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História Veneno Escarlate - Capítulo 02 - Os Planos


Escrita por: Rangelly

Notas do Autor


Oi meus xuxus.
Olha quem tá dando as caras :P
Perdoem o meu sumiço e não desistam de mim. Eu disse no capítulo bônus que voltaria na semana do dia dos namorados, mas aconteceu algumas coisas, dentre elas um bloqueio literário bem gostosinho, um dedo decepado do meu padrasto e por aí vai, quase cancelei a Fanfic, fiquei desesperada. Mas agora está tudo bem, e passarei a postar capítulos com uma frequência legal.
Gostaria de agradecer quem está favoritando e acompanhando a história. Nunca pensei que teria uma Fic com 150 visualizações. :O
Segue o segundo capítulo, um pouco mais extenso. A história começa de fato aqui. Espero que gostem.
Esperem por algumas surpresinhas também tá, pretendo compensar vocês.
Leiam as notas finais please.

Capítulo 4 - Capítulo 02 - Os Planos


Zero

 

Havia alguns dias que não via Kaname, desde aquele dia especificamente. Ele saiu pela janela da mesma maneira que entrou, como se nada estivesse acontecido, apenas com o aviso de tomar cuidado, já que os outros vampiros sabiam que teu sangue havia sido derramado.

E eu havia sido deixado ali, nu e lambuzado, completamente sem dignidade, em conflito com meus próprios pensamentos e tentando não ver aquele fragmento de memória que tanto insistia em se mostrar para mim, aquela coisa horrenda de aura odiosa.

Era época de recesso, então não havia nenhum aluno da Day Class para encher a porra do saco, e apenas alguns poucos da Night Class tinham permanecido. Kaname era um dos que não estavam aqui, para meu alívio. Poderia ter um pouco de paz nem que fosse por alguns dias.

Deitei-me no feno, nos estábulos, ao lado de Lili que resfolegava tranquilamente, era um fim de tarde tranquilo e a Lua vinha tomando o lugar do Sol calmamente. Fechei os olhos para não pensar em tudo o que acontecia, tentando apenas respirar e relaxar... Mas imagens de Kaname vinham em minha mente, imagens daquela maldita noite, juntamente com sensações, aquele sentimento monstruoso que não aliviava meu peito nunca.

Um barulho muito sutil, impossível a humanos ouvirem cortou o silencio, e num milésimo de segundo levantei-me com a Blood Rose em mãos, e um grito conhecido me fez baixar à guarda novamente.

─ O que você quer Yuuki? ─ Perguntei olhando-a.

─ Não. Faça. Isso. De. Novo! ─ Disse ela ignorando minha pergunta, me empurrando com as duas mãos, como se isso fosse surtir algum efeito. Segurei-a pela cabeça afastando-a de mim.

─ Você me assustou. ─ Disse fazendo uma cara emburrada, que era mais fofa do que tudo na realidade.

─ Não chegue como um gato da próxima vez. ─ Falei ao tempo que ela desvencilhou-se de mim.

─ O que houve? ─ Perguntei.

─ O diretor está lhe chamando, parece ser importante.

─ Certo, vamos lá.

Andamos em silêncio até o prédio. Yuuki foi para a cozinha e eu segui até a sala do diretor. Algo já me dizia o que estaria por vir. Dei dois toques na porta e entrei.

─ Kiryuu-kun, eu lhe aguardava. ─ Disse o diretor com um ar sério, julgando o fato dele não estar agindo como um idiota deveria ser importante.

─ Isso aqui veio da Sociedade Hunter, para você. ─ Disse empurrando em minha direção um papel envelopado, com o selo da associação. Abri-o e li rapidamente. Era uma convocação para ir até a sede da Sociedade, falar diretamente com o Presidente. Joguei o papel na mesa novamente. Não tinha a mínima intensão de ir lá.

─ Você não tem escolha Kiryuu-kun, foi convocado e não pode ignorar isso, seria realmente um problema. Apenas vá. ─ Disse o diretor empurrando novamente a carta em minha direção, como se houvesse lido meus pensamentos. Respirei fundo e recolhi o envelope, virando as costas e saindo.

─ Vá ajudar Yuuki na cozinha, quem sabe isso melhora o seu humor. ─ Ouvi-o dizer antes de bater a porta.

Guardei o envelope no bolso da calça, a convocação era para amanhã a noite, ainda tinha um tempo para pensar a respeito. Até lá não queria saber de nada.

Peguei-me sendo levado por meus pés até a cozinha, onde Yuuki tentava cozinhar, ela realmente era um desastre.

