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História Vermillion - O castelo do vampiro - A cripta de Sephiroth


Escrita por: Milli_nameless

Notas do Autor


Tendo concluído todos os objetivos dentro do castelo e agora sob a posse da armadura mágica de Siegfried, Vincent Valentine adentra a Cripta onde o conde Sephiroth habita. Conseguirá ele alcançar as profundezas do local para salvar Anastácia?
Fiquem com o capítulo de hoje...

Capítulo 8 - A cripta de Sephiroth


Fanfic / Fanfiction Vermillion - O castelo do vampiro - A cripta de Sephiroth

Descendo a cripta, uma escuridão profunda dominava tudo e por isso Vincent precisaria de uma fonte de luz:

- Mikhail, ilumine o meu caminho!

Com o caminho agora iluminado, Vincent desce os degraus de pedra, cobertos de poeira e cortados entre porções cheias de teias e de limo. As paredes têm uma decoração pálida e, em intervalos, rostos de gárgulas parecem olhá-lo de relance. Seria a sua imaginação? Ratos corriam ao longe conforme ele prosseguia até chegar a um túnel no final dos degraus. O aventureiro notou uma pequena pilha de ossos que os ratos deviam estar remexendo. Não pareciam ser ossos humanos. Com um leve suspiro, o aventureiro caminha até chegar a uma porta, e a abre com suas chaves. Logo após ela estaria um corredor no qual podiam ser vistas portas e alcovas um pouco distantes. Quando ele estava prestes a avançar, sentiu que havia algo de errado em seu andar:

- Hum?

Rapidamente, ele recuou a tempo de livrar-se de uma armadilha alçapão coberta. Algo que poucos notariam e certamente pegaria pessoas desatentas. Esgueirando-se por volta dela, Vincent continuou em segurança pelo corredor. Uns três metros mais à frente, no corredor, ele ficou diante de duas portas, uma de cada lado. A porta para norte tinha uma placa empoeirada que podia ser lida após tirar as teias; dizia simplesmente: “Boris, o bebum". Esta não parecia ser promissora. A porta para sul tinha uma placa que dizia: "Chanceler Stofen Schmidt, o pior homem de Narmídia". Um pouco mais a sua frente, Vincent pôde ver uma junção em T que virava para norte e sul, e também uma porta em seu final:

- Um bebum e o pior homem de Narmídia... O que essas pessoas estão fazendo aqui embaixo?

Mesmo com um pouco de discordância, Vincent decidiu que antes de seguir seu caminho, ele iria até a porta de Boris, o bebum. ele destrancou a porta com suas chaves até que adentrou em uma pequena câmara de pedra vazia, com um sarcófago simples de pedra no centro. Sem muito esforço, ele ergue a tampa do sarcófago. Em seu interior há um esqueleto comum, mas há também uma garrafa de bronze toda ornamentada, e o selo em volta de sua rolha parece intacto:

- Parece que esse cara não largou o vício nem depois de morto...

Apesar de tudo, o conteúdo dentro da garrafa ainda parecia estar em bom estado. Puxando a rolha e deslacrando a garrava, Vincent tomou um gole do que parecia ser um conhaque. Conforme o líquido descia por sua garganta, o aventureiro sentiu que tal bebida parecia possuir magníficos poderes restauradores:

- Boris pode ter sido um beberrão, mas parece ele reconhecia um bom fortificante quando via um... Vou guardar isso pra beber mais tarde em sua memória!

Feito isso, o aventureiro sai da sala e continua seu caminho pelo corredor. Na ponta leste do corredor havia uma porta preta com pesadas faixas de ferro dos dois lados. para norte e sul, existem pequenas passagens que também terminam em uma porta de madeira negra. Verificando-as cuidadosamente, você descobre que a porta norte tem uma placa que diz "Doktor Peter Fausto, Médico do Conde Sephiroth Vermillion". As outras portas não possuíam qualquer tipo de decoração. Fora isso, uma estranha gosma amarelada saía da porta com a placa indicativa, deixando ele um pouco mais cauteloso:

- Estranho... Talvez seja melhor não arriscar nesse momento...

