História Verbotene Liebe (Forbidden love - Amor proibido) - Capítulo 8

Otto Monteiro

Sempre que me lembro da senhora D’avila, me sinto estranho, a mesma coisa que senti pela poderosa, o que será que pode estar acontecendo comigo?

Será que nunca mais irei esquecer essa mulher? Porém, resolvi esquecer, já que hoje seria o primeiro dela aqui cuidando dos meus filhos, e resolvi conversar com todos eles.

— Poliana! Filipa! Guilherme! Ester! Venham aqui agora! — Grito para que todos pudessem me escutar.

Em poucos minutos eles aparecem na sala com a cara mais lavada do mundo, porém, acredito que eles devem estar planejando algumas vinganças contra a nova babá.

— Oi pai! Precisa de alguma coisa? — Guilherme fala.

— Chamei vocês aqui, porque quero lembrar que amanhã teremos uma nova babá para cuidar de todos vocês — Falo — Por favor, peço que se comportem.

— Ok Papai, iremos nos comportar muito — Filipa fala.

Porém, pelo jeito que a minha filha é, ela já planejou a “vingança” contra a babá nova, conheço bem como a Filipa pode ser, ela é a mais rebelde de todas.

— Filipa, conheço você, e sei que você deve estar planejando alguma coisa — Digo — Por Favor, se comportem, não quero ter que brigar com vocês.

— Ok, pode deixar pai. Não iremos deixar a filipa fazer nada contra a nova babá — Poliana fala.

Porém, não acredito muito no que Poliana disse, ela poderia ser a mais calma dos trigêmeos, mas, sempre estava metida nas confusões dos irmãos, ela era muito inteligente.

— Pessoal, irei dar esse voto de confiança em vocês, mas, se aprontaram alguma coisa, não irei hesitar em mandar todos vocês para um internato bem longe daqui — Falo ameaçando, porém, sei que as crianças não devem ter acreditado, até porque sempre falo a mesma coisa — A nova babá começará amanhã aqui.

Antes que os trigêmeos pudessem falar alguma coisa, uma certa pessoa do qual estava morrendo de saudade aparece correndo e se joga em meu colo, era Ester, que saudades de a ouvir falando comigo, isso era tudo culpa da Nadine, nem sei como não a mandei embora da empresa por causar esse sofrimento, a minha bebê havia ficado muito traumatizada por tudo que ela falou, porém, ela é uma ótima funcionária.

— Oi meu amor. Está tudo bem com a minha princesa? — Pergunto e Ester acena com a cabeça que sim, queria tanto ouvir ela me chamar de papai — Minha bebê, amanhã vem uma nova babá para cuidar de vocês. Tudo bem?

Ester acena novamente que sim, e faz um positivo com a mão, concordando com tudo que havia dito. Então a coloco no chão novamente, e ela sai correndo para ir brincar com os brinquedos que estavam na sala.

Como já estava tarde, peço para que todos vão dormir.

— Pessoal, já está bem tarde, quero que todos vão dormir agora — Falo.

— Pai, mas, está tão cedo ainda — Filipa tenta argumentar comigo.

Percebi que Poliana parecia calada por algum motivo, então peço novamente para que as crianças vão dormir, e quando eles todos estão nos seus respectivos quartos, volto para o quarto da Poliana para tentar conversar com ela.

Que assim que me vê em sua porta, logo questiona o motivo de eu estar ali.

— Pai, aconteceu alguma coisa?

— Não sei, me responde você. Parece tão calada — Falo — Aconteceu algo?

— Não aconteceu nada pai — Ela responde com lágrimas nos olhos.

— Meu amor, aconteceu algo sim, me responde por favor — Peço novamente realmente preocupado com o que havia acontecido.

— Pai, como você se descobriu que estava apaixonado pela mamãe? — Ela questiona me deixando surpreso, será que a Poliana está apaixonada por alguém?

— Olha, me apaixonei por ela assim que a conheci, a sua mãe foi líder de torcida na minha escola, e eu era o nerd — Falo fazendo Poliana dar risada — Sua mãe era líder de torcida, porém, não era aquelas meninas mimadas, ela era incrível, por isso ela tinha o carinho de todos, e foi isso que me fez apaixonar por ela, e ela por mim. Lutamos contra todos, e vivemos o nosso amor até não poder mais.

Lembrar de Fernanda sempre machuca o meu coração, até porque ela foi minha mulher, meu grande amor, ela representava tudo para mim.

— Nossa pai! Que incrível ouvir o senhor falar assim da mamãe, sinto tanta falta dela, e é notório no seu olhar, o quanto o senhor ainda a ama, seus olhos brilham sempre que você fala dela — Poliana fala com lágrimas nos olhos.

— Também sinto muita falta meu amor, mas por que está tocando nesse assunto sobre amor, por acaso a senhorita está apaixonada por alguém? — Pergunto sentindo ciúmes.

— P-pai c-claro que não. Da onde tirou isso? — Ela questiona tentando desviar do assunto, e começa a bocejar, e com isso me lembro que está tarde, e amanhã todos eles têm que ir para a escola.

— Ok! Já está bem tarde, porém, amanhã sem falta nos iremos conversar sobre isso, você não me convenceu em nada, vi muito bem que desviou do assunto — Falo me levantando da sua cama, porém, antes que pudesse sair completo o que estava falando — Poliana, sempre que precisar falar sobre algo pode me chamar, e boa noite minha princesa.

— Boa noite papai — Ela fala com a voz bem baixinha, pelo que conheço a minha filha, ela está praticamente dormindo e falando comigo.

Então sigo para meu quarto, tomo um banho bem revigorante, até porque realmente estava precisando depois de um dia cansativo de trabalho, logo após o banho me deito na cama, e antes que pudesse dormir mando um beijo para Fernanda, algo que fazia todos os dias, e a agradeço.

*Obrigado meu amor por tudo que você fez em vida. Sei que não está mais aqui por perto para poder me ajudar como sempre fez, porém, quero que saiba que irei sempre te amar. Te amo hoje, sempre e até a eternidade*

Será que Otto irá superar a morte da mulher? Porque será que Poliana está apaixonada? Como será que Luísa fará com as crianças? Elas parecem estar aprontando algo, o que será?