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História VENDETTA! VENDETTA! (Uma história sobre amor e vingança) - Nada Sem Motivo


Escrita por: LyWildBay

Notas do Autor


Boa leitura! ;)

Capítulo 11 - Nada Sem Motivo


Fanfic / Fanfiction VENDETTA! VENDETTA! (Uma história sobre amor e vingança) - Nada Sem Motivo


***
Quem diria que, em uma simples ronda, como em qualquer outro dia, ele encontraria aquilo que passou a semana toda procurando? Quem mais, num fim de tarde de segunda-feira, estaria todo de preto, voando por Nova York em um planador? Lógico que era ele. Tinha acabado de saltar de uma janela alta em, o que parecia, um prédio abandonado, às margens do East River. A curiosidade foi mais forte, e ele foi até a pequena janela, para ver o que acontecia lá dentro. A janela era, de fato, muito pequena; mal dava para passar uma pessoa, mas dava pra ver dentro. A imagem o deixou horrorizado: dois homens, grandes e fortes, estavam mortos, presos à parede, completamente nus, como se estivessem colados; outro homem estava acorrentado, de pé, seminu, aparentemente desmaiado e com alguns hematomas nas costas. Uma pergunta passou por sua mente: como uma pessoa capaz de fazer isso com três homens enormes cosseguia passar por essa janelinha?
     O tempo necessário para entender o que havina naquele lugar não foi muito, mas foi o suficiente para perdê-lo de vista. Não tinha mais nem sinal do serial killer.
     Foram horas procurando-o pela cidade. O problema era que a cidade é enorme, não seria nada fácil. Na verdade, não FOI nada fácil. Mas, também, não foi impossível. Já era tarde da noite quando o encontrou. Estava chovendo, e a figura toda de preto estava com o planador parado no ar, com as mãos estendidas, obviamente pronto para puxar o homem que estava ali, e jogá-lo do último andar daquele prédio. Não podia deixá-lo matar mais alguém dessa forma. Daí, lançou-se contra a pessoa, prendendo-a no chão.
***
     - Vendetta? - disse Ester - É um bom nome. - ela sorriu. - Mentira, é um nome horrível. - de repente, ela se deu conta das garras espostas, coisa que ela não tinha conseguido fazer até então.
     Um som estranho escapou do aranha, ao mesmo tempo que seu aperto relaxava, levemente. Ester aproveitou o memento de fraqueza e o empurrou. Ele caiu à uns três metros de distância dela. Ela então jogou-se sobre ele, prendendo suas pernas. Quando tentou prender os braços, ele lançou uma teia na direção dela. Ela levantou a mão, instintivamente, cortando a teia com as garras, e empurrou a mão contra a dele e as garras rasparam seu pulso. Uma explosão de teias escapou do local, e Ester virou o rosto para ver o que acontecera. Um dispositivo mecânico, cheios de fios semelhantes à teias estava quebrado. Era óbvio, as teias não eram dele, eram falsas.
     - Então, quer dizer que o Homem-Aranha não tem teias de verdade. - disse ela, irônica - Que coisa feia.
     - Você... Você... é uma garota?
     - É o que parece.
     - Por que? Por que você está matando as pessoas desse jeito? Você, por acaso, se sente bem matando as pessoas, sem motivo?
     - "Sem motivo"? - disse ela, e puxou o braço, posicionando a ponta das garras na garganta dele, e pressionando-o contra o chão com o próprio corpo - Você não me conhece, não sebe nada sobre mim, então, não diga que, o que eu faço é "sem motivo". - ela então enrolou os dedos na máscara dele e puxou, agarrando nos cabelos dele atrás da cabeça. - Ora! Até que você é bonitinho.
     E era, de fato. Os cabelos pretos ondulados, a pele levemete bronzeada, olhos castanhos brilhantes. Dava pra ver os olhos, agora dourados, dela refletidos nos olhos dele. Ele era lindo.
     - Sorte sua eu não ter nada contra você. - disse, e levantou o corpo, mas permanecendo sentada sobre ele - Aliás, ajuda o cara ali antes que ele se jogue. Se ele fizer isso a culpa vai ser sua. Lembra que, quando eu tentei ajudar você me jogou no chão e tentou me seduzir.
     O planador parou ao lado da cabeça dele. Tão perto que ele podia setir o calor dos propulsores na bochecha. Ela saiu de cima dele, subiu no planador e foi embora, sem olhar para trás.

