guerra ao país de Seokjin. 

Seokjin havia dito que iria visitar as aldeias próximas do castelo e depois iria descansar um pouco na sua casa de campo. Ele se sentia mal em ter que omitir um certo fato, até porque, o rei realmente fora ver o seu povo. Acontece que, havia outro fim para aquela viagem repentina. 

Seu coração quase que martelava o seu peito, enquanto a ansiedade crescia cada vez mais. Estava sozinho naquela enorme casa, mas se sentia bastante eufórico, como se houvesse uma festa ali dentro. 

Estava sentado em seu sofá, tentando ler um livro que pegou na biblioteca do local quando chegara. Não que sua leitura realmente estivesse dando certo, era mais como um disfarce para si mesmo. 

O moreno não queria admitir, porém estava claro o quanto estava animado com isso. Ele estava preocupado em como seria esse reencontro. Reencontro... Uma palavra que fazia o coração daquele rei tão jovem acelerar. É mesmo possível que uma pessoa faça toda essa bagunça dentro de alguém?  

E Seokjin sabia que a resposta era sim quando finalmente acabou com sua angústia e viu Namjoon entrar pela porta dos fundos. Sozinhos, e por fim juntos. Uma frase um pouco confusa, mas que após tanto tempo de espera, fazia sentido na cabeça desses dois. 

O Kim mais velho se levantou e esperou o espanhol chegar até si. Namjoon parou em sua frente e sorriu. Novamente, aquelas benditas covinhas que Seokjin sentia tanta falta voltaram a aparecer em seu campo de visão. 

- Eu senti tanto a sua falta. - Namjoon sussurrou, colando as testas e segurando o rosto do moreno. O rei tinha estremecido somente por ouvir aquela voz de novo. O mesmo fechou os seus olhos e sorriu. 

- Eu também. Cada dia eu me lembrava de cada detalhe seu e eu mal posso acreditar que estamos aqui. - Seokjin falou e respirou fundo, roçando seus lábios. A cada instante ele se perguntava se era possível que seu corpo apenas o entregasse de uma vez e o fizesse beijar Namjoon. 

Mais uma vez, a resposta era sim. Seokjin deixou as vontades de seu corpo no controle. 

Apenas um selar, os lábios que pareciam imas se tocaram novamente. Seokjin virou seu rosto, como se fosse um sinal para que o mais novo soubesse que poderia avançar a partir dali. 

Namjoon praticamente abraçou o moreno e por fim aprofundou o beijo. Dessa vez, as línguas se tocavam de forma tão lenta que nem mesmo eles sabiam de onde vinha toda essa calma. Talvez fosse porque eles apenas quisessem aproveitar o momento juntos. 

Seokjin enroscou seus dedos por aqueles cabelos que ele tanto sentiu falta de tocar. Saudade é uma sensação estranha, faz com que a gente aproveite cada detalhe, cada toque. Provavelmente era o medo de eles se afastarem como da primeira vez. 

Dessa vez, ambos não se sentiam mais inseguros em relação aos seus sentimentos. Eles sabiam que queriam estar ali, beijando-se e se abraçando como se não houvesse um amanhã. E bom, era de grande chance que não houvesse um amanhã para o relacionamento deles. Por isso, cada forma de expressarem seu amor era valiosa. 

O mais novo fez com que os dois se sentassem, mas voltaram a se beijar em seguida. O loiro fazia um carinho gostoso nas costas de Seokjin, enquanto o último citado também tocava Namjoon como possível. 

Finalizaram o ato dando selinhos desajeitados, mas ao mesmo tempo que demonstravam sentimentos. Seokjin fez um carinho na bochecha esquerda de Namjoon com o seu próprio rosto, finalizando com um pequeno beijo no pescoço do loiro, que fez o mesmo se arrepiar inteiro. 

Ficaram um tempo em silêncio, apenas aproveitando aqueles minutos de paz. Aqueles minutos em que apenas ouviram a respiração um do outro eram tão valiosos quanto o ouro poderia valer naquela época.  

- Devemos conversar agora, certo? - Namjoon disse, suspirando. 

- Eu não quero... - O moreno negou manhoso e abraçando o mais novo. O Kim quase cedeu. Quase. Namjoon riu baixinho, e o rei desistiu, afastando-se o quanto ele conseguia do espanhol. 

Encararam-se, sem saberem ao certo por onde deveriam começar. 