Ele então optou por seguir até a porta ao sul do local. Vincent enfia a chave na fechadura e empurra a porta de modo a abri-la. Lá dentro, havia uma fila de tumbas simples sem qualquer marca ou decoração, todas idênticas. De repente, ele teve uma sensação estranha; seus nervos formigam levemente e ele coça os olhos para clarear a visão. Quando olha novamente, vê uma pálida figura fantasmagórica mutuando em sua direção como se quisesse que ele se aproximasse. A aparição, aparentemente uma mulher, é jovem, de rosto lúgubre e parece muito determinada. Com a espada em suas mãos, ele fica em guarda por alguns segundos até perceber que o fantasma não parecia ter a intenção de atacá-lo. De repente, uma voz feminina começa a ecoar em sua cabeça, como se fosse ela estivesse se comunicando telepaticamente com ele:

~ Não tema, guerreiro. Eu sou Jandora, uma maga que infelizmente se tornou mais uma das vítimas de Katarina Vermillion. Fui pega com a guarda baixa e minha magia não pôde me ajudar, antes de eu sangrar até a morte nas mãos daquela mulher diabólica.

Vincent então estremece, pensando em tão terrível fim para aquela jovem mulher:

~ Não tempo para isso. Em minha tumba atrás de mim está meu anel mágico de armazenagem de feitiços. Ele o ajudará em sua busca. Todos os que estão enterrados nesta cripta foram consumidos pelos Vermillion durante todos esses anos. Vingue-nos e mostre que o bem prevalecerá...

Ainda silencioso, Vincent assente ansioso para ela. Ele não procurava nada mais do que isso. O fantasma da jovem maga o observa quando ele abre sua tumba e pega o anel simples de ouro de sua mão esquelética. O anel tinha, originalmente, seis feitiços armazenados, mas agora, após todos esses anos, a magia resiliente nele está mais fraca, restando apenas três:

~ Cada feitiço só poderá ser usado apenas uma vez, então seja cuidadoso quanto a isso... A Parede de Força invoca uma barreira invisível a sua volta, que não pode ser atravessada e que se move com você. Use-a para evitar que seus inimigos escapem ou para se defender de seus ataques. Despedaçar é um feitiço capaz de destruir qualquer criatura sólida e resistente de dentro para fora. Use-a para aniquilar seus oponentes. O Grande Poder aumenta a força dos seus ataques, tornando a sua espada bem mais perigosa para seus oponentes. Para conjurar meus feitiços, basta dizer o nome deles em voz alta e eles o atenderão...

Após dizer estas palavras, o espírito de Jandora desaparece de sua vista. Vincent parte com as bênçãos do fantasma e promete em seus pensamentos que irá vingar todos ali. Ao sair da sala, o aventureiro percebe que há uma trilha gosmenta de muco amarelo esverdeado que segue vinda sob a porta ao norte. Atentando-se a esse fato, ele rapidamente abre a porta a leste e entra, buscando evitar seja lá o que fosse aquilo. A  grande porta negra entra num corredor úmido e abafado, em que o mal quase pode ser tocado. Vincent ergue a espada novamente e fonte de luz mostra brilhos que se refletem à frente. Logo ele pôde ver os ossos amarelos de um guardião que avançava, implacavelmente, em sua direção:

- Você de novo...

A imensa criatura-esqueleto com quatro braços, um Tassalos, carregava uma maciça foice negra. Grandes órbitas vazias e de brilho esverdeado reluzem sobre um sorriso sem expressão, no maxilar do monstro. Vincent sabia que deveria poupar suas forças para o confronto final com o conde Sephiroth e por isso deveria acabar com aquele monstro o mais rápido possível:

- Eu poderia lhe mostrar que sou capaz de te derrotar com um pouco de esforço, mas tenho assuntos a resolver com o seu mestre, Tassalos...

Ele então abaixou sua arma e apontou sua mão direita na direção da criatura. O anel dourado de Jandora jazia em seu dedo anelar e apenas esperar por seu comando:

- Despedaçar!!

Brilhando em um verde intenso, o anel liberou o poderoso feitiço que atingiu a espinha do monstro, destruindo-o no mesmo instante e com muita facilidade. O último brilho verde malévolo se apaga nas órbitas e a grande foice negra cai no chão com um estrondo, deixando o caminho livre para que Vincent continuasse:

- Você é o próximo, Sephiroth...

