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História Until The Last Step - Min Yoongi (Suga) BTS - Restart


Escrita por: Helodora e Amarantho_Dreamer

Capítulo 59 - Restart


Os rostos na sala me encaram ansiosos. Yoongi principalmente, aguardando minha resposta, para sua pergunta que me pegou de surpresa, com os olhos nervosos.


O convite, acima de tudo, me faz gelar. Nunca imaginei recebê-lo, ainda mais de Yoongi. Mas acho que entendo seus motivos: Yoon quer me manter a salvo. Mas, ainda assim, essa proposta me parece irreal.


— Não. — sibilo, o que resulta em faces estampadas nos três homens à minha frente.


— Não? — Yoon repete insatisfeito. — Você ao menos não quer pensar?


— Estou convicta de minha decisão. Tenho motivos para isso.


— E eu posso saber quais são? — meu namorado parece impaciente perante minha negativa, algo que eu já esperava.


Direciono meu olhar para meu pai, na intenção de que Yoongi entenda que não quero falar sobre isso na frente dele, mas o coreano parece irredutível. Ele trava o maxilar e ergue as sobrancelhas me cobrando justificativas.


— Namoramos há poucos meses. Além de que tenho apenas 19. Não acha que morar junto é algo sério demais?


— Não estou te pedindo em casamento, Porter. Estou cedendo um quarto no meu apartamento para você.


— Ainda assim, acho precipitado. — Dou de ombros, irritando o coreano ainda mais.


— E eu também. — balbucia Jhon, limpando a garganta logo em seguida. — Lisie é nova demais. Morar junto dá brechas para sex… — Meu pai trava, com a palavra entalada na garganta.


Yoongi gargalha fraco. Sei que sua vontade é contar para Jhon tudo que ele já fez, ou melhor, tudo o que fizemos juntos. Por isso agradeço quando ele não fala nada. Porém só sua risada, já faz Jhon fuzilá-lo com os olhos. 


Como se ele não se lembrasse de quando Yoon gritou para a rua inteira que me fazia gemer, no dia em que encontrou Justin em minha casa. Pensar nisso me faz apertar os olhos para esquecer da vergonha que senti naquele momento.


— A questão não é essa. — Yoon bufa e empurra seus fios lisos para trás. — Sabe como pode ser perigoso, uma mulher morar sozinha em Nova York. — Suas íris se encontram com as minhas, para intensificar sua mensagem e me lembrar de que sou uma pessoa marcada.


— Não vou morar sozinha. 


— Então vai morar com quem? — Meu pai eleva a sobrancelha, com a típica face de um pai desconfiado. Pena que eu não o vejo como pai, para isso.


— É uma coisa que me surgiu na mente e acho que seja bem viável. — começo a falar e não posso deixar de evitar o erguer de sobrancelhas que Yoongi dá por estar desinteressado. Como ele é difícil. — Vou morar no dormitório do Barnard College.


— Está brincando? — Yoon sussurra impacientemente, mas ainda contendo o tom de voz. — Prefere morar num prédio com várias garotas desconhecidas do que morar comigo que sou seu namorado? — a indignação que ele força na voz deveria ser relevante para mim, mas algo me diz que ele não está tão aborrecido assim.


— É seguro e vou me sentir mais à vontade. — sorrio e entrelaço meus dedos nos do mais velho que alivia a tensão do rosto — Além de que, não é como se eu já não vivesse aqui. — pisco para ele que ri fraco em resposta. — Preciso desse tempo sozinha. Por favor, entenda.


Yoongi não responde, apenas acena com a cabeça positivamente, me mostrando que entendeu meus motivos e que pode acatá-los, mas ele não deixa de ordenar que Otto e Sônia fiquem "24 horas de seus dias plantados nos perímetros dos prédios", o que desperta a curiosidade do meu pai, que encara nós dois em busca de respostas mas o ignoramos.


E após esse momento de conversa, Min se ergue do sofá e estende o braço para Jhon, que agarra sua mão com força, do mesmo jeito que fez no dia que Justin Summers me pediu em namoro. Esse simples gesto me faz sorrir minimamente, já que mesmo que eu não tenha uma grande consideração por Jhon, sua aprovação confirma que Yoongi agora é oficialmente meu namorado e companheiro. Não que sua negativa mudasse alguma coisa, mas ainda assim, é uma cena boa de ver.


Jhon avisa que precisa organizar algumas coisas antes da viagem e agradece Yoongi pela ajuda que o moreno lhe deu. Meu namorado sorri minimamente, com orgulho até. Que meigo. Meu pai se despede e Otto estende o braço para lhe dar passagem até o elevador, e então os dois vão embora.


