1. Spirit Fanfics >
  2. Vermelho Rubi >
  3. Primeiro convite

História Vermelho Rubi - Primeiro convite


Escrita por: EllaSecrets

Notas do Autor


Se você está contente, quer mostrar pra toda gente. Se você está contente bata palmas!

Em ritmo de alegria e festa, iniciamos mais uma atualização. I'm happy, bitches. Enfim, avisinho importante, neste capítulo teremos uma cena inspirada em uma outra, do filme 50 tons de cinza, qual não sou muito fã, porém adoro esse momento da longa metragem.

Mais um capítulo betado pela Luna, meu amor, que vocês deveriam conhecer. Luana também, me ajudou demais nesse capítulo, te amo, amor.

Boa leitura, meus alecrins dourado.

Capítulo 7 - Primeiro convite


As taças de champanhe regavam a noite divertida do dominador e do submisso, que riam enrolados nos lençóis escuros, com seus corpos nus, sem nenhum sinal de vergonha com a falta de roupa. Estavam entretidos em uma conversa gostosa desde o fim da tarde, quando os corpos caíram exaustos após uma longa sessão envolvendo tipos variados de utensílios capacitados para causar dor da forma mais prazerosa. Havia sido intenso para ambos, a volta para realidade foi um caminho longo, mas que Chanyeol estava mais do que apto e acostumado em fazer.

— Eu realmente gosto desses nossos momentos. — O homem falou, casualmente, encarando o rosto do dominador que sorriu sutilmente, antes de afagar os fios loiros.

— Eu também, você sabe. — Chanyeol disse, afastando a mão e bebericando mais uma vez da champanhe.

— Sim, eu sei. — Respondeu, em um tom de voz manhoso, soltando um sorrisinho de canto e depositando a taça no aparador ao lado da cama de casal, mas logo voltando sua atenção ao homem a quem servia com devoção. — Você não me disse nada sobre sua celebração para Presidente da empresa, estou curioso, Jongin me contou que você foi embora cedo.

— Jongin não sabe manter a língua presa, tsc. — Murmurou.

— O que tem ele me falar que você foi embora cedo? Aconteceu algo, meu senhor? — Perguntou, esboçando preocupação e tocando o peito dele em um carinho singelo.

— Nada que precise se preocupar, Chittaphon. — Contou, escorrendo a mão pelo quadril dele até as coxas, aproveitando do calor e saboreando-se com o prazer de sentir os relevos feitos pelo flogger de pontas metálicas. — Ficaram lindas... — falou, se referindo às marcas, tirando um sorriso maior do submisso, que fitou os dedos ásperos passando por cima das lesões.

— São sempre bonitas, meu senhor, tudo o que você faz em mim é lindo. — Sussurrou, prendendo o lábio inferior com os dentes ao experimentar da dor que a mão proporcionava ao apertar contra a região machucada. — Está doendo um pouquinho ainda.

— Você quer passar mais um pouco da pomada ou tomar alguma coisa? — Chanyeol indagou, voltando a acariciar as marcas e fitar os olhos acinzentados, que novamente estavam mirando-o si.

— Não é necessário, eu gosto da sensação, ela me faz lembrar como meu senhor é eficiente em me dar o que tanto gosto. — Sorriu aberto, sendo puxado para um beijo afetuoso.

As bocas tinham o encaixe perfeito enquanto suas línguas pareciam possuir, com exatidão, a sincronia correta para a dança lenta que faziam no momento. Suas bocas se mexiam devagar, sem pretensão de avançar para algo a mais, estavam exaustos pela longa sessão que tiveram, somente queriam curtir do gosto e da companhia um do outro.

Rasgando um sutil sorriso, Chittaphon passava a mão pelo tronco desnudo e definido do empresário. Era fã número um de tudo que era Park Chanyeol, desde seu primeiro fio de cabelo ao dedinho do pé, seria capaz de fazer qualquer coisa por ele, ofereceria a lua se possível e a buscaria sem nem reclamar, apenas para agradá-lo. Chanyeol o puxou para mais perto, colando melhor os corpos e sentindo mais dele, não podia negar para si mesmo, Chittaphon era seu garoto de ouro, completamente devoto a si, como realmente um submisso deveria ser.

Selando os lábios, seus olhos mantinham-se fechados, aproveitando daquele instante calmo e precioso, como se o mundo não existisse por trás das paredes escuras.

— Eu não quero nunca mais sair daqui. — Chittaphon murmurou entre os beijos, recebendo um sorriso sutil do Park.

— Não podemos nos prender aqui por mais tempo. — Chanyeol findou o beijo e o submisso fez um pequeno biquinho manhoso. — Precisamos comer, irei mandar servir o jantar, vista algo e desça. — Avisou, afastando as mãos bonitas de cima do seu tronco e desvencilhando-se do lençol que cobria sua cintura para baixo, sentindo o ar fresco enlaçar seu corpo.

Vestiu a calça jeans de lavagem escura, indo para a frente do espelho para arrumar seus fios, juntou sua camiseta social e a colocou em um cesto de roupa, para então separar os acessórios utilizados na sessão dentro de uma maleta, faria a higienização mais tarde. Sem falar mais uma única palavra, deixou o quarto que usava para as sessões e desceu as escadas, encontrando uma das mulheres que trabalhavam para si.

— Senhorita Kim, pode colocar o jantar na mesa, por favor. — Pediu educadamente, recebendo um sorriso gentil da mulher e sendo acatado em seguida.