─ Pegue os pratos e vá montar a mesa, deixe que eu cozinhe, ou você acabará explodindo essa cozinha, ou matando alguém. ─ Falei tirando o avental de seu corpo e abrindo a torneira para lavar os legumes.

─ Muito engraçado. O que o diretor queria? ─ Perguntou virando as costas para mim, se esticando para abrir o armário e recolher os pratos.

─ Nada demais. Coisas que tenho que fazer fora deste lugar.

─ Algo relacionado à Socie ─ Na tentativa de fechar o armário com os pratos na mão Yuuki se desequilibrou e levou tudo ao chão, inclusive ela mesma, espalhando cacos de vidro para todo lado, fazendo alguns cortes nas coxas expostas e nas mãos. O cheiro do conhecido sangue de Yuuki veio até mim avassalador, ardeu minha garganta e apertou meu peito, fazendo-me lutar contra a vontade de devorá-la.

Rapidamente fui até ela e a peguei nos braços, tirando os cacos de vidro que ficaram por seu corpo, levei-a até o sofá e a deitei.

─ Como você tem capacidade para fazer essas coisas? ─ Perguntei tentando não olhar o sangue que escorria por suas coxas.

─ Você também teria se tudo fosse mais alto que você. ─ Respondeu indignada, cruzando os braços.

─ Vou pegar o kit de primeiros socorros, fique aqui. ─ Falei suspirando, mas antes que eu pudesse levantar Yuuki segurou meu braço.

─ Você pode fazer isso sem precisar do kit. ─ Disse, limpando com um dedo um filete de sangue que escorria de sua coxa e o passando em meus lábios.

─ Yuuki não. ─ Falei afastando-a, mas a vontade falava mais alto que minha sanidade, minha garganta ardia cada vez mais e agora tinha de lutar para não tremer também.

─ Não haja como se nunca tivéssemos feito isso. Vamos. ─ Respondeu me puxando novamente. Senti meus olhos começarem a brilhar em vermelho, e não contestei mais, agarrei sua mão e lambi todo o sangue que escorria, parando onde estava cortado e sugando um pouco de sangue de lá, minhas presas estavam à mostra, mas eu não queria mordê-la. Fechei os olhos e desci até suas coxas, fazendo o mesmo serviço, haviam cortes mais profundos ali e sangrava muito mais, o cheiro doce do sangue de Yuuki invadia minhas narinas embriagando-me, era incapaz de pensar, apenas queria ficar ali eternamente. Não resisti à vontade de mordê-la, e cravei minhas presas em cima do corte mais profundo, podendo desfrutar do prazer de lavar a boca com seu sangue, sentir sua pele com a língua, e sua carne com as presas. Tudo aquilo me deixava com uma real vontade de gemer, principalmente pelo fato de sentir que Yuuki arrepiava-se com aquilo.

Suas mãos em meus cabelos me trouxeram de volta a realidade. Soltei sua coxa e encarei-a, agora mais sujo de sangue que ela. Seu olhar estava diferente, devorando-me em cada parte.

Yuuki me puxou para si, colocando as mãos em meu rosto, segurei seus cabelos e encarei seu pescoço, seus lábios, seus olhos... Estavam quentes, nunca havia visto esse olhar em Yuuki, e ele me puxava cada vez mais, me peguei aproximando meus lábios dos de Yuuki, mas a imagem de Kaname veio em minha mente como um tapa na cara e eu estacionei onde estava.

─ Vou pegar o kit de primeiro socorros para enfaixar suas coxas. ─ Falei com a voz amarga, e saí o mais rápido que pude antes que Yuuki pudesse questionar algo.

Maldito Kuran.

Após o ocorrido, terminei o jantar e fui até meu quarto, graças a Yuuki não sentia fome, só queria me rasgar de dentro para fora de tanto ódio mesmo.

Coloquei o envelope vindo da Sociedade Hunter em cima da cama e fui tomar um banho. As palavras do diretor ainda estavam na minha mente, eu realmente não teria escolha. Estava no meu sangue ser um Vampire Hunter, mesmo ironicamente sendo um Vampiro. Aquilo não me fazia sentir nem um pouco bem, mas o que eu poderia fazer?

Iria naquela maldita convocação saber o que aquele homem tanto queria comigo, não estava a fim de ter mais dores de cabeça.

Embora não tenha conseguido dormir direito, a noite que se seguiu foi tranquila, assim como todo o dia. Agora me encontrava aos portões da Sociedade, sendo encarado por cada cidadão que passava, todos naquele povoado eram Hunters, ou tinham alguma ligação com a Sociedade, isso era bem óbvio.

