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História Vai ver, isso quer dizer AMOR - A Distância...


Escrita por: fatutrouxa

Notas do Autor


Ora, ora... se não resolvi aparecer.
Capitulozinho para vocês. Não desistiram de mim, né?
Espero que não, boa leitura.

Capítulo 76 - A Distância...


Era Domingo a tardinha e Fátima e Túlio estavam a caminho do aeroporto. O voo do Túlio sairia em meia hora. Um silêncio profundo preenchia o ambiente, com o jurista ao volante, Fátima estava distante, analisando o movimento lá fora.

O sinal fechou e Túlio aproveitou para quebrar o silêncio.

- Tá tudo bem? – indagou colocando a mão sob a coxa dela e chamando sua atenção

- Uhum – respondeu olhando pra ele.

O silêncio voltou a ocupar o espaço e Fátima mais uma vez olhava para o movimento lá fora. Túlio seguia concentrado no volante, mas sabia que algo estava incomodando Fátima, ela que estava sempre tão cheia de assunto, mantinha o silêncio desde quando eles saíram do almoço na casa dos pais dela.

Logo chegaram ao aeroporto, eles não tinham muito tempo antes do embarque do Túlio e ele estava um pouco receoso de deixá-la, com aquela tristeza que ele via crescer cada vez mais em seu olhar.

Ambos destravam os cintos e desceram do automóvel, ele bem que queria ficar ali mais uns minutos e insistir em um diálogo para saber se ela estava raramente bem, mas ela foi mais rápida e desceu batendo a porta do carro. Túlio deu a volta abriu o porta malas para tirar sua pequena mala de lá. Estendeu a mão pra ela e ela apertou mais que o normal, o que fez ele ter certeza que ela de fato não estava bem. Entraram no aeroporto e ele foi logo fazer o check-in.

 No balcão ele foi informado que o voo estava um pouco atrasado e restavam-lhe uma meia hora e ele agradeceu por isso, daria tempo de descobrir o que estava acontecendo. Se acomodaram nas cadeiras nada confortáveis de espera do aeroporto.

- Você não quer comer nada antes de ir? – ela finalmente quebrou o silêncio

- Não! Eu estou bem – ela forçou um meio sorriso pra ela, que logo descansou sua cabeça no ombro dele – Amor... – ele começou chamando a atenção dela

- Eu... – ela respondeu em um tom baixo

- Ei – ele segurou-a pelo queixo sustentando o seu olhar – Você realmente não vai me dizer o que está acontecendo?

- Não é nada! – ela foi categórica

- Fátima, você quer que eu pegue o carro e a gebre volte pra sua casa agora mesmo? – ele falou sério e ela o olhou assustada

- Não! Você não pode... o seu trabalho, seus pais...

- Então, se você não me disser agora o que está acontecendo é isso mesmo que eu vou fazer. – Fátima o olhou e sabia que ele não estava brincando

- Eu... eu só estou com saudade – falou cabisbaixa

- Saudade de quem? – ela o olhou como se aquilo não fosse óbvio

- De você seu bobo... – ela falou desviando o olhar do dele e ele não pôde deixar de rir da doçura dela

- Mas Amor, eu nem fui ainda...

- Eu sei Túlio, mas isso não apaga o fato de que logo você vai tá longe e vai demorar...

- Eu nunca demoro

- Mas parece sempre uma eternidade

- É ... eu sei – ele se deu por vencido, concluindo que ela realmente tinha razão.

Ela percebeu que ele realmente estava preocupado e tentou rapidamente dissipar esse pensamento

- Tá tudo bem. A sexta-feira tá logo ali – ela falou, tentando parecer animada

- É. Tá sim! – Túlio concordou dando um selinho casto nela, mas aquilo não havia sido suficiente para tirar da cabeça dele que a distância entre o Rio e Recife estava se tornando grande demais.

O diálogo acabou tomando outros rumos, Fátima tentando convencer Túlio de que ela estava bem com a sua partida, era óbvio que nem ela mesma acreditava nisso, mas ela sabia que ele precisa voltar pra casa, não era justo que ele partisse preocupado com ela.

Não demorou muito para que chegasse a hora do embarque e depois de Túlio perguntar pelo menos umas cinco vezes se ela de fato ficaria bem, eles se beijaram por vezes até ele de fato cruzar o portão de embarque deixando ela ao som de um “Eu te amo e eu volto logo”.

