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História Veela, Draco? - Chapter XXXIV


Escrita por: SofiaDuarte

Notas do Autor


ATUALIZAÇÃO DUPLA HOJE

(1/2)

Capítulo 34 - Chapter XXXIV


Fanfic / Fanfiction Veela, Draco? - Chapter XXXIV

Nada mais que uma notícia daquelas para servir como balde de água fria no momento romântico da casa. Eles estavam preparados para aquilo, já tinham repassado o plano pelo menos duas vezes em todo aquele ano que passaram escondidos. Não havia tempo para perguntas, precisavam agir o mais rápido possível.

Justamente por isso que sequer ligaram para a presença de Viktor no meio da sala enquanto se trocavam com a porta aberta no quarto.

-Como você soube, Viktor? – Hermione tentava não se atrapalhar com sua blusa tamanha afobação, parando para respirar por um segundo antes que suas mãos entrassem em colapso.

-A professora McGonagall. Acreditem, eu também fui interrompido na cama, então sei como estão se sentindo agora.

-Você não vai estar lá. – Draco disse a verdade, enquanto amarrava seus sapatos. As botas garantiriam uma proteção extra caso ele perdesse totalmente o controle e surgissem garras em seus dedos dos pés – algo que descobriram aleatoriamente que conseguiria.

-É, mas compartilho da mesma frustração e medo. Se vocês falharem, minha reputação como treinador vai por água abaixo. – Viktor fazia piadas para amenizar o clima.

-McGonagall disse alguma coisa? Alguma instrução? – Hermione estava pronta, alisando o cabelo em um tique nervoso, ignorando Draco completamente. Não poderia correr o risco de se enfeitiçar pelo charme naquele momento.

Também pudera, o garoto estava encantador! Não era um uniforme, mas Draco estava vestido como um adolescente comum dos anos 1980: uma calça preta com uma camisa branca com as mangas dobradas. Ele não havia se preocupado muito com a roupa, acabaria arrancando a blusa na hora para dar maior liberdade aos seus movimentos. Não precisava ficar camuflado como Hermione, que estava segura com seus tênis, jeans e camisa colada cinza. Em momento algum tinha intenções de mostrar o corpo, apenas não limitar os movimentos de seu corpo. Tinha prendido os cabelos de última hora, afim de não causar nenhum estrago com sua visão limitada.

-Apenas que Harry e Ronald estão no castelo, procurando alguma coisa, mas eles não têm muito tempo. Você-sabe-quem cercou Hogwarts e pode atacar a qualquer minuto. Só.... Tomem cuidado certo? – Viktor puxou Hermione para um abraço apertado e rápido, seguido de um aperto de mão em Draco.

-Quando você menos esperar estaremos aqui de volta.

Os dois então entraram na lareira e viajaram por flú até a escola, deixando quatro pessoas ansiosas na Bulgária, com pelo menos uma desolada.

-Sammy, não precisa ficar assim.... – Jeremiah tentou consolar o amigo, que tentava a todo custo controlar um soluço que insistia em querer sair, limpando uma lágrima teimosa no seu rosto.

-Toda a minha descendência acabou de partir em uma missão suicida, Jeremiah! Acho que eu tenho licença poética para me comover, não? Aquele idiota.... Ele tinha que nos tirar do castelo?

-Estamos todos no mesmo barco, vovô. – Viktor foi claro. – Só nos resta torcer para que eles sobrevivam.

***

A sala da diretoria estava completamente deserta. Nenhum sinal de Snape ou Minerva nos aposentos, sequer de algum dos quadros. Aquilo era preocupante: sem ninguém lá, para onde saberiam onde deveriam ir?

-Acho que nunca pensei nessa parte. O que fazemos agora? – Draco mantinha contido em sua voz aquele fio de covardia, que queria fugir o mais rápido possível. Ele não precisava estar ali, afinal de contas.

-Um segundo. – Hermione tentava pensar em um plano. Aonde Harry e Rony poderiam ter ido na escola? A Grifinória era óbvia demais, mas a quem poderia perguntar? Se eles foram avisados, certamente toda a escola também já deveria estar de pé. Ela não precisou pensar por muito tempo, já que seu bolso começou a queimar pedindo por atenção.

