História Vermelho - Esteja Pronta

MiYoung PDV

A claridade me acordou e claro que o incomodo no meu diafragma deve ter ajudado. Me levantei do fuuton em que estava deixada. Dava para ouvir as pessoas trabalhando ativamente, mas este não era um som a que eu estava habituada. Quer dizer, eu sempre escutei pessoas trabalharem, mas obviamente, estes não eram Otoris.

Escorreguei a porta e olhei incrédula os trabalhadores rurais. Uma senhora de meia-idade veio furiosa ao meu encontro. O vento que tocou o meu rosto era sem qualquer umidade, mesmo estando acostumada ao calor, este parecia insuportável.

‒ Finalmente! Você estava meio morta quando a encontramos no rio, vá comer algo. Vá! Vá!

‒ Meia morta? – perguntei, quando tinha abastecido o meu estomago.

‒ Sim, te jogaram no rio, provavelmente, achando que você tinha morrido. Veio parar aqui, perto.

‒ Aonde estamos?

‒ Vila da areia. – um alarme disparou na minha cabeça. A vila da areia não costumava ser tolerante com Otoris.

‒ Se lembre de algo? Nome, onde mora…

‒ Não. – menti.

‒ Que pena. Bem, venha ajudar na lavoura, estamos cultivando.

Hanabi PDV

‒ Não caso antes de encontrarmos a Mi-Young. – bati o pé.

‒ Vocês nem são amigas! – mamãe me criticou.

‒ Não preciso. Ela é da família, ia ser minha madrinha. E agora?

‒ Bem… é plausível, o que ela disse, mamãe. – Hinata se meteu timidamente. Ela podia tentar me ajudar só para variar.

‒ Não vai dizer nada, Taeyeon? – questionei quando ela continuava calada. Desde que havia chego do hospital que estava assim.

‒ Não tenho nada a dizer.

Tenten PDV

Irritada era pouco para o que eu estava sentindo no momento. Aiko continuava contando suas historias mentirosas e claro que todo mundo tava crendo, mas me diz, aonde, em que mundo você é sequestrada e de repente eles te libertam? Isso simplesmente não acontece.

‒ Neji, é mentira! – eu exclamei pela milésima vez, ele nem me deu ouvidos.

‒ Ela está de volta e bem, aceite isso. – ele suspirou passando a mão no cabelo, querendo dizer algo com certeza – O clã me intimou. Não posso ter duas esposas. Você tem um ano, ou terei que me casar com Aiko.

‒ Mas nós estamos casados! – exclamei.

‒ O clã não se importa com essas futilidades. – ele disse com um meneio de mãos.

‒ E como fico eu? Eu nem sei o que devo fazer nesse ano!

‒ Você deve fazer o que o clã quer, ficar gravida. – ele me disse o que era obvio.

‒ E Aiko?

‒ Continua morando com a gente.

‒ Tá brincando né?

Hinata PDV

‒ Pai, é meu filho! Eu quero pessoas do clã correndo atrás e achando o paradeiro do Yoshi!

‒ De jeito nenhum, o clã ficará des…

‒ Lasque-se o clã! Se não me permitir designar Neji nessa missão, eu mesma vou.

‒ Você não pode contrariar a decisão do conselho. – meu avô me advertiu.

‒ Eu faço o que eu quiser pelos que amo.

Taeyeon PDV

Ele não se importou. Era o que girava na minha mente durante essas duas semanas em que corríamos com as coisas do casamento. Não que fosse necessário tanta pressa. Só agora eu estava pensando nisso. Era muita pressa para um casamento que ia acontecer só no fim do ano.

‒ Hana, tá acordada? – perguntei e vi o seu vulto se sentar na cama.

‒ Que é? – ela perguntou emburrada comigo por mais cedo.

‒ Não acha que o casamento está indo rápido demais? Não íamos casar só no fim do ano?

‒ Também estranhei, mas enfim, não digo mais nada.

‒ E Aiko? Você acha que ela tá falando a verdade?

‒ Eu não sei, mas eu confiaria em Neji, e você?

‒ Estou com a minha irmã. Eles não liberam uma refém assim, se ela não for útil para informações, é útil em outros meios. – respondi com um calafrio na espinha.

‒ Como ele é? – ela perguntou de repente.

‒ Quem?

‒ Kiro, ora bolas!

‒ Ah… bem… calado, na verdade. Ele só responde quando pergunto.

‒ Mas ele é bem bonito, ele me lembra o nee-san as vezes.

‒ Case com ele então. – rimos. – E Mi-Young? Ninguém sabe mesmo o que houve?

‒ Não. – ela me respondeu. – Mas acho que devíamos procurar por nós mesmas. Ela parece confiável. – ela disse logo ao ver minha expressão.

‒ Claro, mas temos que planejar tudo certinho.

Mi-Young PDV

‒ Eu já me lembro. – respondi Yohina – E quero ir embora.

‒ Não será possível. Recebi ordens de não deixa-la sair. – ela me respondeu, quase carinhosamente.

‒ Então… acho que vou tomar banho. – disse alguns dias depois, era fim de tarde, se eu fosse rápida o suficiente, poderia sumir antes que mandassem vir me checar.

‒ Claro, porque Lina não vai com você? – Yohina, a senhora meia-idade que me socorreu, mas não tirava o olho de mim, me respondeu.

‒ Tudo bem. – Lina respondeu. Quando estávamos chegando ao banheiro, eu a ataquei silenciosamente e a desmaiei antes dela ter tempo de reagir.

A coloquei na casa de banhos, no chão. Eu tinha 15 minutos, antes deles darem por nossa falta. Nesses 15 minutos, eu salvaria minha vida e o segredo de meu clã, em nome do meu pai.

To Be Continued…