- Você se casou e se tornou um rei... - Namjoon comentou vagamente e o moreno assentiu, respirando fundo. - Em breve farei a mesma coisa. Você sabe o que acontece a partir disso. - O loiro disse, tentando não desistir de tudo naquele segundo. Deveriam conversar de forma madura. 

- Vamos mesmo deixar a guerra nos separar? - Seokjin perguntou, pressionando o loiro. 

- Eu fui até o Vaticano. - O espanhol desviou seu olhar. - Vamos tentar resolver isso da forma mais pacífica possível. - Explicou-se e Seokjin se sentiu um tanto quanto desconfortável, apertando os lábios, hesitante. 

- Então vocês querem roubar o meu trono de forma pacífica? - Seokjin questionou irônico, dando ênfase na última palavra, repetindo o que o loiro havia dito. O mais velho se afastou um pouco, meio confuso e irritado. 

- Não foi isso que eu quis dizer. - Namjoon suspirou, tentando se aproximar do moreno novamente, que dessa vez tinha se virado totalmente, não encarando mais o loiro. Poderia parecer infantil, mas nenhum dos dois estavam de graça naquela hora. - Você sabe que enquanto meu pai estiver no comando, ele vai querer isso. Mas eu não, Seokjin! Vou fazer o máximo para acabar com aquele contrato de uma vez por todas. - Tentou convencer o moreno, que o olhou de relance, ainda desconfiado. 

- Um rei tem um país inteiro para se preocupar, é difícil acreditar em palavras. - Seokjin disse duro, ainda indeciso sobre o que pensar. Mas como alguém poderia se sentir confortável naquela situação? Mais confuso que o moreno não poderia haver. 

- Mesmo quando essas palavras são minhas? 

- Namjoon, eu sei que você esconde coisas sobre o seu país. Eu não sou idiota, sei que fazem o máximo para me tirarem do trono ou me prejudicarem de alguma forma. - O moreno falou e o loiro engoliu em seco. 

- Eu irei acabar com isso. - O príncipe não se deixou abalar e continuou a insistir. Ele não queria brigar com Seokjin e queria lhe passar segurança, pois apesar de seu pai ir contra o seu próprio filho nesse aspecto, quando Namjoon fosse rei, ele iria acabar com tudo isso. 

- Eu deveria apenas esperar que tomem a França de mim? - Seokjin cruzou os braços, voltando a encarar o loiro, que tinha acabado de suspirar. Por mais que ele entendesse, queria que o moreno soubesse que podia confiar em si. - É difícil para mim, Namjoon. 

- É difícil para mim também, Seokjin! - O loiro exclamou e o mais velho mordeu os lábios. - É difícil não poder fazer nada, ser apenas um príncipe enquanto vejo você assumir os riscos. Ver o homem que eu gosto dizer essas coisas e eu não poder fazer nada! - Exaltou-se, atraindo de uma vez a verdadeira atenção do moreno. 

Seokjin abaixou o olhar, pensativo. Viu as mãos de Namjoon em seu próprio colo e pegou uma delas, acariciando-a. - Estamos fazendo o nosso melhor como príncipe e rei? Como duas pessoas que se gostam? - O moreno perguntou após alguns segundos de silêncio. 

- Estamos. - Namjoon o respondeu. - É difícil para nós dois, mas vamos passar por cima disso juntos. E por mais que eu pareça ser um futuro rei babaca, saiba que eu não vou roubar o seu trono. Eu nunca faria isso com você. - O loiro completou sinceramente. Se o seu pai faria isso, ele não era obrigado a fazer a mesma coisa. O Kim iria lutar pelo o que ele acreditava de verdade. 

Seokjin apertou os olhos, soltando o ar que ele nem mesmo havia notado que prendia. Era tão sufocante falar sobre aquilo que ele tinha vontade de gritar ali mesmo. Não gritar com Namjoon ou por causa dele, mas sim gritar que estava frustrado e assustado também. 

- Estou com medo. - O moreno admitiu. 

- Eu também estou. - Namjoon riu baixo, puxando Seokjin para perto de si. O rei sentiu ser abraçado em um gesto confortável e acolhedor. Sentiu-se seguro naqueles braços, não somente porque era Namjoon ali, mas também porque o transmitia uma paz indescritível. O loiro beijou os fios escuros do mais velho e o mesmo sorriu com isso, retribuindo por fim o abraço.  

