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História Untold Love ( TobiIzu ) - Capítulo IV


Escrita por: senjuchihalyn

Notas do Autor


Bom diaaa, tudo bem com vocês?
Boa leitura

Capítulo 5 - Capítulo IV


Uma semana havia se passado desde o primeiro encontro com Izuna, quando suas pernas os levaram até a majestosa Torre de Paris, diante da mesma ambos marcaram seu próximo encontro. O moreno tinha um gosto peculiar para passeios, mas Tobirama não se importou com isso, afinal, era natural que após tudo que passou em todas as vidas anteriores, Izuna adquirisse um certo gosto pelo outro lado do véu da realidade da sociedade. Tobirama acompanhou Izuna naquela noite até a porta da casa do mesmo, sem precisar se esconder dessa vez e ali eles marcaram onde seria o próximo ponto de encontro. 


Era 22:30 da noite da semana seguinte ao encontro da Torre, quando Izuna viu Tobirama chegar caminhando pela calçada que circundava o mais famoso cemitério de Paris. Izuna observou a camisa do homem mudou do tradicional preto que ele sempre usava para uma cor de camisa social bordô, com os três últimos botões da gola fora de suas casas por cima de tudo havia um novo sobretudo, porém esse continuou na mesma cor de sempre, semelhante as calças que ele usava, preto. O olhar do menor percorreu todo o corpo do homem enquanto esse aproximava-se com ambas as mãos no bolso do sobretudo, Izuna notou que nessa noite haviam dois acessórios a mais, uma boina francesa sobre os cabelos platinados, que deu a ele ainda mais charme e um toque elegante junto a um cachecol também preto como a boina e o restante das vestes, exceto a camisa.


O albino saudou o menor com um boa noite ao mesmo tempo que segurou uma das mãos do moreno e depositou um beijo sobre a costa da mesma arrancando um bobo sorriso de Izuna que disse após cumprimenta-lo com o boa noite também: —Acho que um dia vou acabar me acostumando com esse seu cavalheirismo do século passado, Tobirama.  — O Sorriso de Izuna tornou-se mais largo agora enquanto o de Tobirama alargou-se em seu rosto, mas não o suficiente para revelar a Izuna o que não podia ser revelado. O homem por sua vez disse enquanto seguia em direção aos portões fechados do cemitério mais antigo e famoso de Paris. — Talvez já esteja acostumado, apenas não se lembra. 


Izuna ficou confuso com o que lhe foi dito, mas não tentou entender, aquilo tornava o homem ainda mais misterioso e Izuna adorava isso. O menor seguiu atrás de Tobirama e viu esse retirar algumas chaves do bolso e abrir o cadeado que prende as grossas correntes do portão e em seguida viu ele inserir uma chave antiga na fechadura igualmente antiga, dos portões trabalhados do Pere Lachaise, ao abrir o som do ferro antigo raspando no chão deu um ar ainda mais macabro ao momento e antes que sua razão quisesse decidir por si e desistir do passeio , a emoção guiou Izuna para dentro do local. O homem fechou e trancou o portão assim que ambos estavam para dentro do local e guardou a chave no bolso do sobretudo outra vez e foi até Izuna, que estava parado no centro da rua de pedra de acesso principal ao mesmo, o homem pousou uma das mãos sobre as costas de Izuna e perguntou ao médico: — Está bem? Quer desistir? 


Izuna o olhou sorrindo e disse.— Desistir jamais, vamos em frente e além do mais, você não deve ter toda essa altura e esses braços fortes de enfeite. — O menor encontrou uma face incrédula vinda do homem e para quebrar o gelo Izuna alargou o sorriso e disse abraçando a cintura de Tobirama. — Estranhamente me sinto seguro com você por perto. Não que eu não saiba me defender. — Disse o menor que soltou o homem ao notar a surpresa do outro e de si mesmo pelo ato, e voltou a caminhar, observando a lua cheia que iluminava seus caminhos adiante. Izuna estava começando a estranhar seus próprios atos, pois sentia-se extremamente à vontade diante do homem. 