Não demorou muito até estar sentado à mesa e acompanhado do submisso, jantando na imensa mesa, cheia de cadeiras vazias, deixando mais evidente o silêncio da mansão em que vivia. Não que o incomodasse, gostava da localização e da sua casa, porém, às vezes, parecia extremamente silencioso e solitário comparado ao lugar em que cresceu. Talvez, se um dia tivesse uma família, tudo seria diferente, mas, com certeza, eram tempos distantes, estava muito bem sem um esposo e crianças.

— Joshua me contou que está voltando de viagem, você vai vê-lo? — Chittaphon perguntou, puxando assunto e quebrando o silêncio ensurdecedor.

— Não imediatamente, estarei partindo para Paris... daqui uma semana. — Avisou, e o mais jovem arqueou as sobrancelhas, sorrindo.

— Paris é incrível, me lembro de quando fomos juntos.

— Nos divertimos bastante, você havia acabado de se tornar meu submisso, faz anos já.

— De fato, faz. — Disse, nostálgico, preso nas próprias lembranças. — Sinto saudades daquela época, a excitação pelo novo, e o senhor tentando me colocar na linha.

— Tinha medo que se tornasse como Jongin. — Brincou, tirando uma risada do outro homem. — Você sabe, não suporto desobediência e teimosia.

— Minha bunda sente com exatidão o quanto o senhor não suporta. — Gracejou, tomando o vinho em seguida, saboreando a bebida agridoce que tanto gostava. — Gostaria de ir com você, eu posso, senhor Park?

Chanyeol levantou o olhar para o submisso, arqueou uma das sobrancelhas e exibiu um sutil repuxar de canto de lábio, antes de negar com a cabeça.

— Dessa vez, você vai ficar. Irei levar outro garoto. — Revelou.

— Quem? Nenhum dos meninos falou que iria a Paris com o senhor. — Enunciou, tentando camuflar o ciúme que circundava seu coração.

— Não será nenhum deles. — Confessou, suspirando fundo ao encontrar o olhar inquieto, sabia que Chittaphon não lidava bem com mudanças, para ele era difícil se acostumar. — Há um garoto novo com quem estou me envolvendo, provavelmente, farei dele seu próximo irmão de coleira.

— Mais um submisso?

— Sim. — Respondeu curto.

— Ele é bonito?

— Muito, extremamente bonito. — Confirmou, lembrando-se dos traços suaves e inocentes do secretário que, há uma noite atrás, gozava em seus braços. — Irá conhecê-lo quando for a hora, não questione mais.

— Sim, senhor. — Acatou a ordem, abaixando o olhar para comida. — Tenho certeza que ele será uma ótima posse.

Chanyeol suspirou.

— Você está confortável em relação a isso?

— A ter mais um irmão?

— Sim.

— Eu estou bem com isso, quando negociamos, deixei claro que não teria problema em ter mais irmãos além de Jongin, tanto que depois vieram mais três e nos damos bem, porém, não posso negar estar surpreso, faz anos desde que você teve uma nova posse.

— Confesso que não estava em meus planos, mas esse moleque me deixa louco, eu o desejo como meu. — Revelou. — Tenho certeza que vão se dar bem.

— Se depender de mim, vamos ter uma relação quase que fraternal. — Falou, sorrindo e voltando a comer. 

Naquela noite, eles não conversaram mais a respeito do garoto. Após terminarem o jantar, Chittaphon não estendeu mais seu tempo na casa do empresário, indo embora antes do relógio marcar oito horas da noite. Chanyeol, nem ao menos olhou para o escritório, subindo ligeiramente para o próprio quarto, tomando um longo banho e se jogando na cama, um tanto exausto pelo final de semana cheio, porém proveitoso.

Sorrindo satisfeito, ligou a televisão e, sem pensar muito, colocou na série que há pouco tempo havia começado assistir. Essa era uma ótima forma que encontrou para se distrair e desligar um pouquinho da sua realidade agitada e séria.

💎

A sala estava lotada por caixas de papelões. Chanyeol organizava tudo dentro delas com o maior cuidado que possuía, não gostava de deixar aquele serviço para terceiros, era um homem controlador e organizado, esse comportamento não se restringia apenas a seus submissos. Gostava de ter o controle sobre a própria vida e sobre suas próprias coisas, sejam elas pessoas ou objetos.

Agora que havia assumido o cargo de CEO, precisava urgentemente mudar-se para sala que pertenceu ao seu pai por longos anos, ocupou-se a manhã inteira apenas guardando e encaixotando objetos que ficariam no novo espaço destinado a si, era entediante, mas precisava organizar tudo.

Respirou fundo ao abrir a gaveta direita da mesa de madeira, achando o retrato de sua mãe escondido entre papéis e canetas. O pegou em mãos com carinho, passando os dedos suavemente na fotografia, sentindo como se o gesto pudesse tornar a lembrança em sua memória mais vívida, sentia falta dela. Os momentos que passaram não voltavam mais, sabia disso, mas pelo menos podia reviver em sua própria mente.

Ainda guardava consigo as palavras gentis ditas e o doce abraço que ela tinha. Sentiu-se nostálgico, fazendo uma breve nota mental de que não deixaria de visitar seu túmulo antes de partir para Paris, afinal, precisava contar a ela sobre as novidades. Rindo fraco, não pôde deixar de pensar em como ela espalharia um sorriso lindo no rosto pequeno e lhe daria um abraço apertado quando a contasse, caso estivesse viva.