     O dia estava frio e a neve caía suave sobre toda a cidade. E Ester estava novamente de frente para Loss. Em sua mão esquerda estava uma adaga, a lâmina tão fina quanto um dedo; na mão direita, havia um martelo. Tanto a adaga quanto o martelo eram feitos todo de metal; e ela estava com as mãos levantadas, uma de cada lado do rosto.
     - Sr. Loss! - disse ela - É bom vê-lo novamente. Sabe, as pessoas hoje em dia são muito desconfiadas umas com as outras, então, suponho que não acredite em mim quando digo que não quero matá-lo... - fez uma pausa, respirou fundo, depois, acrescentou - ...agora. Mas não posso deixar que você saia por aí mandando outros me matarem. Não. Nem pensar. - ela, então, bateu a adaga e o martelo um no outro, fazendo ecoar o tilintar de metal contra metal - Já ouviu falar em "Lobotomia"? Então, lobotomia era um tipo de cirurgia feita no passado em pacientes de psiquiatria em estágio grave de esquizofrenia. Basicamente, a intervenção tira as pessoas delas mesmas: sensos comuns de percepção, reflexo, reações, e principalmente memória; o paciente ficava, praticamente em estado vegetativo. E é isso, meu querido sr. Loss, que eu vou fazer antes de libertá-lo.
     Peter Loss não disse nada nem protestou durante todo o processo. Não porque quisesse que aquilo acontecesse, mas porque não lhe restava mais energia depois de quase 24:0h acorrentado de pé, sem comida ou água. Depois de tudo terminado, Ester quebrou as correntes e a tranca da porta, deixando Loss sentado no chão, parecendo um robô sem vida. 
     Na noite anterior, depois de ter deixado o Aranha tratar do suicida, ao chegar em casa, viu um pedaço de tecido agarrado ao planador, a máscara dele. Durante o caminho até em casa ela vasculhava a própria mente em busca daquele rosto. Ela o conhecia, de algum lugar, só não lembrava de onde. Procurando nas fotos da escola, no anuário, o encontrou. Peter Parker. Estudou na mesma escola que ele durante o colegial, - ele uma série à frente dela - um dos melhores da escola, tão inteligente que Ester não podia deixar de comparar Peter com David.
     Agora, nessa manhã branca, ela caminhava em direção à casa dele, com a máscara dentro da bolsa. Chegou ao prédio e entrou sem nenhuma objeção do porteiro, parou diante da porta do apartamento dele e apertou a campainha. Um minuto depois uma senhora, de cabelos levemente grisalhos e um sorriso carismático, abriu a porta.
     - Olá. - disse ela - Posso ajudar?
     - A senhora é May Parker? - perguntou, calmamente, como perguntaria uma garota normal de dezoito anos.
     - Sim. - respondeu May - Você, quem é?
     - Sou Ester. Ester Cook. Faço faculdade com o Peter. Ele está? Quero falar com ele sobre um trabalho pra essa semana e aproveitar pra devolver um livro que ele esqueceu. - mentiu.
     - Ele está no quarto dele. -disse a senhora - Pode ir. Ele deve estar estudando. Vai lá.
     - Obrigada. - disse Ester, e caminhou pelo corredor até o quarto que May havia indicado como sendo o dele. Bateu na porta.
     - Pode entrar, tia, - disse ele, do outro lado da porta - está aberta.
     Ela, então, entrou. Peter estava sentado, em frente ao computador, sem camisa e com uma caneta na mão. Seu quarto estava incrivelmente arrumado; os livros alfabeticamente organizados nas prateleiras, os lençóis da cama lisos, sem nenhuma marca. Quando ele a olhou, sua expressão era de puro choque.
     - Não é a tia May. Sou só eu. - disse ela, fechando a porta atrás de si. Ela enfiou a mão dentro da bolsa e tirou o pano vermelho lá de dentro, esticando a mão na direção dele - Só vim te devolver isso.


Notas Finais


Atendendo a pedidos, aí está. (Rsrs) Estou tentando achar um jeito de compensar o tempo que eu passo sem internet. Espero que gostem, e desculpe se decepcionei em algum momento. Bjos!


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