Tobirama estava parecendo bobo com o jeitinho de Izuna, o médico era um homem com suas grandes responsabilidades já, mas no olhar onix do mesmo Tobirama podia ver a inocência e a bondade que habitavam o menor. Os gestos e as ações de Izuna deixavam isso ainda mais evidente. Em um momento o menor correu um pouquinho na frente e seguiu para um dos túmulos que haviam ali, ele tocou o mesmo e disse assim que viu Tobirama se aproximar. Allan Kardec está aqui. Você sabia que ele acreditava fielmente em fenômenos psíquicos? Ele acredita que telepatia era algo possível assim como clarividência mas o estranho é que... ele acreditava que espíritos não tinham nada a ver com isso, ele dizia que qualquer pessoa era capaz disso, bastava ter o dom.— Izuna sorriu ao ver que Tobirama prestava atenção no que ele falava, completamente o oposto de seu irmão, de seus amigos ou de sua noiva que o achavam um lunático quando falava seus assuntos malucos e o ignoravam completamente. O albino se aproximou de Izuna, colando a lateral de seu corpo ao do menor e disse olhando em direção ao túmulo de Kardec. — E mesmo assim ele é considerado o pai do espiritismo, e revolucionou o mundo com o que presenciou e ensinou. — Izuna concordou, feliz e satisfeito em saber que o homem realmente lhe dava a devida atenção. Em seguida, o menor olhou para Tobirama e perguntou. — Como o Pére é o que é hoje, Tobi? 


O homem olhou para Izuna piscando por alguns instantes, pensativo com a repentina pergunta e pensou em como explicaria sobre o Pére, afinal não podia simplesmente falar "cuidamos dele desde séculos atrás quando fundamos o primeiro cemitério particular parisiense para nosso próprio abrigo no fim do século XVII, onde nos escondemos a plena vista junto com outros nossos" O albino então disse olhando do cemitério para Izuna e vice-versa. — Bom, o antepassado da minha família fundou esse lugar quando não existiam cemitérios particulares em Paris ainda, apenas os municipais e era muita burocracia para aqueles que perderam os entes pudessem enterrá-los naquela época. Ou deveriam ser jogados na cova de indigentes para ser mais rápido ou levariam semanas para conseguirem colocar alguém em sua própria tumba. Aí, minha família criou o Pére, onde pagando uma determinada quantia, poderiam enterrar seus entes no momento que quisessem e poderiam criar suas próprias tumbas, lápides e mausoléus. Como foi o primeiro do estilo aqui em Paris, ele acabou sendo notado por pessoas conhecidas daquela época, filósofos, escritores, cientistas entre outros mais e assim o Pére foi crescendo e hoje em dia... — O albino deu de ombros e abriu os braços indicando a volta e Izuna disse. — E hoje em dia é o maior cemitério de Paris, mais antigo e o cemitério com maior número de celebridades dos mais variados tipos enterrados. — O albino assentiu para o moreno e estendeu a mão para Izuna que a segurou e disse. — Podemos ir a ala dos vampiros? E aliás, porque ela existe? 


Outra vez Tobirama precisou pensar antes de falar e enquanto caminhava pelas ruas de pedra do cemitério de mãos dadas com Izuna ele disse. — O pai do pai do meu pai achou que seria interessante, que poderia atrair mais pessoas ao Pére, não futuros enterros, mas pessoas mesmo sabe.. vivas, turistas. Foi em uma época que pessoas de outras cidades começaram a frequentar outras, ou seja quando o turismo ficou notório no mundo, no século XIX e vampiros é um assunto que a sociedade tem muita... curiosidade. 


Izuna sorria enquanto ouvia a voz grave porém moderada do albino enquanto caminhavam lado a lado de mãos dados, enfim Izuna disse assim que chegaram na entrada da ala. — Mas eles existem, você sabia? — Disse o menor e o Tobirama arqueou a sobrancelha e disse.: — Nas histórias, de fato existem. 


O menor sorriu após as palavras de Tobirama e logo disse em meio ao riso. — Estou falando sério, eles existem, apenas não podem contar que existem, mas se pessoas comuns como nós descobrir a existência deles, descobrir que alguém é um vampiro, eles não podem negar a espécie. Ou seja, eles existem mas ninguém descobriu. — Disse Izuna animado enquanto olhava aquela ala repleta de mausoléus amedrontadores e ao mesmo tempo imponentes. Os mesmos tornavam-se ainda mais horripilantes à noite. E Izuna enfim voltou a atenção a Tobirama quando ele disse. : — Ou descobriram, mas viraram suco de morango em caixinha. — Izuna riu alto da comparação do suco com um vampiro mordendo o pescoço da vítima. E logo o menor sorriu animado e disse parando diante de um mausoléu, que parecia estar abandonado a muito tempo, mas ainda assim estava conservado. — Ou viraram os companheiros deles e hoje vagam pelo mundo juntos, desbravando a eternidade… Será que ele realmente existe? O pai de todos os vampiros? — O albino olhou para o mausoléu que trazia na inscrição acima que pertencia ao conde drácula. Também conhecido como: Vlad. Seu pai. Seu criador. 


