-Você está me deixando ir embora?- Savannah perguntou sem acreditar, foi difícil abrir mão dela. Mas agora não fazia sentido manter ela aqui.
-Sim... Mas se você quiser, não precisa ir embora.- Digo com um pouco de esperança, eu adoraria que ela ficasse comigo, que me desse uma chance.
-Você quer que eu fique?- Ela pergunta me olhando com atenção. Eu me aproximo dela e seguro suas mãos.
-Savannah eu já lhe disse o que sinto por você. Eu quero você, quero que fique comigo.- Digo com convicção e ela prende o lábio entre os dentes.
Seus olhos me analisam com curiosidade e ela começa a balançar a cabeça.
-Você quer me usar. Quer uma mulher para está ao seu lado, para lhe fazer um homem mais poderoso. Eu não vou ser uma modelo como sua mãe é na vida do seu pai.- Pego seu rosto em minhas mãos e olho dentro dos seus olhos.
-O que você quer que eu faça para lhe provar o contrário?
Savannah narrando.
Ele estava mesmo querendo me provar o contrário? Ele estava mesmo disposto a ficar comigo?
-Estaria disposto a abrir mão do império do seu pai?- Pergunto esperançosa, se ele abrisse mão disso com certeza estaria disposto a ficar comigo. E eu a ficar com ele.
Max me fitou por um momento e depois balançou a cabeça.
-Isso é demais, eu não posso simplesmente abrir mão de tudo que vou herdar.- Ele diz incrédulo, estava muito bom para ser verdade.
-Não são coisas boas Max, o que o seu pai tem é algo pequeno e nojento. Eu pensei que você estaria disposto a tudo.
-Estou, mas isso é muito Savannah.- Balanço a cabeça e vou até o guarda-roupa pego umas duas peças de roupa e boto dentro de um saco.
-Eu quero ir embora. Quero voltar pro meu país, você pode me ajudar? Essa é a última coisa que lhe peço.- Eu queria viver algo com ele. Mas não iria ficar com um homem que só me queria como modelo.
O pai dele trata de coisas ilegais e eu não quero ficar com uma pessoa desse tipo, Max está disposto a ocupar o cargo do pai então que ele faça isso longe de mim.
-Savannah...
-Por favor Max.- Ele respira fundo e assente.
-Eu vou vê se consigo uma passagem pra você.- Diz e sai do quarto.
Eu me sento na cama e mordo meu lábio fortemente. Respiro fundo e com as mãos trêmulas eu disco o número da Nikki que sei de cabeça.
Levo o aparelho ao meu ouvido e espero... alguns toques depois eu ouço a voz da minha amiga e não aguento segurar as lágrimas.
-Alô? Quem é? Olha só se for algum tipo de trote é melhor....
-Nikki?
-Ah meu Deus.. Savannah? Amiga é você? Savannah o que aconteceu?- Ouço sua voz super alterada, ela grita do outro lado da linha.
-Calma Nikki, eu estou bem. Vou voltar pra casa, eu te explico aí.- Eu não podia falar tudo o que aconteceu pelo telefone, e nem sei se iria contar.
-Como assim? Você me liga de outro país e não vai me contar nada?- Ela grita histericamente.
-Isso não é coisa para falar pelo celular Nikki. Eu estou voltando amiga... Estou voltando pra casa.- Digo entre soluços e nós duas ficamos chorando. Ela de um lado e eu do outro.
Depois de um tempo eu me despeço, daqui a algumas horas ou dia estarei de volta na minha casa.
Max não voltou pro quarto, e eu não desci para comer. Preferi tomar um banho e me deitar.
Fiquei vários minutos olhando pro teto cinza do quarto. Iria voltar pra casa, mas não me sinto 100% feliz, o traste que um dia chamei de pai ainda vive lá.
Ele continua com a vida perfeita enquanto eu quase morri em várias ocasiões, ele continua ostentando a fortuna que conseguiu graças a minha desgraça. Eu pretendo tirar o sorriso e a felicidade do rosto dele.
E preciso também ver minha mãe, ela deve está preocupada. Eu costumava visitar ela naquela hospital de maluco onde o crápula do meu pai jogou ela, ia sempre três vezes por semana. Agora fazem muitos meses que não vou até lá. Faz muitos meses que minha vida parou.
Respiro fundo e me viro de lado, fecho os olhos e em minutos estou dormindo...
-Savannah?- Acordo sendo balançada levemente, a voz de Max está bem próxima.
-O quê?- Pergunto de forma sonolenta.
-Eu vou abrir mão de tudo por você.- Ele diz me fazendo despertar imediatamente. Esfrego meus olhos e peço pra ele esperar.
Corro pro banheiro pra poder escovar os dentes, eu não podia falar com ele com mal hálito. Escovo os dentes rapidamente e saio do banheiro.
-Você disse que vai abrir mão de tudo?- Pergunto só para ter certeza.
-Sim. Eu pensei muito sobre isso, agora mais que nunca eu abro mão de tudo Savannah, eu só preciso de você perto de mim.- Ele diz e sem pensar duas vezes eu corro e me jogo em cima dele, Max cai na cama comigo por cima.
-Eu não acredito que você fez isso por mim.- Digo e ele abre um sorriso.
-Eu falei qualquer coisa, mesmo sendo resistente no começo.- Max troca nossas posições e fica por cima de mim.
Ele logo me beija de uma forma intensa, enfio as mãos pelo seu cabelo e o puxo mais pra mim. Eu preciso tanto desse contato.
Ele tira minha blusa e beija meus seios e barriga. Logo depois estamos nus e nos beijando e acariciando.
Fico por cima dele e boto as mãos em seus ombros, boto o preservativo nele e desço sobre sua ereção e solto um gemido baixinho em seu ouvido.
-Você é maravilhosa Savannah.- Ele sussurra contra meu ouvido e aperta minha bunda.
Pego em seus ombros e começo a me movimentar de forma decidida. Aumento o ritmo e logo estamos os dois gemendo e buscando o nosso próprio prazer.
Me agarro ao seu pescoço e caio saciada em seu peito, nossas respirações estão descompassadas.
-Eu trouxe comida.- Ele diz contra meu ouvido enquanto passava as mãos pelas minhas costas.
Me joguei pro outro lado dá cama e enrolei meu corpo no lençol, peguei um pedaço de pão que estava em cima de uma bandeja e enfiei na boca.
-Você conseguiu a passagem?- Pergunto enquanto mastigo.
-Você ainda vai embora?- Ele pergunta e bebe um gole do meu suco. Ele não pensava que eu iria ficar aqui né?
-Claro...
-Eu pensei que..
-Eu quero que você venha comigo Max.- Falo e passo a mão no rosto dele. -Você vem né?
-É claro, já viu um marido ficar longe de sua mulher?- Ele pergunta brincalhão me fazendo sorri.
-Só lembrando que somos noivos.
-Em breve casados.
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