Antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, eu fui até o banheiro e fechei a porta, não queria que ninguém me enchesse o saco, sentei no vaso sanitário e fechei os olhos, queria que esse dia de merda acabasse logo.
Alguém bate na porta e eu reviro os olhos, mas não respondo, poucos minutos depois Stiles entra com um kit de primeiros socorros na mão direita, mas não me olha por muito tempo.
-Olha só, não estou com vontade de brigar, só preciso dormir.-falei me levantando.
-Não vim aqui para isso, me deixe cuidar de você, pelo menos.
Com a mão em meu peito, ele fez eu me sentar novamente no vaso e pegou um algodão e um líquido que eu não reconheci, antes de passar por cima do corte na minha sobrancelha, suas mãos eram suaves e cuidadosas, no fundo eu me sentia bem sendo cuidado por alguém.
Após limpar todo o meu rosto, e fazer alguns curativos, ele me olhou por um instante e jogou as coisas no lixo.
Seu banheiro era revestido de azulejo azul, um box transparente, vazo da pia brancos, um espelho quadrado, a porta de madeira e o piso de porcelanato preto.
-Obrigado, mesmo eu não entendendo o porquê, obrigado.- falou.
-Não tem problema, eu quis agradecer por me deixar ficar aqui.
-Entendi.-falou meio cabisbaixo.
-Mas agora eu só quero dormir.
-Vem.-falou me levando pela mão até o quarto.
Retirei minha roupa e joguei em um canto, ficando só de cueca, mais uma vez ele me olhou, dessa vez com mais atenção, antes de desviar o rosto e retirar sua roupa e mesma forma que eu.
Nos deitamos na cama e eu me virei de lado, mas não sabia que ele viraria ao mesmo tempo, o que fez com que nossas bocas quase se encostassem.
-Você está bem?-perguntou.
-Com um pouco de dor de cabeça, mas nada que uma noite de sono não cure.
-Eu posso pegar um remédio para você, se quiser.-falou se levantando.
Por impulso, segurei sua mão para que ele não se incomodasse e um arrepio percorreu toda a minha coluna, Stiles ficou tenso na mesma hora, rapidamente soltei sua mão e tratei de falar:
-Não, se incomode. Vamos dormir.
Ele voltou para a cama em silêncio e virou para o lado oposto, ficando de costas para mim, observei suas costas cheias de pintinhas, fechei os olhos e inspirei seu perfume inebriante, uma angústia se instalou dentro de mim e eu só queria que isso passasse, então tomei uma decisão.
-Stiles.
Ele se virou e me encarou no escuro.
-Eu sinto muito, por tudo.
-Tudo bem.
-Eu sou todo errado, nada na minha vida da certo e as pessoas só se machucam, é por isso que eu não me envolvo com ninguém.
-Eu sei.
Me aproximei um pouco mais, de forma que nossos rostos estivessem muito próximos uns dos outros, podia sentir sua respiração ofegante em meu rosto, passei a mão por sua bochecha e o beijei com calma, no começo ele foi resistente, mas depois acabou cedendo e acabamos dormindo aninhados um no outro.
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