Antes que fosse sufocado pela saudade, foi interrompido com a porta se abrindo, e levantou os olhos percebendo que se tratava de seu pai.

— Incomodo? — O patriarca perguntou, aproximando-se.

— De forma alguma. — Chanyeol negou, virando o retrato para o homem que abriu um pequeno sorriso nos lábios finos. — Acabei de encontrar.

— Eu me lembro dessa foto. — As mãos enrugadas, mas ainda firmes, pegaram o retrato, admirando com os olhos brilhantes a falecida esposa, os lábios sombreados pela tristeza. — Ela estava animada nesse dia, pois estávamos levando você pela primeira vez ao cinema e seria o aniversário dela no dia seguinte… tenho saudades de sua mãe.

— Ela era uma mulher incrível. — Falou, tomando em mãos novamente o porta-retrato. — Irei visitá-la antes de viajar para Paris, você deveria ir junto.

— Eu já fui semana passada, tenho certeza de que ela quer um tempinho a sós com você, assim como quer com Yoora.

— Está certo. — Concordou, colocando o retrato com suavidade entre seus pertences mais preciosos, como a caneta do mestrado e o seu primeiro contrato fechado. — Eu estou animado para ocupar sua sala, espero que ela esteja limpa. — Disse, brincando, expulsando a atmosfera comovente e arrancando um risinho do próprio pai.

— Você está audacioso, é chefe da empresa, mas ainda sou seu pai, moleque. — Wonshik gracejou, rindo ao ver a sobrancelha do filho arquear. — De verdade, estou orgulhoso de você.

— Deveríamos brindar?

— Não, pelo amor de Deus, Chanyeol! Eu estou dirigindo e são dez horas da manhã. Você deveria criar juízo, qualquer dia vira um alcoólatra.

— Em algum lugar do mundo são dez da noite e outra que eu não bebo para ficar bêbado, mas apenas para apreciar o sabor. — Explicou, fechando a caixa e escrevendo com um marcador preto. — Pronto, essa foi a última caixa. — Anunciou, satisfeito por finalmente terminar uma etapa do processo de mudança.

— Chame alguém para ajudar você subir com todas essas coisas. — Sugeriu ao filho, que assentiu. — Eu só vim aqui para te desejar boa sorte nessa nova etapa e para dizer que amo você. — Disse, as palavras de carinho que sempre tiveram presentes na rotina dos Parks, que prezavam tanto pelo amor e pela família que tinham, colocando acima de qualquer dinheiro ou bens materiais.

— Obrigado, eu também amo você, pai. — Chanyeol falou, sorrindo aberto e dando um rápido aperto de mão firme. — Mas, finalmente devemos comemorar, pois agora sim, essa empresa vai começar a lucrar pra valer. — Descontraiu, ganhando um falso olhar bravo.

— Eu deveria repensar seu posto como CEO.

— Tarde demais, os papéis estão assinados e agora eu sou o chefe dessa porra.

— Olhe a boca, Park Chanyeol.

— Qual é? Eu sou o cara, vai dizer. — Riu, abrindo o paletó, exibindo-se com a boa aparência que tinha, fazendo o pai revirar os olhos.

— Por Deus, você não cresce. — O homem brincou, dando as costas, rindo e erguendo a mão, maneando-a como quem não se importasse com nada. — Ah... — ele parou na porta e olhou para o filho. — Não apareça lá em casa, pois o verdadeiro cara do momento vai estar no Havaí curtindo uma praia bacana com sua madrasta. Bom trabalho. — Debochou, fingindo uma expressão vitoriosa e fechando a porta, deixando um Chanyeol risonho para trás.

Park Wonshik sempre seria o modelo de inspiração para Chanyeol, como também seu melhor amigo e confidente. Sentia-se confortável com ele para agir igual a um adolescente e fazer graças fora do seu habitual, até porque não precisava manter nenhuma postura com aquele que havia lhe criado e dado todo amor para si e para sua irmã.

Colocando as mãos nos bolsos da calça social e olhando ao redor da sala, suspirou satisfeito. Mais uma etapa se concluía em sua vida e uma nova se iniciava, sabia que não seria fácil, que iria se estressar, ficar exausto e que seu tempo livre reduziria, porém, estava pronto para começar. Por anos se preparou para este momento, assumir a empresa e levar a um novo patamar, seguindo os passos da antiga geração de sua família, que veio fazendo um ótimo trabalho durante décadas.

💎

Quando o ônibus virou a avenida, Baekhyun sabia que não havia mais tempo para escapar ou adiar sua sentença. O jovem sentia-se preste a enlouquecer e, nem ao menos podia comparar seus sentimentos com alguma coisa, pois nunca havia conhecido todas aquelas comoções.

Era como se o perfume do Park ainda estivesse impregnado em sua pele, o deixando embriagado. Ao mesmo tempo em que podia sentir a realidade lhe atingir como um soco, principalmente quando constava que seus passos na calçada davam em direção à empresa do homem que havia marcado sua derme e seus lábios com a boca atrevida e quente.

Chanyeol tinha feito Baekhyun experimentar algo novo e forte, capaz de tirá-lo dos eixos e deixá-lo completamente desnorteado, sentia medo ao mesmo tempo em que desejava por mais. Não podia mais lamentar pelo ocorrido, desde o primeiro toque das mãos dele em seu corpo, tudo havia mudado, o Byun sentia-se diferente, viciado naquilo que experimentou uma única vez.

