História Vamos Pular de Paraquedas? (Imagine Rio Mason Busujima) - Capítulo Único

— Vamos pular de paraquedas?

Quando Rio ouviu a pergunta da namorada, que havia pulado em cima dele logo depois de chegar no acampamento dele, ficou levemente confuso. Por que ela pediria aquilo?

— Não. — ele respondeu enfim, voltando a praticar um dos nós que aprendera na marinha. [Nome] resmungou.

— Mas por que não? Você foi para o exército, ficou anos lá, não tem nada de mais pular de paraquedas.

— [Nome] — ele chamou —, eu era da marinha, e não da aeronáutica. Eu trabalhava no mar, e não pulando de aviões.

A moça bufou. Ela queria praticar algo radical, precisava de um pouco de adrenalina em sua vida, mas só faria aquilo junto de seu namorado. Só então ela pensou em uma coisa intrigante.

— Rio... você tem medo? — perguntou com um risinho.

Rio parou o que fazia e pensou por um minuto.

— Eu não preciso ter medo para simplesmente não querer fazer algo.

— Mas você está com medo, certo? — ela insistiu — Tem medo do seu paraquedas não abrir, ou medo da altura gigantesca?

— Tem medo de você se machucar. — resmungou ele, falando baixo, apenas para si mesmo.

— Por favor, Rio. Só uma vez — [Nome] insistiu — Prometo que depois eu caço sapos, cobras e qualquer coisa que você quiser!

O ex-militar suspirou. A oferta era tentadora afinal, ele gostava de ensinar algumas coisas para [Nome], mas nunca conseguiu convencê-la de caçar.

Ele soltou mais um suspiro.

— Está bem. Vamos pular de paraquedas.

(...)

O casal já estava a mais de nove mil pés de altura, ambos em pé na beira do avião. Apesar de ter convencido o namorado a praticar o esporte radical, [Nome] deixou que eles fossem juntos no mesmo paraquedas. Sim, Rio nao queria correr o risco de perdê-la.

— Você realmente quer fazer isso? — Rio gritou, abraçando a namorada.

— Não vou amarelar agora, amor! — [Nome] riu alto, sentindo um frio na barriga ao encarar o chão muito distante.

Após as instruções dadas pelo paraquedista que os acompanhava, e conferir se o paraquedas estava funcionando realmente, os dois receberam a permissão de saltar juntamente com o profissional.

Assim que pularam, [Nome] sentiu o vento batendo nos fios de cabelos que haviam escapado do rabo de cavalo. A adrenalina estava tomando conta de si, e, por um momento, seu coração acelerou ainda mais com a ideia de não conseguir abrir o paraquedas.

Rio, por outro lado, estava muito confiante. Apesar de nunca ter feito tal coisa, não conseguia se empolgar tanto com aquilo, já que sabia que no momento certo o paraquedas iria abrir e eles pousariam tranquilamente. Mesmo assim, ele abraçou a namorada pela cintura, a sentindo tremer levemente enquanto ela gritava de emoção.

Depois de abrirem o paraquedas e — finalmente — pousarem no chão demarcado, os dois tiraram os equipamentos. [Nome] abraçou o namorado.

— Foi incrível, não foi? — perguntou trêmula de emoção.

Rio assentiu, a abraçando pela cintura.

— Foi uma experiência nova. — disse, sorrindo minimamente.

— Fiquei feliz por fazer isso com você. — ela murmurou, o abraçando com força.

Rio retribuiu o abraço. O instrutor já havia se afastado, deixando os dois sozinhos. Mas, enquanto se deleitava no momento, o ex-militar sentiu um cheiro estranho.

— [Nome]... — ele chamou — Está sentindo esse cheiro?

[Nome] se afastou por um minuto e franziu a testa, olhando ao redor. Quando seu olhar se voltou para baixo, seu rosto corou e ela riu baixinho. — Acho que fiz bem em trazer uma muda de roupa para nós dois. — ela murmurou entre risos. — Por que? — Rio perguntou inocentemente.

[Nome] apontou para baixo, e dessa vez foi ele quem corou ao ver as manchas escuras na sua calça e na da namorada.

— Foi muita emoção para um dia. — ele afirmou.

[Nome] riu envergonhada. Sim, se urinar era um efeito colateral, então ela nunca mais iria pular de paraquedas na sua vida. Mas pelo menos teve uma boa experiência.