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História Vermelho - Como irmãos


Escrita por: AyalaOM e StupidCupcake

Notas do Autor


Primeiramente, muito obrigada à Tric-Chan que favoritou a fanfic *~* e à: Nathy-san, Kimarrure por comentarem e a PetitChic e a MariGabiS2 que comentaram e favoritaram *-*
Espero que gostem do capítulo! Boa leitura <3

Capítulo 4 - Como irmãos


− Como é que é? – perguntei.

− É isso mesmo, meu clã tem motivos para acreditar que ainda é o pessoal da névoa querendo os segredos do clã Hyuuga. – Shino me esclareceu.

− E alguém tem pistas? – questionei.

− Vamos seguir o cheiro, com Kiba e Akamaru na frente deve ser fácil. – Shino respondeu.

− Tragam ela de volta, por favor! – Hinata pediu abalada. – E Tenten, Neji, por favor, voltem, os dois! Todos vocês! – ela disse com seus olhos cheios de lágrimas. Ela estava se culpando?

− Nós vamos voltar, você vai ver! – disse-lhe otimista. Despedindo-me dela e de sua mãe.

− Querida, cuidado. – me desejou, Chyio, mãe da Hinata. 

− Nós teremos. – eu prometi e acompanhei os meus colegas que já estavam na frente.

− A mãe da Hinata gosta bastante de você. – Neji constatou pulando rápido ao meu lado.

− A única que não vai com a minha cara é a sua okaa. – lhe respondi.

− Desde sempre. – ele concordou.

Não falamos por horas até Akamaru parar e recebermos um aviso de parada de Shino.

− Akamaru não está detectando para que lado foi. – Kiba traduziu os grunhidos do cachorro. – Ele disse que está fraco demais o cheiro.

− Não está fraco. – Neji disse metros abaixo de nós. – Era uma armadilha para nos despistar. – ele levantou um pano na mão. Fomos para onde ele estava.

Era uma parte da blusa dela, com toda certeza, eles tinham ido para outro lado, sabe-se lá de onde, e estavam muito longe agora.

− O que fazemos? – perguntei ao Shino que estava à frente da missão.

− Está muito escuro. Vamos descansar, e de manhã fazemos buscas pelo local. Se estivermos perto, eles devem deixar rastros.

Os meninos montaram barraca e alguns foram buscar lenha enquanto eu arrumava os alimentos, lavava e preparava o jantar. Quando todos estavam indo dormir, Neji me pediu para esperar e conversarmos.

− Dá pra me explicar como todo mundo do meu clã te conhece e respeita mais do que eu? – ele disse, fazendo um movimento de sobrancelhas que ficou lindo no rosto bem desenhado dele.

− Meu pai assinou um contrato com seu tio. Eu devia me casar com seu primeiro filho homem, como ele não tem, disse que eu devia ter um filho com seu irmão e a dívida da minha família estaria paga. Além disso, ele me pediu para dar aulas aos alunos da academia dos Hyuuga, que foi inaugurada alguns meses antes de você supostamente morrer. – respondi – Todos me conhecem por isso, alem do mais, parece meio que uma caçada… os caras estão meio que… loucos pra me engravidar e virarem os próximos queridinhos do líder. – ri sem graça. Isso era de dar dó.

− Sei… mas eu voltei… e agora?

− Estou no escuro também. Seu tio não me disse mais nada depois que você voltou. Neji?

− Quê?

− Eu sei que odeia isso, mas tem certeza que a…

− Sim! – ele levantou furioso. – Porque quer tanto provar que ela não é minha filha? Acaso tem algum interesse nela? Em mim?

Mordi o lábio inferior e tentei pensar sobre isso. Na minha cabeça estava quase claro que era só preocupação de irmã, e se eu fosse hipócrita eu diria que era só isso mesmo, mas não era. Eu estava incomodada demais com a nova família de Neji e isso estava me tirando o sono. Como que eu não tenho essas respostas? Será que internamente, eu acreditei que ele teria se casado comigo? Por pena e amizade, como me prometeu?

− O que está dizendo? – perguntei rindo. Neji só podia ser louco!