-O que é isso? – Draco perguntou ao notar a moeda dourada nas mãos da namorada.

-Aonde nós devemos ir. Anda logo. – Com um puxão no braço do garoto Hermione desceu correndo pelas escadas, respirando fundo ao se ver no corredor nem tão deserto assim.

-Ainda bem que peguei minha antiga moeda da Armada de Dumbleodore antes de sairmos. – Ela puxava o namorado em direção ao sétimo andar, desviando dos alunos que iam em direção ao Salão principal. – Sabia que tentariam avisar alguma coisa por ela.

-Você sabe onde Potter está? – Draco acompanhava seu ritmo, vez ou outra acelerando seus passos.

-Onde todos estão.

Não muito adiante deles Harry Potter e Luna Lovegood voltavam para a Sala Precisa, afim de avisarem ao restante dos colegas sobre a nova condição que se encontravam. Tamanha fora o susto do garoto que não esperava ter a Sala mais entupida de gente quando voltasse, surpreso e agradecido – mas ao mesmo tempo temeroso – de ter o apoio da Armada de Dumbleodore e Ordem da Fênix naquela noite. Embora quisesse causar menos estragos possíveis, sabia que Voldemort viria com tudo. Não queria baixas do seu lado – mas sabia que isso aconteceria, temendo pela vida dos seus amigos e parentes.

Porque Lupin era o único tio que lhe havia restado.

Estavam todos tão envolvidos com as notícias pensando em um plano seguro que se assustaram ao ouvir a porta da Sala se abrir. Todos os participantes já estavam naquele lugar, ninguém mais poderia chegar, então o que raios.... Quando as duas figuras ainda cobertas pelas sombras se aproximaram rapidamente do grupo a primeira reação fora nítida e imediata: todos ficaram à frente de Harry, empunhando as varinhas para os penetras.

-Quem são vocês e o que fazem aqui? – George tomou partido da situação.

-Qual é, Fred? – Hermione tinha humor na voz, implicando com o gêmeo, finalmente colocando seu corpo na claridade. – Vocês acharam mesmo que iríamos perder a festa?

Draco ainda se colocava atrás de Hermione, um pouco afastado, porém mantendo sua posição como protetor. Hermione apenas sorria diante da reação de espanto dos amigos ao não a reconhecer, se contendo para não pular no pescoço de Harry.

-HERMIONE?! Mas o quê...? Vocês tinham desaparecido! – Rony empurrou os irmãos e abraçou a garota fortemente, ignorando a presença de Draco – que não ligava a mínima para os dois. Para que gastar tempo se preocupando com um simples abraço quando ela poderia ser morta a qualquer momento?

-Eu nunca deixaria vocês sozinhos nessa! – Hermione soltou-se de Rony e se jogou contra Harry, sufocando-o em seus braços.

-Também sentimos sua falta, mas não era como se pudéssemos mandar uma carta ou fazer uma visita.

-Eu entendo perfeitamente bem.

-É você mesmo, minha querida? – A Sra. Weasley questionou o que todos tinham em mente. – Está tão diferente que quase não a reconheci.

-Foram só algumas coisinhas, Sra. Weasley. – Ela estava envergonhada por saber justamente de onde elas vieram.

Draco sabia o seu lugar naquela situação, permanecendo quieto o tempo inteiro, apenas protegendo sua companheira.

-Você parece um pouco pálido, Malfoy. Tudo certo com você? – Lupin fora o único a se prontificar falar com o garoto. Ele era o único que compreendia sua situação mágica no ambiente, o fato de ser humano e dividir o corpo com outra criatura. Provavelmente Draco deveria estar sentindo o mesmo sofrimento que ele nas noites de lua cheia naquele momento, lutando para não se transformar ainda.

-Hã... Acho que sim, professor. – Draco estava um pouco tímido, envergonhado de seu comportamento passado.

-Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Você está do lado certo agora, não é?

Todos os olhos se cravaram nele, deixando-o ainda mais desconfortável com toda aquela pressão.

-Eu só quero que Hermione fique bem, Professor. Meu propósito é protegê-la.

-Acho que teremos grandes avanços se você proteger a nossa retaguarda também, Malfoy. – Harry se arriscou, já formando um plano na cabeça.