Fátima pegou o seu carro e voltou pra casa sem muita animação, o resto do domingo se deu na companhia da Tv, vendo qualquer coisa que prendesse sua atenção por pelo menos cinco minutos. Assim que recebeu a confirmação de que Túlio havia chegado bem, ela acabou adormecendo, bem mais cedo que o normal, mas ela ainda estava bem cansada da semana movimentada e da longa viagem.

A semana chegou e foi se esvaindo aos poucos, com a rotina de sempre os dois seguiam a semana, com ligações e mensagens diárias que sempre auxiliavam na missão de diminuir a distância.

Era quarta-feira e Fátima parecia mais irritada que o normal, saiu assim que a reunião acabou e almoçou sozinha.

Duda a analisava de longe e reparava como ela fazia a refeição totalmente sem ânimo, o corpo estava ali, mas a mente dela certamente estava bem distante. Viu ela pegar o celular e um rápido sorriso surgir no rosto dela, concluiu que só poderia ser Túlio, mas assim que Fátima respondeu, o desânimo voltou a pairar sobre ela. Duda resolveu não intervir, assim deixou que ela ficasse sozinha durante o resto do dia.

- - - - - -

- Bom diaaaa – Duda cumprimentou a amiga assim que a alcançou no corredor

- Bom dia! – sua fala quase pareceu fria

- Nossa! Que animação. Quê que tá rolando?

- Oi? – Fátima perguntou como se Duda não a conhecesse suficiente para saber que ela não estava bem

- O que você tem? – Fátima abriu a porta da sua sala e Duda a seguiu se jogando no sofá

- O que você tá fazendo? Não tem trabalho? – Fátima acabou sendo grossa sem perceber, mas Duda sabia que aquilo era por que algo a incomodava

- Tenho! Mas só vou sair daqui quando você parar de querer me enrolar e me falar o quê que tá de aperriando desse jeito

- Não é nada Eduarda!

- Vocês brigaram?

- Não!

- Túlio fez merda? – Fátima riu fraco com o comentário dela

- Não!

- Eu vou ter que ficar tentando adivinhar?

- Você acha que ele pensa em morar aqui um dia? Quer dizer... ele já comentou algo sobre... é algo que passou pela cabeça dele – Fátima tentou formular a mesma pergunta de muitas formas

- É ele já falou – Duda respondeu e parecia que aquele era a melhor notícia que Fátima havia recebido na vida – mas é complicado, né? – Duda continuou e o sorriso de Fátima foi sumindo aos poucos

- É – ela falou mais pra si do que pra Amiga

- Mas porque você tá preocupada com isso agora?

- Não tô preocupada, só estava pensando sobre, enfim...

- Você está triste por isso?

- eu não to triste

- Amiga, cê tá se arrastando pelos corredores

- É só saudade – Fátima baixou o tom, como se Duda não fosse ouvir

- Você tá assim por falta de sexo? – Duda provocou e o próximo som foi de uma escova de cabelos voando das mãos de Fátima e a atingindo

- Para de ser idiota – Fátima falou rapidamente, mas logo se deu conta de que tinha um pouco disso também – É... isso também, mas não é tudo. É que passar uma semana com ele me deu a certeza de que eu quero ter ele perto sempre, sabe?

- Sei...

- Pois é, mas o Recife tem que ser longe, né?

- Nem me fale...

- Enfim... – Duda viu uma ponta de tristeza voltando ao olhar da amiga

- Mas já podemos sentir o cheiro da sexta feira, né? Logo ele tá aí – Duda tentou animá-la

- Dessa vez eu vou

- Vai?

- Vou! Faz um tempinho que não vou à Recife

- Não vai se arrepender

- Nunca me arrependo! Mas agora, vamos trabalhar Eduarda?

- Vamos, Chefa!

Duda saiu deixando Fátima sozinha e logo a jornalista se perdeu em seus pensamentos recordando-se de algum momento em Paris. Logo se deu conta de que namoro a distância já não tinha mais graça e a distância entre Rio e Paris estava realmente ficando insuportável.

Despertando dos seus devaneios, ela voltou a atenção aos papéis sobre sua mesa, iniciando seu penúltimo dia de trabalho.



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