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História Válvula de Escape - O plano


Escrita por: ohmyparrilla

Notas do Autor


Boa noite, lindezas!
Como prometido, aqui estou eu, mesmo que mais tarde do que o esperado.
Não irei me prolongar muito, apenas gostaria de agradecer por todo o carinho e apoio que tenho recebido com VdE, vocês enchem meu coração de alegria. Estamos chegando na reta final e é bom saber que mais pessoas do que eu imaginei me acompanharam nessa jornada. Gratidão define.
Boa leitura! Espero que gostem

Capítulo 30 - O plano


“Quando se trata daquele que amamos, nossa prudência inventa qualquer loucura.”

– HUGOR, Victor. In: “Os miseráveis”

 

 

 Regina permanecia adormecida enrolada no fino lençol branco, Robin visualizava seus seios subirem e descerem em perfeita sintonia com a respiração compassada e tranquila. O homem, de bruços, permitiu-se depositar um beijo cálido em um dos ombros da bela morena deitada ao seu lado, em sua cama. Ultimamente, velar o sono de Regina havia se tornado uma de suas tarefas prediletas, especialmente porque naquele momento de intimidade o loiro poderia reconhecer uma tranquilidade que nos últimos dias não vinham caracterizando a rotina da mulher que passara a amar incondicionalmente. Foram dias questionando-a a respeito do que vinha a afligindo e sempre obtendo a mesma resposta. Ela gostaria de falar sobre aquilo apenas quando todos pudessem se reunir, e no “todos” de Regina, Emma e Killian estavam incluídos.

– Bom dia, amor.– A voz sonolenta de Regina adentrou seu campo de audição. Ele foi pego admirando-a com devoção e, o brilho que emanava de seus olhos azuis ao fitá-la, fez com que Regina lançasse a ele um sorriso genuíno, assim que suas orbes castanhas entraram em contato com a claridade do dia e a luz que adornava a manhã não fora a do sol, mas a dos olhos do homem ao seu lado. Ela levou a destra ao rosto de Robin, sentindo a fricção da barba crescida em contato com seu polegar, que acariciava a face de Locksley.

–Te acordei?– Ele perguntou de modo travesso, denotando uma falsa timidez, voltando a beijar-lhe o ombro desnudo e percebendo os bicos de seus seios tornarem-se nítidos através do lençol. Robin enlaçou-a pela cintura antes que ela respondesse a pergunta feita segundos atrás, puxando Regina para mais perto. Ela não demorou para enterrar seu nariz no pescoço do namorado, aspirando o aroma dele, que estava entre o amadeirado de seu perfume e resquícios do leve odor de suor consequente da noite de amor dos dois.

O pequeno gesto de carinho foi interrompido por batidas na porta, que não precisaram ser respondidas para que Roland adentrasse o quarto com nítida empolgação.

– Eca!– O garoto exclamou ao ver o casal tão próximo, fazendo uma careta engraçada. Por sorte, o lençol ainda cobria o corpo de Regina, e Robin, em contrapartida, havia colocado a samba-canção antes de adormecer.

Ambos sorriram diante do ato de Roland. Sutilmente, Mills prendeu o lençol entre o corpo de modo firme, assim que vislumbrou a figura do pequeno garoto subindo apressadamente na cama para se colocar entre o casal.

Logo que alcançou o lugar desejado, Roland abraçou o pai e Regina pelo pescoço, entoando um animado “Bom dia!”.

Regina riu e abraçou o adorável garotinho, que ganhada um ar de fofura descomunal com seu pijama estampado por figuras de desenho animado.

– E tem como não ser um dia bom com um cumprimento seu, meu amor?– Regina falou enquanto abraçava o menino e recebia um beijo molhado no rosto.

– Ei, eu também quero!– Robin protestou, fazendo o filho sorrir diante de sua fingida indignação. O pequeno logo beijou a face do pai, falando em seguida:

 – Vamos todos tomar café e aproveitar o nosso dia em casa!– Roland exclamou, claramente animado com a expectativa de passar a manhã inteira ao lado do casal.

– Antes, nós vamos tomar banho, seu porquinho.– Robin respondeu, sentando na cama e puxando o filho para seu colo. Regina mantinha um sorriso leve no rosto, ela adorava admirar a maneira como Locksley e Roland eram unidos.

– A tia Gina não vai tomar banho, papai?– O pequeno perguntou, fazendo a morena soltar uma gargalhada.