-Posso distraí-los enquanto vocês fogem.

-Mas e Hermione? –O Senhor Weasley não estava compreendendo muito bem a linha de raciocino de proteção e distração.

-Ela sabe se virar sozinha até eu chegar.

-Então é isso, pessoal. Voldemort está lá fora colocando barricadas na escola. Nós vamos lutar!

Aquilo então passou a ser real. Tomado por uma onda de adrenalina Draco se sentiu forte e confiante o suficiente para enfim colocar em prática tudo aquilo que havia aprendido no intensivão de Durmstrang. Enquanto a maior parte da massa de pessoas se deslocou para fora da Sala, a família Weasley começou a discutir entre si proibindo Gina de participar até que Percy chegou, roubando toda a cena.

-Então você se casou com Gui, Fleur? – Hermione tentava tirar o foco dos demais do elefante branco na sala, começando uma conversa casual com a veela.

-Sim! Non pude chamar você para o casament porque estava desaparecid, mas era por uma boa causa, non? Um parente meu! – Fleur se referia a Draco, arrancando um sorriso de Draco.

-Acho que bem distante, Weasley. – Draco admitiu com um sorriso tímido.

-Viktor também está noivo, sabia? – Hermione estava animada, falando do amigo em comum.

-Como sabe? – Fleur estranhou.

-Ele era meio que nossa babá esse tempo todo.

-Ele disse que non fazia ideia de su localização no meu casament.

-É, ele também não me contou desse evento.

-Mas espere, você disse.... Também? – Fleur adquiriu um brilho nos olhos, falando baixinho.

Hermione apenas mostrou a aliança discretamente, contendo o surto pela novidade. Eram grandes notícias que antecediam o pior. Eles precisavam daquilo, ter pelo o que lutar. Tanto Hermione com seu futuro casamento, como Lupin com seu filho recém-nascido.

***

Minerva McGonagall quase caiu no choro ao ver o casal veela parado no Salão Principal. Tinha uma leve noção que Viktor gostaria de atualizar os colegas sobre a situação dos amigos, mas nunca supora que eles iriam aparecer bem no meio do fogo cruzado.

-Meninos! O que estão fazendo aqui?! – A senhora tinha saído de seu posto na mesa principal e ido de encontro a eles o mais rápido que havia conseguido.

-Lutando, professora. Não podia deixar os meninos sozinhos justamente agora. Não depois de todos esses anos.

-Draco?

-Eu fui totalmente contra essa ideia, mas fazer o que... – Ele revirou os olhos, cruzando os braços num falso tédio.

-Foi ele quem deu a ideia. – Hermione revelou, encarando-o com um sorrisinho.

Minerva ficou encantada com o gesto do rapaz. Fugir da proteção para se engalfinhar com seus pais não devia ser uma decisão muito fácil.

-Seus pais...?

-Provavelmente sofrendo as consequências de Voldemort por terem escondido o filho traidor de sangue no meio disso tudo. Eles não fazem ideia que estamos aqui, professora.

-Será uma grande surpresa para eles então se você....

-Me transformar? Pode apostar que vai ser. – Ele completou com uma piscadela, tirando a tensão que se instalara.

-Pois bem....

“Sei que estão se preparando para lutar. ”

Todo o Salão prendeu a respiração ao ouvir aquela voz do além.

“Seus esforços são inúteis. Não podem lutar comigo. Não quero matar vocês. Tenho grande respeito pelos professores de Hogwarts. Não quero derramar sangue mágico”

-Pelo menos isso ele tem. – Draco rolou os olhos.

“Entreguem-me Harry Potter e ninguém sairá ferido. Entreguem-me Harry Potter, e não tocarei na escola. Entreguem-me Harry Potter e serão recompensados.”

“Terão até a meia noite”

-Vamos nos espalhar pelo perímetro da escola. – Minerva dava as ordens. – Preciso de grupos nas torres e outro no pátio. O castelo está protegido, mas não vai aguentar por muito tempo.

-Você vai na frente e eu atraso eles. – Draco começou. – Vai com o Potter e Weasley procurar a Horcrux que eu vou para a torre. Acho que consigo um pouco de tempo para vocês.

-Não vou te deixar ir para lá sozinho, Draco!

