No sábado, Obito e Sakura se encontraram novamente.
— Amanhã saberemos onde ele se esconde — disse ao retirar a máscara.
— É — concordou sem ânimo.
— Não fique assim. Até parece que não quer ir.
— Você sabe o que eu quero. Quero os dois livres.
— O que ele acha disso tudo? Contou para ele?
— Ele sempre soube, Obito. Ele sabia que nos encontrávamos. Sabia... de tudo.
— O quê?
— Desculpe. Eu escondi isso de você. Mas... minha pretensão sempre foi proteger vocês dois. Não queria que se matassem.
— Tudo o que me contou... foi ele quem permitiu?
— Sim. Como eu disse antes, ele não te considera uma ameaça. Realmente, não imagino que ele tenha um ponto fraco.
— Mas ele tem — falou sério.
— Tem?
— Você.
— Eu?
— Você é o ponto fraco dele. Eu poderia usar você. Se eu não tivesse me envolvido... — Suspirou. — Eu fracassei.
— Obito, para com isso. Esquece essa missão idiota. Você é mais que só um caçador de vampiros.
— Itachi... ele sabe que...
— Eu disse tudo a ele. Ele sabe dos meus sentimentos por você.
— E ele não quis me matar?
— Ah, ele quis. Mas eu não permitirei que se machuquem. Por fim, ele me prometeu que ajudaria a achar um meio de livrá-los dessa coisa toda.
— Ele concordou em me ajudar?
— Sim. Por mim. Você pode fazer o mesmo?
— Não é tão simples.
— Por que não?
— Olha, apenas continue com o plano. Vá até o covil, faça o que quiser. Eu vou... pensar em tudo.
— Pensa no que eu falei. Podemos nos ajudar. Nós três.
— Não vejo isso dando certo.
— Apenas... pense!
— Tudo bem. Pensarei no assunto — concordou com amargura.
— Ei. — Ela segurou sua mão. — Estamos juntos nessa. — Sorriu.
— Ah, Sakura. Isso é tão complicado.
Ela o beijou com ternura.
— Confia em mim, Obito.
Essas palavras pareceram machucá-lo.
— Não mereço isso.
— Merece. — Passou os dedos pela cicatriz em seu rosto. — Como foi que isso aconteceu?
— Foi um... lembrete do meu pai.
— O quê?
— Algo para eu não me esquecer de quem sou eu e qual o meu lugar.
— Isso é... horrível. Por que ele fez isso? Que tipo de pai...
— Não importa.
— Por que reluta em se abrir comigo?
— Não estou... pronto. Desculpe.
— Certo. — Suspirou. — Vou respeitar seu espaço. Nos veremos amanhã? Antes de eu...
— Acho que podemos deixar para segunda. Não seguirei vocês.
— Não?
— Não. Prefiro que me conte a localização. Não quero... atrapalhar. — Cerrou o maxilar.
— Está... com ciúme?
— Não. — Bufou. Sakura segurou uma risada. Vê-lo daquele jeito era fofo.
— Eu gosto igualmente de vocês dois. — Segurou o rosto dele.
— Maldita. Você me enfeitiçou. Aposto que é uma bruxa a serviço daquele monstro.
— Ainda me desejaria se eu fosse um ser das trevas?
— Nunca desejei tanto uma pessoa — rosnou, agarrando-a para um beijo intenso. Pressionando-a contra a parede, havia certa selvageria em seu toque. — Eu quero você, Sakura.
— Obito... — Arfou. Sentiu-o duro sob a roupa e foi tomada pelo desejo. Queria se entregar de vez, mas parou abruptamente. — Espera.
— O que foi?
— Estamos... avançando meio rápido...
— Desculpe, eu... me deixei levar. — Deu um sorriso envergonhado.
— Não se desculpe. Eu gostei. Só... acho que podemos ir com calma.
— Vou tentar me controlar.
— Vejo você na segunda, Obito. Pense em... tudo.
— Está bem.
A noite foi igualmente intensa com Itachi. Parecia que ele estava realmente disposto a tirar Obito de seus pensamentos, mesmo sem saber que se beijaram de novo.
Despediram-se às onze, após uma sessão de amassos excitante.
— Me espere no castelo amanhã. Perto do lago. Entraremos na floresta por ali.
— Está bem. Te vejo após o pôr do sol.
— Contarei os segundos.
Passou a manhã e parte da tarde na companhia dos pais. Sua mãe a encheu de orientações ao saber que ela pretendia ir na casa do namorado.
— Mãe, eu já sei...
— Mesmo assim, Sakura. Não quero netos ainda.
— Nem vai ter. Quer parar de falar sobre isso, por favor...
— Está bem. Mas volte cedo.
— Estarei aqui às onze em ponto. Itachi me trará.
— Esses jovens — resmungou Mebuki.
Perto do pôr do sol, Sakura saiu de casa. Havia tomado banho e se arrumado um pouco. Por baixo do sobretudo, usava um vestido preto soltinho. Colocou suas botas, já que ia caminhar. Deixou o cabelo solto e passou um batom discreto.