– Vou sim, meu bem. Mas você e seu pai vão tomar banho aqui e eu vou para o banheiro de baixo. Assim podemos tomar café mais rápido.– Ela piscou para Robin, que sorriu ao notar o quanto eles haviam se tornado íntimos no último mês. Ele adorava senti-la tão à vontade em sua casa. Tão confortável em sua vida.

– Então vamos logo!– Roland disse, dando um pulo do colo do pai e ficando de pé ao lado da cama, puxando Robin pela mão.

 Regina se sentou, acompanhando pai e filho com o olhar. Acreditando que ela não ouvia, Mills pode escutar os cochichos de Roland para Locksley:

– Eu tenho uma surpresa para Gina depois do café.– Disse o pequeno ao pai, referindo-se ao desenho que, minutos depois, seria motivo de emoção para o casal ali presente, por esboçar a figura dos três juntos no parque.

Uma vez mais, Regina não conseguiu evitar o sorriso que se formava em seus lábios. Em meio a tanta confusão, aqueles dois homens eram seu ponto de paz.

Sem demora, ela levantou da cama, ainda com o lençol firmado ao seu redor. E aproveitando a ausência de outras pessoas na casa, ela desceu. Pronta para se arrumar e aproveitar a calmaria da manhã, sabendo que a noite não seria nada semelhante.

*

Os barulhos dos saltos agulha em atrito com o chão ressoou por todo o vasto corredor da New Directions. A postura inigualável, o olhar penetrante e visivelmente desafiador denunciavam quem ela era, chamando a atenção de vários olhares curiosos em sua direção. Os burburinhos quase podiam ser ouvidos por trás de seus ombros, se ela ao menos se importasse com aquilo. Ignorando os olhos inquisidores que a fitaram, ela parou defronte ao elevador, apertando o botão. Em poucos segundos, o instrumento de metal abriu as portas.

– Então temos aqui a famosa senhorita Zelena! É um prazer conhecê-la.– O homem de sorriso simpático e alta estatura falou, estendendo a mão para a ruiva em um cumprimento.

– Prazer, senhor Malcom Hades. Já estava indo ao seu encontro.– Sua voz era quase simpática, mas o tom evidenciava sua seriedade profissional. O que foi comprovado com a brevidade com a qual tocou no tópico pelo qual estava ali.– Posso acompanhá-lo até seu escritório para discutirmos os últimos detalhes da nossa filial que será construída aqui em Ottawa?

– Vejo que a senhorita está ansiosa pela fusão. Acompanhe-me, por favor.– Hades falou, indicando a direção que seguiriam com o braço direito em um gesto de cavalheirismo para Zelena, que logo seguiu seus passos.

– Então, eu gostaria que a obra começasse ainda essa semana. A construção da filial em Ottawa é um grande negócio para ambos, acredito que não vá se opor a isso.– Zelena logo enveredou os assuntos profissionais antes mesmo de chegarem à sala de Malcom.

– Eu iria sugerir o mesmo, aliás, já temos a equipe de obra escolhida para iniciar os trabalhos o quanto antes.– A ruiva parou abruptamente ao ouvir a última frase.

– Não sabia que já havia escolhido a equipe. Pensava ser um trabalho em conjunto.– Ela alfinetou, nitidamente contrariada.

– Isso te incomoda? Se sim podemos discutir.– Malcom perguntou de modo gentil, admirado com a súbita mudança de humor da mulher ao seu lado.

– Se a equipe for competente, não me oponho. Além do mais, acompanharei todo o processo de perto.– Zelena clarificou seus planos.

– A senhorita? Achei que mandaria alguém para supervisionar a obra.– Hades disse, finalmente abrindo a porta de sua sala para que ela entrasse e indicando a cadeira para que Zelena pudesse sentar. Ela riu diante da consideração do diretor da New Directions e retrucou com um leve sarcasmo em sua voz:

– Não achou que uma mulher fosse ser a responsável por supervisionar uma obra, não é?– Ela pode ver a feição do homem assumir seu embaraço diante do que havia dito, mas antes que ele pudesse responder sua inquisitória, Zelena continuou:

– Não se preocupe, não é uma ofensa. É só que estou acostumada. O mundo não está preparado para mulheres poderosas.– Hades sorriu, e Zelena podia jurar que havia ganhado a admiração do homem naquele exato instante, já que ele limitou-se a concordar com a cabeça.

