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História Veela, Draco? - Chapter XLVI


Escrita por: SofiaDuarte

Capítulo 46 - Chapter XLVI


Fanfic / Fanfiction Veela, Draco? - Chapter XLVI

A cerimônia de casamento mais esperada dos últimos anos tinha acontecido há três semanas. Por estar no meio do período letivo, os professores concordaram sem nem pestanejar que uma semana de Lua-de-Mel não atrapalharia o rendimento de Draco – o professor de anatomia de criaturas mágicas os tinha convencido, querendo o bem-estar de um de seus melhores alunos, além de existir a possibilidade de uma doação para o departamento de pesquisas. Draco era bastante influente, rico e criatura mágica, logo, poderia querer ajudar a Universidade caso também fosse ajudado.

Já Hermione teve a sua licença sem nenhum problema, apenas recomendações que relaxasse e pegasse um bronzeado.

Tinham decidido que a Grécia era um excelente destino para aquela viagem, partindo com uma chave de portal na manhã seguinte. Até mesmo lá foram muito bem recebidos, com sorrisos e apertos de mão agradáveis. Ao que parecia Voldemort não era apenas uma ameaça para o Reino Unido como imaginavam.

O ambiente por si só já era incrível, estando acompanhada de seu companheiro era mais ainda. A água cristalina, misturada a areia branca com um fundo de construções brancas envolvia qualquer um em uma onda de magia que nada tinha haver com bruxaria.

-Está se sentindo em casa? – Draco perguntara enquanto observavam o mar da sacada do hotel assim que desfizeram as malas, abraçando Hermione pelas costas.

-E porque eu me sentiria? – Hermione questiona o marido apertando seus braços contra a sua barriga, se recostando em seu peito.

-Uma deusa dessas....

Ele apenas recebera uma cotovelada como resposta.

Tinham se divertido bastante durante aquela semana, se hospedando na Ilha de Antiparos. Embora a maior parte do tempo tivessem passado na praia ou visitando ruínas de templos em Atenas (graças à chaves de portais), tiveram tempo de visitarem a caverna da Ilha, além do grande castelo, com Draco tendo que ouvir uma piadinha sobre estarem visitando seus parentes quando alguns morcegos saíram voando da construção.

Mas a vergonha da viagem ainda não tinha acontecido. Era para ser apenas mais um dia de praia se não tivessem se distraído e se distanciado demais do movimento. Draco foi o primeiro a notar que tinha algo de errado com a paisagem.

-Uau. Esse tipo de coisa é legalizado por aqui? – Ele apontava para frente, observando uma mulher de top-less se abaixar e tirar a calcinha do biquíni.

-Encarar é feio, Malfoy.

-Me desculpe, Granger. Mas nunca em minha adolescência pude cogitar que lugares assim existissem.

-Já percebi que seu eu de 14 anos está adorando a visão, mas devo te lembrar que também tenho olhos. E já que você não se importa....

-Mas ela é bonita!

-Não estou falando dela.

Quando ele olhou para a água percebeu o rapaz mais velho e alto que ele sair da água, completamente alheio aos olhares do casal. Estava mais interessado em tirar seu cabelo do rosto.

-E nem pense em dar xilique por ele estar nu.

É, tinha esse detalhe. Sem querer tinham entrado em uma praia de nudismo, só cabendo a eles a decisão de ir embora ou ficar. Antes que Draco pudesse protestar ou se transformar, percebeu que Hermione já não estava mais ao seu lado, mas sim sentada na areia um pouco mais afastada.

Sem o sutiã.

-O que pensa que está fazendo?!

-Me acostumando a ideia. Se todos aqui estão fazendo isso, não deve ser tão ruim.

Draco ameaçou perder o controle, por sua companheira estar se exibindo em um ambiente com outros homens, mas percebeu que eles estavam quase invisíveis. Não que estivessem com feitiços desilusórios, mas pelas poucas pessoas presentes não ligarem para eles. Para sua surpresa, ninguém a secou com os olhos ou investiu, apenas deixaram que ela se acostumasse a ideia – e por verem que seu marido estava sendo convencido aos poucos pela ideia, também não chamaram sua atenção por ele estar vestido.