— Para lhe ser sincero Izuna, eu não duvido de nada. — Disse Tobirama e logo voltaram a caminhar e pararam quando chegaram diante de outro mausoléu, um grande e conservado, mas onde as paredes cinzentas tinham também uma marca do tempo, sobre o mesmo havia uma estátua de morcego, semelhante ao que havia na de drácula, as portas eram semelhantes, escuras de madeira antiga e no topo a inscrição "Mabirato Jusen" - Príncipe da Valáquia, décimo filho de Drácula." — Esse por algum motivo é o que mais me atrai a atenção. Sempre que vim ao Pére, eu fico por horas diante desse mausoléu o observando, parece que algo me liga a ele de certa forma. Meu irmão diz que sou doente por pensar assim, minha noiva diz que preciso me internar e chegou a falar que preciso crescer, parar de acreditar em histórias de terror quando eu a trouxe aqui durante o dia, mas eu... eu sinto que alguma coisa aqui tem a ver com o meu passado. Eu... não sei porque mas ... — O moreno fungou olhando para aquele local ao mesmo tempo que sentiu o braço de Tobirama pousar sobre seus ombros e envolveu seu braço na cintura do mais alto e Tobirama perguntou. — Acredita em vidas passadas, Izuna? Reencarnação? — O menor assentiu, fungando outra vez murmurando um "sim" e logo Tobirama disse. — Então talvez você tenha sido o grande amor de um vampiro no passado e isso o faz ficar assim, porque pode ser que você seja o grande amor do vampiro a quem pertence esse mausoléu. — Disse o albino, sorrindo leve ao olhar Izuna que se afastou do abraço e ficou de frente para Tobirama e perguntou o inesperado: — Se eu fui o grande amor de um vampiro no passado, porque estou aqui hoje e não sendo feliz ao lado do meu grande amor do passado, afinal se ele é vampiro poderia muito bem ter me tornado imortal, não acha? Ou ele não me amava como eu o amava ... — o albino o interrompeu ao falar segurando ambas as mãos de Izuna, olhando nos olhos dele. — Ou ele queria te proteger do inferno que é.. que deve ser, se tornar um imortal. 


Izuna ficou sem saber o que falar por um instante e sentiu as mãos cobertas novamente por luvas de couro, soltarem as suas e no instante que as mãos alheias tocaram em seu rosto, Izuna fechou seus olhos e instintivamente, sendo movido por uma força oculta ele deu mais um passo, colando seu corpo ao do homem, levou as mãos as mãos dele que estavam em seu rosto e subindo levemente seus pés ele ficou na pontinha dos mesmos para se aproximar mais do homem de cabelos claros que poupou o esforço de Izuna ao se inclinar em direção ao moreno que voltou a tocar o pé por completo no chão e instantes depois izuna sentiu um toque gélido sobre seus lábios e não demorou nem um instante a mais para envolver os braços na nuca alheia e puxar o homem para um beijo. Os lábios encontraram-se de forma afoita, levando as mãos aos cabelos platinados , retirando a boina do homem para que pudesse penetrar os dedos entre os fios em meio ao beijo que trocavam de forma intensa, Izuna sentiu como se aquele definitivamente não fosse o primeiro beijo que trocaram. 