– Eu acredito nas suas capacidades, senhorita Zelena. Sua fama precede seu nome, assumiu o império de seu pai com muita competência, devo dizer. Nosso negócio explicita isso.– Malcom disse sincero.

 – Agradeço, senhor Hades. Eu também jamais escolheria fazer negócios se não acreditasse no seu potencial e de sua empresa. Será um prazer trabalhar com você.– Zelena falou, agora mais simpática. No entanto, logo prosseguiu:

 – Agora vamos ao que interessa, aqui estão os contratos que devem ser assinados e os planos que tenho para apresentar relativos aos benefícios mútuos de nosso negócio.– A ruiva disse retirando de sua pasta alguns papéis, a cada instante deixando mais clara as razões pelas quais havia sido o assunto da semana nos círculos de conversa dos funcionários da empresa de Hades. Ele claramente agora compreendia o porquê.

*

 A lua lançava uma viva claridade sobre a noite tranquila de Miami. O anfitrião da noite, Robin, servia seu melhor vinho para o mais novo casal de noivos, Emma e Killian, que há pouco haviam chegado ali. No entanto, a alegria que emanava da sala de jantar não atingia a figura da bela mulher que retirava do forno a lasanha recém-preparada. Regina pensava na melhor maneira de sair do "Parabéns aos noivos" para entoar a frase cumulativa de preocupações: "Preciso falar com vocês." Robin passara a semana toda questionando o que havia de errado e, embora soubesse que estava certo, ela havia pedido para que ele esperasse o momento propício para que falasse com todos. Dada à correria da profissão e divergências de horário, a oportunidade só havia surgido naquele dia, uma semana depois do que havia acontecido entre ela e Cora. Infelizmente, na mesma data em que haviam marcado de parabenizar os amigos pelo noivado. Entretanto, a gravidade do assunto não abria espaços para mais espera e Regina havia decidido que não podia mais adiar. 

Sendo retirada de seus devaneios interiores, a voz de Roland chama a atenção de Regina:

 – Eu vim me despedir de você, o vovô veio me buscar.– O pequeno falou, largando a mão do pai e caminhando em direção à Regina, que logo se abaixou de modo a abraçar o garoto.

– Aproveita a noite na casa do vovô, querido.– Ela falou, passando as mãos nos cabelos cacheados de Roland.

– Vou aproveitar muito, Gina. Eu só não entendi muito bem porque a Belle está lá fora me esperando com o vovô. Ela não me contou que iria participar da noite dos garotos.– Roland disse inocente, referindo-se a como o avô chamava as ocasiões em que saía com o neto. Regina lançou um olhar surpreso a Robin, que sorriu, confirmando suas suspeitas no que dizia respeito ao sogro e à jovem.

– Vamos, macaquinho. Gold está esperando. Dê mais um beijo em Regina.– Locksley disse, vendo o filho apertar a mulher uma vez mais e beijar-lhe a face.

Logo Roland estava sob os cuidados do avô, deixando o caminho livre para as tensões que viriam a seguir.

O jantar foi tranquilo, todos derramaram elogios à Regina mediante suas habilidades culinárias. O bom vinho foi apreciado e as amenidades vieram acompanhadas de risadas. Entretanto, a tensão da morena era palpável e claramente perceptível a olhos atentos que a admirassem, por isso Robin, vez ou outra, lançava a ela seu tradicional olhar de preocupação, mas ele estava ciente que o motivo de tamanho desconforto estava prestes a ser revelado. Como que lendo seus pensamentos, Regina levantou-se vagarosamente, pigarreando. Aproveitando que mais um assunto cotidiano havia sido encerrado para iniciar o tópico que vinha a assombrando durante toda aquele semana que parecera infindável.

– Eu já queria começar pedindo desculpa por ser a responsável por atrapalhar um dos nossos raros momentos de descontração.– Regina iniciou sua fala, tentando soar mais descontraída do que de fato estava.– Emms e Killian, vocês sabem da minha felicidade com a união de vocês. Já não era sem tempo, não é mesmo senhor Jones?– Robin e Killian riram, mas Emma permaneceu séria, a amiga sabia que quando Regina iniciava suas falas com discursos encorajadores algo ruim viria a seguir, por isso a loira logo interrompeu:

– Sim, Rê, nós sabemos e agradecemos, agora, por favor, diga logo o que vai dizer. Não precisa preparar o terreno porque eu já estou pronta.– A habitual falta de paciência de Emma estava ali, o cenho franzido, entretanto, dessa vez revelava uma genuína preocupação, não mera curiosidade como de costume.