Aquela certamente era algo a se colocar no Bestiário Veela: um companheiro que surtava ao ver outros conversando com uma companheira, mas se comportava ao irem a uma praia de nudismo.

Tinham ficado tempo o suficiente para que ele se convencesse e tirasse a roupa por alguns minutos, porém foram embora ao notarem o charme fazendo efeito neles mesmos – fato estritamente proibido na praia. Hermione tinha pedido para irem embora, percebendo sua respiração entrecortada e pupilas dilatadas, sabendo que seria questão de minutos até que ela o atacasse na areia.

Mesmo que tivessem voltado para casa, agora eram Senhor e Senhora Malfoy, e como tais, tinham obrigações a cumprir. Naquele final de semana estavam em Paris, na França, para uma entrevista a uma revista francesa.

O tema da matéria era sobre a nova geração da Alta Sociedade, com os dois estampando a capa. Nela, uma foto tirada no dia do casamento, clicada no exato momento que Draco ohava apaixonadamente para a esposa, que o olhava sob o ombro, sorrindo timidamente. O vestido, junto do véu e tiara davam todo um toque a mais, misturado aos olhos de Draco que escureciam, mostrando a sua forma.

Tinham chegado cedo ao estúdio onde fariam a entrevista junto de uma sessão de fotos exclusiva para a matéria. Estavam com roupas casuais, tinha sido informado que o figurino seria cedido pela revista, mas se surpreenderam ao chegarem no andar e Hermione ser logo puxada para frente do cenário.

-Mas eu nem estou tão arrumada! – Por mais que aparentasse não ligar, Hermione temia aparecer malvestida perante a Sociedade e ser falada. Mais do que já era sendo uma nascida trouxa que se casara com um sangue puro.

-Você não vai querer sujar a roupa do ensaio. Por favor, sente-se.

Ainda sem entender muita coisa, Hermione se sentou no chão, sob um fundo branco, quando viu uma caixa de papelão ser depositada ao seu lado.

-Isso é o que estou pensando? – Draco ouvia os barulhos vindos da caixa, já se derretendo ao pensar na cena.

-Gatinhos!

Quatro filhotinhos de gato estavam na caixa de papelão, sendo retirados às pressas pela morena.

-Achamos que fosse mais descontraído conversarmos enquanto você brinca com os filhotes. – A repórter explicou, rindo ao ver a garota deitar no chão e ter os bichinhos escalando sua barriga.

-Ela adora gatos. – Draco falou o óbvio.

-Não é à toa que se casou com um. – A assistente de produção soltou, sendo afetada pelo charme que ele liberou ao babar pela cena.

-Podemos começar?

-Por favor, se não posso me distrair com esses bebezinhos pelas próximas horas.

-Bem, Sra. Malfoy, essa entevista fará parte de uma série de matérias que mostram como a nossa Sociedade não é mais a mesma, que vem sofrendo com grandes mudanças com a geração de vocês. – A jornalista explicava, fazendo sua pena de retição rápida anotar tudo. – Mas não que isso signifique algo ruim. O mundo já não é mais o mesmo, então não faria sentido continuar com os mesmos valores de antes. A união entre vocês era uma das mais esperadas desses últimos anos, e já que vocês representam o novo sopro de vida à família Malfoy, os convidamos para trocar algumas palavras.

-E é uma honra estar aqui.

-Poderia nos dizer como é ser a nova Senhora Malfoy?

-É bem estranho. Eu só tenho vinte e dois anos e já sou chamada de Senhora. Acho que não vou me acostumar tão cedo a isso. Tanto pelo nome quanto a todo esse peso.

-É um fardo ser da família?

-Eu não diria com essas palavras, mas tem um peso enorme. Eu sou uma nascida trouxa de classe média, nunca pensei ou sonhei que um dia faria parte da alta classe, quem dirá da bruxa. Isso estava completamente fora do meu círculo de amizades. Então estar aqui agora, participando de festas, recebendo presentes e sendo vigiada constantemente é muito esquisito. Mas não é tão difícil ou ruim. Eu passava quase o mesmo na época de escola sendo amiga de Harry, a única diferença é que não saíam matérias nos jornais sobre o último almoço que ofereci, mas sim sobre algum ataque que sofremos.

