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História Until The Last Step - Min Yoongi (Suga) BTS - Rock's Restaurant


Escrita por: Helodora e Amarantho_Dreamer

Notas do Autor


Oi meus queridos!
Sei que estou demorando muito para atualizar aqui no spirit mas é que tempo tá em falta ultimamente kkk.
Como disse ora vcs vou estar reescrevendo as história, então estou revisando capítulo por capítulo.
Caso prefiram, no Wattpad a história está mais avançada, creio estar no cap 6 ou 7 n recordo. Mas prometo atualizar tudo por aqui!
Bjs, aproveitem!

CAPÍTULO REVISADO

Capítulo 3 - Rock's Restaurant


Fanfic / Fanfiction Until The Last Step - Min Yoongi (Suga) BTS - Rock's Restaurant

Chego em casa mais cedo já que fui liberada pelo Sr. Paolini. Ao abrir a porta vejo meu pai largado no sofá, bebendo como de costume, dele exalava para sala toda um odor de suor e cerveja passada. Passo por ele sem dizer nada, o que já era natural, e subo atrás de minha mãe. Não a encontro em seu quarto e já me preocupo em onde ela deve estar.

— Mãe? — grito pela mais velha no corredor de cima com a intenção de encontrá-la mas ela não responde — Oh mãe! — Grito de novo.

— Aqui em baixo querida!

Estranho sua resposta e desço as escadas correndo. Meu pai novamente não se manifestame o que me faz acreditar que ele acabou dormindo. Entro na cozinha, que fica na parte posterior da casa, e encontr minha mãe a beira da pia, descascando batatas. Me aproximo dela e a abraço por trás, sentindo o leve perfume de seu sabonete favorito.

— Por que está de pé? O médico falou para repousar.

— Estou me sentindo muito disposta hoje... — um sorriso leve nasce em seu rosto.

Minha mãe tem câncer no colo do útero, fazemos o possível para pagar o tratamento. Na verdade, eu faço o possível. Já que depois que meus avós morreram meu pai virou um alcoólatra rabugento.

— Por que chegou cedo? Não ia trabalhar? — Me pergunta ainda olhando as batatas.

— O Sr. Paolini me liberou hoje para organizar meus horários. Como terei aula só de manhã por enquanto, não terei que mudar muita coisa. — me afasto de nosso contato e escoro o corpo no batente do balcão ao lado Senninha mãe.

— Ele é tão atencioso, mande um beijo a ele e a Brandon por mim, sim?

— Pode deixar — dou um selar em seus ombros — E o que está fazendo? Quer ajuda? — Pergunto erguendo o corpo do balcão e ficando de pé ao seu lado.

— Ah, estou fazendo batata frita... — Ela ri.

— Batata frita? Era só me pedir que eu trazia. — acompanho sua risada.

— Queria as caseiras, além disso ouvi sua irmã dizendo que queria ontem. — como sempre, ela priorizando nossas vontades.

— Okay, vou cortar essas descascadas então.

Mamãe acena com a cabeça. Vou até o armário e dele retiro uma tigela para por as batatas e junto uma faca amolada, ao fechar o armário, a porta bate com força, chamando a atenção da ruiva.

— Não faça barulho, não querermos que seu pai acorde... — Ela ri baixinho.

Minha mãe sempre foi uma mulher forte. As minhas memórias dela são sempre resolvendo grandes problemas e trazendo alegria para casa. Ela e meu pai se davam muito bem, até ele começar a beber todos os dias e ficar descontrolável.

Quando ela adoeceu e parou de trabalhar, meu pai achou que seria justo ele parar de trabalhar também, então só eu fiquei trazendo dinheiro para casa, na época, eu só tinha 17 anos. Atualmente, Ele trabalha como segurança em uma casa noturna. Então bebe desde a hora que sai do trabalho até umas 14hrs, que é quando ele dorme para às 18 horas voltar a trabalhar. Queira ou não, é nossa hora favorita.

Depois de cortar e temperar as batatas colocamos elas na fritadeira eletrônica e, enquanto esperamos, arrasto minha mão até seu quarto para que ela deite e descanse um pouco. Ficamos conversando e assistindo qualquer programa na televisão, minha mãe já está entediada de sua rotina presa em casa e eu a compreendo muito bem.

Quando a fritadeira apita, corro para baixo para desliga-la antes de meu pai acordar. Pego um pouco, coloco em um prato fundo e levo para cima, deixando grande parte na fritadeira.

Passamos a tarde vendo televisão e comendo batatas. Por volta das 17 horas, ouvimos a porta da frente abrir. É minha irmã chegando. Logo ela aparece no quarto

— Chegou cedo Lisie! — A menor corre e pula no meu colo.

