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História Viajante - Feliz aniversário, Sev! - Parte Um


Escrita por: SaphirePrince

Notas do Autor


Não foi revisado, relevem os erros....o de sempre!
Aproveitem.

Capítulo 21 - Feliz aniversário, Sev! - Parte Um


- Voltem aos seus quartos! As aulas começarão em breve e tenho certeza de que ninguém gostaria de ser detido por chegar atrasado.

Um a um os alunos foram saindo, os únicos que ficaram para trás foram Sirius, James e Remmy, que pelas caras não viam a hora de me encher de perguntas.

- Vocês também, rapazes. Tenho certeza que o Sr. Seeley vai lhes contar tudo mais tarde.

Com relutância eles também saíram, em seus olhos a promessa de que com certeza mais tarde conversaríamos. Quando todos se foram o diretor fechou a porta do dormitório que eu ocupava sozinho, um aceno de suas mãos e pude sentir as proteções que garantiriam nossa privacidade subirem.

- Sente-se, meu filho. – obedecendo, sentei na cama enquanto ele transfigurava um dos meus livros em uma poltrona grande e confortável para ele mesmo. – Agora conte-me, o que foi exatamente que você conseguiu?

- Ah, sim – lembrei-me que o professor não conhecia todo o esquema de treinamento, a minha parte pelo menos. – Na segunda-feira Moody me avaliou. Ele disse que havia muito potencial mágico em mim, mas que não conseguia acessá-lo se não estivesse emocionalmente descontrolado ou algo assim. Ele também me ensinou como chegar ao meu núcleo mágico e desde então eu estou tentando. Hoje eu consegui.

- Conseguiu? Em apenas cinco dias? – os olhos azuis brilhavam intensamente por trás dos óculos meia lua. Tinha algo como orgulho lá. – Realmente impressionante, meu filho! São pouquíssimos os magos que são capazes de tal proeza e os que conseguem passam anos tentando. Nas suas memórias eu vi o quão forte você era, e agora você tem acesso total à sua magia...- Dumbledore começou a divagar sem perceber. – Bem, isso explica o que aconteceu mais cedo.

- O que aconteceu? Tem alguma coisa a ver com todos na minha porta? – alguma coisa tinha que explicar o meu quarto quase ter sido invadido.

- De certa forma, sim. – ele respondeu. – Muitos minutos antes de conseguirmos chegar até você um pulso mágico varreu a escola. No instante seguinte todo o castelo tremeu com violência suficiente para provocar um pequeno caos. Agora eu sei que foi você quem o provocou, mas afortunadamente ninguém mais sabe.

- Então como... – o diretor não me deixou completar a sentença.

- Todos os leões vieram parar na sua porta? – acenei afirmativamente. – Isso se deve ao fato de você ter amigos muito leais, meu menino. Uma família leal, se formos verdadeiros. – Dumbledore piscou com cumplicidade. - Antes de toda a turbulência se dissipar todos os alunos deixaram os dormitórios e se reuniram no salão comunal. Seus amigos foram os únicos que perceberam que você estava faltando, nem mesmo Minerva notou. Quando cheguei seu pai e seus padrinhos estavam tentando abrir sua porta. Minerva contou-me que quando eles perceberam que você estava faltando correram para cá e chamaram por você. Quando não obtiveram resposta tentaram abrir a porta de todas as formas que conseguiram pensar. Não sei o que passou por suas mentes, mas garanto que estavam preocupados com você.

- Talvez eu deva conversar com ele mais tarde. – disse mais a mim mesmo do que ao diretor. – O que digo a eles?

- A verdade. – ele respondeu prontamente. – Pelo menos a parte que você acha que eles devem saber. Eles podem ajudá-lo nos próximos dias.

- Me ajudar? Com o quê?

- Bem, agora você tem acesso total ao seus poderes. Vai levar algum tempo até que você consiga controlar tudo, até você vai experimentar algum tipo de descontrole mágico. Infelizmente é tudo muito imprevisível para eu lhe dizer o que pode acontecer.

Excelente! Tudo o que eu precisava agora era a incerteza. Mas era melhor não pensar nisso agora, mais cedo ou mais tarde eu descobriria o que iria enfrentar. No momento tinha outra coisa me incomodando...

- Senhor, há algo que eu não entendo.

- Diga-me. Ajudarei se puder.

- Meu núcleo mágico... – comecei hesitantemente. – Eu esperava que ele fosse cinza como a maioria, ou algo mais próximo da luz. Ele...bem, é diferente.