-Você precisa fazer isso, Hermione. Eu prometo que vou te encontrar assim que garantir que esteja segura.

-Mas....

Eles já estavam a caminho de uma das torres com um pequeno grupo. Harry estava atrás da Dama Cinzenta enquanto Rony estava desaparecido com Dino – destruindo o cálice da Lufa-Lufa.

-Hermione, vocês não têm tempo. Já é quase meia noite....

Aquela discussão não valia de nada, já que eles de fato haviam chegado na torre ainda discutindo. Era uma questão de minutos até o relógio bater e ele não queria que ela estivesse ali na hora que começasse.

-Vem cá. – Draco a puxou para um canto e invadiu sua boca com fome, sem dar a mínima para o público em volta. O beijo foi retribuído vorazmente mas durou uma questão de segundos. – Eu te amo, lembre-se disso – Draco olhava no fundo dos seus olhos, segundado seu queixo com força.

-Nunca vou me esquecer. – Hermione se afastou e se virou na hora exata que ele tirava sua camisa, evitando perder a concentração pela visão de seu peitoral. Não precisava manchar mais uma camiseta de sangue.

-Mas o quê...? – Molly Weasley se surpreendeu ao notar o adolescente tirando a roupa. Até então não tinha se tocado que ele poderia de fato se transformar.

Draco fechou os olhos e respirou fundo, não precisava deixar todas as suas características de fora, apenas as asas. Aquilo ainda doía um bocado, era quase impossível se acostumar com a movimentação óssea em suas costas exigindo espaço, porém ele fazia aquilo com um sorriso no rosto. Se tudo desse certo seria a última vez que precisaria fazer isso. Ele soltou um rosnado baixo ao sentir sua pele nas omoplatas se rasgar, projetando para fora a estrutura óssea das asas que crescia e ganhava músculos e penas negras. Em determinado momento Draco se desequilibrou e iria cair contra a parede se não fosse por um braço o apoiando. Ele abriu os olhos surpreso e encontrou Remo Lupin dando apoio ao ex aluno que sentia uma dor e transformação semelhante à sua.

A única diferença era que ele se transformava em um lobo e Draco em um pombo. Ou uma galinha, ainda não tinham entrado em consenso.

-Tudo certo? – Remo quis garantir que o garoto estivesse recuperado o suficiente para que aguentasse a luta.

-Nunca estive melhor na minha. O-obrigado.

Os restantes na torre estavam boquiabertos com Draco. Haviam estudado na escola sobre, mas nunca tinham visto de fato uma criatura. Embora o senhor e a senhora Weasley tivessem como nora uma meia veela, nada daquilo era comparado ao macho puro que Malfoy era. Céus, o garoto tinha asas! Percebendo a situação, Draco passou a vista por todos os presentes, com um sorriso ladino no rosto, indicando que ele estava bem, porém ao mesmo tempo ostentando com orgulho sua verdadeira forma.

-Você.... Você.... – Arthur não conseguia completar sua linha de raciocínio.

-Não se preocupem comigo, apenas protejam o castelo. E, por favor, não interfiram caso eu perca o controle.

-Perder o control...?

Antes que os senhores pudessem imaginar o que aconteceria caso o rapaz perdesse as estribeiras, Draco levantou voo e pairou na beirada da torre, erguendo seus braços e dando um grito rouco ao ser jogado para trás devido ao impacto dos feitiços ofensivos que eram lançados para onde quer que se olhasse.

-CUIDADO! – Ele rosnou entredentes, cedendo para a voz gutural. Ele não tinha tempo de se manter racional o suficiente para não assustar ninguém com seu timbre animal: segurar a barreira de proteção daquela chuva de magia estava sendo um trabalho árduo, ainda mais com a força que fazia para projetar seu corpo para a frente com suas asas.

Enfim tinha soado a meia noite.

Imediatamente os bruxos começaram a contra-atacar, liberando um pouco Draco da barreira de proteção, permitindo que ele também lutasse. Uma chuva de feitiços era jogada para ambos os lados, conseguindo acertar alguns comensais. Malfoy sequer havia se dado o trabalho de pegar sua varinha, já estava bastante experiente apenas na mentalização para que perdesse tempo conduzindo o pedaço de madeira.