Ambos sentados em um sofá, em uma casa silenciosa e afastada, com privacidade e paz, eles poderiam desejar algo mais naquela hora? Lá eles fugiam da realidade, apenas aproveitando o amor deles, quietos e ao mesmo tempo tão barulhentos por dentro. Somente em estarem assim, sentiam-se como furacões que de um segundo poderiam mudar para uma brisa leve. Talvez o amor fosse assim mesmo, deixa-nos confusos e com vontade de estar em momentos assim; tão discretos, mas muito significativos. 

E cada vez mais, Seokjin e Namjoon aprendiam sobre o que era aquele sentimento. Sobre o que eles tinham que enfrentar para manter aquela sensação boa que era estar juntos e que os fazia se bagunçarem por dentro completamente. 

Com as mãos dadas e mais nenhuma palavra dita, eles sabiam que a promessa de fazerem de tudo para ficarem juntos ainda estava ali, assim como a paixão deles que crescia cada vez mais, como uma chama: a cada elemento misturado, um tom diferente do fogo, e a cada sentimento que florescia, fortaleciam-se mais ainda um no outro. 

Espanha, século XII, Idade Média. 

Esse era o momento certo para os rebeldes atacarem. Eles iriam aproveitar a oportunidade dos conflitos entre a França e a Espanha para se vingarem do rei espanhol. 

Com tudo planejado, dezenas de guerreiros - que não eram franceses, e sim espanhóis revoltados - cavalgavam em direção ao castelo real da Espanha. 

A maioria deles eram antigos guerreiros que não foram pagos pela corte espanhola no último conflito que o país tivera. Mal sabia o rei que não pagar esses homens resultaria nisso. Ele sabia que iria ser acusado e até mesmo odiado por esses homens, mas nunca tinha dado a devida atenção. O que mais irritava os rebeldes era que o rei tinha condições de pagá-los e ainda assim não fizera por motivos egoístas. Nem que a dívida fosse paga em pequenas parcelas, mas nada. 

Envolvendo uma coisa na outra, era esse o motivo pelo qual homens de boa estrutura física e raivosos, tentavam invadir o castelo espanhol. Namjoon não estava lá, mas o rei estava. E era isso que preocupava todos. 

Com um grande desespero, a corte se dirigia aos esconderijos que possuíam, alguns se trancaram em seus quartos e outros fugiram. Todos sabiam que o rei era o principal alvo, já que nos últimos dias o mesmo havia recebido diversas ameaças anônimas e até mesmo que foram prejudiciais as aldeias ao redor. 

Levaram o rei para o melhor e mais seguro esconderijo que tinham. Os guardas presentes estavam se corroendo de desespero, enquanto o rei apenas observava tudo silenciosamente. Sua esposa é um dos filhos também estava ali, mas Namjoon e a mais nova não. 

- Você deveria ter feito o certo pelo menos uma vez. - Sua esposa o culpou, revirando os olhos. - Agora todos estão em perigo por sua causa! - Acusou, abraçando seu filho que estava um tanto quanto assustado por ouvir barulhos de espadas e gritos dos próprios guardas morrendo. 

Namjoon se aproximava do castelo e via toda a situação, com tropas lutando com outras pessoas que o príncipe não sabia quem era, por não terem símbolos em nenhuma armadura. Com dificuldade, conseguira passar despercebido. Adentrou o castelo e viu o caos. Mas o caos também o viu, e em poucos segundos um homem veio ao seu encontro. Como o mais novo estava com a espada presa na cintura, a tirou rapidamente e o som estridente do encontro das duas foram ouvidas.

O loiro se questionava que diabos estava acontecendo. Mesmo confuso, começou a lutar para sobreviver. Não fazia tempo desde o seu último treino, então Namjoon conseguira fazer bons contra-ataques. O príncipe havia percebido que esses homens eram verdadeiros profissionais, poderiam até mesmo ter sido treinados por grandiosos chefes de exército. Muito estranho, por que estariam atacando a corte? E por que eles estavam ganhando de alguns dos melhores guerreiros da Espanha?

Namjoon tentava escapar daquela situação, vez ou outra tentando atacar diretamente no estômago do adversário. Entretanto, a dificuldade do príncipe estava clara, já que ele nunca havia realmente estado em um confronto. Suando, fazia o seu melhor para se manter vivo. Essa frase o assustava. Ele não podia perder. Essa derrota seria o que daria o término de sua vida.