Atravessando a porta giratória, cortou o saguão, sem se dar o trabalho de olhar à sua volta. Apertou com pressa o botão redondo para chamar o elevador. Seus pés bateram várias vezes contra o chão brilhoso de mármore, tendo cada célula do seu corpo ansiosa, devido a demora do ascensor, entretanto, o sentimento não era unicamente causado pela lentidão da caixa metálica. Saber que Park Chanyeol ocupava andares acima, revirava seu estômago e causava os mais diversos tipos de sensações.

Quando as portas abriram, entrou sendo acompanhado de mais algumas pessoas e pediu educadamente para um funcionário apertar o último andar, onde passaria a trabalhar. Mais cedo havia recebido uma mensagem em seu celular, de Heejin, avisando sobre a mudança de setor e de que suas coisas já haviam sido levadas para o novo espaço em que ficaria. 

As portas não demoraram para se abrirem, revelando o grande saguão do andar, onde começaria a passar suas tardes. Imensas janelas vindo de cima a baixo, como de todos os setores, rodeavam o espaço, dando a visão panorâmica de toda Seul. Todavia, não perdeu tempo em admirar o ambiente ou a paisagem que tivera a oportunidade de contemplar inúmeras vezes, seguindo direção à mesa principal, onde se encontrava Ryujin e Heejin, entretidas na tela do computador, possivelmente ajeitando suas novas agendas. 

— Com licença. — Baekhyun pediu educadamente, chamando a atenção das duas mulheres. — Tem algum recado para mim? — Perguntou, sabendo que certamente haveria algo do chefe.

— Sim. — Heejin foi quem disse, arrastando a cadeira de rodinhas para pegar um caderno de capa preta, com a logo da empresa em dourado, para entregar nas mãos de Baekhyun. — Chanyeol pediu para entregar isso a você e também solicitou sua presença na sala dele para uma conversa, que deve ser em relação aos seus novos compromissos. — Explicou, dando um sutil sorriso e sendo retribuída por Baekhyun.

Heejin não era de todo mau quando comparada a Ryujin, até poderia ser um anjo, facilmente. Ela não era de muitas palavras grosseiras e nem de olhares maldosos, na verdade, na maioria das vezes, conseguia ser simpática e bem sorridente. Baekhyun tinha tido oportunidades de conversar com ela durante o intervalo. Mas isso estava longe de fazê-los serem bons colegas de trabalho, afinal, ela ainda era melhor amiga de Ryujin e cúmplice de certas atitudes inconvenientes.

— Obrigado. — Agradeceu, afastando-se da mesa dividida entre as duas.

Percorrendo o trajeto para sala de Chanyeol, bateu contra a madeira rústica e empurrou a porta, por consequência acabando por tropeçar nos próprios pés, caindo com os joelhos e mãos no chão, na entrada para o escritório do chefe. Essa merda não poderia ser mais humilhante, Baekhyun pensou, xingando-se internamente por ser tão desastrado. Suas bochechas imediatamente foram coloridas por um vermelho escarlate.

— Baekhyun, está tudo bem? — Chanyeol perguntou, vindo em sua direção e estendendo a mão em frente ao rosto do secretário, que aceitou a ajuda, levantando-se do chão, contudo, sem coragem para olhar diretamente nos olhos escuros. — Você se machucou?

— N-não, está tudo bem. — Murmurou constrangido, retirando a mão de cima da palma ríspida, completamente envergonhado. — O senhor me chamou? — Perguntou, ansiando em despistar seu nervosismo e a timidez, que agora estampava seu rosto. 

— Sim, eu o chamei. — Afirmou, fechando a porta e andando até a mesa, sendo seguido pelo Byun, que ocupou a cadeira à frente. — Como você sabe, muitas coisas devem mudar na sua rotina dentro da empresa, além de um novo setor, irá atender novas pessoas com as quais você é obrigado a conhecer, desde o nome ao patrimônio acumulado.

— O Senhor teria uma pasta com esses nomes? — Baekhyun questionou rapidamente, adiantando-se e olhando pela primeira vez no dia para o rosto do Park, perdendo seu ar ao notar os fios desorganizados e um óculos de armação prateada adornando o rosto e deixando sua aparência mais jovial, sua camiseta social preta estava aberta, expondo somente um tanto do tórax bronzeado.

— Providenciei com Ryujin uma pasta com todos os dados necessários para que você possa estudar os nomes e os demais detalhes. — Disse sério, destoando de toda sua aparência e de suas atitudes cometidas no último sábado. 

Baekhyun passou a analisar o homem com cuidado para não ser pego, no momento em que ele começou a digitalizar. Notando nenhuma evidência de desconforto ou ansiedade em seu cenho franzido e na sua postura relaxada, de maneira que dava a entender que nada realmente havia acontecido. E, inevitavelmente, o Byun sentiu-se frustrado porque, de alguma forma, criou expectativa para vê-lo. No entanto, Chanyeol não seguia roteiros iguais os de filmes ou livros e, sim, agia na forma profissional de todos os dias, mantendo-se dentro da postura arrogante e dominadora, envolto por uma casca fria e impassível.

— Eu preciso que você organize sua mesa e depois a agenda, mais tarde devo te passar, por e-mail, meus compromissos, quero que ajeite os horários e os dias para que nada se perca. — Informou, sem tirar os olhos do monitor.