- Diferente como, meu jovem? – o diretor perguntou, seus olhos fixos nos meus a ponto de me deixar desconfortável.

- Havia luz, mas também havia trevas. Ambos estavam em harmonia, dançando um ao redor do outro, mas nunca se misturaram. Eu nunca achei nada que falasse de um núcleo assim. Você sabe de alguma coisa, senhor? Não é normal, não é?

- Não, meu filho, não é normal. – havia algo receio em sua voz, mas então seus olhos voltaram a brilhar com intensidade novamente. – Acredito que com as circunstâncias atuais e tudo o que já aconteceu, normalidade não é algo que possamos esperar de você, não é?

O diretor sorriu e eu o acompanhei com um sorriso forçado. Para mim não havia clima para sorrisos, estava ficando preocupado com a possibilidade de não ter explicação pra minha condição.

- Não se atormente, querido menino. – ele tentou me tranquilizar, como se lesse minha mente. – Creio que sua condição se deva ao fato de você ter abrigado um pedaço da alma de Tom por tanto tempo. Pelo que entendi quando ele tentou mata-lo transferiu sem querer parte de sua alma para você, mas também transferiu seus poderes. É por isso que você pode falar com cobras, não é?

- Tom? Mas como? O fragmento da alma dele foi destruída durante a batalha, estava lá nas memórias que eu mostrei.

- A alma sim, mas acredito que a magia transferida ficou. Vai ser preciso um pouco de pesquisa para ter uma confirmação, mas acredito que apesar da natureza oposta, sua magia e a dele eram, de alguma forma, compatíveis então seu núcleo não considerou a magia como estrangeira e a aceitou. O fragmento de alma e a conexão com Tom se foram quando ele tentou te matar, mas a magia já era sua, por isso ficou.

Era uma explicação plausível? Talvez.

Confortava-me de alguma forma? Não.

- Senhor, há risco das trevas superarem a luz em algum momento? – perguntei dando voz aos meus mais novos temores.

- Eu não penso assim. A luz e a escuridão estão aí dentro de você e em equilíbrio há muito tempo. Se uma tivesse que ultrapassar a outra isso já teria acontecido. – ele explicou. – Se com todas as coisas ruins que aconteceram você não se deixou levar pelas trevas, não creio que será agora que vai acontecer. Não posso garantir com certeza, mas confio em você. - As palavras de Dumbledore conseguiram apaziguar minha mente. – Temo precisar dar algumas explicações agora. Aproveite a manhã livre para conversar com seus amigos e descanse um pouco. Se precisar, sabe onde me encontrar.

- Obrigado, senhor!


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Remus, Sirius e James adentraram o quarto nem bem o professor Dumbledore tinha partido, a preocupação ainda presente em seus rostos mesmo depois de eu ouvir o diretor garantindo que eu estava bem. Eu, obviamente, não poderia estar mais feliz com isso. Aquela era a minha família e embora não soubessem disso ainda preocupavam-se comigo.

- Como você está? – Remus perguntou enquanto apalpava-me a procura de lesões em potencial.

- Estou ótimo, Remmy. Nada me aconteceu.

- Tem certeza? – Sirius afastou Remus e fez suas própria inspeção. – Nós não conseguimos abrir sua porta e estava tudo um caos nos outros quartos.

- Pensamos que tinha acontecido alguma coisa, que você estava aqui sozinho e machucado e por isso não poderia nos responder. – James explicou, mas graças a Merlin manteve as mãos para si mesmo.

- Eu não sabia que ia acontecer tudo isso, caso contrário teria contado tudo a vocês desde o início.

Os três se encararam confusos, mas foi Remus quem fez a pergunta.

- Contado o quê, Harry?

Aproveitei a poltrona transfigurada e sentei, indicando a cama para os outros três. Não passou despercebido o fato de Remus ter o braço protetora e possessivamente em volta de Sirius. Aquela não era a primeira vez que via algo do tipo, mas como nenhum dos dois disse nada a respeito mantive-me calado. Os dois pareciam felizes, era isso que importava.

- Antes das férias de Natal eu conversei com o diretor e pedi permissão para ter aulas extras de defesa com alguém que não fosse nosso professor. Pensei em tentar o mestrado quando nos formássemos, mas como nunca tive um professor de defesa decente precisava compensar. – menti. Poderia facilmente contar-lhes a verdade, mas preferia mantê-los afastados de toda a porcaria pelo máximo de tempo possível. – Enfim, meu instrutor achou que seria uma boa ideia se eu conseguisse me conectar com meu núcleo mágico. Ele me ensinou como fazer e, bem, eu fiz. Só não esperava que acontecesse tudo isso!

