{Chapter 14}
Leave Him Alone
~Dois dias atrás~
Depois que Ink dormiu, resolvo sair de seu quarto e ir caçar alguma coisa, já que eu estava bem fraco.
Ao chegar na rua, completamente vazia, ando pelas calçadas de pedra, procurando por um sinal de vida e nada.
Eu já podia sentir uma tontura, até que finalmente, acho alguém na praça, apenas parado. Resolvo fazer silêncio e o atacar por trás.
Porém, ao me aproximar, senti um cheiro que me queimava dentro. Recuo imediatamente.
Ao observar quem estava a minha frente, vejo que Dust me olhava com malícia.
—Ora, ora, vejam o que o destino nos trouxe.— Disse Dust sorrindo para mim.
Quando fui ver, estava cercado. Eu podia lutar, mas eu estava muito fraco para isso. Eles finalmente terão sua vingança pois o inimigo deles, está praticamente vulnerável.
Mesmo assim, tive que usar minha força restante para ficar de pé.
—Ainda de pé? Tudo bem, não restará nada de seu corpo. Mas antes...— Dust estrala seus dedos e sou amarrado por cordas. Pelo visto, eram cordas que machucavam qualquer criatura “mágica”. Tento não gritar de dor e ao invés disso, tento me soltar.
—Quanto mais você fazer isso, mais dor sentirá. Vamos, levem-o.— Todos começaram a subir para o alto das nuvens e eu tentava achar um jeito de escapar, mas pelo que parece, era uma ideia estúpida.
Assim chegamos aquele esconderijo subterrâneo deles. Além de ser um castelo escondido, ainda tenho que passar por um túnel comum odor horrível.
Chegamos em um lugar que, creio eu, seja o calabouço. O povo que estava me segurando, então me joga para uma das celas e a fecha.
—Deixe-o aqui. Enquanto isso, vou resolver algo.— Dust me encara e logo, sabia o que ia aprontar.
—Não ouse, Dust! Senão não sobrará nada de vocês além de poeira!— Ameaço-o. Mas sabiam de minha situação. Não podia fazer nada...
—Ah, relaxe. Tenho outra surpresa para seu amado. Eu só vou falar com o chefe para saber que finalmente o pegamos.
Todos saem da sala, apenas restando eu e dois dos vampiros para me vigiar.
Passei tempo o suficiente aqui para saber o poder de cada um que vive aqui. Esses guardas? Creio que escolheram os mais fracos para me vigiar, mas claro que fizeram questão de eu estar miserável o suficiente para eu não me mexer.
~Dois dias depois~
Depois de não sei quanto tempo bem doloroso, ouço passos se aproximarem, me levanto com toda aquela dor e vejo Dust e Killer sorrirem para mim.
-Vamos trazê-lo para cima. Segurem na ponta da corda e tenham certeza que ele não atacará.— Killer comandou e então, fomos andando pelas longas escadas do castelo, até passar pelo corredor das inúmeras torturas até chegar no salão principal.
Era um salão como qualquer outro. A decoração era elegante em tons escuros e sombrios. Janelas imensas com cortinas e feitiços para que os raios solares não chegam aqui. Mesmo sabendo que aqui é sempre coberto com uma neblina densa e nuvens negras — trovejando.
Uma coisa que mudava também, era que não tinha um trono para o líder. Era uma escadaria até o centro onde tinha um símbolo, representando a união dos vampiros. Lá, os setes líderes mais poderosos se encontravam ali. Nightmare é um deles, mas pelo visto ele não está aqui. Muitos sabem que ele é amigo meu. Eles têm medo de o expulsar da liderança porque tem um poder incrível, capaz de destruir o sol.
—Que reunião adorável para minha pessoa. Estão pensando em espalhar meu sangue frio por todo o centro e se acharem os mais poderosos do universo? Pois creio eu ser o mais fraco aqui.
Dei sorriso sarcástico. Eles sabem do que sou capaz e para eles, é uma ofensa um ser tão poderoso se menosprezar em frente aos mais fracos.
-Estou surpreso que conseguiram capturá-lo tão cedo. Ele deve estar bem desesperado. —Disse o primeiro dos vampiros. Eu acabei com sua cara assim que cheguei nesse lugar e todos ficaram bem assustados. Desde então, ele usar um capuz para se proteger, e claro, esconder seu rosto feio.
—Pelo contrário, caro Senhor das Trevas. Eu estou feliz de encontrá-lo novamente para destruir esse seu rosto.
Ele deu um riso pequeno de ódio. Então fui jogado no chão.
—Quinze anos e ainda não aprenderam a ser mais gentis com seus convidados.
-Você sabe por que está aqui. Certo?
Não, eu não sabia do que queriam de mim, além de querer me matar, o que me deixava mais tenso. Killer sorriu para mim, seu poder, se não me engano, ele consegue sentir a pressão sanguínea e a adrenalina de sua presa. Então ele sabe o quão nervoso estou, mesmo com meu olhar calmo.
