— O que? — Ele franze o cenho. Justin piscava diversas vezes. Sua boca tentava dizer algo, mas nada saía. Ele negava com a cabeça enquanto se afastava. — Impossível. — Diz ríspido. — Nos previnimos.
— E-eu esqueci de tomar a pílula, foi apenas um dia, não imaginei que engravidaria. — A loira explicava tentando não soluçar ou gaguejar. — M-me desculpe.
— Eu me previni, Tifanny. — Novamente Justin sustenta seu argumento. — Nunca fizemos sem camisinha.
— Olha a camisinha fura. Acidentes acontecem. Você pode fazer um exame de DNA, não sei. — Responde aflita.
— Caralho. — Ele esfrega as mãos no rosto. — Mas que inferno. — Justin soca a parede.
— Por que está tão chateado? — A loira se aproxima. — Você tinha esperanças em voltar com ela? — Questiona fazendo Justin fuzila-la com o olhar. — É por isso que você está tão frustado com o nosso filho? Porque sabe que ela não vai te aceitar? Você estava pensando em me deixar? — A loira se aproxima. — Agora não pode mais não é? — Ela ri. — Pois é, Justin. Eu estou grávida.
— Cala a boca. — Ele aponta o dedo pra ela. — Você não sabe o que está falando. Filho não segura homem. Eu posso muito bem pedir o divórcio. — Ameaça.
— Então é isso? Você vai me deixar, grávida, tudo porque sua amante está esperando um filho seu? — Ela chora em meio as lágrimas. — E eu Justin? E eu? E nosso filho? Você acha que é assim, casou, comeu e vai embora? Você tem 26 anos é hora de ter responsabilidades. Assuma suas responsabilidades. — Ela rosna com ódio.
— Eu como homem sei das minhas obrigações e não preciso que você me mostre isso. — Diz de maxilar travado. — Depois dá reunião de amanhã, eu vou decidir o que fazer com você. Não pense que só porque está grávida merece algum tipo de pena.— Tifanny engole seco. — Está avisada.
Justin sai do quarto batendo a porta com força.
Tifanny cai no chão em prantos. Com a mão na barriga a loira negava com a cabeça, nada poderia acontecer com seu filho. Nada.
— Levante do chão. — A voz de Anny ecoa pelo quarto.
— Anny! — A loira se levanta rapidamente.
— O que pensa que está fazendo afrontando ele daquela maneira? — A mulher olhava para ela mortalmente. — Você não tem pra onde correr, essa reunião vai acontecer e se você for culpada vai morrer. — A mulher amedrontava a loira.
— O-oque eu faço? — Ela chora.
— Tente convencer a Ava. Ela é mãe vai entender seu lado. — Anny suspira. — Provavelmente ela vai ficar comovida. Justin só obedece a ela, então ele não fará nada com você. — Anny explica.
— Isso vai dar certo? — A loira chora.
— Eu acho bom que dê, ou eu mato você e seu bebê e sua filhinha bastarda. — A mulher sai do quarto rapidamente.
— Ah meu Deus, me ajude. — A loira chora em desespero. Todos naquela casa a queriam morta.
[...]
A reunião ainda iria começar. Ava acordou tarde, graças ao remédio que Pattie lhe deu, a morena caiu no sono com muita facilidade e acabou dormindo mais que o esperado. Por sorte a reunião não começou.
A morena se arruma e sai em direção a cozinha. Estava faminta e precisava procurar por Harry. Sua procura acaba antes mesmo de começar ao ver seu filho no quintal. Em um balanço feito de pneu. A morena observava seu pequeno se balançando feliz, sem ligar para nada. Ava sorri e volta a andar em direção a cozinha.
A mesa estava posta, esperando por ela. Tinha tanta coisa na mesa que Ava ri ao sentir a movimentação de seu bebê.
— Eu estou com fome também. — A morena acaricia sua barriga.
— Isso deve ser assustador. — Tifanny diz da porta da cozinha assutando Ava.
— Ah, meu Deus. Eu não te vi aí. — A morena suspira pesadamente. — O que é assustador?
— Desculpe, eu não quis te assustar. Eu só... Bem, seu bebê chutou não foi? — Ela ri meio boba. — Eu fico imaginando como deve ser a sensação. — A loira coloca uma mecha para trás do cabelo.
— É estranho no começo. — Ava ri. — Mesmo já sendo mãe, a sensação de ter um serzinho dentro de você é tão única e diferente. Como se fosse a primeira vez. Nunca vou me acostumar com isso. — A morena ri.
— Está ansiosa para pegar seu bebê no colo? Acha que vai ser uma menina ou um menino? — Tifanny conversava animada. Ela seria mamãe em breve e estava muito feliz, precisava compartilhar isso com alguém que tem experiência.
