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História Vamos brincar de vidinha? - Único


Escrita por: proliiixa

Notas do Autor


pra matar minha fome de chansoo, mais uma fanfic pro 30dayslovechallenge cujo tema escolhi o #24, melhores amigos

desde já agradeço a qualquer @ que passar por aqui s2

Capítulo 1 - Único


Chanyeol não era bicão nem nada. Muito menos bisbilhoteiro. Abelhudo? Nunca, que o senhor o livrasse de ser isso. Não era sua culpa se parecesse meio xereta ou intrometido demais no que tocava Kyungsoo. Poxa, se importar demais com seu melhor amigo era crime, por acaso?

Qualquer pessoa com um melhor amigo tinha essas preocupações, não? Não queria que ele fosse o único garoto a não ter um apelidinho carinhoso na escola, uma festinha surpresa (que não foi tão surpresa assim, Chanyeol não sabia guardar segredos muito bem), a primeira festa de gente grande com bebida e música alta, garotas de sainha curta rebolando até o chão. E com isso ter a primeira famosa ressaca infernal também, mas que foi a de Chanyeol, porque Kyungsoo teve que cuidar do melhor amigo e não deixá-lo ficar pelado pra dançar na boquinha da garrafa, sem ter chance de mandar pra baixo coisa além de uma tamanha vergonha alheia.

O Park não queria que Kyungsoo fosse o único garoto na face da terra a não ter um bichinho de estimação, embora Kyungsoo fosse alérgico a gatos, o que rendeu uma longa e trágica noite de espirros por causa da bolinha negra de pelos nomeada como Pretinha, com Chanyeol pedindo um milhão de desculpas e depois fazendo uma surpresa a Kyungsoo, que dessa vez deu certo, usando orelhinhas felpudas e rabinho colado no traseiro, parecendo um digno filhote gigante, sexy também e que fique entre nós, que passou a maior parte do tempo se esfregando em Kyungsoo em busca de carinho a noite toda – a barraca dormiu armada.

O grandalhão queria que Kyungsoo com aquela porcaria de miopia horrível e uns problemas de sociabilidade fosse como qualquer rapazinho da idade deles, cheio de primeiras vezes e momentos únicos. Por isso não quis que Kyungsoo fosse o único garoto de 18 anos nas costas que nunca tivesse beijado uma boquinha na vida.

Tinha enchido o saco do melhor amigo a respeito do beijo tantas e tantas vezes, tagarelando sobre escolher a pessoa certa, com uma boca bonita e tudo, assim como experiência em beijinhos, deixando Kyungsoo levemente cansadíssimo. Por que tanta preocupação com o fato de ele trocar ou não saliva com alguém?

– Vamo brincar de vidinha, Chanyeol? – ele disse com irritação na voz. – Você cuida da sua e eu da minha, que tal?

Claro que Chanyeol ficou magoado, onde já se viu uma coisa dessas? Kyungsoo não percebia que ele só se preocupava demais consigo? Fez bico e os olhos lacrimejaram à toa, chateado por aquele tratamento. Quase devolveu um “tô de mal de ti pra sempre”, mas claro que Kyungsoo teve que chegar nele de voz mansinha, abraço apertado e um milhão de desculpas na ponta da língua, “te adoro, cê sabe, né?”, fazendo o alto fungar e sorrir tímido com o restante das doçuras ditas pelo amigo com sinceridade.

– Vai pensar no beijo? – Chanyeol insistiu mais tarde, quando deitados juntinhos na cama depois de terminar as tarefas da escola.

– Não tenho ninguém pra beijar, cê sabe – Kyungsoo devolveu com gentileza.

– Será que não tem mesmo?

Kyungsoo fitou Chanyeol largado em sua cama, os cabelos cacheadinhos bagunçados por seus dedos que se embrenhavam nos fios, a mão dele presa na barra da sua camisa a brincar em timidez, as bochechas coloridas de um rosado adorável e o lábio inferior avermelhado preso nos dentes. Ah!, ele pensou. Claro. Mas era claro. Estava explicado toda aquela insistência no seu primeiro beijo e de como Chanyeol tinha um tipo de fissuração em ser o primeiro de tudo na sua vida.