Mesmo que a conversa tenha sido tranquila até, eu não evito bufar quando minhas costas encontram o estofado de camurça branco do sofá de Yoongi. O coreano se joga ao meu lado, passando seu braço por meu ombro e me aproximando de seu calor tão característico. Nossos olhares se encontram e seu sorriso simples me faz querer sorrir também. Não entendo como Yoongi pode me animar quando ele quer. Seus dígitos delicados tocam a pele do meu rosto até que começam um carinho reconfortante alí. Poderia passar horas nos braços dele. Sentindo o perfume forte que sua roupa emana. Recebendo seus toques calorosos e amáveis. Poderia viver para sempre no abraço dele, isso me faz até pensar em aceitar seu convite para morar com ele, mas a ideia de que estamos juntos apenas há dois meses me obriga a pisar no chão. Sem falar da minha ameaça. Por mais que Yoongi tenha optado por mergulhar de cabeça na missão de me ajudar, eu não posso envolvê-lo tanto assim.


— Precisamos ver sua irmã. — o sussurro de Yoon me desperta de meus devaneios.


Minha irmã. Como minha pequena deve estar? Se eu pudesse privá-la de tanta dor, eu faria. Sophie é apenas uma criança e eu estou sendo egoísta em me privar de encontrá-la apenas para não sofrer mais com a ideia de que Marry não vai mais estar aqui por nós. Eu tenho que fazer o que Yoongi me disse ontem: ser forte por Sophie. Nem que para isso eu acabe sem forças para cuidar de mim mesma.


Confirmo com a cabeça sem falar uma palavra sequer. O medo de encontrar com a dor de minha irmã começa a criar lágrimas nos cantos de meus olhos. Yoongi às limpa antes que elas tentem cair.


— Estarei com você. Sabe disso. — seus lábios encostam nos meus em um beijo singelo assim que ele termina de falar.


— Eu sei… — forço um sorriso.


Então Yoongi me puxa para cima. O moreno liga para portaria para prepararem seu carro enquanto eu visto meu casaco. Aproveito também para me olhar no espelho perto da entrada do apartamento. As olheiras abaixo de meus olhos estão mais profundas do que eu gostaria e meu cabelo parece mais apagado do que um dia já foi. Mesmo assim, passo os dedos pelos fios ondulados para melhorar minha aparência. Preciso que Sophie acredite que estou bem por ela. Só assim ela terá confiança em mim.


Yoongi aparece no reflexo do espelho, colocando uma touca de crochê preta para proteger suas orelhas do frio. A visão é completamente agradável aos meus olhos, e o jeito que ele infla as bochechas para bufar em reclamação ao inverno enquanto caminha até mim, o faz parecer menos agressivo do que sua aparência o faz parecer. Na verdade, ele parece mais um garotinho que odeia meter o pé na neve. Perceber isso aquece meu coração. 


Meu namorado segura minha mão e sorri para me encorajar. Ele me guia até o elevador da sala e juntos descemos pelos 20 andares do prédio de luxo. No saguão, o manobrista que cruza conosco entrega a chave da Mercedes a Yoongi e eu agradeço por ele ter deixado o aquecedor do carro ligado.


— Ontem você me disse uma coisa… eu não consegui esquecer. — solto, quebrando o silêncio do carro e fazendo Yoongi me encarar. — Você falou sobre sua mãe. — encontro o rosto de Yoon, mas ele desvia. — Não precisava me falar sobre suas dores.


Yoon parece pensar um pouco. Não sei se ele está evitando o assunto ou se está escolhendo as palavras. Todavia, está óbvio que o assunto lhe incomoda e eu repenso se fiz certo em falar sobre.


— Eu vivenciei suas dores mais íntimas — Yoon começa, parando para suspirar forte. — Nada mais justo do que eu compartilhar as minhas com você. — ele tenta sorrir, mas sei que não é de verdade. — Como te falei ontem, eu perdi minha mãe aos 8 anos — seus punhos apertam o volante com força, provando como isso ainda o machuca. — e, depois disso, meu mundo desabou. Precisei sair de casa e acabei em Nova York. Eu e meu irmão mais novo.


— Irmão? Você nunca me disse nada sobre um irmão. 


Yoon dá de ombros e evita me olhar.