Passando pelo corredor, Vincent deu de cara com uma bifurcação onde haviam duas escadas que desciam. Uma ia direto para o leste e a outra para o oeste. Decidindo arriscar, ele caminhou em direção ao leste, sentindo que a presença maligna estava bem forte por todo aquele lugar. Após descer os degraus, ele chegou a uma porta que não possuía placa ou sinal, apesar de poder ver que existem alguns arranhões nela, como se alguma coisa tivesse sido removida ou alguma criatura tivesse tentando entrar ou talvez apenas arrancar-lhe os ornamentos. Ele abriu a porta do quarto, que era iluminado por um globo perolado de luz mágica, brilhando suavemente sobre um caixão de cristal de quartzo que estava sobre um pedestal magnificamente decorado. Dentro do caixão, havia um homem. Incrivelmente alto, com mais de dois metros, cabelos loiros ondulantes, rosto liso, uma boa estrutura e bastante musculoso. O corpo certamente foi embalsamado. No caixão estava um pequeno escudo ornamental, onde se lia simplesmente “Siegfried Vermillion”:

- Então o Conde trouxe o corpo de seu irmão para dentro da cripta. Já que ninguém entra aqui além dele, ninguém nunca saberia que fim levou Siegfried. Mas se isso é verdade, então significa que ele também deve ter escondido a estrela da noite neste lugar...

De repente, ergue-se um sósia fantasmagórico de Siegfried do caixão, assustando Vincent momentaneamente. Ele então sai do caixão e fica diante do guerreiro. Agigantando-se a sua frente, a sombra de Siegfried Vermillion fita-o ansiosa e gesticula para que a siga, apontando para o caixão:

- Certo...

Vincent então levanta a tampa e gentilmente move o corpo para o lado. Suas mãos firmes encontram uma porta secreta na base do caixão. O espaço é grande o bastante para que o aventureiro se esgueire por ele, seguindo o fantasma impaciente. Ele então cai alguns centímetros em um chão de pedra e, meio que engatinhando, usando sua fonte de luz, segue o fantasma de Siegfried pela passagem curta e estreita que se abre em uma espécie de pequeno santuário. No local, Siegfried aponta primeiro para uma pequena garrafa de quartzo rosado, cheia de um líquido incolor:

~ Isso é água-benta... você achará muito útil.

Siegfried então olha para um globo de bronze iluminado muito estranho, pousado sobre a mesa de toalha de linho branco a sua frente e ao lado de um cálice de prata:

~ Guerreiro, Você possui o que precisa para destruir Sephiroth em seu caixão. A estaca será essencial para quando você estiver perto de dar o golpe final em seu corpo... Ele descansa ao oeste daqui... Mas temos mais trabalho antes disso. Pegue esse globo e se concentre. Se tiver suficiente, ele o servirá bem...

Atento as palavras sussurradas pelo espírito, Vincent demonstra estar completamente comprometido com aquela missão. Sua fé se provou diversas vezes inabalável, não importa qual fosse o desafio. Sentindo que o aventureiro havia passado no teste, Siegfried continuou:

~ Você possui tudo que é necessário para destruir Sephiroth em seu caixão, mas pode enfrentá-lo? Somente Mikhail não será o suficiente para que você consiga a vitória...

Vincent então se lembra do livro que havia adquirido enquanto estava na biblioteca do castelo. Era um livro onde uma figura parecida com Siegfried brandia uma espada brilhante e poderosa. De sua mochila, ele logo retirou o livro e mostrou para o espírito:

- Está falando desta arma descrita neste livro? A estrela da noite?

A aparição então o olha de modo aprovador enquanto continua a falar:

~ Você tem o Livro... Dentro dele, reside a minha espada Estrela da Noite. A magia de Sephiroth usou sangue para colocá-la ai dentro, e sangue será necessário para libertá-la novamente...

Siegfried aponta para um cálice de prata ornamentado, que está sobre a mesa:

~ Você deve dar seu sangue para libertar a Estrela da Noite. Isso lhe custará energia, mas a arma é incomparável...

Vincent estava disposto a correr o risco. Se aquela era a única forma de acabar com Sephiroth e salvar Anastácia, então ele o faria. Sem hesitar, ele ergueu a manga do braço direito e usou sua espada para abrir uma veia e deixa o sangue escorrer para o cálice. Enquanto o líquido escarlate pingava dentro do pote, símbolos vermelhos brilhavam diante de seus olhos e pareciam dançar na borda do cálice. Aos poucos, os olhos de Vincent ficavam pesados e ele sentia um leve cansaço. O aventureiro então pulou, em alerta, quando uma mão fria tocou seu ombro.

~ Você quase desmaiou... mas a mágica está feita. Olhe!