— Certo, podemos manter o mesmo cronograma que usávamos anteriormente. — O universitário sugeriu, mas perdendo o foco em seguida ao notar a língua do empresário passar pelos lábios secos, umedecendo quase que em um convite para Baekhyun grudar os seus ao dele, mais uma vez.

— Sim, não há necessidade para uma mudança. — Ele respondeu, encostando-se a cadeira ao clicar com força contra o botão ‘enter’ do teclado. — Eu comentei com você, na semana passada, sobre uma viagem que devo fazer. Preciso que você veja uma reserva em um hotel em Paris o mais rápido possível para o início da semana que vem.

— Eu conferi a agenda do senhor na semana passada e aproveitei para adiantar algumas coisas, incluindo sua viagem para França. Na pesquisa de hotéis do país que fiz, encontrei um hotel de boa estadia na capital, que seria o La Comtesse, além do conforto e de carregar cinco estrelas, ele possui uma ótima vista para Torre Eiffel, acredito que será proveitoso para o senhor.

— É por esses motivos que você é meu Secretário, Byun Baekhyun. — Chanyeol disse, voltando com seu tronco para frente e apoiando os cotovelos na mesa, ficando mais próximo do Byun enquanto a sombra de um sorriso projetava-se em seus lábios. — Você é um garoto obediente e rápido, gosto disso...

— Eu só faço o meu melhor para ajudar você, Sr. Park. — Escolheu bem as palavras para responder, temendo gaguejar e sair muito baixo, devido a timidez repentina que lhe atingiu.

— Eu sei, você faz de tudo para agradar a mim e eu valorizo seus esforços. — Falou, aumentando a coloração avermelhada no rosto pequeno do Secretário, que abaixou a cabeça, fugindo do olhar selvagem, embora ainda pudesse senti-lo ardendo em sua pele.

Mas, sendo salvo, batidas na porta soaram pelo escritório, e Chanyeol, usando um tom mais alto que o habitual, autorizou a entrada, revelando ser Ryujin.

— Perdão atrapalhar o Senhor, mas Yoo Kihyun está desejando falar com você. — Anunciou, tirando um longo e pesado suspiro dos lábios do empresário.

— Tudo bem, mande-o entrar. — Pediu, sendo acatado pela Secretária. — Pode fazer a reserva no La Comtesse para terça-feira de manhã. — Ditou, voltando-se para Baekhyun.

— Como desejar. Precisa de mais alguma coisa?

— Não, pode ir.

Se inclinando em uma reverência respeitosa, Baekhyun saiu da sala em passos ligeiros e batendo a porta em seguida, notando no lado de fora a presença de um homem loiro vestido em roupas de grifes e de aparência esnobe. Contudo, este o ignorou e passou por si sem esboçar um mínimo sorriso ou retribuir o "boa tarde" oferecido pelo Byun, fechando a porta do escritório ao entrar.

Revirando os olhos, andou para sua mesa, encontrando a bagunça de objetos e caixas. Teria que arrumar tudo antes das duas horas da tarde, pois conforme sua rotina, segunda-feira era o dia em que a caixa de entrada do e-mail estaria explodindo e deveria organizar rápido todos para não atrasar nenhum serviço sendo seu, de Chanyeol ou de outro setor.

💎

O início da tarde se passou com o Secretário arrumando sua mesa e colocando em ordem todos os e-mails enviados para a empresa durante o fim de semana, e repassando ao Park os mais importantes, enquanto enviava os demais para outros setores e, em algum caso, para a lixeira, devido a insignificância. Era cansativo e chato ficar realizando a função repetidamente, porém, precisava organizar a caixa de entrada ou dentre algumas semanas estaria perdido em meio a tanto trabalho e informações acumuladas, sem contar que poderia acarretar uma advertência caso deixasse um aviso importante passar.

Embora estivesse focado em seu trabalho, não pôde deixar de notar que duas horas haviam passado desde que o homem que veio ver Chanyeol havia entrado na sala dele e nem dado as caras para fora dela. Não era de sua conta, mas não conseguia deixar de pensar no que poderiam estar fazendo, ele era um homem bonito, com uma postura elegante e aparência bem apessoada. Talvez, fosse um amante do Park... mas também poderia ser um negociador, certo? Às vezes, uma conversa profissional demorava, deveriam ser muitas cláusulas e produtos a serem discutidos. 

Sem intenção de continuar pensando besteiras, Baekhyun saiu do setor quando deu o horário do seu intervalo, subindo pelo elevador até a cafeteria, novamente encontrando Junmyeon pelo andar. Andou em direção a ele, sorrindo contente em poder encontrar um conhecido para conversar e tirar seu foco de Chanyeol.

— Veio apreciar mais uma vez o café delicioso oferecido pela empresa? — Baekhyun perguntou irônico, puxando o foco do contador para si e sorrindo em seguida, pegando um copo americano de café.

— Pensei que estivesse sido absorvido por alienígenas. — Junmyeon gracejou, sorrindo de canto, Baekhyun franziu o cenho, confuso. — Você sumiu depois de dançar com Chanyeol, o que aconteceu? — Perguntou, explicando sua brincadeira anterior.

Baekhyun abriu a boca e fechou, tentando encontrar uma resposta boa suficiente para dar, sem ser a verdade. Fugiu do olhar acobreado, indo em direção à máquina de café e puxando a alavanca, fazendo a bebida quente e de aparência aquosa cair dentro do recipiente.