- Espera! – bradou Remus. – Você tá dizendo...

- Sim! – respondi. – Em minha defesa eu não sabia que seria assim.

- Do que vocês estão falando? – perguntou James e Sirius ergueu uma sobrancelha como se perguntasse a mesma coisa.

- O pulso mágico, o tremor...foi Harry! – Remus explicou.

Esperei pelas expressões de choque, pelas perguntas sem fim, pelos gritos...apenas não esperei que James e Sirius tivessem uma crise de risos. Os dois riram tão fortemente que tinham lágrimas nos olhos quando conseguiram se acalmar.

- Muito bom Moony. – Sirius gracejou. – Seria mais crível se você tivesse escolhido alguém, sei lá, mais alto e mais forte.

- Sim. – emendou James. – Desculpa cara, mas você não faz o perfil de alguém com um potencial mágico tão forte. – ele disse olhando para mim e limpando as lágrimas.

Remus os encarou com uma expressão de descrença: - Vocês dois são uns idiotas. Desde quando a força mágica tem a ver com os aspectos físicos de alguém?

- Mas não tem como isso ser sério, Moony. – protestou Sirius. James por outro lado parecia reconsiderar. – Não tem como ele sozinho ter abalado o castelo inteiro!

- Mas é a verdade! – Remus rebateu com firmeza.

- E como é que você sabe? – Sirius perguntou e James e eu o olhamos com curiosidade.

- Super audição, ué! Cortesia do meu problema peludo, vocês sabem. – três pares de olhos estavam fixos nele e ele se remexeu desconfortável. – Eu estava ouvindo o zumbido da magia desde o começo, agora eu sei que vem de Harry. Aliás, é um som muito agradável.

Um “oh!” de duas vozes foi ouvido, a compreensão aparecendo nos rostos antes atordoados de James e Sirius.

- Achei melhor contar a vocês. O diretor disse que minha magia vai ficar descontrolada por um tempo, só não sabia que tipo de descontrole seria.

- Nós vamos ficar por perto, não se preocupe! – Remus ofereceu antes que eu pedisse e os outros dois concordaram.


-----x-----


Passamos o resto da manhã em meu quarto já que as manhãs de sexta eram livres. Moony tinha revirado meu malão e instalou-se confortavelmente na minha cama, saboreando quase obscenamente uma das barras de chocolate que consegui contrabandear de casa. Pads tinha a cabeça e seu colo e os olhos fixos e cada um de seus mínimos movimentos e os ouvidos atentos para cada suspiro de prazer.

Ele não disseram nada, mas era óbvio o que estava acontecendo. Se o fato de um orbitar em volta do outro a todo momento não fosse indicativo suficiente, as alianças correspondente em seu anelares era. Pegou-me de surpresa? Totalmente. Ainda assim estava feliz, mesmo que no fundo eu sentisse que estava perdendo Teddy.

A proximidade deles também me fazia pensar em Severus. Desde que as aulas começaram nós só conseguimos ter algum diálogo através dos diários ou em algum momento entre as aulas e sempre rápido demais para aliviar a falta que ele me fazia. Eu já tinha admitido a mim mesmo que já havia passado de simples atração e estava completamente por ele. Completamente, verdadeiramente, desesperadamente apaixonado por Severus.

Era tão estranho. Eu achei que tinha me apaixonado por Cho e depois por Ginny, mas agora eu sabia que o que eu tinha experimentado estava longe disso. Gostei delas, de verdade, mas não tanto quanto eu gostava de Severus. Com ele havia o nervosismo, as borboletas no estômago, a vontade estar sempre perto, a preocupação com o bem estar do outro...mas também tinha outra coisa. Algo que não conseguia descrever com precisão, mas era como se agora eu estivesse completo. Como se eu tivesse recuperado um pedaço de mim que nem sabia ter perdido.

Senti-me vazio desde o fim da guerra e creditei isso ao fato de ter vivido por todos aqueles anos por um único objetivo e depois tudo tinha acabado eu não tinha mais pelo que viver. Agora não tinha certeza e na minha mente a única resposta para o que eu estava sentindo era inacreditável, quase impossível. Eu li sobre aquilo uma vez, apenas por curiosidade...sobre almas gêmeas e tudo o mais. Não faz sentido, é claro, Severus e eu nem mesmo somos contemporâneos. Mesmo achando que era uma ideia mirabolante não deixava de me perguntar se Severus poderia ser minha alma gêmea. Talvez eu converse com Dumbledore sobre isso.

