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História Verdade ou Desafio - Peggys payback


Escrita por: lineya21

Notas do Autor


Ahhhh que lindeza os comentários do capítulo anterior *_*
Que chuchu
Tão chuchu QUE eu meio que fiz um capítulo a mais só pra incluir uma descrição mais detalhada dos eventos gerados pelo artigo no jornal.
Esse capítulo não tem pegação (sim, vai ter hentai mais adiante, eu não coloquei aquele aviso de +18 a toa, prometo) mas esse aqui é só desenvolvimento.
Pra alegrar vocês, amanhã eu posto o seguinte, já, no pulo :D
Chega de enrolar, let's go!

Capítulo 5 - Peggys payback


Senti o chão se mover por um momento. Tive que me segurar no armário para não cair.

A manchete do jornal trazia em letras garrafais: “SEGREDOS REVELADOS”. Uma frase logo abaixo declarava “Alguns dos alunos mais intrigantes em Sweet Amoris revelam a sujeira por debaixo do tapete. Leia tudo aqui.” Pisquei algumas vezes na esperança de que fosse um sonho ruim. Não era.

- Quando isso aconteceu? – falei com os lábios dormentes.

- Hoje de manhã – Rosalya falou, séria – Peggy aparentemente chegou mais cedo e enfiou um desse em cada armário na escola. Prendeu um em cada quadro de avisos. Todo mundo que passou pela escola hoje já viu. Você não percebeu?

Olhei em volta. De repente parecia que eu tinha caído de paraquedas no corredor. Como eu não tinha notado nada?

Porque a escola estava um caos.

Por toda parte, havia grupos de alunos brigando. Vi um grupo de garotos do basquete tentando segurar Kentin, que estava prestes a socar um garoto com jaqueta esportiva. Kim estava saindo no tapa com uma garota que eu não conhecia, mas quando Iris tentou, aos prantos, separá-las, Kim gritou com ela também. Um grupo de líderes de torcida estava simplesmente cercando Lysandre em um canto, mas ele parecia muito mais irritado do que eu já tinha visto. Avistei Alexy sentado na escada, aos prantos, sendo consolado por Melody, que também soluçava.

- Mas... –comecei, confusa. Eu sentia que tinha caído em uma cena de Mean Girls. Para onde eu olhasse tinha gente chorando ou apanhando. – O que é que está acontecendo? A maior parte dessas pessoas nem estava no jogo! Como podem estar se metendo nisso?

- Você não entende – Rosalya falou, meio desesperada, brandindo o jornal – uma coisa é um grupo de pessoas falar de coisas que todo mundo sabe em uma sala fechada. Outra é Peggy anunciar pra escola toda. Nem todo mundo sabia que Alexy é gay, e uns garotos passaram a última meia hora atormentando ele. Armin e Kentin foram defendê-lo, mas Armin apanhou e está na enfermaria colocando um curativo. As líderes de torcida estavam atormentando Melody por gostar do Nathaniel, e agora estão perseguindo o Lys-fofo por “ser uma delícia por baixo das roupas estranhas” – ela completou, citando o jornal. – Violette teve uma crise e simplesmente fugiu da escola.

Aquilo me fez tirar os olhos da bagunça a minha volta e olhar indignada para Rosalya.

- Mas... são meia dúzia de segredos...

Rosalya balançou a cabeça.

- É mais que isso, Lynn. Eu não sei como, mas parece que ela ficou rondando a escola na sexta de algum jeito. Não são só as coisas que a gente falou na sala. Tem coisas aqui que ela só pode ter ouvido no dia seguinte, considerando que parece que saíram diretamente das nossas bocas. Inclusive... – ela me estendeu o jornal, apontando um parágrafo – fala de você bem aqui.

“Lynn, que tem chamado a atenção desde que chegou na escola não só pelo carisma como por se meter em várias confusões (como o fiasco da corrida de orientação e o ataque a uma antiga aluna que agora se diz cantora) se deu melhor ainda depois do jogo. Fontes contam que ela estava em um clima bem quente (quente o suficiente para tirar as roupas, ao que parece) com o bad boy mais ruivo do pedaço no banheiro feminino.”

Pisquei. Ela fazia eu parecer uma piranha.