Quando chegou ao lago, já estava escurecendo e a lua começava a despontar no céu. Pouco tempo depois, lá estava Itachi.
— Chegou rápido. É perto?
— Não exatamente.
— Então, como?
— Meus olhos. Eu posso me transformar em um corvo.
— Um corvo?
— Sim. Eu vim voando, literalmente.
— Posso ver?
— Teremos tempo para isso. No momento, temos uma longa caminhada até o penhasco.
— Certo.
Caminharam sob a luz do luar, até que a floresta ficou densa e completamente escura. Sakura era guiada por Itachi, pois o mesmo via tudo com clareza.
Cerca de quarenta minutos depois, chegaram a um lugar aparentemente vazio. Um descampado na beira de um precipício, lugar pouco convidativo para qualquer um.
— Chegamos.
— Aqui?
— Olhe atentamente, Sakura. Eu permito que entre em minha casa.
Como num passe de mágica, um pequeno castelo surgiu diante deles. Uma antiga construção de pedras, bem simples.
— Esse é meu lar. Construído por meus pais. Foi onde vivemos escondidos até... você sabe.
— Nunca acharam esse lugar, digo, antes dele ser protegido pela ilusão?
— Não. Vem, deixa eu mostrar as coisas.
Havia um riacho descendo pela montanha, a nascente ficava próxima. A iluminação era à vela; era um lugar relativamente frio e úmido.
— Sei que não é exatamente aconchegante, mas é tudo que me restou.
— Quero ver a biblioteca.
— Ah, é claro. Por aqui.
Sakura ficou boquiaberta ao ver tantas estantes repletas de obras diversas.
— Céus, eu queria viver para ler tudo isso.
— Posso te ajudar com isso...
— Ei, é só modo de falar.
— Ainda espero que mude de ideia.
— Bom, antes de qualquer coisa... Obito me contou a história dos vampiros. Pode me dizer se está certo?
— Claro. Prossiga.
— Hagoromo... Manda... Saori e seus filhos. Onde entra sua família?
— Meu pai, Fugaku, é neto de Saori. Filho de Madara.
— E sua mãe?
— Uma transformada. Uma humana por quem meu pai se apaixonou. Ele fez de Mikoto sua companheira e... fui o primeiro filho. Sasuke veio alguns anos depois. Espera. Como os Senjus sabem sobre Manda?
— Saori revelou a história toda, sob... tortura.
— O quê?
— Ela foi capturada. Você não sabia?
— Ela foi levada e morta. Não fazia ideia que a mantiveram... Malditos! — rosnou com desgosto.
— Obito me contou isso outro dia.
— Por isso eles sabiam tanto sobre nós. Pobre Saori.
— É consenso entre a população de Konoha, algo sobre isso, mas nunca foi tão explicado. Os Senjus mantiveram a parte... suja... escondida.
— Era de se esperar. Claro que também temos nossa culpa. Madara liderou nosso clã para dominarmos a região. Subjugamos humanos e os tratamos como gado. Não somos anjos, Sakura, pelo contrário.
— Dizem que os Senju foram a um monte... com sapos... Isso existe?
— Não sei ao certo. Pode ser algum outro demônio como Manda. Não sei o que Hashirama ou outro deles ofereceu... Nem sei se precisaram oferecer alguma coisa. Sei que, ao voltarem da jornada, eles tinham poder para nos destruir. Hashirama já era bem velho quando o primeiro mascarado nos atacou. Ele era incrivelmente ágil e forte para um humano. Foi ele quem matou meu avó, mas o velho Senju levou a fama como feito próprio. Ele seria aniquilado por Madara, não fosse o caçador.
— Depois...
— Minha família fugiu para cá. Conseguimos nos esconder por muitos anos. Porém, numa noite, perto do antigo castelo do meu clã, fomos surpreendidos enquanto caçávamos. O resto você já sabe.
— Era o mesmo caçador?
— Mesma máscara, mesmo porte. Foram muitos anos, creio que fosse seu filho ou neto.
— Isso é tão terrível, Itachi.
— Eu queria vingar minha família. Meu clã. Mas, do que adiantaria? Eles se foram.
— Creio que os caçadores sofram tanto quanto vocês vampiros.
— Sofrem?
— Obito tem uma cicatriz enorme no rosto. Não me contou muita coisa, mas disse que foi feita pelo próprio pai. Para lembrá-lo de seu dever. Imagino que os caçadores sejam obrigados a isso. Doutrinados desde pequenos.
— Se for verdade, os Senjus são piores que imaginei.
— Por isso quero ajudar Obito. Ele precisa... abandonar essa loucura toda.
— No fim, somos todos vítimas do egoísmo de Hagoromo.
— Ele deu início a essa história trágica... Um humano. A culpa é de um simples humano.
— Que tal mudarmos de assunto? Quero te mostrar uma coisa.