— Acontece que as ruas se tornaram nossos lares por meses. Precisei sobreviver e fazer meu irmão sobreviver também, nem que para isso eu fosse obrigado a ceder para os meios mais fáceis e sujos. — posso sentir como a voz dele treme. Eu poderia pedir para ele parar de falar e se proteger de memórias dolorosas, mas não consigo. Algo me faz pensar que essa conversa está sendo mais como um desabafo e não como uma explicação. — Me envolvi nas piores coisas que você pode imaginar e não me orgulho nem um pouco disso. Quando fiz 14, Helena quase me atropelou em uma rua qualquer do Brooklyn. — Yoongi gargalha de forma jovial, deixando suas gengivas aparecerem. — Ela se convenceu que deveria me adotar, e assim fez.


— Mas e seu irmão? — pergunto baixo e com cautela.


— Meu irmão se perdeu na vida. Hoje, ele está como morto.


Um frio na minha espinha faz meu corpo arrepiar. A amargura e o rancor estão estampados nas feições duras de Yoongi. Então Min Yoongi nunca foi só um marrento esnobe. Yoon viveu nas ruas e precisou lidar com males que tiraram seu irmão, até que ele fosse adotado. Agora entendo seu relacionamento com Helena e o medo que a mulher tem do filho se envolver em encrencas, já que ele já se envolveu. Ele já viveu isso. E por mais que minha curiosidade me formente a perguntar em que ele se envolveu, eu me mantenho calada. Mas sinto que tem algo a ver com sua facilidade com armas e suas ligações suspeitas.


— Qual era o nome dela? — pergunto para desviar um pouco do passado conturbado que Yoon viveu nas ruas.


— Heejin. Min Heejin. — Um brilho especial nasceu no sorriso de meu namorado e isso alivia meu peito. Retiro sua mão direita da marcha do carro, entrelaço nossos dedos e um selar em sua pele, bem em cima de sua tatuagem de ondas sonoras com uma rosa. — Eu fiz para ela. — ele cochicha, concentrado no trânsito. 


— A tatuagem? — ele abana a cabeça, fechando os olhos brevemente. — O que significa?


Sempre tive essa curiosidade.


— As ondas são as ondas sonoras da voz da minha mãe. Eu as retirei de um vídeo antigo que achei em uma câmera de vídeo que roubei da minha antiga casa quando fugi. — Ele sorri ladino — Se você colocar no equipamento de leitura, a voz dela vai soar quase que natural.


— E o que ela diz no áudio?


— Eu te amo. — Yoon fita meus olhos. O brilho em suas orbes evidenciam lágrimas que ele tenta segurar a todo custo. Eu gostaria de consolá-lo. Mas não sei como. — Ah… — Ele funga, mandando seu quase choro para longe. — E a rosa, era sua flor favorita. Por isso está aí. 


— É lindo. — digo com firmeza, antes de voltar a beijar a tatuagem de Yoongi, que agora, tem um significado mais profundo para mim. — Obrigado por me contar.


O silêncio volta e não demora até que a fachada da casa dos Paolinnis apareça no parabrisa do carro. Yoon encara a fachada com no mínimo irritação. Me pergunto se a conversa que ele teve com Brandon foi mesmo amigável como ele disse, e, o modo como seus olhos reviram quando ele desliga o carro me faz crer que não. 


Meus saltos batem na calçada com a neve recém raspada e eu me praguejo por não ter pedido para Yoon me emprestar qualquer calça. Esse vestido não cobre nem metade de minhas pernas e eu o trocaria facilmente por qualquer roupa de Yoongi, mesmo que eu ficasse parecendo um balão de ar, por causa da diferença de tamanho.


Yoongi aparece do meu lado e sua respiração condensa o ar por causa do frio. Seu nariz avermelhado está em evidência e minha maior vontade é beijar seu rosto pela forma como ele está incrivelmente meigo desta forma. Então, quando o frio passa a incomodar, caminhamos até a porta de carvalho escura e grande da casa Paolinni. O P dourado, emoldurado na porta me causa nostalgia. Eu sempre amei esse lugar.


A mão de Yoon esmurra a porta impaciente, ele quer a todo custo se livrar do frio nova-iorquino. Logo a imagem de Marvin, o mordomo da casa, aparece no lugar da porta pesada. Seus olhos primeiro se espantam com nossa presença, mas logo ele os ameniza, trocando pelo olhar que eu ando recebendo demais ultimamente, e que na realidade, eu estou odiando. O olhar de pena.


— Boa tarde, senhorita Lisie. — Marvin estende o braço nos convidando a entrar.