Sophie tem 8 anos e é apegada até de mais a mim e a minha mãe, o ruim disso, é que quase não a vejo direito. Pó estudar integralmente na escolinha do bairro, nossos horários não ficam compatíveis, já que saio mais cedo e quando chego, ela já está dormindo.

— Aconteceu alguma coisa? Te mandaram embora do trabalho?! — Seus olhos se arregalam com a possibilidade.

— Claro que não, boba — a puxo para mais perto, prendendo seu corpo em um abraço apertado enquanto beijo o topo de sua cabeça.

— Ela pegou a tarde de folga querida, só isso — Explica mamãe.

— Aah, que bom. Você trabalha demais. — Sophie comenta levantando a cabeça mas logo ela volta a deitar em meu colo novamente e me abraça. — E sua escola?

— Foi boa, lá é muito legal, você adoraria — Respondo correndo os dedos por suas bochechas e logo depois as apertando.

— Já tiveram aulas oficiais, hoje? — Pergunta minha mãe, chamando minha atenção.

— Não, só amanhã eu acho. Hoje foi apenas uma iniciação e nos passaram a lista de material — explico sem olhá-la.

— E então? O que pediram? — Por mais que tente parecer animada, minha mãe deixa transparecer em seus olhos o desânimo.

— Vestimenta completa. Até pensei em usar o que eu tenho, mas acho que não vão servir. Além de estarem surradas, eu não tenho tudo — explico enquanto faço cafuné em Sophie que olha concentrada para TV.

— Acha que sairá muito caro?

— Eu não sei, acho que...

— Você não devia achar nada — A voz grosseira de meu pai me interrompe assim que ele entra no quarto — Na verdade, nem devia estar nessa faculdade de merda gastando dinheiro. Tinha que trabalhar que assim ganhamos mais. — Seu mau humor rotineiro se torna presente a cada palavra ácida que sai de sua boca. Não evitamos encolher nossos corpos sobre a cama e eu deixo meu olhar mais atento para qualquer coisa. — Levante Sophie, pegue minha calça. Estou atrasado. — O mais velho a ponta o polegar para o armário velho no outro lado do quarto — E quanto a você Elisa, amanhã mesmo desfaça sua matrícula e pegue o dinheiro de volta. A conveniência da Low está sem atendente, ela disse que te daria a vaga.

— Eu não vou largar o curso. — minha fala sai apressada e automática.

Não, não cheguei tão longe para desistir. Só eu sei quão difícil é para conciliar trabalho, escola e balet, e ainda conseguir um currilo ótimo.

— O que você falou? — o rosto de meu pai se contorce e o tão familiar medo que sinto por ele borbulha em meu estômago.

Mesmo amedrontada, não baixo a cabeça. Já desisti de muito por atitudes dele, mas meu sonho não vai entrar nessa lista. Percebendo minha postura e afim de evitar uma situação pior, minha mãe agarra meu braço e apressa-se em falar:

— Por que não conversamos sobre isso depois? Você não estava atrasado Jhon?

— Você, cale sua boca! — Ele aponta o dedo para a mais velha que encolhe o corpo — Sophie, minha calça! — A frase gritada assusta a pequena que se apressa em descer da cama e pegar a maldita calça.

— Eu não vou largar — repito com a voz firme e o encarando com raiva. — Me esforcei demais nisso. Eu tenho uma bolsa, trabalho e posso pagar meus materiais. Eu não estou te pedindo nada!

— O problema é que o dinheiro que você gasta com essa merda podia gastar com outras coisas. — meu pai ameniza o tom de voz mas não deixando de ser ríspido. Ele se afasta enquanto arregaça as mangas da camiseta de linho manchada de sujeira, espalhando pelo quarto seu cheiro de álcool velho.

— E o dinheiro que você gasta com cerveja podia gastar com comida! — instintivamente solto sem medir as palavras.

— Elisie! — Minha mãe grita afim de me fazer parar e evitar a fúria dele. Evitar, esse verbo nunca foi tão utilizado por outra pessoa que não seja minha mãe. Mas hoje, terei que ser sua dor de cabeça, porque não vou evitar nada. Estou cansada! E como se zombasse da minha cara, meu pai para o olhar sobre e mim e gargalha horrivelmente.

— Eu vou arranjar outro emprego. Nos fins de semana. Não vou deixar nada faltar aqui — Solto agora de pé ao lado da cama —, não tem com o que se 𝒑𝒓𝒆𝒐𝒄𝒖𝒑𝒂𝒓 — ironizo.