— Eu estou com medo, e feliz. Eu gostaria de uma menininha. Essa família é cercada por homens, nada mais justo do que uma princesinha para amolecer os corações dos Bieber's. — Tifanny ri em concordância.
— Eu acho que terei um menino. — A loira diz sem pensar fazendo Ava ficar séria.
Tifanny só se dá conta do que disse, quando vê a expressão de Ava. Ela tinha que fazer aquilo, mas desistiu, iria apenas conversar com Ava, ganhar a confiança dela sem precisar envolver seu filho nisso. Saiu tão espontâneo da sua boca que não teve como se conter.
— V-você tá grávida? — Ava a olha surpresa.
O choro estava entalado em sua garganta.
— Por favor não diga a ninguém, por favor eu te peço. — A loira se levanta aflita.
— Claro. — Ava lhe dá um meio sorriso. — Meus parabéns. — Ela diz falsa.
Ava queria chorar. Mas como diante daquela situação? Um filho é uma benção, ela não deve ficar triste com uma notícia dessas.
— Obrigada. — Tifanny se levanta cabisbaixa. — Eu vou para o meu quarto. — A loira sai em direção a sala. — Ava, por favor. Aconteça o que acontecer naquela reunião, lembre-se eu nunca fiz nada com você. E por favor como mãe espero que me entenda, meu bebê pode pagar pelos erros que cometi. Por favor tenha um pingo de compaixão. — Ela diz e sai antes de ouvir a resposta.
Para Ava aquela foi a confirmação de que Tifanny de algum modo estava envolvida em seu sequestro.
Ela queria estar errada.
[...]
— Como eu disse el—
— Ava!
Todos dizem em coro.
Christian corre para abraça-la enquanto sorria feliz. Ele estava realmente preocupado com sua amiga. Ryan, Chaz, Peter e até Nolan estava sorrindo com a presença da morena ali.
— Obrigada a todos pelo resgate de ontem. Se não fosse por vocês eu não estaria bem aqui com meus filhos. — A morena agradece emocionada.
— Bem, você nos deu muito trabalho. Justin ameaçou todos nós. — Chaz diz fazendo todos rir. — Agora que está queremos saber, quem foi que pegou você? — Chaz pergunta direto.
— Por onde começo? — Ela ri sem humor. — Sinceramente aconteceu tanta coisa. — Ela se senta.
— Conte-nos sobre aquele dia, a manhã em que você esteve sozinha. — Peter pede se aproximando.
— Aquele dia foi realmente agitado. Tifanny estava me enchendo de ligações para que eu buscasse o terno do Harry. — Ela diz e todos se olham entre si. — Eu fui até a mansão do Nolan nesse dia, fizemos uma parceria. Depois disso eu fui pra casa, fiquei um tempo com Harry e em seguida os capangas do Edward chegaram. — Resume.
— Pera ai. Você não nos contou que esteve com a Ava naquele dia. — Chaz se volta para Nolan.
Justin o olhava mortalmente com raiva por pensar que Nolan pudesse estar envolvido no caso.
— Foi uma negociação por fora. Não queria envolver a família por isso pedi sigilo a Ava. — Ele explica. — Eu não contei antes porque suspeitariam de mim. — Engole seco. Justin não tirava os olhos dele, só esperando para o acertar.
— Mais suspeito é você nos esconder isso, Nolan. Se queria tirar o seu da reta, era só ter nos falando desde o início que você esteve com Ava. E não nos escondido informções importantes. — Christian eleva seu tom.
— Cacete, Já disse que não tenho nada a ver com isso. — Rosna bravo. — Eu perdi milhões quando a empresa deixou de ser da Ava. — Desvia o olhar. — Eu juro por Deus que não tive participação nisso.
— Ava, você viu o Nolan alguma vez enquanto esteve presa? — Christian pergunta por precaução.
— Não, era o só o Edward.
— Certo, então o Edward não te disse nada? Não deixou escapar nenhuma informação? — Peter pergunta curioso.
— Ele não é o chefe. Edward obdesce alguém da família Bieber, ele me disse isso. Disse que essa pessoa quer o poder e o privilégio de governar a máfia Bieber sozinha. Eu fui vendida, mas sou apenas um peão nesse jogo, um peão que foi usado para derrubar o Justin. Seja lá quem for, não quer me atingir, quer atingir você. — Ela diz aflita olhando para Justin que aperta a cadeira em suas mãos.
— Se foi você seu desgraçado é melhor falar agora. — Ele avança para cima de Nolan mas é impedido por Chaz e Ryan.