—Alguém me contou que você encontrou um mortal e ainda não o mordeu. O que é contra as regras, certo? Está fazendo o mesmo de seis anos atrás, então já sabem como iremos acabar com isso.
—Se ousarem encostar um dedo nele, eu juro que amaldiçoarei todos dessa sala da pior maneira possível!-Levanto minha voz e tento escapar.
—Com o estado que está? Creio não conseguir fazer muito com essas...cordas. —Dust se aproxima e sussurra em meu ouvido. —Seu erro, foi se deixar levar por esse mortal, ao invés de fazer o que era certo.
A raiva me preenchia cada vez mais, porém não tinha muito o que fazer. Abaixei minha cabeça e comecei a me culpar. Não queria envolver Ink nisso. Só espero não acontecer nada com ele.
—Chara, traga o cristal. Dust, tens minha permissão para ir em sua “missão”. —O líder disse, olhando para mim com um tom malicioso. Eles não querem me matar. Eles querem que eu sofra...
Dust se aproximou de mim e fez um pequeno corte em meu rosto, bebendo um pouco do sangue que escorria.
Assim que aquele cristal parou no centro, seu brilho se transformou em um tipo de observador. Estava observando Ink que se encontrara dormindo profundamente.
—O que vão fazer com ele?! É a mim que querem, então o deixe em paz! —Eu gritava e estrangulava para me livrar, mas as cordas estavam começando a me queimar mais e mais.
—Deveria ter dito isso enquanto Dust estava aqui. Não que ele fosse atender ao seu pedido. —Um deles disse tirando vantagem de minha cara.
Estava com medo do que ele poderia fazer com Ink. Já falei com Dust algumas vezes e ele não é uma pessoa boa. O que ele pode fazer com seus planos maldosos, é simplesmente a pior coisa. Por isso que me desesperava não saber o que ele poderia fazer.
Então o vejo se transformar em mim mesmo. Era seu poder, afinal de contas. Eu já não tinha força para me defender e mesmo assim, tentava invocar meu poder. Consigo queimar um pouco as cordas — me soltando.
Todos me olham surpresos e finalmente, consigo distanciar todos que queriam me prender novamente. Saio dali o mais rápido possível, entrando na imensa floresta. Caindo não muitos quilômetros dali.
—Droga, eu tenho que chegar lá o mais rápido.— Digo comigo mesmo, cambaleando pela floresta.
—Onde pensa que está indo? — Ouço uma voz e me assusto. Preparo algum tipo de ataque, olhando em volta para ver quem era.
—Ei, calma, Error, sou eu.— Nightmare aparece em minha frente.
—Nightmare! Graças aos céus. Rápido, me leve até a casa de Ink. Ele está em perigo.— Digo segurando em seu braço.
—Não senhor, eu irei para a casa de Ink. Você tem que fugir...siga esse caminho de pedra até chegar em uma casa abandonada. Se esconda lá até eu chegar e não saia.— Ele disse já levantando voo, não deu a chance de eu argumentar. Mas ainda me pergunto em que lado Nightmare está...
Pov Nightmare
Esses vampiros realmente não aprendem. Eu sabia que isso aconteceria, por isso estava me precavendo.
Tento chegar o mais rápido possível, mas a cidade é meio longe e tenho que tomar cuidado pois conseguia ver o Sol já nascendo.
Assim que vejo a casa de Ink, resolvo preparar-me para usar meu teleporte e entrar no quarto.
Assim que faço isso, vejo que Dust estava prestes a morder Ink. Impeço-o jogando uma onda de sombras em seu pescoço, jogando-o para longe.
—Ink, você está bem?-Pergunto pegando em seu braço.
Ele reclama de dor, tirando minha mão e perguntando:
—O que está acontecendo? O que está fazendo aqui?
—Depois eu explico, primeiro, vamos tirá-lo daqui.— Pego-o em meus braços e saio da casa. Era o jeito mais fácil de carregá-lo para longe.
Na tentativa de fugir, sinto uma lâmina cortar minha perna, mas isso não foi motivo para eu largar Ink.
Por sorte, conseguimos escapar, mas conseguíamos ver os vampiros procurando por Error, então decidi, junto com Ink, irmos pelo caminho mais longo e mais seguro.
A viagem era longa e percebi que Ink estava diferente. Seu olho estava cansado, seu braço direito estava enfaixado, enquanto o outro estava...estranho. Além de que, seu pescoço estava enfaixado.
—Você me deve explicações...por que atacou Error?
—Por que achou que poderia ser ele?— Retruco.— Você também deve explicações.
Ele percebe o que eu queria dizer. Quando o conheci, vamos dizer...ele não estava tão cansado quanto agora. O que poderia ter acontecido?
Assim chegamos naquela casa abandonada. Eu meio que vivo nela, já que de certa forma, tem um significado forte para mim. Além do mais, aquele castelo é horrível.
—Certo, quando chegarmos...por favor, não se desespere, não faça barulho, nem nada.— Digo sussurrando, indo abrir a porta.
Continua...
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