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História Uzumaki Ahmya Shinden - Livro do Sol Nascente - O confronto mais aguardado (parte 2)


Escrita por: HannahHanover

Notas do Autor


Arco 5 - exame chunin

Os movimentos trocados entre Ahmya e Itachi dentro da arena do exame chunin eram tão rápidos e complexos que Kakashi e Shisui preciraram ativar seus Sharingans para acompanhar a luta de seu assento na platéia.

Mas... se até então a disputa parecia equilibrada, com o último movimento do amigo, Shisui teve certeza, Itachi ganharia a luta.

Capítulo 36 - O confronto mais aguardado (parte 2)


Fanfic / Fanfiction Uzumaki Ahmya Shinden - Livro do Sol Nascente - O confronto mais aguardado (parte 2)

“Você viu aquilo?!” Kakashi se voltou para Shisui, o questionando sobre os movimentos que garantiriam a vitória de Itachi.

“Hm” o Uchiha confirmou com um aceno de cabeça e voltou seu rosto para a arena.

O Itachi saltou verticalmente, colocando-se mais uma vez de cabeça para baixo e atirou as primeiras oito kunais. 

Enquanto virava seu corpo para cima, ainda no ar, ele repetiu o movimento com as kunais e, ao pousar no chão, atirou mais oito armas.

Ao todo, trinta e duas kunais foram disparadas em direções diferentes, nenhuma delas se dirigia a Ahmya.

Mas a kunoichi se recusou abrir os olhos e dar a Itachi essa vantagem. Com toda a certeza ela julgava que era isso o que o oponente esperava.

Ahmya era teimosa e não precisava se preocupar em economizar chakra. Mas Itachi já tinha ciência disso e, essa, era sua vantagem.

Em lugar de abrir os olhos, o corpo da Uzumaki cintilou, ainda antes de Itachi concluir seu movimento com as kunais. 

Ela usaria toda a sua velocidade para atacar o oponente pela última e definitiva vez. 

E Itachi com certeza havia previsto que ela recorreria a essa estratégia impulsiva depois ele  desorientasse o estilo sensorial dela, ao lançar suas kunais.

Era uma manobra imprudente, mas Ahmya não conseguiria desviar-se do golpe das oito kunais se Itachi o repetisse muitas outras vezes.

Contando com a sorte, ela esperava que a velocidade de sua cintilação superasse a das armas.

‘Itachi-san assistiu a primeira luta da Ahmya-chan e agora está usando a mesma estratégia que ela usou contra o primeiro oponente. Ele é mesmo um gênio.’

Antes de atingir o alvo, o corpo de Ahmya reapareceu preso a uma rede de fios metálicos que só se tornaram visíveis à maior parte do público depois de tocarem o corpo da kunoichi. 

As armas arremessadas por Itachi estavam amarradas a longas linhas de aço. Ele as atirou, fixando-as em pontos diferentes, mirando o alto das paredes que suportavam as arquibancadas da platéia.

Momentos antes, o garoto usou o ataque com shurikens, aparentemente sem sentido, para colocar sua oponente exatamente no ponto no qual sua real estratégia seria possível.

Shisui sorriu de uma forma nostálgica. Tempos atrás, ele e amigo enfrentaram uma oponente que usava a mesma técnica à qual o mais novo recorria agora.

Itachi distribuiu as kunais em pontos estratégicos, atrás e nas duas laterais do ponto em que a Uzumaki se encontrava.

A trajetória das armas emaranhou as linhas, criando uma rede que bloqueva qualquer trajeto direto que Ahmya pudesse percorrer para chegar ao oponente.

Itachi apostou que, depois de sentir a vibração do disparo das kunais, a adversária se abalaria emocionalmente e o atacaria diretamente. E, então, criou um bloqueio.

De olhos fechados Ahmya não percebeu a armadilha e, não interessava sua velocidade, ela ficaria presa na rede metálica.

Quando a menina tocou o bloqueio algumas linhas se soltaram e enrolaram-se em seus pulsos e tornozelos. 

Ahmya estava completamente imobilizada. Suspensa a quase três metros do chão, seu corpo esticado pelo emaranhado de fios formava um ‘x’.

“Wow! Itachi derrotou a adversária colocando o estilo sensorial dela contra ela mesma” Gai comentou da platéia, mas os outros dois colegas continuaram com os olhos fixos na arena.