- Eu não poderia imaginar que seria tão fácil lutar com o príncipe da Espanha. - O homem debochou, enquanto encarava o loiro no meio da luta. Namjoon sentiu seu corpo gelar, um tanto quanto assustado. Talvez essa surpresa fosse um pouco desnecessária, afinal, poderiam haver sim pessoas que conhecessem o verdadeiro rosto do Kim mais novo. O estranho realmente é que a maioria das pessoas que vivem fora do castelo não a conhecem.

Exatamente...! E se eles já tivessem estado aqui antes? Por isso que eles lutam tão bem, com estratégias que podem ser comparadas a de grandes exércitos. Talvez espiões? Rebeldes? Isso tudo é tão confuso para mim.

- Ninguém disse que iria ser fácil. - Namjoon sorriu de lado, sem se abalar pelo comentário.

Agora com uma verdadeira disposição para lutar, o Kim não parava de realizar ataques. Ambos andavam de um lado ao outro, as vezes com um quase perdendo para o outro. Mas desistir? Isso com certeza não existia no vocabulário de nenhum dos dois.

Namjoon ouviu alguém correr e se assustou, desviando o olhar. Ao invés de ser atingido - o que provavelmente teria acontecido se fosse outra ocasião - ele viu o homem cair no chão, com uma espada enfiada na região de seu peito. Ele virou a cara, desgostoso.

- Você lutou bem hoje. - Um guarda disse, elogiando o príncipe.

- Eu deveria ter terminado isso. - O loiro suspirou, olhando por fim para o homem que tecnicamente o salvara. Sorriu minimamente e assentiu em forma de agradecimento. Os dois andaram apressados até que fosse um pouco mais seguro.

- É o meu dever, de qualquer forma. - O homem falou depois de um tempo, dando de ombros. Nesse momento, eles andavam em direção ao esconderijo onde estava o rei, já que o próprio guarda havia acabado de informar ao príncipe.

Abriram discretamente a passagem que estava localizada em uma parede falsa em um dos corredores do castelo. Namjoon respirou fundo ao estarem lá dentro, podendo se sentir menos sufocado naquela hora. Apenas uma vela estava iluminando o caminho e assim foram até lá.

Ao chegarem no esconderijo, o príncipe viu uma cena que ele definitivamente nunca pensou que veria e muito menos esperava naquela hora. Era tão seguro... Será que seguiram eles?

- Namjoonnie... - Sua mãe choramingou e o Kim apenas focava naquele corpo. O corpo de seu pai jogado no chão, totalmente ensanguentado. - Venha aqui - Ela chamou, um tanto quanto desesperada, enquanto lágrimas desciam incansavelmente pelo seu rosto.

Assim que o guarda e Namjoon acordaram do transe, correram para perto do corpo, onde estava a rainha e o irmão mais novo do príncipe. Os outros dois estavam vivos e conscientes, porém visivelmente feridos também.

- Como chegaram aqui? - Namjoon não sabia nem o que dizer, tocando o corpo quase desacordado do rei. - Quem foi?! - Perguntou, enquanto sentia seus olhos arderem e uma adrenalina correr pelo seu corpo.

- Foram eles... - Seu pai disse vagarosamente, cuspindo sangue. O loiro comprimiu os lábios, aflito. - Foram os franceses. - Disse com convicção, apesar de estar mentindo. Mas como Namjoon poderia saber que o rei não estava - mais uma vez - sendo franco consigo? Ele estava muito próximo da morte, o loiro pensava que deveria confiar em suas palavras.

O Kim sentiu a garganta queimar, sem saber o que pensar.

- Está tudo bem... - O príncipe sussurrou e deu de ombros naquela hora, prometendo pensar sobre aquilo depois. - Você ficará bem. - Afirmou, com a voz falha. - Se o senhor fez o seu melhor, Ele irá cuidar de você. - Naquele momento, os cinco - contando até mesmo com o guarda que apenas observava, sem poder fazer muita coisa - contavam com a religião para os confortarem.

E havia um “porém”: Namjoon não sabia dos podres de seu pai. Não sabia que em sua mente apenas se passava uma risada sem humor que provavelmente teria sido ouvida caso ele tivesse forças o suficiente para fazê-la. “Estou condenado, então” era o que se passava pela mente do rei. E o pior de tudo era que ele sequer se arrependia de seus atos; de mentir para o próprio filho quando estava à beira da morte.