Sakura o seguiu até uma lareira. Em cima dela, um quadro da família estava pendurado.
— Esses são meus pais e meu irmão. Gostaria que você os conhecesse.
— Você se parece muito com ela. — Sorriu.
Após um tempo de silêncio, Itachi suspirou.
— Bom, vamos esquecer um pouco o passado. Eu não preciso comer, mas você precisa. Consegui algumas coisas.
— Você roubou?
— Peguei emprestado.
— Eu poderia ter comprado.
— Desculpe, não pensei direito.
— E o que você trouxe?
— Queijo e vinho. Espero que goste.
— Tudo bem, eu gosto, mas estou sem fome. O que quer fazer?
— Sabe, apesar de não precisarmos dormir, nós temos o hábito de manter uma cama. — Sorriu travesso.
— Seu safado. — Soltou um risinho.
— Vem, deixe-me mostrar meu humilde quarto.
— Tudo bem.
Ele acendeu algumas velas. A cama era antiga, mas estava em bom estado. Ela se sentou no colchão macio e foi acompanhada por ele.
— Quero beijar cada parte do seu corpo esta noite. Me permite? — sussurrou sedutoramente.
— S-sim — balbuciou em resposta.
Itachi começou selando seus lábios num beijo cheio de desejo, enquanto removia o casaco da garota. Passou a distribuir beijos por seu pescoço, ousando um pouco mais nas carícias.
Sakura gemeu quando ele tocou seu seio. Ouvi-la o atiçou.
Itachi retirou, delicadamente, cada peça de roupa de Sakura. Ela já estava naquele êxtase que ele provocava com seus beijos deliciosos.
Permitiu-se ser beijada e tocada onde ele bem entendesse, gemendo e arfando de prazer.
Itachi estava tomado pela luxúria, sua ereção latejava sob suas roupas. Num impulso, ele livrou-se de todo aquele pano, expondo o corpo esguio e o membro duro.
Sakura mordeu o lábio com a visão. Ele parecia ter sido esculpido.
Itachi sorriu ao ver a expressão desejosa da amada. Abaixou-se sobre ela, aproximando o rosto da intimidade molhada.
— Ah! Itachi! — ela gritou ao sentir a boca quente e a língua habilidosa passeando por seu sexo.
Ela arqueou o corpo, remexeu-se, gemendo alto enquanto ele lhe dava prazer. Ele não tinha a menor pressa e parecia apreciar cada som e reação de Sakura. Saboreava-a como se fosse um manjar.
Sakura gritou alto, cravando as unhas no colchão quando o orgasmo a atingiu. Sentiu-se umedecer ainda mais, derramando-se na boca do vampiro.
— Estamos só começando, amor — ele sussurrou com malícia. — Essa noite, quero fazê-la minha — disse, acariciando o próprio pau de maneira libidinosa. — Você quer isso, Sakura?
— Quero — respondeu manhosa. — Quero você, Itachi.
Ele tocou gentilmente a intimidade com um dedo, circulando na entrada apertada da garota. Lentamente, penetrou-a com o indicador, recebendo um gemido como resposta.
— Não vou resistir por muito tempo. Preciso entrar em você.
— Entra em mim — implorou.
Acatou como uma ordem, posicionando-se entre as pernas da garota. Passou seu membro rígido pela região sensível e encharcada, pressionado pau na abertura estreita e tentadora.
— Isso... eu quero... — ela gemeu.
Lentamente, ele a penetrou, gemendo junto a ela.
A princípio, ela sentiu um leve desconforto ao ser invadida, mas, aos poucos, foi dominada pelo tesão absoluto.
Itachi impôs um ritmo lento, entrando e saindo dela, sentindo-a.
— Você é tão... gostosa.
— Ah, eu quero mais... — Ela remexeu sob ele, tentando rebolar contra seu corpo.
— Isso, Sakura, se entregue para mim — rosnou, passando a estocar mais fundo, mais forte e mais rápido.
— Ah! — ela gemeu mais alto.
Itachi a beijou, sem parar o movimento de vai e vem delicioso.
Tomados pelo frenesi de prazer, chegaram ao ápice juntos. Sakura gritou seu nome, contorcendo-se pela intensidade do orgasmo. Itachi arfou e gemeu, derramando-se nela, sentindo-se verdadeiramente vivo, como há muito não sentia.
Deitaram-se em silêncio, ofegantes, lado a lado. Trocaram carícias, recuperando suas forças.
— Ainda não terminamos. — Ele sorriu.
— Temos tempo?
— Temos. Farei você gritar meu nome ao menos mais uma vez nesta noite. — Beijou-a.
Fizeram amor de novo, mais intensamente. Já não havia nada ao redor, eram só os dois amantes se entregando um ao outro.
Mais tarde, Itachi levou Sakura para casa. Despediram-se com um beijo terno e ela entrou.
Esqueceu-se de todos os problemas que a cercavam e dormiu, num sono profundo.
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