Shisui conhecia a expressão no rosto da irmã e suspeitava que aquele não era o fim.

O examinador começou a se aproximar de Itachi para anunciar a vitória. Mas um rugido furioso o interrompeu.

“Arrrrgh!!!” Ahmya ainda tinha os olhos fechados, mas se os abrisse, com certeza dirigiriam a Itachi um olhar mortal “Eu não estou derrotada!”

Mesmo do alto da platéia, Shisui conseguiu ler perfeitamente os sentimentos da irmã. Ela estava visivelmente furiosa. Mas, também, determinada. 

Por um instante o irmão mais velho sentiu um temor percorrer o fundo de sua mente. 

A expressão que saía do rosto de Ahmya indicava que ela faria o que fosse necessário para se recompor e vencer a luta. 

O que, inclusive, poderia mudar a natureza da disputa que, até então, ocorrida de forma bastante esportiva.

Presa na armadilha de Itachi, a menina contorceu violentamente o pulso esquerdo, amarrado com os fios de metal. 

Com a ação, seu pulso foi cortado e um denso jato de sangue molhou o fio esticado que a prendia.

Ignorando a dor, o sangramento e forçando-se além dos limites que conhecia sobre o próprio corpo, Ahmya movimentou os dedos executando os selos com apenas uma mão e fechou a palma em torno do fio banhado por seu próprio sangue.

“Jutsu de invocação: o louva-deus de sacrifício!!”

‘Esse jutsu! Ahmya não pode estar pensando nisso…’ Shisui sentiu sua mente revirar.

Um louva-deus um pouco maior que um bode irrompeu imediatamente da região onde a mão de Ahmya estava. 

Com o volume do animal aquele fio se rompeu. Mas o punho e o antebraço da kunoichi foram fraturados. 

Da plateia, Shisui tinha os olhos vidrados. 

Ele estava preocupado e angustiado com o sofrimento da irmã. Mas não podia deixar de impressionar-se e orgulhar-se por sua determinação.

Do chão da arena, Itachi observava a oponente com uma expressão indecifrável. 

Talvez ele estivesse se arrependendo de ter se superestimado como vencedor e aguardando que o examinador encerrasse a luta, em lugar de ele próprio finalizar a adversária já imobilizada.

Batendo as grandes asas e posicionando seu corpo para bloquear qualquer ataque à distância contra Ahmya, o grande inseto usou suas longas e afiadas garras em forma de foice para cortar todos os fios que amarravam a menina.

Quando o copo da kouichi foi solto, o louva-deus voou para debaixo dela. E a criança caiu montada na fera, muito antes de atingir o chão.

Ahmya sussurrou alguma coisa para o animal que refez sua trajetória em direção a Itachi. As garras afiadas miravam o oponente.

Itachi, por sua vez, fazia uma sequência de selos, encarando Ahmya e seu louva-deus de frente.

Aquilo não era bom. A expressão da Uzumaki tomou um tom obscuro, quase maléfico. E Itachi responderia com a grande bola de fogo.

“Você está bem, Shisui-san?”

As palavras foram ignoradas por Shisui. Ele sentia seu coração disparar como se estivesse pronto para explodir.

“Espeeerem!!” a voz do Daimyo do país do Fogo soou do camarote dos nobres e preencheu toda a arena.

O grito tinha uma entonação teatral, um pouco melodramática. Mas no exato momento em que foi proferido, o examinador se interpôs entre Ahmya e Itachi, fazendo o sinal de que a luta estava interrompida.

Com a intervenção, Shisui sentiu seu corpo tenso relaxar sobre o banco da arquibancada e uma densa gota de suor escorrer pela testa.

“Que reviravolta, hein?!” Kakashi comentou o colega mais novo.

“Si-sim...” Shisui se voltou para os outros sentindo-se um pouco constrangido, mas visivelmente aliviado.
 

***

 

Ahmya não gostava nenhum pouco da figura dos Daimyos. Ao menos nesse ponto, ela sentia-se grata a seu país que, desde a guerra civil, não possuía um.

‘Homens, velhos, ricos e fracos’

Os Dayamos eram uma espécie de realeza nas grandes nações. Eles não tinham qualquer habilidade militar, mas sua ganância era responsável por quase todas  as guerras.