— Eu... — Iniciou, mas logo parou, tirando a mão da alavanca, tomando tempo para pensar em uma resposta ao pegar açúcar e colocar dentro do copo, misturando dentro da bebida com o auxílio de uma colher de plástico que, sequencialmente, foi descartada no lixo reciclado. — Recebi uma ligação de um amigo, ele estava doente e acabou piorando durante a noite. — Falou, a única saída encontrada em sua mente no momento.

— Também não encontrei Chanyeol... — Articulou parecendo sugestivo e Baekhyun deu de costas, indo para a mesma mesa que, poucos dias atrás, ocupou com o Kim, sendo acompanhado, e sentaram-se. 

— Ele me levou. Quando estávamos dançando, meu celular tocou e eu fiquei preocupado por ser meu amigo, saí sem avisá-lo para o banheiro e ele me seguiu, contei o que estava acontecendo e acabou que me ofereceu uma carona para que eu pudesse ir para casa do meu amigo... sinceramente, se não fosse por Chanyeol, nem sei como teria chegado rápido na casa de Kyungsoo. — Que seu amigo lhe perdoasse, mas havia sido o primeiro nome a brilhar em sua mente, não poderia gaguejar ou demorar a responder, ou sua mentira seria evidenciada.

— Eu não sabia disso, poderia ter me avisado, levaria você.

— Obrigado, mas na hora não pensei em nada além de ter que ir ajudar meu amigo e o Sr. Park foi minha primeira solução, já que ele se ofereceu no mesmo instante. — Mentia sem remorso, estava acostumado em esconder as coisas e criar histórias mirabolantes para fugir de ter que dizer a verdade. Passou sua adolescência toda escondendo os fatos reais de seus amigos, de sua família e até de seus professores.

Havia crescido em meio a mentiras e não doía mais contá-las.

— Entendo, confesso que agiria da mesma forma se estivesse na mesma situação. — Disse compreensivo, manuseando a cabeça. — Mas seu amigo, ele está bem?

— Sim, fomos ao médico e ele receitou um antibiótico para ser tomado durante sete dias, no domingo ele já estava melhor e pela mensagem que recebi dele hoje cedo, está disposto novamente. — Inventou, mantendo um pequeno sorriso nos lábios.

Sem demora, bebericou a bebida, quebrando o contato olho a olho com o Kim, sentindo o café aguado, de péssimo gosto, descendo pela sua garganta. Sinceramente, deveriam avisar à senhora responsável pela bebida, não dava para ela continuar economizando no pó do café.

— Como está sendo no novo setor? — Junmyeon perguntou, iniciando um novo assunto. Baekhyun repousou o copo na mesa e voltou a fitar o colega.

— O setor é bonito, já havia estado nele algumas vezes, mas nunca parei para observá-lo bem. Porém, fora a ambientação, nenhuma grande mudança, Ryujin ainda vai me passar uma pasta com novos nomes com quem a empresa trabalha e Chanyeol possui contato direto. — Contou, passando o dedo pela extensão do copo, experimentando do calor transmitido pela bebida.

— É apenas o primeiro dia, as Secretárias que trabalharam para o pai de Chanyeol sempre reclamavam do trabalho corrido, mas não deve ser muito diferente do que fazia quando ele ainda era Vice-Presidente.

— Acredito que não, talvez, ele somente tenha mais reuniões e viagens.

— Mas você não está sozinho, tem Ryujin e Heejin. 

Baekhyun revirou os olhos, tirando uma risada de Junmyeon.

— Elas não são fáceis e estão longe de me ajudarem, principalmente Ryujin. — Revelou, lamentando-se pela péssima relação com as duas mulheres. — Eu não entendo o que ela tem contra mim, mas desde o primeiro dia é dessa forma.

— Ryujin é uma mulher legal. — Baekhyun arqueou a sobrancelha direita, exteriorizando sua dúvida em cima da confirmação dita. — É sério, Ryujin não é uma pessoa ruim, porém ela deve estar sentida pelo fato de que ela trabalha aqui desde os dezesseis anos e Chanyeol nunca deu a oportunidade para ela assumir um posto acima, como o seu. Pode não parecer muito, mas você está na linha de frente delas, digamos assim, chega a ser injusto pelos anos dela dentro da empresa. Não é sua culpa, de forma alguma, e também não estou dizendo que você não merece… é apenas erro do Park, contudo, suponho que ela tem certa raiva de você por conta disso,  deve ser difícil... — Explicou, surpreendendo Baekhyun com a informação.

— Eu nem imaginei essa possibilidade.

— Ainda tem muitas coisas para descobrir, apesar de ser uma empresa com boa remuneração, falta muito para ser perfeita. Ryujin é um exemplo de quem sofre desvalorização profissional, ela sempre deu seu melhor, mas nunca pareceu ser o suficiente para ser reconhecida por Chanyeol, e isso é ridículo. Inclusive, ele tem a chance de dar muito mais do que ela precisa porque não sei se você sabe, ela é formada em moda, porém, é complicado encontrar vaga de estilista nesse meio, e o Park tem muitos contatos, só que nunca mexeu um dedo para isso.

Baekhyun ergueu as sobrancelhas em um misto de surpresa e chateação, conseguia imaginar como Ryujin deveria se sentir frustrada tanto pelos seus esforços serem descartados como por ser formada e não poder atuar na profissão que, certamente, amava. De certa forma, entendia ela. Trabalhar ou desempenhar na área que não gostava, parecia equivaler a uma tortura brutal, o desânimo chegava a consumir sua força de vontade todas as manhãs ao lembrar-se do curso que fazia e o futuro que lhe aguardava.