- O banheiro estava vazio – eu murmurei – simplesmente não tem como...

- Eu não sei, Lynn – Rosalya falou, apertando as têmporas – acho que ela andou grampeando todo mundo. Ela conseguiu registrar quase todas as conversas que aconteceram no terreno da escola, pelo menos. Sei disso porque algumas coisas eu discuti com Lysandre mais tarde, e elas não estão no jornal.

Mordi o lábio. Notei finalmente que havia uma porção de gente no meio daquela bagunça olhando para mim.

- Você viu Castiel? – falei para Rosa, mas ela apenas balançou a cabeça.

-  Ele sumiu um pouco depois de ler o jornal. Lys tentou falar com ele mas ele disse que precisava sair daqui antes que agredisse uma garota.

 As líderes de torcida, que nunca tinham olhado para mim duas vezes, vieram até mim com sorrisos maldosos, depois de desistir de Lysandre.

- Então... Lynn, não é? – A da frente falou. Nunca tive nem ideia do nome dela – Ouvimos falar que você andou de piranhagem no banheiro com o Castiel... ainda não entendi como ele pode querer alguma coisa com uma tábua assim como você, mas sério, no banheiro feminino? Isso é tão coisa de prostituta barata.

- O que você quer? – falei, erguendo as sobrancelhas. Não consegui nem me ofender. Depois do que passei com Debrah, não era uma líder de torcida babaca que ia me abalar – Tá querendo entrar no ramo?

- Não, Lynn – Rosalya falou, enquanto a garota ainda processava o que eu tinha dito – ela claramente já faz de graça.

Só quando eu e Rosalya rimos a ficha da garota caiu. Ela fez um movimento para vir para cima de mim, quando Lysandre apareceu do nada e a segurou pelo braço.

- Mas já não basta? – ele falou – Vocês não tem nada melhor pra fazer?

A garota se endireitou, olhando feio para mim.

- Hum, não é só o Castiel, então – ela falou – você dorme com todo mundo pros garotos saírem te defendendo?

Eu tinha uma resposta mal criada na ponta da língua, mas olhei para Lysandre. Ele estava muito vermelho e não olhava para mim.

- Cai fora – falei apenas.

Com um garoto ali, ela parecia perder a coragem. Lysandre continuava sem olhar para mim. Tive um aperto no estômago.

- Espera, deixa eu entender o que está acontecendo.

Passei os olhos pelo jornal. O artigo parecia ter sido escrito em duas partes: As coisas que aconteceram no jogo – até coisas que eu nem tinha prestado atenção, micos de outras pessoas que aconteceram enquanto eu digeria as confissões de Castiel – e em seguida um  relato  detalhado de um bocado de coisas que teriam sido ditas no dia seguinte. Era muito esperto – depois do jogo, todo mundo sentiu necessidade de colocar as coisas em pratos limpos. O artigo falava de como Kentin tinha ido conversar com Alexy – mas fazendo parecer que os dois eram bem mais íntimos, mesmo eu sabendo que Kentin tinha ido dizer a Alexy que não o correspondia. Falava, em detalhes, de como Nathaniel tinha rejeitado Melody mais uma vez, palavra por palavra. Falava muito mais do meu relacionamento com Castiel – fazendo eu parecer realmente uma prostituta. E falava de como Lysandre tinha discutido com a namorada do irmão – insinuando que os dois tinham um caso – e admitido que ele gostava de mim.

Meu rosto foi de pálido como cera a vermelho berrante quando cheguei nessa parte. Não consegui evitar lançar um olhar para Lysandre. Ele ficou mais corado ainda e pigarreou.

- Acho que vou tentar separar Kim daquela menina...

Segurei ele pelo braço, sem olhá-lo.

- Espera. – Estendi o jornal de volta para Rosalya. Não estava mais realmente prestando atenção aos dois. Lancei um olhar para Kentin, aos berros com alguns garotos e então para Alexy e Melody chorando em um canto. Pensei em Violette, tão frágil que não tinha nem conseguido permanecer ali. De repente minha mente confusa clareou. Olhei para os meus amigos.

- Esperem aqui.

- O que foi? – Rosalya falou, vendo minha expressão.