-Magia sem varinha? – Remo se surpreendeu ao desviar um pouco de sua atenção e olhar para cima, aonde Draco se mantinha no ar – apenas para evitar uma confusão com suas asas e pessoas se movimentando.

-Não é uma habilidade especial – Ele conjurava feitiços congelantes já que seria melhor menos pessoas na batalha, mas não necessariamente mortas. – Só passei o último ano treinando eles todos os dias. – Draco jogou seu corpo contra a parede, se esquivando de uma maldição – E me transformando também!

-Admiro muito a sua coragem, rapaz.

-Quem diria que os Black teriam dois monstros na família? – Aquela era a maneira de Draco demonstrar sua alegria de ter alguém que o compreendesse na família. Talvez ele não estivesse tão sozinho assim.

Passados os primeiros minutos Draco ria abertamente por ter o controle da situação: estar conseguindo se manter sóbrio o suficiente para não se lamentar por Hermione estar longe no meio de uma guerra e por estar conseguindo revidar a maior parte das maldições, controlando pelo menos aquele lado do castelo – visto que ele era o alvo principal.

AAAHH” – Gritos soaram vindos do pátio principal, pedindo por ajuda e assustados com o que viam. Draco sabia que tinha que era para lá que ele tinha que ir, o seu corpo tinha capacidade de ajudar quem fosse preciso a fugir e se proteger.

-ANDE LOGO, MALFOY! – Molly Weasley o incentivou ao reparar na hesitação do garoto em deixar seu novo parente para trás.

-TOMEM CUIDADO! – Draco desejou antes de bater o mais rápido possível suas asas em direção ao barulho.

Ele precisou se jogar na escuridão e fazer uma curva a direita para ver o que fazia as pessoas gritarem: gigantes começavam a se aproximar por um lado, enquanto dementadores vinham pelo outro. Como se isso não bastasse os comensais haviam invadido, atacando furiosamente alunos e professores, deixando os primeiros feridos e mortos pelo caminho. Tomado por uma onda de fúria, Draco desviou seu corpo que até então estava sobrevoando a cena para entender melhor a situação até o centro do pátio, descendo com tudo até pousar ajoelhado, com seu braço direito amortecendo o impacto. Ele de fato havia feito a pose de super-herói, mas em contrapartida tinha sentido em sua pele o quão desagradável era.

-Ai! Ai! Ai! – Ele se levantou em um pulo, balançando a mão para aliviar um pouco a dor. – Como eles fazem isso parecer tão irado?

Saindo de seu momento o garoto conseguiu focar sua atenção nos comensais que avançavam cada vez mais, não tendo preferência entre alunos e professores. Vendo que Minerva estava possivelmente em apuros Draco não pensou antes de se colocar a frente da senhora, abrindo suas asas para protege-la enquanto enfeitiçava o comensal.

-Everte Statium! – O Comensal foi atirado pelo ar, batendo de cabeça em uma pilastra ficando desacordado.

-Malfoy! – Minerva se assustou. Embora já o tivesse visto naquelas condições jamais imaginara que ele iria se jogar em sua frente.

-Acha que eles vão se surpreender, professora? – Ele sorriu, distribuindo mais feitiços.

Na realidade aonde quer que ele fosse acabava se tornando o alvo principal, dando a chance para que os outros pudessem se salvar. Os motivos eram vários: por ser algo completamente fora do normal naquela escola, um alvo que voava chamando a atenção de qualquer um e principalmente por ser o mais novo traidor de sangue.

-Eu acho que você deveria ir atrás da srta. Granger, Malfoy. Nós temos o controle por aqui, mas você devia protegê-la!

-Eu prometi que daria cobertura até que eles encontrassem o que vieram procurar!

-Proteja os três, Malfoy. Nós lidamos com eles. – Minerva praticamente implorava por ajuda.

-Vou atrás deles, professora. - Draco entendeu a súplica e levantou voo em disparada para dentro do castelo, conseguindo salvar uma garota bem a tempo.

Ele só precisava usar seu olfato de predador para encontrar sua companheira naquela imensidão.