— Gostaria de ajudar ela, porém, não tenho tantos contatos. — Junmyeon disse, por fim.

— Não deve ser fácil para ela. — Formou um biquinho nos lábios e soltou uma lufada do ar pelo nariz. — Fazer o que não gosta é uma tortura.

— Com certeza, fazer o que não gosta e, ainda por cima, não ser reconhecido pelos seus esforços, deve ser pior ainda.

— Nunca imaginaria que, toda a agressividade, seria por esse motivo, ainda que não justifique suas atitudes, lamento por ela. — Disse, bebendo um pouco mais do café.

— Acontece... no fim das contas, a vida não é justa. — Enunciou, dando de ombros e relaxando a costas no encosto da cadeira, cruzando os braços em frente a região do diafragma. — Hoje, o meu setor está uma bagunça, nosso Coordenador se aposentou e nem ao menos nos avisou com antecedência.

— Quem está liderando vocês agora?

— Ninguém, cada um está ajudando como pode. Acredito que, até o fim desta semana, devemos ter uma reunião com o Chanyeol para decidirmos o novo Coordenador e contratar uma nova pessoa, já que vai acabar tendo um desfalque.

— Quem sabe você não vire o Coordenador?

— Prefiro não criar expectativas, sonhos muito altos tendem a ter quedas muito severas.

— Está certo. — Concordou, dando o último gole na bebida e levantando-se com Junmyeon.

— Chanyeol logo deve estar atrás de você. — O Contador falou em tom de brincadeira, tirando uma risada nasalada do Byun, que jogou o copo em um dos reciclados.

— Duvido muito, sendo que ele está há, basicamente, duas horas intocado na sala com um tal de Kihyun. — Contou, sem dar-se conta no ciúme impregnado no peso das palavras que atravessaram seus lábios rosados.

— Kihyun está aí? — Baekhyun confirmou, apertando no botão redondo do elevador, que se iluminou. — Kihyun raramente vem a empresa comparado a outros amigos de Chanyeol, mas sempre que aparece, as conversas deles parece não ter fim. Ryujin e Heejin, que trabalham para ele há mais tempo, sempre dizem que os dois passam horas trancados na sala e ninguém sabe o que eles tanto conversam. Acho que eles têm um caso, sinceramente, ainda que ele não pareça ser gay. — Supôs, mais uma vez dando de ombros e entrando com Baekhyun no elevador.

O ciúme, por sua vez, dava as caras e invadia os pensamentos de Baekhyun que, na altura do campeonato, se encontrava cheios de sentimentos e pensamentos, em que todos se resumiam em como tinha sido ingênuo ao pensar que teria uma chance. Havia sido somente uma diversão para o empresário. Burro, de que modo tinha deixado se levar por ele? 

Chanyeol era demais para si, nem ao menos deveria ter cogitado a ideia de deixar ser beijado por ele. Deveria ter mantido os pés no chão enquanto tinha salvação e podia correr da excitação de saber o quão gostoso era estar nos braços dele.

💎

O restante das horas passaram em passos lentos. Assistiu o loiro sair do escritório do chefe sem nenhum fio de cabelo fora do lugar, o que acalmou a fera feita de insegurança que morava em sua cabeça, porém, não o suficiente para fazê-la voltar a dormir. Entretanto, buscou não dar atenção à confusão instalada em seu interior, focando-se no trabalho.

Perto das seis horas da tarde, Ryujin, antes de ir embora, entregou a pasta com diversos documentos das pessoas com quem Chanyeol passaria trabalhar e nome de novas empresas que davam início a um contrato. E calada, partiu para casa com Heejin, que se despediu do Byun.

O setor ficou em silêncio completo, não havia nada além do barulho dos dedos de Baekhyun batendo contra o teclado. As duas horas passaram-se rápidas enquanto o Secretário revisava alguns documentos que Chanyeol havia lhe enviado mais cedo, arrumando pequenos errinhos, quase imperceptíveis.

Desligou o computador, agradecendo a todos os deuses possíveis e impossíveis pelo fim do expediente. Porém, ajeitando sua mesa, não conseguia deixar de pensar que havia esperado o dia inteiro para ser abordado pelo chefe para conversar a respeito do beijo e de tudo que tinham feito no banheiro da festa. Frustrado, apagou a luminária de mesa, restando apenas os leds a serem desligados.

— Baekhyun. — A voz grossa, conhecida por Baekhyun, preencheu o setor vazio, arrepiando cada pelinho do corpo mediano, que se virou em direção à porta do escritório.

E num rompante, o empresário puxou o estudante pelo braço, colando os corpos e as bocas, em um beijo exigente. Os lábios e a língua de Chanyeol conduziam o garoto, assim como os passos em que deu para frente, guiando ele para a mesa e o colocando em cima do tampo, encaixando-se no meio das coxas gostosas, sem desfazer o toque das bocas.

Segurando os fios loiros com afinco, Baekhyun experimentou a maciez das madeixas ao natural, sem o uso de nenhum produto, puxando levemente e bagunçando da forma que ansiava fazer. As mãos do empresário apertaram com vontade as coxas cheias, afundando seus dedos na maciez da carne, fazendo o garoto ofegar entre as bocas grudadas, aproximando mais o próprio quadril contra o do empresário, com sede por sentir mais e mais dele.