- Eu vou matar Peggy – falei, quase sem sentir. Parecia uma decisão muito racional naquele momento – Eu vou lá e vou bater nela até ela se arrepender.

Lysandre tentou argumentar comigo – provavelmente ia dizer que eu não batia nem em uma formiga, o que seria verdade – mas eu simplesmente me desviei dos dois e fui andando na direção da sala do jornal estudantil. Rosalya correu atrás de mim.

- Não adianta, Rosa – falei, soando mais calma do que me sentia. Algum garoto gritou alguma coisa sobre quanto eu cobrava mas eu ignorei – Não tente me impedir.

- Quem disse que quero impedir? Quero ajudar! – ela falou, raivosa, parecendo ter saído do choque que estava antes – Ela insinuou que eu tenho um caso com meu cunhado!

Peggy estava sentada em uma cadeira com rodinhas, os pés descansados em cima da mesa, olhando para algo no computador. A sala do jornal era um cubículo, mas era tudo muito clean e arrumado e fazia parecer maior. Ela sorriu para mim e para Rosalya.

- Imaginei quando apareceriam! – ela disse, com um sorriso.

Ela se levantou e veio na nossa direção, toda sorrisos. Assim que chegou perto o suficiente, enfiei a mão na cara dela.

- Mas que merda é essa, Peggy! – gritei, pegando o jornal de volta da mão de Rosa e balançando na frente dela – Onde é que você está com a cabeça?

Peggy segurou o rosto, surpresa, por um momento, então sorriu. A bochecha dela estava ficando vermelha.

- Bom, eu realmente esperava que Rosalya fosse a primeira a me estapear, mas tudo bem – ela disse alegremente – Isso vai ficar ótimo nos próximos artigos, Lynn.

Rosalya, em vez de dizer alguma coisa, jogou Peggy no chão e começou a bater nela. Eu me ocupei de puxar a cadeira de Peggy e a usei para bloquear a porta. Só depois de fazer isso puxei Rosalya de cima da garota e as afastei. Peggy não estava mais sorrindo.

- O que é que tem de errado com você? – Rosalya gritou, pronta para pular nela de novo – Você prometeu que não ia fazer isso! Prometeu que não ia publicar, nós confiamos em você!

Peggy se levantou devagar. Agora ela não tinha apenas uma mancha vermelha no rosto, estava cheia de arranhões e pequenos hematomas. Fiquei orgulhosa de Rosalya, ela devia me dar umas aulas.

- Bom – ela falou, espanando o vestido amarrotado de modo teatral. - Eu cumpri minha promessa. Eu disse – ela falou, alto, quando nós íamos protestar – que eu não ia repetir o que fosse  dito naquela sala no jornal. Eu não repeti. Se vocês lerem com atenção, eu coloquei uma nota de rodapé que avisa que a parte do artigo descrevendo o que aconteceu no jogo não foi escrita por mim, mas gentilmente enviada por uma fonte que prefere permanecer anônima.

- Ah é? – Rosalya falou com doçura e um olhar homicida – E todo o resto, sua maluca?

- Bom o resto... – Peggy deu de ombros, sorrindo novamente. Notei que havia sangue em seus dentes – Não posso ficar revelando meus segredos de profissão, Lynn. Mas sabe, vocês deviam ver isso de outro ângulo! É, olha – ela continuou, tomando nossa expressão de choque por interesse – vocês podem me contar o lado de vocês da história! É, vocês podem me dar uma exclusiva! Aliás, todo mundo podia fazer isso – ela falou meio para si mesma, os olhos brilhando – cada dia eu faço uma entrevista com cada um, cada dia mais revelações e detalhes sobre cada segredo...

Olhei para Rosalya, e ela parecia tão confusa quanto eu. Era claro que Peggy tinha perdido a noção, mas eu não estava com paciência.

Agarrei Peggy pela frente do vestido e joguei ela contra a parede. Como ela era provavelmente mais forte que eu, apertei o antebraço contra o seu pescoço com força, e usei a outra mão para prender um dos pulsos dela atrás de suas costas. Ela ainda poderia escapar, mas esperava que aquilo a desestabilizasse por tempo suficiente.

- Ficou louca? – ela gritou, com voz sufocada.