A respiração de Regina estava descompassada, ela tentava a todo custo deixar de lado seu conflito interno perante a situação para focar no plano racional e bem moldado que havia pensado para tirá-los das circunstâncias nada animadoras, mas a verdade é que ela estava com medo. Medo que tudo desse terrivelmente errado e ela acabasse por ver todos aqueles que ama sofrerem por culpa de sua progenitora, que há muito não merecia o título de mãe.

Robin, que estava sentado ao lado de Regina, levou sua mão até a dela, que estava pousada em cima da mesa. Apertou-lhe a destra em um gesto que transmitia confiança e apoio, fazendo-a sorrir brevemente para ele. Reunindo toda a coragem que ainda possuía, ela continuou:

– Emms, sobretudo você, eu não quero que deixe que a raiva a faça agir de modo descuidado, está bem? Já percebemos que lidar com Cora não é brincadeira.– Ali estava o medo de todos presentes, que a Mills mais velha fosse o centro da conversa, muito embora eles já possuíssem uma clara ideia de que seria exatamente ela a causadora de todo transtorno.– E sim, ela é o principal motivo desta conversa.– Regina completou, lendo as expressões preocupadas na face do casal e imaginando que Robin, sentado ao seu lado, não estivesse muito diferente.

Emma apenas assentiu, dando sinal para que ela prosseguisse. Killian abraçara Emma pelos ombros, tentando também reconfortar a noiva apesar do medo que ele mesmo sentia naquela circunstância.

– Semana passada, como vocês podem lembrar, Cora foi até o hospital me confrontar e “pedir” para conversar comigo.– Ela derramou ironia na palavra que caracterizava algo que sua mãe nunca praticava, Cora apenas exigia, pedir as coisas não fazia parte de sua vida.– Dado o fato de que eu a dispensei, quando cheguei em casa à noite, ela estava me esperando.

– Eu não acredito nessa mulher...– Killian falou, um tom de indignação perpassando sua frase. Emma lhe deu uma cotovelada por ter interrompido Regina.

– Tornando curta uma longa história, ela tem a carta que Graham deixou para o Killian.– Regina soltou as palavras, respirando fundo ao finalizar a frase, como se um grande peso acabasse de ser liberado de suas costas, mas dando lugar a vários outros em seu lugar.

– Eu sou uma completa idiota!– Emma disse com imensurável indignação, levantando-se da cadeira e passando as mãos pelo rosto em um gesto de frustração consigo mesma.

– Swan, não se culpe.– Regina disse, firme.– Tudo aqui é culpa de apenas uma pessoa e todos nós sabemos de quem é.

À essa altura Robin já estava parado ao lado de Regina, a mão pousada na base de sua coluna, claramente surpreso com o quanto ela vinha aguentando sozinha nos últimos dias.

– Mas nós não temos todas as outras provas?– Killian questionou, fazendo Emma se recompor ao lembrar do detalhe, talvez nem tudo estivesse perdido, afinal.

– É verdade, amor.– Robin concordou.

– Sim, nós temos. O problema é que minha mãe é ardilosa demais para que deixasse algo passar. E bem... No presente momento não adianta nós termos tantas provas.– Regina disse frustrada.

– Mas por que, Regina? Vamos entregá-la!– Emma afirmou, mostrando que, se pudesse, sairia dali agora mesmo e colocaria Cora Mills atrás das grades.

– A questão vai além. Cora disse que, se eu entregá-la, ela afirmará que Killian foi cúmplice de todo o plano, uma vez que ele era o responsável pelas câmeras de segurança da CTI naquela noite.– Regina soltou por fim. Lendo outra vez a face de Emma, e agora de Killian, a morena logo enredou:

– Emma, você não é a culpada. Tire esse semblante de seu rosto.– Apontando o indicador para Killian, ela disse de modo inquestionável:

– E não, Killian, nós não vamos aceitar isso. Você não vai para a prisão. Não é sequer discutível.– Regina soou irredutível, e todos ali sabiam que não havia brechas para que aquilo fosse contrariado. Zambrano era forte demais, isso ninguém jamais poderia questionar.

– E simplesmente vamos deixar Cora livre?– Killian questionou, Emma havia sentado outra vez, a feição de resignação estampada em sua cara, ela não conseguia acreditar que havia sido tão negligente. Apesar dos pedidos de Regina, ela se sentia culpada.

