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História Until The Sun Dies - The Talk


Escrita por: stilldancing

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece né mores?
Meus amores, nem sei o que dizer. Life got crazy e eu acabei tendo que deixar a fic um pouquinho de lado. Mas prometo que não vou abandonar a fic nem nada, só tenham paciência comigo, ok?
Acho que daqui pra frente volto a postar com mais frequência. Não esqueçam que é só favoritar a história se quiserem receber notificação com as atualizações, ok?

Espero que gostem. Vcs são tudo. ❤️

Capítulo 17 - The Talk


Raquel acorda com frio, o vento fazendo a cortina balançar. Por um momento, acha que está em Palawan — o cheiro de café lhe invadindo as narinas — e quando sente o peso do braço de Sérgio sob sua cintura, tem certeza que aquele quarto é o dele. 

Só se lembra que está em uma casa completamente diferente quando, do outro lado da parede, ouve a risada abafada de Paula. Sorri, sentindo o lençol cobrir seu corpo ainda nu, e vira para o outro lado. 

Sente-se grata enquanto vê Sérgio despertar, puxando o ar pelo nariz e coçando a barba de leve. Ele abre os olhos e se depara com os dela, encarando-o, e rapidamente esconde o rosto no travesseiro e solta uma risada preguiçosa, gostosa, que faz o coração de Raquel derreter. 

“Que?” Ele pergunta, apenas um olho visível, a voz abafada pelo travesseiro. 

Ela chega mais perto, encaixando a perna entre as dele. Leva a mão até sua nuca e brinca com os fios de cabelo que encontra ali. “Hm?”

“Que foi?” Ele finalmente desencobre o rosto, puxando-a pela cintura e encaixando seus corpos como se fossem um quebra-cabeça. Perfeitos. “Estava me olhando?”

“Estava,” ela admite. Já passaram da fase de ter que disfarçar esse tipo de coisa. Morde o lábio e, ao mesmo tempo, sente o corpo arrepiar com o toque carinhoso de Sérgio. “Tenho tanta sorte.”

Ele parece desmanchar contra ela, automático. “Raquel...” murmura, pressionando-a contra si. Seus olhos brilham na direção dela. “Eu é quem tenho sorte. Há dias que sequer consigo acreditar que você ainda está aqui. Comigo. Carne e osso,” sua mão sobe pelo braço de Raquel até alcançar seu rosto, onde ele pausa. Com a ponta dos dedos, traça o contorno de sua face — cada risco, um por um. Passeia sobre o redor de seus olhos, o perfil do nariz, a volta dos lábios. Puxa-a para ainda mais perto quando se dá por satisfeito, pressionando os lábios contra os dela de leve — apenas um toque. 

“Não tenho dúvidas de que sou o homem mais sortudo do mundo,” ele continua, agora sussurrando as palavras contra ela. “Depois de tudo o que aconteceu e mesmo tendo começado tudo isso da forma como começamos... Você ainda está aqui. Raquel— eu não— não dá pra acreditar.

Ela sente os olhos marejarem, como sempre sente quando Sérgio diz essas coisas. Se seu coração tivesse vida própria, já teria escapulido do próprio peito e voado para as mãos dele.

“Às vezes eu sinto falta do Salva,” ela admite, pressionando a nuca dele enquanto as palavras saem. “De quando os assaltantes eram os maus e nós éramos os bons. De ter a ilusão de que as coisas eram simples, e— e de achar que você era um homem normal que trabalhava fazendo cidra. Mas quando eu penso no assalto, em tudo o que aconteceu, não é no meu trabalho que eu penso.” Ela pausa. “É em você,” Ouve a respiração de Sérgio se aprofundar, e ele continua lhe encarando com atenção. “As primeiras coisas que me vêm à cabeça são tardes no café, a primeira noite num sofá minúsculo, e o gosto de cidra ruim.” Os dois riem, juntos. “Não as conversas com os outros policiais, não as decisões erradas que tomamos. É você, Sérgio. Você e todas as formas em que o seu eu verdadeiro é ainda mais interessante que Salva. Você, e o quanto eu jamais trocaria isso aqui,” ela aperta sua mão. “Por nada.”

Ele, pegando-a de surpresa, pula por cima dela e lhe segura pelos pulsos, pairando sobre seu corpo — lábios a centímetros dos dela. 

“Você não pode falar essas coisas sem esperar que eu te ataque,” ele esfrega o nariz contra o dela antes de concentrar sua atenção em seus lábios. Raquel sente o calor atingi-la de baixo para cima quando Sérgio lhe beija, línguas movimentando-se no mesmo ritmo. Sente a mão dele escorregar por seu perfil, ainda nu da noite anterior, até alcançar o espaço entre as suas coxas. Ela curva a coluna, chiando, cada pedaço de seu corpo gritando por ele. 

“Não podemos...” ela diz, contra qualquer vontade que sente no momento. “Paula, e— mamãe— preciso conversar com elas—”

“Urgh,” Sérgio solta, desvencilhando-se dela, obedecendo. Deita-se de costas e olha para o teto. “Você ainda me mata, Raquel Murillo.”

*

Demoram pelo menos mais uma hora no quarto. Aproveitam a suíte para tomarem um banho juntos, a água quente os livrando do frio. 

“Quando chegamos estava ensolarado! Por que hoje está frio desse jeito?” Raquel pergunta enquanto veste o casaco.

“Bem-vinda à Groenlândia!” Sérgio responde com um sorriso, abrindo a porta do quarto para que ela passe. 

*

Raquel sente-se preparada para finalmente contar tudo à Marivi. Estavam todos descansados, confortáveis e felizes — e não há momento melhor para contar que o homem que se apaixonou é responsável pelo maior assalto já planejado, certo?

Estão as duas na mesa da cozinha de Denver e Mónica, que ainda não saíram do quarto. Sérgio se sente em casa o suficiente para preparar um café para elas, mas logo pede licença e volta para o quarto — contudo, não se antes enviar um olhar de ‘converse com ela!’ à Raquel, que faz que sim com a cabeça conforme ele deixa o cômodo. 

Ela apoia as mãos na mesa de madeira, respirando fundo e encontra o olhar da mulher a sua frente. “Mamãe, há uma coisa que preciso te contar. Devo-lhe explicações— grandes explicações, na verdade.”

Marivi a encara, atenta. “Claro, minha filha. Aconteceu alguma coisa?”

Ela faz que não com a cabeça. “Não, tudo está bem. Mas há uma coisa que eu não te contei.”

Sua mãe lhe encara com olhos enormes e compreensivos. Raquel não conseguiria esconder nada dela, mesmo se quisesse. 

“Então, é que... Sérgio—”

“Quem quer esquiar?!” Denver lhes interrompe, aparecendo na porta de repente. Vestido com roupas de inverno dos pés à cabeça e com uma enorme prancha de snowboard na mão, seu enorme sorriso toma conta de toda sua face. 

O rosto de Marivi parece iluminar-se num instante. Ela junta as mãos na frente do rosto, quase gargalhando. “Ah, que maravilha! Você tem boias? Estou muito velha pra usar um desses, mas Paula adora escorregar na neve com as boias!”

Raquel suspira. Parece que não conversarão tão cedo. 


Notas Finais


vocês são tudo e os comentários também! não esqueçam de contar o que acharam (amo textões bjs)


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