Adentrei os portões daquele lugar, era a primeira vez que estava ali. Nunca pude imaginar que ódio poderia ter algum cheiro, mas tinha, e aquele lugar era tomado pelo cheiro de ódio, assim como o olhar de cada indivíduo ali.

─ Ora, se não é o meu aprendiz idiota. O que faz aqui? ─ Perguntou meu sensei, Yagari Touga, passando as mãos em meus cabelos.

─ Fui convocado pelo Presidente. Já pode me soltar. ─ Falei dando um passo à frente desvencilhando-me dele e mostrando o envelope.

─ Venha comigo então Zero. ─ Disse ele, mudando totalmente o olhar e a postura e passando a andar em minha frente.

Fomos por um corredor paralelo e discreto, que dava acesso a uma sala enorme, onde havia um ser sentado num birô abarrotado de papéis.

─ Kiryuu Zero está aqui para ver o Presidente. ─ Disse Yagari por mim ao ser. Encostei-me numa coluna, enquanto o ser havia se retirado com Yagari. Tentava ignorar o olhar odioso de um idiota que tanto me encarava, mas ele apenas se aproximava, querendo confusão.

─ Ora ora... O que temos aqui, um Kiryuu, vulgo futuro nível-E. ─ Disse em tom de zombaria.

─ Como entrou aqui? ─ Perguntou pegando a espingarda e afastando a gola do meu casaco, deixando a mostra à tatuagem em meu pescoço.

─ Não enche a porra do meu saco. ─ Falei abrindo os olhos e encarando-o.

─ Pelo visto você foi muito bem domado, mas não deixa de ser um sugador de sangue. ─ Disse ignorando meu aviso, apontando agora a espingarda para o meu peito, destravando-a e apertando o dedo vagarosamente contra o gatilho. Pude ouvir cada som que vinha de dentro da espingarda, sabia por onde exatamente ela passava.

─ Não. Enche. A. Porra. Do. Meu. Saco. ─ Falei pausadamente pegando o cano da espingarda e o forçando para cima, bem no momento que a bala saiu, abrindo um buraco no teto.

─ Zero, pare. O Presidente o aguarda, venha. ­ ─ Disse Yagari bem no momento que me preparava para quebrar o pescoço do idiota, que agora me olhava com uma mistura de ódio e medo.

Deixei-o se mordendo e segui Yagari, à lateral do birô havia uma porta que dava para a sala do presidente, que era luxuosa e extravagante. As paredes eram em tons de vermelho, assim como as cortinas, havia uma mesa de escritório muito bem organizada e duas divisórias naquela sala, uma fechada e escura, e outra entreaberta e pouco iluminada, onde podia-se ver o presidente vestido num quimono também vermelho, sentado de pernas cruzadas com um leque cobrindo metade do rosto. Apoiei-me num joelho só, em referencia e esperei.

─ Kiryuu Zero. Você foi chamado aqui para ser incumbido de uma missão, onde apenas você está qualificado para ela. Levante-se, por favor.

Fiquei de pé e o encarei, ele agora se aproximava e dele vinha um perfume enjoativamente doce. Prendi a respiração e encarei o nada. O presidente rodeou-me, avaliando cada parte minha, parou em minha frente e, como o idiota lá fora, expôs minha tatuagem com o leque.

─ O nível-E dentro de você torna-se cada vez mais vivo Kiryuu-kun, é possível ver em seus olhos.

─ O que isso tem a ver com a minha missão? ─ Perguntei na tentativa de tirar o foco desse assunto, mas foi pior.

─ Ora, você não sabe o quanto. ─ Disse com uma risada sádica.

─ Sabe Kiryuu-kun, o sangue de um sangue puro poderia atrasar sua transformação num nível-E, e dado o fato de sua criadora encontrar-se morta agora, suas opções diminuíram drasticamente, a não ser pelo fato de você ter um sangue puro próximo a ti, no Colégio Cross, e pelo fato de, além disso, a sua missão se tratar justamente deste sangue puro.

Não pude deixar de segurar uma exclamação depois de ouvir aquilo. Olhei-o incrédulo, o que ele queria que eu fizesse? Ele me encarou com uma risada sarcástica.

─ A sua missão, Kiryuu-kun, é aproximar-se do sangue puro Kuran Kaname, fazê-lo confiar em você, fazê-lo baixar à guarda perto de você, mostrar a ele que a Sociedade Hunter está ao seu favor. Entendeu bem?

─ Tsc... Peça a outra pessoa, nunca irei me passar por serviçal do Kuran. ─ Falei de imediato, afastando-me do Presidente.