-E por falar em Harry Potter, como ele regiu ao casamento de você dois? Sabemos que ele e seu marido não eram amigos na escola.

-Eu virei só o seu marido agora? – Draco estava indignado por ser mencionado como o marido, e não com seu nome.

-Ele até que não teve muitos problemas com isso, para falar a verdade. Sabia da natureza de Draco, então sabia que eu não estava enfeitiçada ou com um parafuso a menos. Só ficou chateado por ter escondido isso dele.

-E do resto da escola. – Draco completava, se intrometendo na entrevista.

-Como vocês conseguiram manter o relacionamento em segredo?

-Com muita dificuldade, mas não queríamos olhares acusatórios.

-Não é segredo para ninguém que vocês dois não se gostavam até o início do relacionamento. Como isso mudou?

-Muitas coisas podem mudar quando o cara que você gosta está morrendo bem a sua frente. – Hermione disse pensativa, sem se prolongar muito no assunto.

-Chega a ser quase engraçado em como a gente se odiava em público, mas gostávamos um do outro secretamente.

-Então podem afirmar que se não fosse pela sua condição, não estariam juntos hoje?

Draco soltou um resmungo exasperado, sentando-se ao lado de Hermione e segurando a sua mão inconscientemente, sob os olhares atentos da repórter e miados carentes dos filhotes.

-Me desculpe por isso, ele não lida bem com essas situações hipotéticas. – Hermione se desculpou, fazendo um carinho no rosto do marido, que ronronou em resposta.

-Você pretende dar continuidade ao nome Malfoy na Sociedade?

-Depende de qual Sociedade você fala. Se for a das trevas, é óbvio que não. Mas se for a Alta Classe, eu estou dando o meu melhor para isso.

-E quanto a você, Draco? Pretende continuar com os negócios da família no Ministério?

-Não. Todas as obrigações que os Malfoys tinham no Conselho do Ministério, eu estou passando para Hermione. – A surpresa estampava tanto o rosto da jornalista como o de Hermione. O que raios ele pretendia com aquilo? Ela nem sequer fora consultada! – Eu tenho certeza absoluta que ela saberá tomar as melhores decisões. Melhores até mesmo do que eu. Eu só quero ser medbruxo, sabe?

-Draco... – Hermione sussurrou.

-Conversamos em casa...

-Bem.... Isso é uma revelação e tanto! Tem medo do que os outros conselheiros puros-sangues possam achar?

-Eles podem pensar o que quiser. Hermione é a minha atual herdeira e tem muito mais paciência do que eu para assuntos legislativos.

-Mas a questão do sangue pode acabar sendo um empecilho para sua total aceitação.

-Ela é uma Malfoy tanto quanto eu. – Hermione não conteve o sorrisinho por saber exatamente o que Draco falava, vendo ele pegar um filhote em suas mãos e acariciar. – Não podem fazer nada contra ela, sabem muito bem do que sou capaz de fazer.

-Isso seria uma ameaça?

-Não, apenas uma constatação de um fato.

A entrevista se prolongou por mais uma hora e meia, com o casal sendo fotografado brincando com os filhotes e trocando carinhos. Quando enfim foram liberados para a troca de roupa, Draco ficou de queixo caído ao notar a esposa aparecer com uma calça de vinil de cintura alta colada ao corpo, definindo todas as suas curvas, com um blazer branco tapando seus seios, deixando o vale entre eles exposto. Seus cabelos estavam um pouco frisados, com uma maquiagem forte em tons de azul e preto nos olhos.

-Você.... Uau....

-Disseram que essa era a última moda em Paris...

Antes mesmo que Draco conseguisse chegar perto o suficiente para beijá-la, o fotógrafo responsável apareceu, o puxando.

-Não queremos que você borre a maquiagem dela, fofinho. – Com a sobrancelha arqueada Draco se deixou levar, tendo mãos delicadas mexendo seu cabelo em um penteado arrepiado. Percebeu um tempo depois a estratégia utilizada, colocando os dois com cores inversas. Se Hermione tinha seu blazer branco, Draco estava usando uma camisa de seda com um blazer preto, de calças brancas.

-Vocês representam Yin e Yang naturalmente. Opostos que se atraem e se completam. – O fotógrafo explicou enquanto pedia que eles se posicionassem no cenário armado.