− Caso contigo! Você me conhece, é minha amiga e eu te considero e estimo bem. Além do mais, sua mãe me adora! – Neji citou calmamente.

− Mas para casar é preciso mais! É preciso amor!

− Isso se arranja com o tempo. E seria só uma forma de ficarmos tranqüilos. Eu não tocaria em você, se você não quisesse.

− Neji Hyuuga, você está se saindo um grande safadinho! Pensando nessas coisas! – ri e o olhei, ele estava a meio centímetro da minha boca, eu podia sentir a sua respiração quente nesse inverno do caramba, bater no meu rosto. A risada morreu no mesmo instante e nos afastamos bem rápido.

− Casa ou não? – ele me perguntou, já em pé limpando a roupa.

− Haha! Eu caso! – ri em meus 14 anos.

− Tenten? – ele me perguntou e o olhei, tantos anos haviam passado desde aquela tarde de inverno no campo de treinamento.

− Eu não tenho interesse em você. – menti. – Eu só estou confusa! É coisa demais para lidar!

− Você continua sendo uma péssima mentirosa. – ele me deu um sorriso de canto e se aproximou. Eu pensei que ele ia me beijar. Ele só me abraçou como eu me lembrava que ele fez…

− Não! – gritei, horrorizada, tentando afastar o meu tio do meu corpo. As lágrimas me chegando e tirando o meu ar. Tentando evitar, a todo custo, um contato mais intimo.

Ele me segurou mais forte, me mandando ficar calada, a minha mãe na porta não fez nada, eu estava ficando desesperada.

− Okaasan! Tira ele daqui! – eu gritei. Ela fez um sinal de shii. E me aterrorizei, okaasan não ia me ajudar? Claro que ela estava só na minha mente. Mamãe havia morrido alguns anos antes.

Ele colocou a mão embaixo da minha blusa, tentando me aliciar e eu gritei enojada. Ele me esbofeteou forte e minha cabeça girou.

O que eu devia fazer? Eu só tinha 15 anos! Eu estava exausta, ainda me recuperando, havia acabado de sair do hospital! Então eu comecei a gritar, eu não tinha força pra empurrar ele, mas se alguém me ouvisse…

A porta se abriu com estrondo. E algo arrancou o meu tio de mim e o nocauteou. Eu vi só uma sombra desconexa e algo me disse que Neji estava aqui. Eu tive certeza quando ele me abraçou.

− Tudo vai ficar bem. – ele disse apenas isso naquela noite.

− O que está te afligindo? – ele perguntou e eu não tive coragem de dizer.

− É algo que eu possa ajudar? – ele perguntou novamente.

− Dentro de dois meses meu tio sai da prisão. É isso.

− Seu tio não foi…

− Excomungado? Sim, ele não é mais um Mitsashi, mas… estou com medo! – choraminguei me repudiando por ser tão fraca.  

− Não precisa, você tem amigos e tem família agora. Os Hyuuga são sua família agora. Você é assunto nosso.

− Só estou com um medo que é infundado! Eu sou uma mulher agora! Tenho 24 anos e vou agir conforme uma adulta! – disse-lhe tentando me encher de coragem.

− É você é uma mulher agora. – ele disse me olhando, eu percebi que era brincadeira, mas senti-me envergonhada. Não era nesses termos que eu tinha querido dar a entender.

− Não é disso que eu estou… - ouvimos passos – Ouviu isso?

− Ouvi. Ta pronta?

− Estou.

Nós começamos a correr na direção dos passos o mais silenciosamente que pudemos, mas não havia nada mais. Chamamos Shino e Kiba (que ficou muito irritado de ser acordado) e contamos. Shino decidiu que devíamos ir no rastro imediatamente.

“Não faz diferença” – pensei comigo mesma. – “Eu nem estou cansada!” – pensei reprimindo um bocejo. Quando o dia estava chegando ao meio dia mais ou menos, o sol estava a pino embora começasse uma tempestade de neve que parecia nublar tudo, paramos para procurar uma caverna e nos abrigar.

− Kuso!! Nós vamos perder o rastro desse jeito! – Kiba reclamou pela milésima vez.

− Meus insetos podem nos ajudar, enquanto estamos aqui, vou mandar eles averiguarem, vamos saber em breve. – Shino disse com os braços estendidos e deixando saírem alguns mosquitos.