─ Não existe outra pessoa tão qualificada quanto você Kiryuu-kun, tenho certeza que já ouviu que não tem escolha. É seu dever como Vampire Hunter. E no meio da sua tarefa, quem sabe você não consegue um pouco de sangue... Não é? Faça o que lhe foi mandado, e quando tiver Kuran confiando em você totalmente, volte aqui para saber qual será o seu próximo passo.

─ E qual o motivo dessa palhaçada toda?

─ Você conhece o Conselho dos Anciãos Kiryuu-kun?

─ Óbvio.

─ Então você sabe que no passado, antes do Conselho ser criado, eram os Kuran que comandavam a aristocracia vampírica.

─ Sim, eu sei de toda essa baboseira.

─ Pois bem, o fato é que a Sociedade Hunter e o Conselho estão sempre a trocar farpas, sabotando e espionando um ao outro, e a Sociedade descobriu que o Conselho tem certos planos para com os Kuran, planos esses que queremos evitar, e você se aproximar de Kuran Kaname é a chave para evitar esses planos, vulgo, desastre. Entendeu bem Kiryuu-kun? ─ Disse o Presidente, encarando-me, zombando claramente da minha frustração.

─ Entendi. ─ Falei colocando uma máscara sem emoção no rosto.

─ E você executará tal missão? Dando o melhor de si?

­─ Sim.

─ Eu não aceito falhas nessa missão Kiryuu-kun, espero que isso fique bem claro também. O objetivo aqui é evitar a fúria de Kuran Kaname.

─ Tsc... Sim.

─ Isso é tudo. Você pode se retirar agora. Quando atingir o seu objetivo venha até mim, e lhe direi como deve prosseguir.

Sai da sala sem dizer mais nada. Tremia de ódio por dentro, queria morrer a ter que realizar essa tarefa.

Eu, babá do Kuran? Serviçal do Kuran? Será que já não me havia sido proporcionada humilhação suficiente?

 

 

Presidente.

 

Não consegui segurar uma gargalhada de prazer quando o menino foi-se aos trancos em ódio por ter de se aproximar de Kaname.

─ Ora, controle-se homem, ou quer que a Sociedade inteira saiba do jogo? ─ Disse Ichiou da sala escura, abrindo a porta de correr e iluminando o cômodo.

─ Você fez muito bem em fazer o Conselho parecer o antagonista da história. Fará Kaname guardar a baixa para vocês. ─ Disse ele novamente cruzando as pernas e acendendo um charuto.  

─ O menino não pode desconfiar de nada. Ninguém pode desconfiar de nada. Principalmente Cross Kaien. Kiryuu está com ódio, mas fará seu trabalho corretamente, e ficará ainda mais feliz quando souber o intuito disso tudo no final. ­─ Falei aproximando-me de Ichiou, sentando-me em seu colo.

─ Agora me dê o que mereço. ─ Falei lambendo seu pescoço. Ichiou furou a pele com as unhas calmamente, e me deliciei com seu sangue.

─ Quanto tempo você acha que o menino Kiryuu demorará em cumprir essa tarefa, tenho pressa em dominar essa sociedade, tenho pressa em ser aquele a quem temerão mais do que o próprio Kuran.

─ Tudo ao seu tempo. Deixe que as coisas fluam naturalmente, Kuran já desconfia de você, então não interfira, ele não tem medo de desafiá-lo e você sabe que ele tem poder para exterminar o Conselho e a Sociedade sem ao menos que um fio de cabelo lhe saia do lugar. ─ Respondi tranquilizando-o e escorregando de suas pernas para o chão, limpando o queixo sujo de sangue.

─ Agora me dê o que mereço. ─ Falou Ichiou olhando-me voraz, no entanto sem mudar o tom de voz.

Calmamente abri o zíper de sua calça e passei a massagear seu membro já rijo.

Você não tem a mínima ideia do que merece Ichiou.

Encarei-o e abocanhei sua rigidez.

Você nem se quer imagina o que lhe aguarda, portanto, apenas desfrute do serviço especial. Por enquanto é de graça, o preço será pago quando sua cabeça rolar e eu tiver todos os vampiros na palma das minhas mãos.


Notas Finais


Bom, como eu disse lá em cima a história de fato vai começar aqui.
Acho que já dá pra ter uma ideia do que vai acontecer né? Mas garanto que o final dessa história vai deixar todo mundo furioso comigo hehehe
Estou aberta a dúvidas, críticas, sugestões, elogios e etc, só não xinguem minha mãe please, ela gosta de YAOI. (Sim, eu tenho a melhor mãe do mundo)
Segue meu facebook caso alguém queira entrar em contato comigo.
https://www.facebook.com/jadhe.jacksoon
Até o próximo capítulo.
Xero no cangote.


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