– Agora vem a parte principal desta noite: o plano.– Regina falou, sinalizando para que Killian e Robin se sentassem, ela fez o mesmo.

– Se não existisse a carta, qual seria a única coisa que poderia refutar a ameaça de Cora?– Zambrano questionou.

– Eu não ter sido uma idiota.– Emma respondeu, recebendo um olhar de reprimenda da amiga e um abraço reconfortante do noivo, que sussurrara palavras de consolo em seu ouvido enquanto passava a mão em suas costas, acalmando-a.

Robin, que assumira uma postura de reflexão com as mãos unidas rente ao seu maxilar, respondeu:

– Graham.– Todos os fitaram com expressão de surpresa, com exceção de Regina, que lançara a ele um sorriso que parecia dizer: “Esse é meu garoto!”

– É claro, Graham!– Killian exclamou. Emma, apesar da surpresa, voltou a fitar Regina, curiosa e apreensiva ao imaginar o que a amiga estava pensando.

– Na mesma noite em que minha mãe me apareceu com sua ameaça, eu contatei um amigo que fiz há muito tempo na delegacia. Além de advogado, ele é investigador. Lucas Cooper é extremamente competente no que faz. Pedi para que investigasse o paradeiro de Graham e ontem recebi uma ligação avisando que ele havia o encontrado. John Phillip, como ele assinou seus documentos, está em Naples, a duas horas e meia daqui, em uma clínica de reabilitação. Graham está mais perto do que imaginávamos e ele é a chave para que minha mãe possa pagar por tudo o que fez.– Regina revelou seu plano, fazendo com que uma súbita sensação de alívio pudesse ser sentida, mas logo foi dissipada pela frase que se seguiu:

– Precisamos ir atrás dele antes que Cora o faça. Não apenas para que possamos desmascará-la, mas também para evitar que mais sangue precise ser derramado. Eu já não duvido mais de tudo o que,– Regina engoliu em seco– minha mãe, pode fazer.

Emma se levantou e foi abraçar Regina. Inesperadamente, lágrimas banhavam seu rosto alvo. Killian a acompanhou e parou atrás das amigas, presenciando junto com Robin a cena.

– Me perdoa.– Emma sussurrou.

– Emma, por favor, não há o que ser perdoado. A culpa é única e exclusivamente de Cora.– A amiga procurou acalmar os nervos da loira, correspondendo ao abraço.

– Obrigado, Regina.– Killian disse, verdadeiramente grato pela capacidade de Mills de pensar em tudo de modo a não prejudicar aqueles que amava.

– Precisamos ir logo atrás de Graham. Eu irei com você, Regina. Não deixarei que vá sozinha, sei que o sujeito pode ser perigoso.– Locksley falou, decidido.

– Julgando pela carta, eu realmente acredito que Graham esteja arrependido do que fez, querido. Ademais, estamos a poucos dias da convenção de médicos em Nova Iorque, você como chefe de cirurgia, precisa estar lá antes de todos.

– Mas Regina...– Robin tentou ponderar, mas Zambrano logo o interrompeu:

– Cora não pode desconfiar disso, amor. Você vai para Nova Iorque e eu sigo para Naples, é perto daqui. Prometo que assim que conseguir falar com Graham, eu estarei no evento.– Regina segurou a mão de Robin entre as dela, agora era ela quem tentava transmitir confiança.

– Eu vou com você.– Emma falou.

– Vocês não podem ir, minha mãe precisa ver todos vocês no evento. Eu já sou conhecida pelo meu atraso.– Regina riu fracamente.– Nada, absolutamente nada, pode parecer anormal aos olhos de Cora. Precisamos que isso dê certo. O detetive Cooper vai comigo.

– Está bem, Regina.– Emma concordou, todos ali compreendiam a cautela que o plano exigia. Cora era ardilosa, era preciso estar sempre alguns bons passos à frente dela.

– Está na hora de Cora Mills pagar por tudo o que fez.– Zambrano disse, apertando as mãos de Robin e assumindo um olhar de determinação.

O silêncio que se seguiu como confirmação provava uma coisa: Eles estavam dispostos a fazer com que aquele plano desse certo.

No andar de cima, o celular de Robin vibrava em cima da mesa de cabeceira, no que seria provavelmente a décima chamada perdida de Gold.

 

 


Notas Finais


E então?
Qualquer coisa me chamem no @ohmyparrilla ou no tt da fic @ohmyfanfiics
Mwaaaah


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