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História Vermillion - O castelo do vampiro - A trilha que leva ao castelo


Escrita por: Milli_nameless

Notas do Autor


Após o confronto contra o cavaleiro sem cabeça, Vincent percebe que está lidando com algo totalmente fora do comum. Sem perder o ânimo, ele agora busca um caminho alternativo para alcançar o castelo Vermillion.
Fiquem com o capítulo de hoje...

Capítulo 2 - A trilha que leva ao castelo


Fanfic / Fanfiction Vermillion - O castelo do vampiro - A trilha que leva ao castelo

Velas e lampiões voltavam a iluminar a estalagem enquanto um grupo de moradores se reunia com Vincent para traçar uma rota rumo ao castelo Vermillion. Seus olhares eram de pura ansiedade enquanto o homem de um braço só falava:

- Como eu já lhe disse, Forasteiro, o caminho que você seguirá não oferece nenhum tipo de segurança. Somente um veículo fantasmagórico como o daquele cavaleiro sem cabeça poderia atravessá-lo à salvo. Existe uma trilha que segue pela floresta ao nordeste, levando direto ao castelo Vermillion. Se você tiver sorte, poderá evitar os animais selvagens da floresta e em menos de dois dias, chegará ao seu destino. Há uma cabana no caminho onde poderá descansar e dormir. Mas terá, porém, que atravessar um rio...

O homem então pegou 2 moedas de ouro e as entregou para Vincent:

- Existe um barqueiro responsável por atravessar pessoas naquele lugar. Caso ele cobre alguma taxa, use estas moedas. A partir daqui, nós te desejamos uma boa viagem, Sr. Valentine.

Vincent notou os olhares ao seu redor. Todos mantinham fortes esperanças de que o mesmo conseguiria voltar são e salvo daquele terrível castelo. O aventureiro sacou sua arma e abriu o tambor, revelando que ainda haviam 5 balas. Um dos aldeões então o questionou:

- Não acha que deveria levar uma espada ou um machado? Se suas balas acabarem, vai ser complicado pra você.

Na mesma hora, Vincent respondeu:

- Espadas e machados normalmente seriam uma bela pedida. Mas eu tenho algo que pode me salvar caso as balas acabem...

Ele então mostrou sua luva dourada para os moradores, revelando que havia uma espada curta acoplada na mesma:

- Espadas curtas são mais ágeis e dão mobilidade para o corpo. Percebi que vou enfrentar seres sobrenaturais e Certamente eles não vão temer uma simples arma de fogo. Desde já, eu agradeço todos pela confiança e prometo voltar em até uma semana. Caso isso não aconteça, vocês podem imaginar o que quiserem sobre o meu destino...

Ao terminar de falar, Vincent se virou e caminhou em direção à saída, onde olhou para os céus e notou que a lua cheia pairava naquela região. Passando a mão em seu peito, ele se lembrou do momento em que o cavaleiro sem cabeça o atravessou como um fantasma, deixando ele muito fraco. Era algo completamente fora do comum, mas isso não abalava sua fé: a fé de que ia retornar para essa vila com a jovem Anastácia. Caminhando pelo chão de terra, ele foi em direção à floresta, sendo observado por todos os moradores da vila. Com seus equipamentos e uma mochila de provisões, ele seguiu rumo ao desconhecido, Adentrando a floresta até desaparecer de vez...

************************

Cerca de uma hora depois, Vicent segue pela trilha e logo se encontra completamente envolvido pelo verde da floresta. Os galhos das árvores parecem virados e contorcidos em formas grotescas, e à distância, corujas piam e lobos uivam. O chão da floresta não tem plantas que o curem, e suas botas estalam na terra de cascalho. Vai ficando mais claro, talvez a luz da lua esteja reaparecendo e então, sem qualquer aviso, uma flecha passa assobiando perto da orelha do aventureiro e se fixa em um tronco de árvore! No lusco fusco a sua esquerda, um grande urso segue balançando em sua direção, e do outro lado, uma figura esguia está preparando outra flecha para lançar em sua direção. Sentindo que seria atacado mais uma vez, Vincent logo gritou para amenizar a situação:

- Espera! Não atire! Eu não quero causar mal a vocês!

Seu grito é interrompido assim que ele consegue ver a flecha voar em sua direção. Sem muito para fazer, ele se jogou para o lado, sendo atingido de raspão pela flecha que se fincou na árvore. Estava prestes a puxar sua arma de fogo, mas ele logo notou que a figura, uma mulher, estava abaixando o arco. Ela gesticulou para o urso, que rosnava mas não o atacava, e logo em seguida a mesma se aproximou:

- Você está bem? Peço desculpas por atirar primeiro e perguntar depois. Eu sou uma guarda florestal responsável por cuidar desta floresta e sinceramente não esperava que alguém vagueando por aqui durante à noite tivesse boas intenções!

