História Versos de um crime - Capítulo 26

Ouvir sua voz depois de tanto tempo, era assustador, eu saltei e me virei, sua barba estava grossa, ele usava uma camisa branca e calça social preta, seus cabelos estavam perfeitamente alinhados e ele sorriu tímido, estava prendendo a respiração, com medo de tudo aquilo não ser real, só percebi o que tinha feito quando vi seu nariz sangrar, minha mão estava inchada e vermelha.

-Meu Deus, você está vivo.-falei e comecei a chorar.

Derek veio em minha direção e me abraçou com força, meu coração estava disparado, de repente comecei a rir freneticamente.

-Está vivo. Vivo. Meu Deus. Vivo.

-Controle suas emoções, Stiles.-sorriu.

-Acho que vou desmaiar.-esxclamei.

Derek segurou meu rosto com as mãos e grudou seus lábios nos meus, com força, era tão bom sentí-lo novamente, que por um instante tive que me lembrar de como respirar.

-Tudo bem, agora eu acredito em você.

-Por que não mostra para ele a surpresa que tem lá em casa, Sti?-sugeriu a ruiva e eu fechei a cara.

-O que é?-perguntou.

Lydia caminhou em minha direção e agarrou meu braço com força antes de olhar em meus olhos e dizer:

-Escuta aqui, Stiles, você quer ficar e frescura, o problema é seu, mas fui eu quem teve a ideia de salvar o amor da sua vida!

Sem dizer nada, a puxei para um abraço apertado que a mesma retribuiu com mais força.

-Eu te amo, princesa. Obrigado, a todos vocês.

Nos abraçamos em conjunto e eu puxei meu namorado pela mão, óbvio que olhei antes para saber se a sala estava vazia antes de passarmos, estava doido para contar a novidade.

Entramos dentro do carro e eu estava mais feliz do que nunca, minhas bochechas até chegavam a doer, Derek também estava sorrindo de uma maneira que eu jamais vi.

-Então quer dizer que você leu o bilhete que eu deixei?

-Sim, mas eu não entendi uma coisa, suas irmãs não estavam em perigo.

-Eu sei, eu me referi a você quando falei sobre sacrifícios.

Corei na mesma hora, aquele homem divino me ama? MEU DEUS ELE ME AMA, comecei a gargalhar de nervoso enquanto dirigia em direção a minha casa.

-O que foi?-perguntou.

-Eu também te amo.

Ele sorriu e entrelaçou seus dedos nos meus, assim que chegamos em casa, eu estacionei o carro e me virei para ele.

-Eu preciso que você mantenha o controle quando entrarmos. 

-Ok.

Estava abrindo a porta quando ele me puxou e soltou seu cinto de segurança, olhou em meus olhos e me beijou com calma e ternura, sua língua explorava minha boca com tamanha perfeição, enquanto meus dedos acariciavam seus cabelos, puxava de leve e ele gemia, eu estava no paraíso e meu coração parecia que iria explodir a qualquer momento.

-Nossa, é...vamos entrar.-falei.

-Então podemos aproveitar melhor.

-Acho que não.

Ele me olhou confuso e eu abri a porta.

-Surpresa.-falei.