Para iniciarem a sessão, haviam escolhido o típico cenário luxuoso, com uma lareira crepitante ao fundo, ao lado de uma vasta coleção de livros. Tinham escolhido propositalmente temas de arte das trevas, como também de criaturas mágicas e contra-maldições – todos em uma tentativa de alusão à vida deles. No primeiro plano, um majestoso tapete persa, com uma grande cadeira felpuda.

-Fofinho, você pode se sentar nessa cadeira e fazer uma expressão bem malvada, enquanto Hermione.... Não, sentada no chão seria submisso demais…. Vamos começar com você em pé do lado esquerdo dele.

Draco estava mais do que acostumado a ver as expressões que seus familiares faziam em pinturas como aquela, imeditamente erguendo sua sobrancelha e colocando um sorriso cínico no rosto, juntando suas mãos logo abaixo de seu queixo – com seus cotovelos apoiados nos braços da poltrona – com as pernas cruzadas. Naquele primeiro momento Hermione olhou séria para a câmera, segurando o ombro do marido, mas logo que o flash foi acionado ela se inclinou sobre ele, depositando um beijo em sua bochecha, desmanchando toda a sua pose – fato capturado pela câmera. Após algumas fotos sérias, o fotógrafo decidiu mudar toda a perspectiva daquilo.

-Hermone, poderia se sentar na poltrona?

-Mas.... Isso não vai tirar todo o peso da nova geração Malfoy? – Ela se referia as longas gerações com os homens no comando.

-Você mesma ouviu seu marido, fofinha. Você é a nova geração Malfoy. Se é você quem vai assumir os negócios da família, o lugar é seu.

Iriam odiá-lo pelo o que havia feito, mas ele não estava nem aí.

Na primeira vez, Hermione imitou a pose de Draco, mas exalando muito mais poder e sedução que ele. Ele mesmo tivera que se colocar atrás do espaldar da poltrona para esconder a sua ereção, assim como não atacar sua esposa e estragar a foto.

-Agora uma mais espontânea!

Jogando o seu corpo para a direita, Hermione ficou com as costas encostadas em um braço, com suas pernas dobradas no outro. A angulação de seus ombros dava uma maior visibilidade para o vale entre seus seios, enquanto seus cabelos se revoltavam ainda mais. Draco tinha ido mais para o lado, apoiando o peso de seu corpo no topo da poltrona, com seus braços cruzados, em uma pose relaxada. Hermione ria da cara de sedução dele, enquanto era comida com os olhos. Nada daquilo escapava da lente do homem à frente, capturando todos os momentos entre os dois.

Quando a troca de roupa foi feita e ela apreceu com um vestido ainda mais exuberante em tons de preto e branco, passaram o ensaio para uma escadaria que ficava fora do estúdio, com Draco fazendo a clássica pose masculina de “tentando tirar esse anel que ficou preso no meu dedo” ao mesmo tempo que seu blazer fora retirado, com alguns botões da blusa abertos. Como em um comercial de perfume, Draco tomou Hermione em seus braços, envoltos em sua própria bolha. A troca de olhares, ele a pressionando na parede, a ameaça de um beijo. A assistente suspirando alto e as marcas de chupões e arranhões aparecendo no peito de Draco pela camisa aberta vieram à tona, e todos perceberam que se não quisessem presenciar um ensaio erótico, deveriam parar por ali mesmo.

Mesmo com a buzina soando indicando o fim, o fotógrafo agradecendo a eles e os holofotes se apagando, demoraram pelo menos 10 segundos para que eles conseguissem parar de se olharem nos olhos e se afastarem, com charme exlando por todo o ambiente.

-Devíamos fazer isso mais vezes – Draco falou com sua voz voltando ao normal.

-Espero não me cansar disso nunca.

-Quer jantar em algum lugar? Nossa chave de portal é só daqui a umas três horas.

-Contanto que você não escolha nenhum lugar demorado....

***

Na segunda feira, Draco se espantou ao sair da aula de Atuação de feitiços em trouxas: quando eles necessitam do contato de magia e encontrou com Blásio parado à porta da Escola de Medbruxaria.

-Blás! – Ele abraçou o amigo com um enorme sorriso no rosto. – Não sabia que tínhamos marcado alguma coisa hoje.