— Sendo assim... — O homem dá de ombros —, mas se eu ver que gasta demais com essa baboseira, eu mesmo vou lá e cancelo essa porra toda.

Faço sinal positivo com a cabeça.

Sophie entrega o entrega a calça, que veste e sai do quarto batendo a porta e logo depois, de casa.

Minha mãe me pede para que eu pegue seus remédios, nesse momento a dor havia aumentado, agora acompanhada com uma terrível dor de cabeça. Consequências da discussão que houve a pouco.

Perto das 18 horas, vou me arrumar para o trabalho. Dou um beijo nas duas e saio. Além da alfaiataria, eu trabalho em uma lanchonete até as 00hrs. Normalmente eu vou da loja para lá, mas como vim para casa, tenho que pegar apenas um ônibus para chegar no Rock's.

Fico na parada um pouco, e então o ônibus chega. Subo e sento-me bem na frente. Encosto a cabeça no apoio e tento me lembrar onde foi que vi uma placa de "estamos contrarando". Como um estalo mental, lembro-me que Felicia iria me mandar mensagem e como se eu tivesse adivinhado, vejo uma notificação de número desconhecido. Respondo a garota confirmando nosso encontro.

Volto a analisar a cidade enquanto espero a resposta de Felicia. Certeza que ela pensou que eu estava a ignorando. Ahh. Que dor de cabeça. Enquanto faço um pedido mental para que a noite seja tranquila, meu celular vibra. Leio a mensagem marcando nosso encontro para a manhã seguinte às 7 e me despeço de minha colega.

Após alguns minutos chego no Rock's, dou boa noite para Tony, meu companheiro de trabalho rabugento e preguiçoso. Vou até a parte de trás da lanchonete e visto meu uniforme.

— Elisie, Jack pediu para arrumar as mesas — Avisa Tony entrando na salinha.

— Sério? Ele pediu mesmo para que eu fizesse isso? — Respondo sarcastimente enfatizando o "eu".

— Sem questionamentos, apenas vá. — Ele termina de falar colocando um palito entre os dentes.

Bufo impaciente, se já não bastasse lidar com problemas em casa, agora tenho que fazer o trabalho desse idiota. Às 19hrs em ponto, Jack, o dono do restaurante e cozinheiro, acende a luzinha de "aberto" e não demora muito para chegar alguns clientes. O Rock's é lanchonete e bar então vive lotado, além de ter um grupo de fiés clientes que saem do trabalho e vêm beber e comer aqui. Um deles é o Joe, um senhor gordinho e barbudo que adora uma confusão. Ele perdeu a família num acidente de carro, a mulher, a filha e a neta. Ele diz que eu sou parecida com sua neta e que ela teria minha idade se tivesse viva. Por isso, ele diz para todos que eu sou ela e, sempre que vem, compra um chocolate e trás pra mim.

— Tony seu preguiçoso vá trabalhar! — O homem barbudo grita, assustando meu colega, encostado atrás do balcão grande de madeira, que mexe no celular — Boa noite, menina! — Ele me cumprimenta com um sorriso tranquilo.

— Boa noite Joe, a mesma mesa de sempre? — Pergunto rindo enquanto encerava o balcão.

— Sim, por favor. Ah, e já deixe três cervejas na mesa, nós apenas vamos lavar as mãos e já voltamos. — Ele pede e eu abano a cabeça em confirmação.

— Okay, já preparo para você.

Joe e mais dois homens vão até a pia do lavabo que fica na parte de trás da lanchonete. Encho as três canecas e me afasto. Enquanto vou atender um casal que acabara de chegar, o sininho da porta toca e automaticamente eu grito um "seja bem vindo". Ainda concentrada com o casal de clientes, não vejo quem é e levo os pedidos até o Jack.

— Dois hambúrgueres com fritas, um sem tomate. — Peço pelo quadradinho na parede que dividia o salão da cozinha.

— Okay! — Ele grita, batendo a espátula no metal da chapa de hambúrgueres — Pode pedir para o preguiçoso do meu filho retirar o lixo daqui por favor?

— Claro.

Vou até a dispensa e encontro Tony sentado no chão mexendo no celular.

— Seu pai mandou você jogar o lixo fora... se não for, vai joga-lo na maldita lata.

— Ahh... — Ele suspira e levanta.

De repente nos assustamos com alguém gritando.

— Garoto, já disse que essa mesa é nossa!