A menina entendia que as pessoas dessa classe usavam os shinobis como peças em um tabuleiro de xadrez e essa ideia causava náuseas. 

‘Seja quem for nosso líder, ao menos ele não nos trata assim…’

Mas Ahmya não estava em seu país e no país do Fogo a palavra do Daimyo era lei.

Depois que a luta foi interrompida, a kunoichi saltou de sua montaria alada, pousando de pé no chão e aproximou-se do examinador, que já estava ao lado de Itachi. 

Pela primeira vez desde o início da partida, ela tinha os olhos abertos.

Enquanto caminhava e quando se juntou aos outros dois, a mão direita de Ahmya infundia chakra sobre o pulso esquerdo, estancando o sangramento que ela mesma provocou.

Um terceiro homem desceu ao campo e se juntou aos outros três. Pelas roupas ele parecia um secretário da elite.

“Os Daimyos conversaram e chegaram a um consenso. Vocês dois receberão o título de chunnin”

Ahmya não estava acostumada com as formalidades empregadas nas relações entre pessoas de classes sociais diferentes. E seu orgulho foi exposto sem censuras.

“É o que?!” o protesto foi cuspido com insatisfação.

Ela não aceitava que aquela luta estivesse de fato encerrada. Não quanto estava tão próxima de mostrar a Itachi do que ela era capaz, de provar que, mesmo sendo uma Uchiha ilegítima e sem o Sharingan, ela poderia superar o ‘prodígio do clã’.

“Ahahm” o secretário sentiu-se desconcertado, mas apresentou uma explicação “parece que o Daimyo do país do Fogo não estava muito confortável em assistir duas crianças tão fofas brigando entre si”.

A revolta no rosto da menina era evidente. A palavra ‘fofa’ a chegou como um grande insulto.

Até mesmo o sempre inexpressivo Itachi deixou escapar uma expressão discreta de desaprovação.

O homem continuou, fingindo não perceber. 

“Os kages concordaram que as habilidades que ambos apresentaram até aqui são inquestionavelmente superiores às necessárias para o recebimento do grau de chunnin.” 

“Na somatória das notas vocês estão empatados em primeiro lugar” a última frase do secretário soou de uma forma infantilizada e entusiasmada. 

Ahmya achou que o homem tentava fazer daquilo uma espécie de elogio.

Ela olhou para o rosto de Itachi. Ele não estava exatamente feliz. Apenas aceitou a condição acenando humildemente com a cabeça.

A menina fez o mesmo. 

O secretário segurou os pulsos das duas crianças e caminhou até o centro da arena, enquanto elas repetiam os passos.

Ahmya ainda não tinha curado os ossos quebrados. Aquele gesto foi acompanhado por uma forte fisgada de dor, que ela procurou não reproduzir na expressão de seu rosto.

O homem levantou os braços das crianças e as declarou chunin em nome das nações representadas diretamente e daquelas que apenas enviaram seus competidores. Como era o caso da Chuva.

Itachi e Ahmya pertenciam a países diferentes. Então não era contra as regras que ambos recebessem a promoção.

De dentro da arena, a pequena Uzumaki que olhava para a platéia em busca do rosto do irmão concentrou-se em outra pessoa por um instante.

Ela viu um homem velho com o rosto parcialmente coberto por bandagens se levantar e sair da arena. Ele parecia estar de mau humor e na saída esbarrou em Shisui e não se desculpou. 

Ao contrário, o sujeito pareceu dirigir ao jovem de cabelos grisalhos  e máscara de tecido que conversava com Shisui, um olhar de desprezo, talvez de ameaça.

O velho das bandagens desapareceu no meio do público que vibrava, seguido por outros dois. Estes últimos usavam máscaras brancas de animais.

Aquele homem tinha uma aura sombria que fazia o coração de Ahmya encolher dentro do peito. 

Ela desejou que aquela pessoa nunca cruzasse seu caminho. E lamentou que fosse um compatriota de seu irmão.

Mas, à revelia de qualquer sentimento ruim, Itachi e Ahmya foram dispensados da terceira rodada de combates, declarados chunnins publicamente e ovacionados por uma platéia de pé. 

E Shisui estava lá, sorrindo abertamente para ambos.



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