- Como você ficou sabendo das coisas, Peggy? – falei, alto. Esperava que ela respondesse logo, porque estava difícil segurá-la. Talvez devesse deixar Rosalya fazer isso. – Eu sei que você não estava naquele banheiro, você não pode ter visto nada.

- Eu gravei, tá bom? – ela falou. Para minha sorte, Peggy também não era grandes coisas em combate físico – Depois que... minha fonte me propôs escrever o artigo pra que eu não quebrasse minha promessa, eu me prontifiquei a espalhar câmeras e microfones pela escola.

- Pela escola toda? – falei, com descrença.

- Eu tenho contatos – ela deu de ombros de modo desajeitado – tenho um amigo que tem um amigo que me arranja uns equipamentos usados, ok? Então coloquei eles por toda parte. Eu sabia que vocês iam ter um ataque de querer discutir as relações e que podia ser até melhor que o jogo em si.

Eu queria encher a cara dela de tapas, mas estava ficando cansada. Então fechei a expressão e falei apenas:

- Quem é sua fonte, Peggy? Quem escreveu o artigo?

Peggy pareceu quase ofendida que eu perguntasse.

- Eu não posso revelar.

- Pode sim.

Ainda segurando Peggy, me virei. Rosalya tinha desconectado todos os cabos do notebook de Peggy e o segurava fechado em uma posição que sugeria que ia jogar ele no chão.

- Ficou maluca? – Peggy gritou. Ela tentou se soltar mas eu consegui segurá-la.

- Fala quem escreveu o artigo, Peggy – Rosalya disse, séria – ou tudo que você tem nesse computador vai por água baixo.

- Você nunca ouviu falar de back-up, ouviu? – Peggy falou, mesmo tremendo.

Rosalya puxou algo de dentro do vestido. Ela tinha um pendrive pendurado em uma cordinha no pescoço.

- Ah, tipo isso aqui que achei na sua mesa, com “back up” em marcador permanente?

Rosa jogou o pendrive no chão e pisou nele com o salto da bota. O objeto se fez em pedacinhos.

- ROSALYA! – Peggy gritou, horrorizada. Parecia que tinha visto Rosalya chutar um filhotinho. Rosa ergueu o notebook como se fosse jogá-lo mais uma vez.

- Quem escreveu o artigo, Peggy?

Peggy suspirou.

- Bia. Ela veio direto pra mim logo depois do jogo e me propôs tudo isso. Eu concordei, já que eu ia quebrar a promessa de um jeito ou de outro...

- Mas... – falei, confusa – O artigo menciona as amigas dela, também. A coisa toda da Ambre, fala até de coisas da Li e da Charlotte que eu nem tinha prestado atenção...

- Bom, é claro – Peggy falou, irritada – Ela não queria que desse na vista. Além disso, pra ela tanto faz, não é como se ela fosse amiga de verdade de alguma delas...

- É, isso ela tem em comum com você – falei, soltando-a – nenhuma de vocês é amiga de verdade de ninguém.

Peggy pareceu apenas levemente ofendida. Ela olhou nervosa para Rosalya.

- Deixa, Rosa – falei. Estava triste de repente. Nada daquilo ia apagar a memória de quem já tinha lido o jornal... e agora era Bia que eu queria esfolar.

Rosalya pareceu que ia largar o notebook na mesa por um segundo. Então, assim que encostou ele na superfície, o soltou no chão. Peggy gritou.

- Opa! – Rosalya falou, com uma falsa chateação – Caiu!

Levei Rosalya pelo braço enquanto Peggy gritava que íamos pagar, que processaria nossas famílias e não sei mais o que.

- Bia, agora? – Rosalya disse apenas para mim.

- Bia – falei, sem me preocupar muito. Depois de hoje eu ia ganhar uma expulsão, nesse ritmo. Queria poder avisar Castiel se isso acontecesse.

- Somos uma boa dupla – Rosalya falou, claramente mais animada – se a gente se der mal depois de hoje, podemos virar, sei lá, capangas de alguém. 


Notas Finais


Hehehehe me diverti judiando da Peggy, mas isso não é nada, é só o começo do surto geral.
Castiel logo volta...
Enfim amanhã eu volto e vocês vão ver.
(Podem cobrar, amanhã volto com a parte quente desse "arco")


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