– É, tenho mesmo – Kyungsoo sussurrou com um sorriso na boca, se remexendo na cama até estar em cima do corpo de Chanyeol, o rostinho corado dele a centímetros de distância do seu.

O primeiro beijo abriu caminho a muitos outros, dando a Chanyeol um coraçãozinho batendo mais forte no peito e um punhado de preocupação em não deixar que Kyungsoo fosse o único rapaz a não ganhar uma mão amiga debaixo das cobertas e uma boca também, passando a chupá-lo com um carinho e paixão sem igual a todo instante juntos.

A primeira transa na universidade veio dessa preocupação de Chanyeol, assim como por causa do cansaço em bater punheta tantas e tantas vezes um para o outro ou viver de consolos e umas dedadas marotas na bunda.

Os dois queriam pele com pele (além dos banhos pelados que tomavam toda noite juntos), beijos mais profundos, mordidinhas, Kyungsoo fodendo Chanyeol devagarinho enquanto ele estaria gemendo tão manhoso e agarrando os lençóis da cama pelo prazer. Chanyeol queria sentir o melhor amigo gozar dentro de si, a boca dele coladinha na sua em um beijo ofegante e cheio de saliva, com Kyungsoo gemendo em seu pescoço pelas estocadas vagarosas na ejaculação.

Tirando a parte em que os dois passaram um tempão rindo pela camisinha que brilhava no escuro que compraram na farmácia, a primeira vez deles foi gostosa como nenhuma primeira vez tem o costume de ser. O melhor de tudo, na opinião de Chanyeol, era o depois. Os beijinhos na boca, as mãos dadas em cima do peito de Kyungsoo, sua voz carinhosa na orelha de Chanyeol perguntando de segundo a segundo se ele se sentia bem, se tinha gostado. Chanyeol não se importou em repetir o quanto tinha gostado um milhão de vezes contra a boca de Kyungsoo.  

E depois dessa primeira vez teve uma segunda, uma terceira, uma quarta, uma quinta. Teve tantas noites, tardes e madrugadas de fodinhas apaixonadas que eles não se lembravam mais de contar. O que Chanyeol tinha certeza, no entanto, era que seu coração abobado por Kyungsoo havia se tornado uma preocupação e tanto. Kyungsoo queria um namorado? Porque Chanyeol queria. Muito. E queria encontros. Queria sair passear de mãos dadas, se beijar no cinema, queria uma aliança e os dois se chamando de amor.   

O que Chanyeol podia fazer se Kyungsoo era sua vidinha?

– Soo – Chanyeol resmungou sentado no colo do outro, não vestindo nada mais do que a calça larga de moletom e nada por baixo dela. Kyungsoo continuou beijando o pescoço de Chanyeol, resmungando um “hmm” como resposta. – Você n– ah! – ele deixou escapulir assim que Kyungsoo chupou seu mamilo. – Não quer um...ah, Soo, isso é tão gostoso.  

– É? – sussurrou. – Aqui também é gostoso, Yeol? – Kyungsoo tirou uma das mãos do traseiro de Chanyeol e foi massagear o pênis por cima da calça de moletom, ouvindo o maior gemer arrastado. Gostando desse som, Kyungsoo meteu a mão lá dentro e puxou o membro duro de Chanyeol para fora, passando o polegar pela glande até ela ficar molhadinha, ganhando a voz rouca e grossa do maior arranhando seu pescoço.

– Soo... – Chanyeol suspirou, dando uma rebolada no colo dele. – Você tá me distraindo.

– Se tem alguém distraindo alguém aqui, é você com essa sua boca – Kyungsoo devolveu, mordiscando o lábio inferior do Park com os dentes e puxando devagarinho, iniciando um beijo molhado e lento. 

– Eu quero conversar sério contigo, otário – reclamou a Kyungsoo, não negando um segundo e um terceiro beijo a ele.