***

Aquilo havia sido emocionante, para dizer o mínimo! Encontrar uma ala de Hogwarts que implorava por um sistema de arquivo e tê-la destruído em questão de minutos por culpa do idiota do Crabbe, além de terem quase sido queimados vivos! Como raios Goyle havia sobrevivido era um mistério para o trio – já que sempre o consideraram o mais burro do trio sonserino. Como Draco conseguia manter uma conversa com aqueles dois sem enlouquecer Hermione não sabia. Eles eram duas portas!

Porém a linha de raciocínio deles foi quebrada ao escutar berros vindos do corredor ao lado da sala precisa. Hogwarts havia sido invadida, porém Fred e Percy bloqueavam a todo custo os avanços dos comensais. O trio de ouro rapidamente começou a duelar de volta, reforçando a resistência. Hermione até então usava sua varinha – percebendo como seus movimentos ficavam limitados com aquela muleta.

-Olá, Ministro! Cheguei a mencionar que estou me demitindo? – Percy assustava o chefe que havia acabado de ser descoberto, fazendo-o correr de perto dos jovens e arrancando risadas dos irmãos.

Mas aí houve aquela explosão, deixando o ambiente silencioso por milésimos de segundos até que finalmente tentassem ver o que diabos tinha acontecido. Harry estava bastante sujo e arranhado, sofrendo uma sequência de emoções ao olhar em volta: Rony e Percy desesperados em cima de Fred tentando reanimá-lo a todo custo, dois comensais esmagados pelas pedras da parede e uma figura negra desconhecida jogada em um canto – exatamente aonde Hermione estava antes de tudo acontecer.

-FRED! FRED! NÃO! NÃO! – Rony e Percy compreendiam o que tinha acontecido, abraçados ao irmão em uma falsa esperança dele estar apenas desacordado.

Embora extremamente comovido com a cena, Harry estava mais preocupado com a figura estranha que começava a se mexer desesperadamente, sendo empurrado para longe. Harry ergueu a varinha em sua direção, mas abaixou-a ao notar que era apenas Malfoy.

-Sai de cima de mim, Draco! – Hermione se debatia tentando se soltar do forte abraço do namorado, querendo ir em direção aos Weasley.

-Nem pense em me estuporar, Potter! – Draco se levantou com dificuldades devido à explosão que amortecera. Ele havia encontrado a companheira e os amigos no momento exato que a parede explodiu, tendo somente a reação de enrolar seu corpo no de Hermione, aninhando-a em suas asas, impedindo que ela se machucasse.

-Wow! – Harry arrumou seus óculos ao ver como ele era imponente em sua forma, contrastando com seus machucados já bastante visíveis em sua pele clara.

Draco olhou em volta e seu coração pesou por não ter conseguido ajudar a todos.

-Me desculpem.... Eu.... Eu....

Draco não pode sentir muito por mais tempo já que um corpo fora atirado pelo rombo na parede, deixando todos em alerta. Sua primeira reação foi se preparar para o que quer fosse entrar por aquele buraco, deixando que Harry e Rony puxassem Hermione para um lugar seguro.

-Ande, Percy, nós precisamos sair daqui! – Harry tentava convencer o mais velho a fugirem, porém ele se encontrava agarrado ao corpo do irmão, não raciocinando direito.

-Fred....

-Tirem ele daqui agora e corram! – Draco gritou com sua voz fora do normal, encarando o que se aproximava em posição de defesa.

Ele viu que o grupo ainda estava abalado, agindo lentamente. Ele tinha que agir logo.

-Se não querem ser os próximos a morrer é melhor saírem daqui agora! Eu seguro eles!

Aquilo não adiantou muita coisa, a criatura se aproximava rápido demais. Ele estendeu os braços e fez magia sem varinha tentando retardar, mas não conseguiu.

-ANDEM LOGO, SEUS PALERMAS! – Draco gritou deixando transparecer seus olhos negros e presas, sendo jogado para atrás devido a força que os filhos de Aragogue entraram no recinto.

Assustados com o que viram, o grupo saiu correndo, se arrepiando ao ouvir um rosnado alto ficar para atrás. Eles não sabiam quem estava levando a melhor na situação, se Draco estava soterrado ou lutando e teriam que ficar assim por mais tempo, visto que a preocupação principal agora era esconder o corpo de Fred e procurar uma maneira de matar Nagini.

Eles iam conseguir, tinham de manter o pensamento positivo.



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