Vicent percebeu o motivo daquele mal entendido e não se importou por ela ter atirado nele:

- Você só estava fazendo o seu trabalho... Apesar de que é muito engraçado alguém querer proteger essa floresta isolada.

Se levantando do chão, ele logo levou a mão até o corte que a flecha havia causado em seu corpo. Ao ver aquilo, a mulher puxou um pano e alguns medicamentos, iniciando um rápido tratamento do seu ferimento. A mulher era bastante amigável e prestativa:

- A propósito, meu nome é Natasha. E você seria...?

- Vicent... Vincent Valentine.

Com um esbelto sorriso, ela então pergunta:

- E o que alguém como você está fazendo andando por estas bandas?

Notando que a mulher parecia ser confiável até aquele momento, ele não se importou em revelar a verdade:

- Eu sou um aventureiro em busca de algo para engrandecer meu nome. Há algumas horas eu cheguei no vilarejo de Nebraska, onde fiquei sabendo que o tal Conde Sephiroth, que vive no castelo Vermillion, está sequestrando pessoas. Os aldeões me pediram para ir até o local e acabar de vez com esse homem, além de trazer de volta uma jovem chamada Anastácia que ele capturou recentemente...

Natasha, que até então estava com um semblante calmo e tranquilo, ficou bem séria ao ouvir sua história:

- O Conde é um homem muito mau... Lobos ferozes e bandos de morcegos infestam as terras à volta de seu castelo, e as pessoas daqui dizem que ele rapta mulheres jovens para serem suas escravas... ou pior. Mas nem sempre foi assim. Seu irmão, Siegfried, que foi Conde antes dele, esse sim era um homem bom e decente...

Ela então para de falar ao som de um trovão e uma pesada chuva que começa a açoitar os galhos das árvores acima de suas cabeças:

- Vamos, vamos para a balsa! Eu vou acompanhar você até lá.

Ela então segue em direção ao rio, e no caminho lhe dá alguma comida para ajudá-lo em sua jornada. Encontrar aquela mulher no meio do caminho fez com que Vincent renovasse suas expectativas. Após caminharem alguns minutos em meio a chuva, logo foi possível avistar o rio que tanto se falava, além de uma cabana e uma barca amarrada ali próxima. Quando Vincent se aproximou, um pequeno e envelhecido Gnomo correu de dentro de sua cabana para a luz cinzenta da madrugada e andou meio de lado até o aventureiro, sorrindo de modo bastante malicioso:

- Hoho... Ora, ora. Já faz um tempo que não recebo visitantes novos. Imagino que deseja atravessar o rio, não é mesmo?

O forasteiro foi direto na resposta:

- Sim...

Ao ouvir isso, o gnomo voltou a rir:

- Hohoho! Sabe, o último homem que atravessou esse rio nunca mais voltou... Mas vejo que você tem coragem nos olhos. Vão ser duas moedas de ouro para que eu o leve até a outra borda.

O aventureiro já sabia sobre o preço por conta dos moradores de Lebraska. Quando estava prestes a pegar as duas moedas de ouro da bolsa, Natasha passou por ele e agarrou o colarinho do gnomo, erguendo o mesmo bem alto enquanto falava com ele cara a cara:

- Leve meu amigo para o outro lado do rio, Snivel, de graça. Você me deve um favor por manter aqueles lobos longe de você na semana passada!

Snivel se sentiu acuado com a leve bronca da mulher, que o colocou no chão mais uma vez:

- C-Claro, Natasha... E-Eu não sabia que ele era um amigo seu...

Dito isso, o gnomo foi em direção à barca, preparando para guiá-la enquanto aguardava a entrada de Vincent, dizendo algumas palavras quase inaudíveis. O forasteiro se aproxima da mulher e indaga:

- Você sabe mesmo como convencer alguém na base do argumento...

Natasha olha para ele e responde:

- Eu sei perfeitamente como lidar com Snivel. Ele não morde, mas costuma ser um pouco ganancioso. Antes que você vá, Vincent, preciso lhe dizer algo: Assim que atravessar o rio, caminhe pela trilha em frente e em cerca de algumas horas encontrará uma cabana de guarda florestal. É melhor você passar a noite lá enquanto espera a chuva passar. Se for nesse ritmo, você deve alcançar o castelo Vermillion até o próximo crepúsculo. Desde já, boa sorte..

Vincent agradeceu pela ajuda que a mulher lhe ofereceu até ali, seguindo em frente até subir na barca. Ela então se move para a frente, contra a corrente, indo para o meio do rio! Natasha acenou um adeus, quando o homem desceu em segurança na margem oposta. Preparado para caminhar novamente enquanto as gotas de chuva caíam, Vicent continuou sua jornada em meio à floresta.