— Se controla, cara. Não temos provas. — Ryan tentava acalma-lo.
— Ava você assinou mais alguma coisa naquele dia? Antes de ser sequestrada? — Peter pergunta rapidamente em meio a confusão que se formava.
A morena força a memória e se lembra da assinatura do terno de Harry. Tifanny lhe deu aquele papel e ela assinou naquela manhã.
— O papel do terno do Harry, foi o que eu assinei. Não era exatamente um contrato, era uma folha. E tinha um símbolo, uma tesoura e um manequim. Era apenas um papel de autorização — Ela diz sem entender. — Tifanny me deu, mas o que isso tem haver?
— PAREM COM ISSO. — Peter berra fazendo todos se calarem. — Acho que já sei quem foi. — Todos estavam surpreso.
— Christian você tem a foto do documento que Ava "assinou", o contrato que passou tudo dela para o nome da Tifanny? — O ruivo questiona agitado. Rapidamente Christian pega seu celular e vai em sua galeria procurar pela foto.
— Aqui está. — Ele entrega.
— Você disse que era uma autorização para buscar o terno no alfaiate, mas vocês ai quantas vezes compraram terno para os eventos de nossa família e precisaram assinar algo? — Peter pergunta a todos. — A única coisa que precisávamos dar era nosso nome e número de telefone. Não tem nenhum sentido, assinar um papel por um simples terno infantil. — Todos concordavam. — Ava você me disse que tinha um símbolo no fim da folha, um manequim com tesouras... Isso não é de um loja de ternos. Isso é o eslogam do cartório de Otawa. Especificamente falando, é um selo, uma marca registrada de um advogado de transferências de fundos aqui do Canadá. — O ruivo explica tudo. Todos estavam estáticos. — Esse era o contrato?. — Christian estende o celular para ela.
A morena estava estática. Foi por isso que Tifanny veio falar com ela. Desde o começo foi ela. A loira sabia que depois dessa reunião não teria escapatória e usou sua gravidez para atingir Ava.
— S-sim. — Ela engole seco enquanto deixa uma lágrima escorrer.
Ela sabia o que Justin faria. Ela sabia do que ele era capaz. Ela não podia deixar isso acontecer, não podia deixar um bebê inocente pagar por isso.
— Resolvido. — Peter se joga na cadeira.
— Isso quer dizer que...
Não precisou dizer mais nada. Justin saiu correndo do escritório.
— Ele vai atrás dela. — Ryan o segue.
— Foi a Tifanny.
Ava corre atrás dos dois, ela não podia permitir que Justin fizesse algo com o bebê, ele não tem culpa da mãe que tem.
Os gritos eram ouvidos do começo do corredor. A morena corre desesperada para o quarto onde vê Justin em cima de Tifanny apertando seu pescoço enquanto Ryan tentava tirá-lo de cima dela.
— CARA, VOCÊ VAI MATAR ELA. — Ryan berra com medo. Enquanto a todo custo tentava puxar seu primo de cima da loira.
Ava corre para o outro lado que Tifanny estava caída, ficando, cara a cara com Justin. Tifanny estava com alguns machucados no rosto, isso mostra que Justin não pensou duas vezes antes de bater nela.
— Justin ela está grávida, por favor, solte. — Ava pede aflita. Ela põe a mão por cima da de Justin tentando puxar. — Justin é o seu filho. — A morena chora.
Tifanny se debatia enquanto aos poucos ia perdendo a consciência.
— JUSTIN POR FAVOR. — Ava berra enquanto chorava.
Justin solta a loira que começa a tossir. Ava cai sentada com as mãos na boca, enquanto chorava desesperada.
— Meu Deus. — Ela o olha indignada. — ELA ESTÁ GRÁVIDA. VOCÊ QUASE A MATOU, QUASE MATOU SEU FILHO. — a grita com ele. — VOCÊ TEM NOÇÃO DISSO? — A morena soluçava.
— Justin você está fora de si, vamos sair daqui e se acalmar, depois decidimos o que vamos fazer com a Tifanny. — Ryan diz em seu ouvido. — Ava eu vou chamar um médico para cuidar da Tifanny, fique com ela enquanto isso. — Ryan pede e Ava acente.
— O-obrigada. — Tifanny chorava baixinho quase desfalecendo nos braços de Ava.
— Shhhhi, vai ficar tudo bem. — Ava deita Tifanny na cama. — Vou ficar aqui com você.
[...]
— AQUELE DESGRAÇADO. — Edward socava a parede. — FOI TUDO CULPA DAQUELA MALDITA. ANNY FILHA DA PUTA. — Ele joga as coisas de sua mesa no chão. — Minha mulher quase morreu. — Ele esfrega as mãos no rosto.