Ele aponta para uma inigualável espada brilhando em meio a uma luz branca sobre a mesa, a sua frente. Embora tenha perdido sua energia ao doar seu sangue, assim que Vincent pegou A Estrela da Noite, a energia penetrou no seu corpo, fazendo-o recuperar o que perdeu e ainda lhe dando algo a mais. Seu corpo parecia estar mais forte, mais resistente e ele também parecia ter sua fé visivelmente aumentada. A Estrela da Noite era uma espada mágica de considerável poder. Ao olhar em volta, Vincent também notou que o espírito havia desaparecido. Sua missão ali parecia ter acabado e por isso Vincent subiu novamente até a primeira câmara, saindo pelo caminho que o levava para fora do caixão. Antes de partir, o aventureiro ajeitou o corpo de Siegfried que estava no local e ainda colocou a espada Mikhail sobre ele:

- Obrigado por tudo, Siegfried. Seu antigo vassalo agora ficará aqui para te proteger... Adeus, Mikhail.

Se despedindo da arma que salvou sua vida várias vezes, Vincent caminhou para fora da sala, já tomando o caminho do oeste enquanto descia as escadas. Seu coração batia mais forte a cada passo e ele suspirava enquanto apoiava a Estrela da Noite em seu ombro direito. Vincent logo abre a porta com suas chaves e entra em uma antecâmara de pedra, vazia, decorada com entalhes de ratos, morcegos e lobos. Do lado oposto há uma porta e, de uma estreita fresta em sua base, uma maligna luz vermelha é refletida de uma câmara vizinha. Aquele era o lugar que ele estava procurando...

O aventureiro entrou numa câmara suntuosa, iluminada por brilhantes lanternas a óleo, com lentes de cristal vermelho. Drapeados pretos, carmim e prata escurecem as paredes e ele não podia ver nenhuma saída. A sala era magnificamente mobiliada com teca e nogueira. Prataria e mármores brilhavam na luz suave, além de algumas estantes contendo vários livros. Cerca de seis metros à frente, um balcão se ergue sobre os degraus de mármore com balaústres dourados e, em uma cama de pedra, estava uma jovem moça de cabelos Castanhos com um longo vestido branco em seu corpo. Seus olhos logo identificaram quem era ela:

- Anastácia!

Assim que Vincent ia se aproximar, uma voz masculina o chamou toda a atenção:

- Não adianta gritar... Ela está em um forte transe e não irá acordar tão cedo...

O aventureiro aumentou sua guarda, olhando para todos os lados da sala em busca de mais alguém. Ele podia sentir sua energia maligna, mas não conseguia vê-lo. Foi então que Vincent olhou para cima e, bem no teto, um homem de cabelos brancos estava flutuando de ponta cabeça e lendo um livro, enquanto desafiava todas as leis da gravidade:

- Eu estava esperando por você desde que senti a presença de meus dois Tassalos se esvaindo completamente. Estava esperando para conhecer o homem que foi capaz de realizar tal feito e chegar até aqui sem um único arranhão...

Enquanto falava, o homem caminhava pelo teto como se fosse a coisa mais normal do mundo, até se aproximar de uma parede e descer andando. Ele não tirava a sua atenção do livro, lendo página por página. Vincent sabia que aquele era o tal Conde de que todos haviam falado e agora, frente a frente com o tal, ele precisava mostrar toda a sua coragem em enfrentá-lo:

- Sephiroth Vermillion! Eu estou aqui para acabar com o seu reinado de medo e maldade! Sua hora chegou!

O conde se aproximou de uma estante, guardando o livro e folheando outros mais. Parecia até estar desinteressado no aventureiro que o ameaçava até então. Ele então começou a se virar na direção de Vincent, deixando que o aventureiro admirasse o seu rosto meio pálido e aqueles olhos vermelhos como sangue:

- Vejo que carrega a espada de meu irmão... Então está mesmo determinado a me enfrentar.

Um sorriso debochado surgiu no rosto de Sephiroth, que até o momento não demonstrava nenhum sinal de ataque o investida. Para ele, tudo seria resolvido antes mesmo que se prolongasse ainda mais:

- Humano patético... Irá se arrepender de cruzar o meu caminho.


Notas Finais


Vincent passou por todas as provações possíveis na Cripta e agora, empunhando a espada mágica de Siegfried, a Estrela da Noite, ele Finalmente alcança o covil do Conde Sephiroth. O momento do duelo contra o príncipe das trevas finalmente chegou. Será um humano capaz de vencer um poderoso Vampiro?

Próximo capítulo: One Winged Angel


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