-E é porque não marcamos, Draco.

Ele ficou parado olhando para o amigo, sem entender nada.

-Você me pediu para não tirar os olhos da McKinnon no seu casamento, e eu meio que ainda estou fazendo isso. – Blás tinha um sorriso tímido no rosto.

-Vai sair com a McKinnon?! – Draco estava incrédulo. Tinha tanto tempo que seu amigo não saía com nenhuma garota, quase desde Gina Weasley no sétimo ano.

-Só estou deixando ela fora do seu caminho. – Blás falou dando uma piscadela para o longe, beijando a mão da loira que se aproximou por trás dele.

-Não acredito que você foi baixo o suficiente de transformar seu amigo no meu guarda-costas, Malfoy. – McKinnon fingia reclamar, quando na verdade adorava o que o rapaz tinha feito.

-E eu não acredito que você foi baixa o suficiente de tentar colher informações no meu casamento. Estamos quites.

Ela parou por alguns momentos, o encarando.

-Tem alguma coisa no meu rosto? – Ele perguntou para o amigo. Da última vez que isso tinha acontecido toda a escola tinha descoberto o seu segredo.

-Não, é só que é tão estranho você ser tão novo e já casado.... – Draco olhou para Blás que entendeu o recado. Sabia Deus como, mas a garota estava começando a sentir os efeitos do charme.

-Vamos deixar esse feioso voltar para casa sozinho. Ele já deve estar louco pela esposa.

-Eu não sou tão desesperado assim!

-Aham, sei. – Blásio lançou um último sorriso em sua direção antes de aparatar com a garota.

Ele tinha escolhido um bar não muito longe. Embora ainda fosse segunda feira, não achou apropriado a levar para jantar sendo apenas a terceira vez que saíam. Bebiam cerveja amanteigada e comiam petiscos, jogando conversa fora, se conhecendo melhor.

-Quer dizer que conheceu Draco ainda criança?

-Aham. Mas só nos tornamos melhores amigos com quinze anos. Antes ele tinha algumas companhias.... Não muito boas.

-Levando em consideração que ele era filho de Comensais da Morte, tenho receio do seu conceito de companhias não muito boas.

-Eles também eram filhos de Comensais, mas não teriam a mesma compreensão que eu quando tudo veio à tona.

-Você estava junto na primeira transformação?

-Não, já estávamos de férias. Mas fui eu quem acompanhei ele na escola, ajudando a se entender com Hermione. Se eu não tivesse dado um empurrão acho que ele não teria tido coragem de se aproximar.

-Coragem?

-Eles brigavam muito na escola, ao ponto de saíram na mão.

-Ele bateu nela?!

-Não, ela quem deu um soco nele, e depois disso o coitado caiu de quatro por ela, totalmente apaixonado. As vezes acho que ele é um pouquinho masoquista, se apaixonar pela garota proibida.

-E como eles ficaram juntos?

-Eu acho que não deveria te responder isso, Srta. Já percebi o que está tentando fazer.... – Blás tinha um sorriso de canto, observando a loira a sua frente fingir inocência. – Da minha boca você não vai conseguir nada. – Ele completou abrindo mais o sorriso, colocando suas mãos para o alto.

-Você tem certeza? – Sua voz estava baixa, se aproximando o suficiente para que Blásio arregalasse os olhos e ficasse com a respiração descompassada, parando de sorrir. – Não devia sair falando isso por aí. – Blás já nem escutava direito o que ela dizia, encarando fixamente seus lábios que se moviam bem devagar. Quando ele avançou, cortando a pouca distância entre eles, bateu com a boca em seu dedo indicador, que pairava a frente de seus lábos. Assustado, ele voltou a realidade.

-O quê...? – Ele não entendia o que tinha acontecido.

-Não vou conseguir nada da sua boca, lembra? – E com um sorriso de quem sabia exatamente o que estava fazendo, McKinnon se levantou, pegando sua bolsa e saindo do bar.

Blásio ficou alguns segundos absorvendo suas palavras, até abrir um sorriso enorme e ir em sua direção, sem antes deixar a conta paga em cima da mesa.

Ele estava sendo fisgado, só esperava que não fosse um plano dela.



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