Fora de seus sentidos, induzido pelo apetite sexual que corrompia sua inocência, passou a se movimentar descoordenadamente contra o quadril do Park. Sendo gradualmente apertado pelas mãos firmes, que o incentivam a continuar se esfregando, apesar da inexperiência apresentada nos movimentos. Aos poucos, a temperatura aumentava, incendiando as paredes envidraçadas e os corpos unidos, as calças tornando-se mais apertadas ao passo em que sentiam o atrito das ereções.

Chanyeol serpenteou uma das suas mãos pelo tronco de Baekhyun, seguindo para trás da nuca e puxando os fios castanhos sem nenhum resquício de delicadeza, impaciente pelo latejar de seu pênis.

— Vem pra Paris comigo, moleque. — Chanyeol sugeriu em um sussurro, logo depois descendo a boca para o pescoço, passando sutilmente os lábios abertos pela derme, deliciando-se com o cheiro da fragrância doce que desprendia do garoto, o torturando em uma brincadeira deleitosa.

— Por favor, senhor. — Baekhyun implorou pelo toque, arrancando uma risada maliciosa do empresário. 

Ele apertou mais rudemente as madeixas entre os dedos, por conseguinte, colocando a língua para fora da boca e percorrendo toda a extensão do pescoço clarinho, saboreando o gosto da epiderme fervorosa, de modo que fez um longo e manhoso gemido sair da boquinha gostosa do Byun, que cravou as unhas com afinco nos ombros largos. 

— Vem comigo, Byun. — Soprou, insistindo, subindo os lábios pela mandíbula, queixo e tomando, mais uma vez, os lábios delineados do jovem. No entanto, dessa vez, de uma maneira serena e cuidadosa, mas ainda assim dominante e exigente, roubando todo o autocontrole de Baekhyun.

O contato era sensual, beirando ao pornográfico. As línguas se esfregavam em satisfação ao tempo que as ereções, cobertas pelas calças sociais, roçavam e arrancavam arfares de ambos. Sentiam-se tocando o céu, descobrindo o melhor da vida naquele beijo regado em prazer. 

Chanyeol cravou os dentes no lábio inferior de Baekhyun, puxando e assistindo escapar lentamente. Repousou sua testa na do garoto, tendo os olhos acobreados dentro dos seus.

— Me dê uma resposta, Baekhyun. — Ordenou, sem usar mais um tom gentil, soando impaciente, quase agressivo, fazendo um arrepio percorrer a espinha do secretário. 

— Eu vou... — Acatou, não se importando com mais nada, além de poder estar nos braços de Chanyeol, sendo tomado por ele. — Eu vou para qualquer lugar com você, Sr. Park. — Disse, por fim, mordendo o lábio inferior em uma clara provocação, não ligando mais para suas bochechas flamejantes e para a vergonha que o consumia.

— Caralho, moleque, você vai me enlouquecer dessa forma. — Chanyeol disse, cedendo aos desejos novamente e voltando a atacar os lábios umedecidos pela saliva sua e dele próprio.

No fim da noite daquela segunda-feira, Baekhyun pôde tocar no paraíso outra vez  enquanto revirava os olhos ao gozar, esfregando-se contra a ereção potente do Park. E imerso no prazer com o corpo amortecido, foi levado para casa em uma Mercedes Benz. 

— Você deve organizar sua estadia em Paris também. — Chanyeol avisou ao estacionar em frente ao prédio onde Baekhyun morava. Deitando a cabeça contra o encosto de couro, sorriu pequeno ao ver a expressão manhosa e cansada no rosto do seu garoto.

— Eu irei ver isso amanhã. — Ele concordou, virando na direção do empresário. — Sr. Park, o que nós estamos fazendo? — Perguntou, mas procurando não ser grosseiro ou soar como se não estivesse satisfeito com o que estavam fazendo.

Chanyeol suspirou e levou a destra até o rosto pequeno, acariciando a bochecha com o polegar.

— Não precisamos dar nome para tudo, apenas basta saber que estou atraído por você e que você está por mim. Mas peço para que guarde esse segredo, ninguém deve saber que estamos quebrando uma das regras da empresa, as quais deixa claro que funcionários e nem chefes devem ter relações, sejam elas sexuais ou amorosas. Você pode guardar isso?

— Sim. — Afirmou, antes de ter os lábios selados novamente, mas em um beijo inocente.

— Você é um menino muito subserviente. E nem ao menos deve saber como sou louco por isso em você, a sua obediência me excita, Baekhyun. — Sussurrou no ouvido dele, chupando o lóbulo e arrastando o dente pela cartilagem até desprender, arrepiando Baekhyun. — Vejo você amanhã, Baekhyun. — Despediu-se, esticando a mão para abrir a porta do passageiro e voltando ao seu encosto, admirando as maçãs do rosto do universitário coradas. 

Achava a vergonha dele uma gracinha, a inocência que ele tinha era uma das coisas que mais admirava e que mexia com sua sanidade, pois ansiava tirá-la dele.

— Obrigado pela carona, Senhor. — Agradeceu e saiu do carro, batendo a porta em uma cena quase nostálgica, já que não era a primeira e nem segunda vez que ele o levava para casa. Porém, estava longe de reclamar, afinal, apreciava a companhia dele – por mais que lhe deixasse tenso –, assim como gostava dos beijos que agora trocavam.



Notas Finais


Capítulo tranquilinho pra dar uma acalmada nos ânimos, já que o último elevou bastante, né?!

Muito obrigada por lerem até aqui, espero encontrar vocês nos comentários e no próximo capítulo 😊❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...