— Olá, Marvin. Vim ver Sophie. — finalizo com um sorriso rápido, no qual o homem alto responde com o mesmo gesto.


— No quarto do jovem Paolinni, senhorita. — o mordomo aponta para a escada, me dando permissão para subir — Somente os dois estão em casa. Os demais patrões saíram.


— Certo, não vou demorar. — aviso e começo a me afastar.


— E o senhor? Aceita uma bebida enquanto aguarda? — Marvin se direciona a Yoongi.


— Pode me arranjar um whisky, bigodinho. — Yoon caçoa do mais velho, fazendo um gesto próximo do busso, como se enrolasse um bigode de verdade.


— Ele não aceita nada, Marvin. Obrigado. — Volto para agarrar a mão de meu namorado, que gargalha baixo, enquanto Marvin arqueia suas sobrancelhas. O mordomo está acostumado com pessoas educadissimas, coisa que Yoongi não é quando prefere irritar os outros. 


Puxo o moreno pela escadaria larga que corta a sala, enquanto Yoon faz comentários maldosos sobre a aparência estranha de Marvin. Meus olhos se reviram pelo menos duas vezes antes de chegar ao segundo andar. Yoon quer se distrair depois da conversa do carro, tenho certeza disso. Mas ele não poderia fazer isso de outra forma?


Ao chegarmos no piso superior, risadas baixas são audíveis, saindo do quarto de meu melhor amigo. Eu me animo instintivamente. Será bom ver que Sophie está rindo e até bem. Nos aproximamos da porta com lentidão. Yoon se escora na parede e diz que vai me esperar do lado de fora. Eu confirmo e então bato na madeira pesada da porta. A voz de Brandon me dando permissão para entrar é tudo que eu escuto. Ele parecia animado quando disse: entre. Mas sua feição mudou quando foi meu rosto que Brandon encontrou. Primeiro ficou sério, mas depois, um sorriso apaixonado foi nascendo em seus lábios. 


— Lisie. — o loiro está sentado ao chão, vestindo um conjunto moletom cinza que lhe cai muito bem.


Minha irmã é a segunda a me encontrar, seu sorriso também some, antes de voltar a aparecer. Ela se ergue do puff em que estava sentada e caminha até mim com os braços estendidos, como uma criança que pede colo.


— Você chegou. — ela me agarra com uma força exagerada.


— Vim ver como você está. — Acaricio seus cabelos antes de dar um beijo no topo da sua cabeça. 


Brandon se ergue do chão e caminha até nós. Seu sorriso aumenta a cada passo e isso me deixa nervosa. Quando nos alcança, Brand leva sua mão até minha nuca e o gesto me faz travar. Outra vez não. Entretanto, ao invés de tentar qualquer coisa, é minha testa que Brandon beija, e com esse selar, eu me tranquilizo.


— Deixarei vocês à sós. — o italiano dita baixo, próximo ao meu rosto.


Eu abano a cabeça em confirmação.


É só quando ele sai que eu me lembro de quem está do lado de fora do quarto. Droga. Talvez não tenha sido uma boa ideia subir com Yoongi. Pouco importa, tudo que quero agora é ficar com minha irmã. 


— Como você está? — pergunto afastando Sophie delicadamente. 


bem. — Ela dá de ombros, dando a volta e subindo na cama de Brandon.


— Tem certeza? As coisas podem ser um pouco confusas e difíceis para você entender. Por isso eu estou aqui para te aju…


— Lisie. Para. — Sophie replica — Não sou boba. Eu entendo tudo.


— Entende?


— Sim. — Ela balança a cabeça — Eu vi. 


— Viu? Viu o quê?


— Vi a mamãe morrendo. — Seus olhos desfocam das mãozinhas e se encontram com os meus. A tranquilidade com que ela diz isso me causa arrepios. — Fui eu que liguei para o vovô Paolinni. Eu sabia o que era quando a mamãe me sujou de sangue e caiu. Eu sabia. Então quando me contaram, eu disse que já sabia.


Eu fico estática, completamente sem palavras. Sophie parece calma com tudo que diz, o que contrasta comigo que estou em desespero por dentro. Sento na cama ao lado dela e a puxo para que ela se deite sobre meu peito, assim que me apoio sobre a cabeceira de Brandon. Sophie passa os bracinhos ao redor de mim e eu a aperto contra meu corpo.


— Se eu pudesse, apagava isso da sua memória. — digo sentindo meus olhos arderem.


— Eu não quero esquecer. Não quero esquecer o que ela disse.


— O que ela disse? — pergunto com a garganta quase fechando.