Saio de volta ao salão com Tony ao meu lado e vejo Joe e seus amigos em pé em volta da mesa que eles sempre sentam e um homem ocupando seus lugares, mais especificamente, o lugar de Joe. O jovem segura a caneca de cerveja de meu avô postiço entre os dedos finos e a encara com devoção.

— Isso também é seu? — Pergunta o rapaz com um olhar distante.

— Sim, é meu!

Depois que Joe responde o cara ergue a cerveja e bebe a caneca toda em dois goles.

— Moleque atrevido! — Joe agarra o rapaz pela gola do moletom e o tirando-o do chão.

— Joe, Por favor para! — de forma impensada, corro até o grupo gritando.

— Lisie querida, por favor não se meta. É briga de homens — Joe rosna, segurando o corpo pendurado do homem que o desafiou.

— Melhor ouvir seu avô, Elisie. — Exclama um dos amigos de Joe.

— Melhor ouvir sua neta, velhote — Comenta o garoto, ironizando as palavras do que acabará falar com um sorriso estranho nos lábios.

— É mesmo? Vou te mostrar o quê acontece quando mexem comigo.

Joe larga o homem no chão e lhe desfere um soco bem no rosto. O garoto perde o controle e cai sobre uma das mesas. O casal que assistia a discussão se levanta assustado. O grandão o pega de novo e lhe desfere mais dois golpes. A esse ponto eu já me encontro gritando para Joe parar enquanto Tony tenta segurar o maior. Ele só para quando Jack aparece e segura seu braço.

— Joe já chega. É só um garoto, vamos. Já está bom por hoje. Melhor ir para casa.

Joe joga o garoto no chão e o rapaz ri com o rosto cheio de sangue.

— Elisie, pegue-o e leve para cozinha, limpe o rosto dele.

Prontamente vou até o rapaz que ainda ri e o levo para lavar seu rosto. Jack e Tony ficam com Joe e seus amigos para trás.

— Qual o seu problema? — Pergunto enquanto o largo no chão da cozinha. Vou até a pia e molho um pano para limpar o sangue. — Só pode ser suicida. Ele podia ter matado você!

O menino ainda trás no rosto um sorriso maquiavélico, só para quando me abaixou suficiente para encostar o pano na sua sombrancelha manchada de sangue. Ele puxa o ar entre os dentes devido estar sensível pela surra e segura o meu pulso. Olho para sua mão e vejo uma tatuagem, ondas sonoras e flor, a mesma que o rapaz da lanchonete. Não seria a mesma pessoa seria?

— Yoon? — Pergunto temerosa.

— Como sabe meu nome? — questiona o garoto enquanto fecha os olhos e faz força sobre meu pulsos para que precionasse mais o ferimento.

Ele exala puro álcool, provavelmente bebeu todas antes de aparecer aqui.

— Vi você no Old's John, você me recomendou a omelete, Ellen falou seu nome.

— Ah, você é a ruiva que pisou na minha partitura...

— Espera, quê?

Mais uma risada escapa de seus lábios quando ele abre os olhos para me encarar.

— Está me perseguindo?

— Como é? — Puxo a mão bruscamente, o que fez o mesmo gemer de dor.

Que petulância. Como eu não percebi que ele era o grosseirão. Agora sim consigo reconhecê-lo. O cabelo preto sobre os olhos, a pele pálida e as iris negras. Sem falar da arrogância que emana dele sem esforço.

— Como ele está? — Jack entra na cozinha apressado, suponho que esteja preocupado.

— Está sendo grosseiro como sempre, então já está bem — digo erguendo o corpo e cruzando os braços.

— Conhece ele? — o mais velho ergue as sobrancelhas e coça a barba rala que lhe cobre o rosto.

— Sim, ele estuda na minha Universidade.

— Ótimo, então cuide dele! — Ele fiz com pressa enquanto caminha a pisadas bruscas até a pia para lavar as mãos.

— O quê? Por quê eu? — Não contenho a voz fina de indignação que sai da minha garganta.

— Porque é seu amigo. — Jack responde simplista.

— Eu não disse isso! — exaspero.

— Podem parar de agir como se eu não estivesse aqui? — Yoon vocifera enquanto reúne as poucas forças que lhe restam para limpar a face ensanguentada.

— Você reveza entre o salão e ele. Agora volte ao trabalho.

— Ahh... — Suspiro derrotada.

Agora além de lidar com os bêbados lá de fora, terei que lidar com o grosseirão bebasso aqui! Uma ótima forma de terminar meu dia.

Olho furiosa para o garoto sentado no chão e ele lança um sorrisinho sínico para mim. Bufo revoltada, revirando os olhos m e saio da cozinha batendo a porta.