E ao ver os olhos de seu pai se fecharem, Namjoon sentiu uma lágrima solitária escorrer, junto com o seu coração acelerado. Uma era por causa da morte do rei, a outra emoção era porque ele tinha acabo de entender o que estava acontecendo: Kim Namjoon iria realmente se tornar um rei.

- Como chegaram até aqui? - O loiro perguntou para a sua mãe a mesma coisa que havia questionado ao seu pai. Ela suspirou e balançou a cabeça, murmurando que eles não sabiam como descobriram. A antiga rainha não tinha certeza do motivo de seu ex-marido ter escondido a verdade de quem eram esses rebeldes, mas se o espanhol morrera guardando esse segredo, ela acreditava que ele deveria se manter assim.

Ela só não imaginava que ele poderia ter um plano maldoso por trás disso: despertar a raiva de Namjoon, fazer com que o próximo rei ganhe a guerra, conquistando o máximo de territórios para a Espanha.

A ganância do homem poderia ser tão grande a ponto de se manter mesmo após a sua morte?

O antigo rei não sabia que algo a mais estava em jogo. A paixão de dois reis estava no meio do tabuleiro também, e Namjoon agora estava confuso entre mover a peça que dizia para ele esquecer de Seokjin ou mover a peça que dizia que o francês jamais faria isso.

Mas a raiva e o lado furioso do - agora - rei havia despertado, e ele dizia que Seokjin havia feito isso para simplesmente se proteger. O rei da França poderia ser tão egoísta e ganancioso desse jeito?

Namjoon era cego demais para enxergar que o único egoísta era o seu falecido pai.

E se Seokjin gostaria de brincar com os sentimentos do loiro, Namjoon não deixaria isso assim, ele iria brincar com o país do outro. A partir daquele momento, o Kim jurou para si mesmo que não deixaria as coisas assim, que iria haver um retorno disso, quase que uma vingança.

Era difícil pensar isso agora, em meio daquela bagunça que estava o esconderijo. Mas o Kim sabia que ele teria que resolver isso o mais rápido possível. E ele não conseguia esquecer Seokjin e o dia que tiveram juntos. Aquilo seria inesquecível, mas se o moreno realmente fez isso, foi imperdoável.

Cada vez mais, o rei francês parecia intocável aos olhos de Namjoon. Quando eles pensavam que poderiam ficar juntos, algo acontecia. Algo sempre os separava, e o loiro estava começando a temer que isso fosse uma indireta do destino, como se o certo fosse a separação deles. Então porque o correto trazia tanta dor?

Então, mesmo com receio, o atual rei dera a sua primeira ordem: Conquistar grande parte da fronteira da França, mesmo que isso significasse para Namjoon abandonar todos os seus reais sentimentos pelo rei francês.

Eu também achava que era certo, mas você me provou o contrário

Escolherei a minha infelicidade assim como você escolheu a ganância

Diga-me a verdade! Meu coração pode acreditar na inocência,

mas minha mente insiste em não confiar mais em você.

Eu serei capaz de colocar o nosso ponto final?

Unreachable.


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado! Perdoem qualquer erro, estou cansada e com sono pra caralho, e são 17hrs. Revisei mais ou menos mas rsrsrs enfim.
Surpreendentemente (ou não rs), esse foi um dos meus capítulos favoritos. Acho que me esforcei bastante para fazê-lo e ficou em um resultado que eu gostei verdadeiramente!! GENTE MEU TOC, DEU 4K CERTINHO HAUSUASHA
GENTE ESSE MOMENTO NAMJIN FOI TÃO BOM DE ESCREVER!! Espero muito que vocês tenham aproveitado esse momentinho gostoso porque ARGHHHHH ainda tem treta pela frente mas eu estava animada para voltar com o romance dos dois. Eu gostei tanto. Me deixou meio na bad? Sim, mas feliz também e é isto.
Esse capítulo era para ter saído de forma diferente mas no fim deu um resultado MUITO bom e acho que se encaixou melhor assim he he.
Sobre a frase final do capítulo, foi meio que uma resposta do Namjoon para o Seokjin (que (?) Espero que vocês tenham entendido) da frase que o Jin pensou no capítulo passado. EAI GENTE, SERÁ QUE O PONTO FINAL DELES ESTÁ CHEGANDO DE FORMA TRISTE OU FELIZ?
Comentem aqui, por favor! <3
Até a próxima atualização, amores. Se cuidem!

Trailer da fanfic: https://youtu.be/BJ1cv1v8pL0
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