— Foi graças a senhorita Ava que Justin não a matou. — O homem diz. — Anny deixou Tifanny sofrer sozinha.
— Aquela vagabunda tirou o dela da reta e minha mulher quase morreu por isso. — Ele soca a mesa. — Isso não vai ficar assim. — Edward sorri malicioso. — Cuidem bem da Melissa, ela será útil para o meu plano. — Ele ordena.
— Fiquei impressionado em como aquela moça sobreviveu. Logo, logo ela estará recuperada.— O segurança diz. — Vai usar ela contra Anny?
— Vou mostrar quem Anny realmente é, e o que ela quer. Melissa é uma chave importante, é uma testemunha contra aquela vadia. — Ele fecha suas mãos em punho.
— Certo, e o que mais pretende fazer? — O homem questiona. — Vou contar tudo para o Justin, vou tirar minha mulher daquela casa e fugir. — Diz simples.
— Acha que será fácil?
— Não, eu sei que não. Mas eu meti minha mulher nisso, por vingança. E agora ela corre o risco de morrer, porque a fodida da Anny nunca esteve do meu lado, nunca fomos parceiros, ela só me usou. Tifanny vai pagar por tudo e eu não vou deixar. — Ele rosna. — Por hora ela tá segura, como você mesmo disse Ava não deixou que nada acontecesse com ela. Mas sei que Justin não ficará parado. Eu tenho que agir. — Ele anda de um lado para o outro.
— Vai ficar tudo bem com a sua esposa. Fique calmo, precisamos de um plano para pegar Anny, e livrar a Tifanny de tudo isso. — O homem diz.
— Certo. Você tem razão. — Respira fundo. — Vou me concentrar em ter provas contra ela.
— Papai? — A voz ecoa pelo cômodo. — Cheguei da escola. — A menina pula no colo de Edward que sorri feliz. — Como foi seu dia? — Ela pergunta feliz.
— Muito tenso, mas estou feliz agora. E eu seu minha princesa? — Ele a beija.
— Sonhei que a mamãe estava em casa. — Sorri triste. — Quando ela volta?
— Logo, logo, meu amor. — Ele beija seu rosto. — Agora vai com a tia Eleanor, ela vai trocar suas roupas e te dar o lanche. — A pequena loirinha de 4 anos, acente e sai com sua governanta.
— Ela se parece muito com o senhor. — O homem diz sorrindo.
— Acho ela parecida com a mãe. — Ele sorri. — Até a mania de entortar o nariz quando está com vergonha é igual. — Edward sorria bobo.
— Você tem uma bela família, meu senhor.
— Vamos aos planos. Só assim pra minha família está completa.
[...]
Tifanny se remexia na cama. Aos poucos ela ia recobrando a consciência. Ava estava ao seu lado, ainda pensativa.
— Ava? — Ela olha para a morena confusa. — O que aconteceu?
— Justin perdeu o controle e você acabou pagando por isso. — A morena diz com dó. — Está tudo bem agora. Seu bebê e você estão bem. — A morena sorri gentilmente.
Tifanny não aguenta e começa a chorar.
— Está tudo bem, ele não vai te machucar. Eu não vou deixar. — Ava tranquiliza a loira.
— Você é boa demais. Por isso Justin te ama, porque você tem um coração enorme. É diferente de qualquer outra mulher, é corajosa. — Tifanny diz fazendo Ava ficar confusa. — Mesmo depois de descobrir que foi eu, ainda sim está aqui comigo me ajudando a proteger meu bebê. Obrigada, Obrigada. — Soluçava sem parar.
— Tudo bem, Tifanny. Descanse. — Ava faz mensão de se levantar mas Tifanny para.
— Ava eu preciso te contar a verdade. Toda a verdade. — Ela diz séria.
[...]
— Anny se a Tifanny abrir o jogo, você está ferrada. — Seu segurança alerta a mulher.
— Eu sei, eu sei. — Rosna com raiva. — Eu preciso eliminar aquela vaca antes que ela conte ao Justin. — Anny andava de um lado para o outro. — Farei isso o quanto antes. — Ela sorri maldosa.
— Vai fazer isso quando?
— Menos do que você espera. Eu vou eliminá-la e sair a procura de mais aliados, inimigos da família Bieber para se juntar a mim, e depois tirarei tudo do meu filho. — Ela ri recarregando a arma.
— Vamos por um fim nesse casamento. Acho que meu filho vai ficar viúvo. — Ela ri debochada. — Vou matar ela, antes que a mesma conte pra alguém. E vai ser hoje.
[Atenção nas notas finais]
[Atenção nas notas finais]
[Atenção nas notas finais]
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