***********************

Vincent seguiu pela trilha através da névoa fina. Não haviam pássaros cantando, nem sinais de vida; esse silêncio era enervante. Depois de algumas horas, o aventureiro alcançou uma pequena cabana em meio a uma clareira. Uma linha fina de fumaça azul subia preguiçosamente pela chaminé. Olhando, cautelosamente, pela porta entreaberta, ele viu um homem lá dentro, dormindo em frente ao fogão. Ele usava roupas de couro marrom e cinza, e havia uma longa faca encurvada em suas mãos. Vincent via pouco de onde estava, embora pudesse sentir o cheiro de boa comida sendo feita. Disposto a adentrar o local e saber quem era aquele, o forasteiro tossiu e o homem, tendo acordado, olhou nervosamente para ele:

- O que... Está a procura de abrigo? Fique à vontade pra entrar se quiser e esquentar o corpo. Tem pão em cima da mesa e um pouco de sopa no fogão...

Já de pé, o homem caminhou até a mesa, onde acendeu um lampião velho, deixando o ambiente um pouco mais aceso. Vincent aceitou a hospitalidade do homem, lembrando das Palavras de Natasha sobre esse lugar. Curioso, ele então perguntou:

- Você mora aqui há muito tempo?

O anfitrião coçava sua grande barba enquanto respondia:

- Pode ter certeza que sim. Meu nome é Barandun, mas alguns me conhecem como o homem da floresta. Sabe, eu já fui um guerreiro no passado, mas depois de alguns anos fiquei cansado de batalhas e derramamentos de sangue. Quando descobri essa grande floresta, nunca mais pus os pés fora dela. Hoje em dia, prefiro viver só, em paz com as criaturas da floresta... Porém, a grande maioria delas desapareceu dessa região e isso me deixou bastante preocupado.

Vicent escutava a história do homem enquanto comia um pouco de sua refeição. Até que tinha um gosto bom:

- E você tem alguma ideia do que possa estar causando isso?

O homem barbudo voltou a olhar para ele enquanto respondia:

- Eu não acho... Tenho certeza. O mal que existe no castelo Vermillion é o que está amedrontando estas pobres criaturas!

Ao ouvir isso, o aventureiro se sentiu confiante para contar sobre sua busca e objetivos que o levavam até o castelo do Conde Sephiroth. Isso abriu um grande sorriso na cara de Barandun:

- Haha! Pelos deuses, como você é bravo! Fazia tempo que eu não conhecia um homem tão corajoso a esse ponto. Saiba, meu jovem, que você certamente conseguirá enfrentar esse mal. Além disso, eu sei de algo que poucas pessoas conhecem: Há pelo menos um homem bom dentro daquele castelo e certamente ele o ajudaria se o encontrasse...

Vincent tomou aquilo como uma ótima informação:

- De quem você está falando?

O homem então bateu com sua mão na mesa:

- Lothar, o zelador do Castelo! Ele costumava ser simpático comigo, mas não o tenho visto há alguns meses. Nem mesmo sei se ele ainda vive. Talvez também tenha caído sob o julgamento do Conde, ou então foi morto. Se tiver a sorte de encontrá-lo, diga que eu mandei lembranças...

A conversa de ambos continua por alguns minutos, até que Vincent decide que o melhor a fazer naquele momento era descansar. Sua jornada até aqui estava rendendo bons frutos e informações, ao ponto de que ele se sentia bastante confiante. Antes que fosse deitar, Barandun lhe ofereceu um presente: um fio de dentes de alho que ele pegara de uma pequena horta, na parte de trás de sua cabana. Por conta de sua insistência, Vincent acabou aceitando o tal presente e o colocou em volta do pescoço. Agora bem alimentado e com um novo aliado, Vincent se deitou e adormeceu ali mesmo, recuperando suas energias para o dia seguinte. Pela manhã, já de pé e com todos os seus equipamentos prontos, o aventureiro se despediu do homem da floresta e seguiu seu caminho em meio à floresta gelada. Horas e horas depois, prosseguindo pela tarde e Adentrando o anoitecer, Vincent finalmente conseguiu ver o castelo que tanto procurava no topo de uma colina escarpada. Seria difícil escalar o local, mas para alguém que já havia ido tão longe, nada podia pará-lo. Limpando o suor da testa, o mesmo se aproximou da íngreme região e começou a escalar cuidadosamente a colina. Seu esforço seria recompensado algumas horas depois, quando o mesmo finalmente atingiu o topo da colina e pôde ver, com seus olhos vermelhos, o impressionante castelo Vermillion. O local era iluminado por três quartos da lua e a névoa que cobria a região ao seu redor por algum motivo não chegava até ali. Encarando de frente a grandiosa construção, Vincent caminhou lentamente em direção aos portões entreabertos:

- Conde Sephiroth... Chegou a hora de você pagar por todo o mal que está causando...


Notas Finais


Depois de percorrer um longo caminho e conhecer pessoas que o ajudaram, Vincent finalmente chega até o castelo Vermillion. Tudo parece tranquilo, mas ele sabe que não vai ser fácil entrar e sair daquele castelo tão facilmente. Quais perigos ele encontrará ao entrar no local? Estará ele apto a vencer estes desafios?

Próximo capítulo: Uma alma penitente


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