Ficamos sentados por algum tempo, até que o Kiba quebrou o silencio.

− O que vocês dois estavam fazendo acordados àquela hora? – disse ele, enquanto eu encostava a cabeça do Neji (ligeiramente caída) no meu colo. Ele sempre dormia sentado e caia.

− Conversando. – respondi.

− Finjo que acredito. – Kiba disse com um sorriso maroto e fez um sinal que claramente demonstrava ato sexual.

− Nada disso, cachorro. Na boa, você precisa de uma mulher. Falando sério! – respondi irritada. Se bem que um sexo não iria nada mal, pensei comigo mesma. Amaldiçoando-me logo após, eu não sou assim!

− Então? – Kiba perguntou após alguns minutos.

− O que? – perguntei sonolenta. A tempestade ficando pior a cada minuto.

− Qual a posição?

− Kiba vai tomar no **! – respondi brava.

− Kiba, fique de vigia. – Shino mandou, provavelmente querendo dormir um pouco mais. Ele disse algo sobre “irrita” “mim” “Neji” que eu não entendi. Já estava longe…

Uma brisa fria tocou o meu rosto e me aconcheguei mais ao calor do meu fuuton, ele tinha uma estranha forma. Meio duro. Senti-o retesar sob as minhas mãos e abri os olhos rápido. Isso não podia ser, de jeito nenhum, um fuuton!

Vi que a brisa não era imaginação. Eu estava sendo carregada, nas costas do Neji.

− Hm… − gemi, tentando encontrar a minha voz, que estava sonolenta demais – Onde estamos indo? Porque estamos voltando?

− Nenhum resultado. – Neji me respondeu. – Fiquei para trás, Shino e Kiba já devem estar na aldeia essa hora. – ele parou e eu desci.

− Obrigada. – agradeci sinceramente.

Ele assentiu e continuamos a correr, muito mais rápido agora. Em menos de uma hora estávamos em casa. Neji se encarregou de contar os resultados ao Hiashi enquanto eu ficava com a Hinata, Chyio, Chie e Aiko. Cho estava adormecida no colo da mãe e Hikaru parecia esperar alguém na janela.

− Hikaru-kun? Tudo bem? – perguntei, me abaixando e ficando de na altura dele. Ele tinha os olhinhos vermelhos de tanto chorar.

− Tia Hanabi prometeu e não cumpriu! – ele disse, lançando os braços em volta do meu pescoço. Confortei-o passando a mão em suas costas.

− Tia Hanabi não pode, ela não está escolhendo o que faz, meu anjo. – respondi-lhe carinhosamente e ele ficou assim até dormir profundamente, 20 minutos mais tarde.

− Ainda bem que conseguiu por ele na cama, Tenten. – disse-me Hinata, na sala. – Porque eu não consegui. Ele chorou tanto! Esperançoso de a tia voltar com vocês e eu estou fi…ficando preocupada… - ela completou ofegante.

− Tudo bem, Hina? – perguntei e ela começou a tremer. Por um segundo eu não soube o porque, mas aí ficou claro, um líquido estava escorrendo pela roupa dela! Eu fiquei tão desesperada quanto da primeira vez e saí gritando “Médico, médico!” enquanto ela ficava em seu quarto, mais calma do que nunca.

− O que houve? – Hizashi me perguntou, avaliando o meu estado, como se eu precisasse!

− Hinata! Bebê! – respondi, me sentia muito incapaz de formar qualquer coisa descente ainda mais coerente. Pareceu que todo mundo acordou para o que estava acontecendo. 

To be continued… 


Notas Finais


N//A: Espero que tenham gostado aí dos flashbacks! Eu queria mostrar como eles são próximos e porque! Obrigada a minha beta linda que escreveu o segundo *o* e eu espero que estejam gostando! Por enquanto foi só o PDV da Tenten, mas no próximo eu começo com o PDV de uma personagem totalmente nova! Um bombom pra quem adivinhar quem é XD
Dicionário:
Kuso – Droga
Chyio – Sabedoria de gerações.
Okaa / Okaasan – Mãe ou mamãe.


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