Durante a noite, entrei umas duas vezes na cozinha até que vi que Yoon estava dormindo, então não precisava vigia-lo tanto assim. Segui fazendo meu trabalho e como hoje lotou, Jack resolveu fechar somente às 1 da manhã.

Quando dá o horário, Jack e Tony vão na frente e como eu ainda estava terminando de limpar as mesas, eles deixam a chave comigo para fechar o estabelecimento. Ao terminar, vou trocar de roupa e depois ver o meu "amiguinho".

— Ei... acorda. Precisa ir para casa. — ordeno mas ele nem se mexe. Começo a cutucar seu ombro e nenhuma resposta. Merda, só faltava esse cara ter morrido. — Ei, Yoon. Acorda... por favor, vamos... acorda! — Estou a ponto de me desesperar, Yoon continua parado. Então sacudo ele. — Pelo amor de Deus Yoon, acorda caramba!

O rapaz começa a gargalhar tirando minhas mãos de seu corpo.

— Ficou nervosa?

— Meu Deus, como você é engraçado. Levanta logo, preciso ir embora! — Ele apenas me encara piscando os olhos lentamente. Quão bêbado esse idiota está? — Onde você mora? — Pergunto impaciente.

— Perto do Central Park, vai querer me sequestrar, agora?

Suspiro alto pedindo aos anjos que me dêem paciência. Esse menino não tem condições de ir para o Manhattan agora. Se não caísse por aí, ia se meter em outra briga. Sem falar que com a carinha de riquinho que tem, iria ser assaltado com certeza. Também não posso deixá-lo aqui, vai que ele quebre algo e eu tenha que pagar? Sem saber o que fazer, acabo optando pela solução mais imbecil de todas.

— Droga... vem comigo. — Estendo a mão para ele, que puxa e se apoia em meu ombro. Eu tenho certeza que vou me arrepender disso.

Vamos juntos até o ponto de ônibus, em que a condução demora muito para chegar. Yoon dorme apoiado em meu ombro enquanto me mantenho atenta a todos os lados para evitar os perigos da noite.

Quando o ônibus chega peço ajuda ao motorista para colocar o garoto pálido dentro do ônibus.

— Devia recomendar seu namorado a não beber tanto. — O senhorzinho chama minha atencão com um rosto carrancudo.

— Ele não é meu namorado. — contesto emburrada.

Chegamos em casa por volta de 2:20. Mamãe e Sophie já dormiam e eu fazia esforço para fazer o idiota que carrego andar.

— Seu cativeiro é legal...

— É melhor calar a boca, se não quer que eu te largue do lado de fora.

Arrasto seu corpo pela sala e encaro as escadas com temor. Meu medo é dele cair e fazer tanto barulho que acorde a casa toda. De jeito algum posso ser pega com um garoto em casa, principalmente a essa hora da noite.

Subo degrau por degrau e percebo que ele tenta fazer o máximo para se manter o mais concentrado possível para realizar a "tarefa de subir as escadas", e eu o agradeço por isso, já que sozinha, nunca conseguiria carregá-lo. Esse cara deve ter no mínimo 1,70, enquanto eu, luto com meus 1,65.

Chegamos ao corredor e meu coração aperta. Meu quarto fica de frente ao de minha mãe. Qualquer passo em falso pode acordá-la. Caminhamos lentamente mas para meu desespero, meu hóspede indesejado esbarra num dos quadros pintados por Sophie. O objeto cai no chão e eu paralisou junto a ele, que me eencara com a boca semi aberta. Levo o indicador até os lábios e continuamos caminhando. No quarto, jogo seu corpo fraco sobre a cama e respiro aliviada.

— Fica aí, vou pegar um colchonete para você.

Yoon não responde.

Vou até o depósito debaixo da escada e pego o colchonte. Quando eu volto para quarto me deparo com Yoon roncando baixo em minha cama.

— Só pode ser brincadeira.

Jogo a minha cama de hoje no chão e puxo sem nenhuma delicadeza o cobertor e travesseiro de baixo da cabeça do folgado. Finalmente me deito e faço um pedido aos céus para que nada de mal aconteça comigo e que esse doido não seja um psicopata. De tanto pensar, acabo dormindo, ali, naquele chão frio enquanto a donzela ronca.


Notas Finais


Continuem cmg!!

Posto a mesma história no Wattpad meninos, e lá ela tem alguns detalhes adicionais, como fotos o tals. Vou estar deixando uns links aqui em baixo!

Link da história :
https://my.w.tt/C5w53QkWq9

Link do trailer no YT:
https://youtu.be/MLkn2BeAH5o


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