— Que ela precisava ir. Precisava virar estrela. Mas que ela me amava muito. 


As palavras da minha irmã me atingem e eu sofro quando minha mente cria a cena na minha cabeça. Meus olhos me traem e as lágrimas quentes escorrem pelo meu rosto inteiro.


— Ela disse que te ama também, Lisie. Que é para você nunca esquecer disso também.


Eu tento. Mas meu choro se intensifica ao ponto de minha irmã perceber. A pequena me encara temerosa e passa a mãozinha por meu rosto, apanhando lágrima por lágrima. Ela não diz mais nada e me abraça. Então eu choro, abraçando minha irmã com todas as forças que me restam, até que dormimos juntas.


Após o que acho que são minutos, desperto com vozes vindo do lado de fora do quarto. Retiro Sophie de meu peito e a menina repousa sobre o colchão, roncando baixinho. Me levanto ainda zonza e me aproximo da porta para ouvir melhor. Não preciso de muito para saber de quem as vozes pertencem. 


— Nada do que você fale me fará mudar de ideia. — Brandon diz irritado. — Eu a amo verdadeiramente, enquanto você se aproveita da sensibilidade dela.


— A ama tanto que fugiu porque levou uma galhada? — Yoon gargalha. — Qual é, Paolinni? Acha que pode ir embora e deixá-la quebrada? Enquanto eu a reconstruía, você estava turistando, afogando as mágoas. Agora volta e se acha no direito de tomá-la de mim?


— Fui embora por culpa sua, seu cretino!


— Deveria me agradecer. Te mostrei quem era sua namorada. E saiba que não fui o único que deitei com ela. Consegui o número da sua ex com os garotos do time de basquete, que se vangloriavam por ter dormido com a herdeira bonitinha da McCoy Construtora. — Yoon ri mais uma vez.


— E eu agradeço. Graças a isso, percebi que é Elisabeth a pessoa que eu amo de verdade.


— Não. Você apenas quer me tomar minha namorada porque tomei a sua. — Yoongi grunhe.


— Olho por olho, dente por dente. Já ouviu falar? — o tom irônico na voz de Brandon é irreconhecível. — Além de que, não acha que você não combina com isso? Namoro? Por que não volta para sua vidinha fútil e deixa a Lisie ter alguém decente?


— Você não sabe nada sobre mim, Paolinni. Eu sou namorado dela. Aceite.


— Não, Min. — Brandon ri baixo — Você é uma aventura. É o carinha enigmático que prende a atenção das meninas. Mas adivinha: as aventuras cansam. Uma hora ou outra elas perdem a graça. E então, é atrás de caras como eu que elas vão atrás. No final, é a segurança que elas querem. E isso, você não pode dar a ela.


— Vai se fod…


— Vamos embora? — Digo assim que abro a porta, assustando os dois rapazes que estão cara a cara. Yoongi ao me ver, dá passos para trás e Brandon faz o mesmo. — Está tarde. Eu acabei dormindo.


— Você descansou? — Yoon pergunta, guardando as mãos no bolso da jaqueta que cobre a camisa social que ele foi para o enterro de Marry.


— Um pouco. — dou de ombros.


— Isso que importa — Brandon comenta entre sorrisos. — E Sophie?


— Ainda está dormindo. — Respondo aparando para o quarto. — Obrigado por cuidar dela.


— Sabe que eu faço tudo por vocês. — Brandon segura minha mão e o olhar de Yoongi o fuzila por isso.


Puxo minha mão de seu contato e sorrio para findar a conversa. Yoongi agarra meu braço mas antes de ir, abraço Brandon e peço para que ele cuide bem de minha irmã, o que ele diz que fará com todo o prazer do mundo. 


Yoon, por estar estressado, começa a me puxar para a escada e eu aceno ao longe para meu amigo que fica para trás. Ele não me deixa nem me despedir de Marvin. Logo puxa a porta da entrada com força e a fecha do mesmo modo. Yoon está irritado. Me comprova isso quando entramos no carro, quando ele esmurra o volante antes de entrar na rua e ir para longe dali. 


— Eu ouvi tudo. — Comento enquanto Yoongi respira fundo no banco do motorista. — Você não é uma aventura. Nunca foi. Saiba disso por favor.


Yoon não me responde. Sei que ele voltou a se fechar em seu mundo de pensamentos, e, no momento, eu estou fora dele.













Notas Finais


Aiai, todo dia uma complicação. O que vocês acham? Brandon está certo? Com quem Lisie deve ficar? Comenta!!


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