– E o que você acha que eu tô tentando fazer aqui com esse teu traseiro lindo? Ter uma conversa bem séria com ele.

Não conversaram. Chanyeol se deixou levar e Kyungsoo não colaborava com os beijos e mãozinha boba. Então, depois de um orgasmo gostoso e um banho bem tomado, se meterem os dois debaixo das cobertas e Chanyeol não perdeu sua chance de retomar a conversa séria de antes.  

– Você não quer namorar alguém? – perguntou baixinho.

Kyungsoo franziu o cenho, fitando Chanyeol em confusão.

– Não? – respondeu em um tom de pergunta, como se aquilo fosse um “isso não é óbvio pra você?”.

Chanyeol, indignado com a resposta, se sentou na cama para olhar Kyungsoo deitado no colchão com nada mais no corpo do que uma das suas camisas gigantes pegas no seu guarda-roupa e uma samba-canção velhinha. O Park, ao contrário, apenas com uma calça de moletom, exibia um beiço na boca maior que a própria cara.  

– Por quê? – falou com um muxoxo. – É gostoso ter uma pessoa pra sair em encontros, passear de mãos dadas, pra beijar no meio do cinema, trocar alianças e chamar um ao outro de amorzinho.

Kyungsoo arqueou uma sobrancelha para Chanyeol.

– Por que eu vou querer namorar alguém quando já namoro você?

Eu? – o alto soltou abismado com aquela informação, fazendo Kyungsoo suspirar.

– Park Chanyeol, tu achou que a gente fosse o que além de namorado um do outro?

– Amigo colorido? – confessou com vergonha.

Kyungsoo se sentou na cama e balançou a cabeça em descrença, não acreditando no que tinha escutado. Pensou ter sido claro em todos aqueles anos em que Chanyeol metia o bedelho em sua vida. Todas as suas primeiras vezes foram com ele. Nunca tinha sentido vontade nenhuma em estar com outra pessoa. Eles viviam juntos, saíam juntos, estudavam juntos e até mesmo dormiam juntos! E os banhos? E os beijos de boa noite? E as fodinhas apaixonadas? E as coisas que Kyungsoo dizia na orelha dele com a voz cheia de sono? (“não puxa toda a coberta, seu folgado”, “ai de você se não acordar cedinho amanhã, nem vem com essa de cinco minutinhos que te puxo as orelhas”, “Chanyeol, dorme em nome do senhor, pode ser?”).

– Eu não salvei seu contato no meu celular como amor pra ouvir essa besteira de amigo colorido, Chanyeol.

O rapaz alto não sabia se morria de vergonha em nunca ter pensado nele e Kyungsoo como namorados oficiais, até porque não tinha tido um pedido de namora comigo e nem uma conversinha a respeito de como definiriam a relação, ou se morria com as bochechas queimando em uma alegria quente ao saber que Kyungsoo tinha salvo seu contato como amor.

– Desculpa em nunca ter falado nada, feito um pedido com anel e tudo – Kyungsoo falou em seguida, vendo que nunca deu a Chanyeol uma certeza do que achava que eram além da amizade. Às vezes era bom dizer, deixar as coisas claras e principalmente comprar um par de alianças, ajudava muito. – É que você sempre foi especial pra mim que pensei que fosse meio óbvio isso de eu gostar muito de você.

Chanyeol mordeu o lábio, guardando um suspiro.

– Eu gosto muito de você, tá? – Kyungsoo repetiu, pegando na mão de Chanyeol e fazendo um carinho nela. – Não te chamo de amor, mas você é o meu faz tempo.

Pronto, Chanyeol se derreteu e se lançou contra Kyungsoo pra tascar nele um beijão apaixonado, cheio de vários murmurinhos esbaforidos de “gosto de você também, caramba”, “te amo tanto, mas tanto, sabia?”, “e eu quero aliança, viu?”.   

O que Kyungsoo pôde fazer naquela noite além de amar cada pedacinho de Chanyeol bem devagar e demonstrar que ele também era a sua vidinha?  


Notas Finais


obrigada por ler ♥


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