Ter Izuna em seus braços daquela forma trouxe a Tobirama antigas lembranças, antigos momento, antigas vontades e sentimentos. Ele permaneceu por um período beijando o garoto mas após um tempo Izuna afastou seus lábios dos gélidos de Tobirama e levando as mãos a nuca dele o guiando, fez o homem afundar o rosto em seu pescoço,na clara intenção de prosseguir com o beijo naquela região, o cheiro do sangue de Izuna era ainda mais intenso naquele instante, o doce aroma preencheu suas narinas, desceram por sua garganta e seu instinto de predador foi ativado, certamente se seu coração batesse estaria acelerado nesse momento, a medida que depositava alguns beijos sobre a pele alva do menor, os braços de Tobirama desceram aos ombros de izuna e rodearam as costas do menor a medida que o homem se controlava o máximo que conseguia, mas chegou um momento que já estava ficando arriscado demais aquele contato, o roçar da língua no pescoço de Izuna fez o mais novo sentir um arrepio percorrer sua espinha, Izuna não tinha como ver, mas ambos os caninos do albino estavam visíveis, o doce aroma de Izuna despertou seu instinto e Tobi estava prestes a perder o controle da situação com tudo aquilo, e para a surpresa de Izuna de forma repentina o homem se afastou e deu alguns passos para a direção oposta, ficando de costas para Izuna a medida que olhava em direção a ironia de sua insignificante existencia, aquele mausoléu criado próximo ao de drácula junto com outros nove, onde cada um representava uma das criações de Vlad. Das quais atualmente apenas 3 sobreviveram sendo Mabirato Jusen , que nada mais seria do que o anagrama do próprio nome do albino, onde se colocasse tudo no lugar certo lia-se "Tobirama Senju", Valerius, que atualmente se chama Hashirama e por último o desgarrado Lestat de Lioncourt, irmão bastardo de Armand de Lioncourt, o Izuna do passado. Desde que tornou-se vampiro Lestat, antes "DuLac" herdou o sobrenome da monarquia da família de sua mãe que se deitou com o jardineiro do castelo, Luis DuLac. 


Izuna se aproximou de Tobirama, que com um esforço invisível para Izuna, conseguiu retomar o controle, seus dentes voltaram a posição anterior  cujos não ficavam tão evidentes, mas ainda tinham a ponta diferenciada, podia se passar fácil por um artista caso fosse flagrado em um largo sorriso algum dia. Seus olhos provavelmente estavam ainda mais vermelhos que o comum, mas a lente ocultava isso e assim que o albino reassumiu seu controle ele se virou para Izuna e segurou o rosto do garoto entre suas mãos outra vez e agora selou os lábios dele, devagar e ficou o olhando por alguns segundos e o menor disse. — Desculpe eu... me empolguei. — Izuna sorriu após suas próprias palavras, arrancando um sorriso suave do albino que o abraçou e disse. — Não se desculpe. Isso foi.. bom. Muito bom. — O mais velho sorriu todo bobo enquanto abraçava Izuna e acariciava os cabelos morenos dele, só se desvencilhou do abraço quando Izuna fez isso primeiro. E o menor o olhou e segurou as mãos de Tobirama e disse. — Vamos continuar nosso passeio? — O albino assentiu e seguiram com o passeio pelo Pére Lachaise e fizeram aquilo durar quase a madrugada inteira, finalizando o passeio apenas quando Izuna se lembrou que precisava estar no hospital dentro de três horas, afinal, ja era 5 da manhã quando ele resolveu olhar o relógio no pulso. Tobirama seguiu junto com Izuna até a casa do médico, o deixou na porta como da outra vez, mas agora ambos olharam para os lados se certificando que ninguém os veria e então trocaram um rápido beijo. O menor tocou as mãos sobre os ombros largos de Tobirama e disse. — Desculpe qualquer coisa. 


Tobirama sorriu e disse tocando com o polegar o rosto do homem: —Semana que vem no mesmo horário e no mesmo lugar? 


Izuna fez um bico e disse. — No mesmo lugar não. Eu quero ir... — O albino interrompeu Izuna e disse acariciando o rostinho lindo do médico. —A entrada para as catacumbas é pelo Pére... — Izuna abriu um largo e maravilhoso sorriso que aqueceu o interior gélido do albino e após outro selinho e mais um e outro até que o último tornou-se em um beijo profundo que logo foi cessados quando o garoto precisou ir, assim que Izuna entrou o albino sorriu bobo, mas seu sorriso se desfez e imediatamente olhou para os lados. Não sabia exatamente o que era, mas teve um pressentimento nada bom, resolveu ficar por ali até instantes antes do sol nascer e voltou para casa rápido quando os raios pareciam correr atrás de si à medida que o sol tomava conta de Paris. 



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