Sendo ou não minha outra metade, eu queria Severus!


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Tive esperanças de ter algum momento de qualidade com Severus, mas fui frustrado. Durante a aula dupla de poções que tivemos na sexta a tarde ele me contou que estava trabalhando em uma poção complicada com o professor Slughorn, um projeto que se funcionasse como ele esperava garantiria sua aprovação para o mestrado. O único momento em que estivemos juntos por mais de dez minutos e fora da sala de aula foi quando contei à ele e à Lily a mesma história que contei para os marotos.

Aproveitei o tempo ocioso para passear em Hogsmeade pela primeira vez desde que fiz a viagem, acompanhado pelos marotos e Lily. Apesar do desconforto causado pelos olhares estranhos que Peter dirigia a mim, foi um momento agradável.

Durante o passeio Lily deixou escapar, assim como quem não quer nada, que precisava procurar um presente para Severus. No nono dia de janeiro ele completaria dezoito anos e eu tinha esquecido completamente disso.

No domingo, com sua preciosa ajuda, organizei um jantar para celebra-lo. Lily era só felicidade e empolgação enquanto decidíamos o que fazer. Segundo ela, Severus nunca teve a chance de comemorar seu aniversário. Depois que ela disse isso as coisas ganharam uma importância maior, eu queria ter certeza de tudo estaria impecável e que o dia fosse especial.

Na manhã de segunda eu chamei Tishy e expliquei a ela tudo o que deveria ser feito. Seus olhos brilharam de excitação quando lhe disse que era o aniversário de Severus: “Tishy garante que o aniversário do mestre Prince vai ser perfeito!” ela disse antes de aparatar de volta para casa.

Um par de corujas enviada depois é tudo o que eu precisava fazer era esperar que a noite chegasse.

Durante todo esse período nada de anormal aconteceu com a minha magia. Nada de grave pelo menos. Falhou uma vez aqui e outra ali, mas nada que alguém tivesse notado.


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Duas coisas eu aprendi quando a noite chegou: Severus odiava ser surpreendido e era bastante vocal quando se tratava de deixar claro seu descontentamento.

Isso foi facilmente contornado por Catherine, que usou todas as fibras Slytherin de seu ser para convence-lo de que, e eu cito, “uma avó tem o direito de celebrar o dia em que seu neto nasceu.” Eu poderia jurar que vi uma lágrima escorrer pelo rosto da criatura manipuladora. Não que esteja reclamando, afinal deu certo.

Severus cedeu, mas manteve a expressão de desagrado no rosto. Não enganou ninguém no entanto, todos viam o brilho de contentamento no belo par de ônix.

Tishy fez um excelente trabalho com o jantar e com o bolo e tudo aconteceu exatamente como planejado, exceto pela horrenda faixa de 'Feliz Aniversário, Sev.’, roxa e cheia estrelas douradas que Lucius insistiu em pendurar apenas para provocar o amigo. Enquanto as horas se passavam eu o vi deixar cair a hostilidade, o vi conversar, brincar e sorrir. Sinceramente eu não podia deixar de pensar no quanto ele parecia impressionante nas roupas ajustadas que Catherine comprou – e Sarah, a governanta, deu um jeitinho de o obrigar a usar. Catherine fez questão de me contar isso quando meu viu secando seu neto. – e em como ele ficava mais bonito quando do sorria. No geral, não eram apenas as roupas de Severus que haviam mudado. Ele também parecia mais confiante, não se deixava mais intimidar e até preocupava-se mais com a própria imagem. Não sei qual o milagre que Catherine operou, mas eu estava grato.

Além de toda essa ajuda, Severus ainda recebeu dela o anel da família, pertencente aos senhores da família, embora ele não fosse assumir o posto por algum tempo. Também recebeu dela um conjunto de diários que pertenceram à Ignacius Prince e um outro em branco. Ela explicou que todos os senhores tinham que manter um e descrever tudo de importante que acontecia enquanto ele estivesse chefiando a casa. O diário em branco era o dele, para ele escrever quando finalmente assumisse a chefia da casa perante a sociedade.

Do casal Malfoy ele ganhou uma coleção completa de livros que abordavam a legilimência, oclumência e outros encantos da mente.

Lily lhe deu um álbum com fotos dos dois, trouxas e bruxas, desde que eram crianças. Uma foto em particular chamou a minha atenção. Nela Sev estava ao lado de Lily, ambos com mais ou menos 12 anos, os malões indicando que estavam indo ou voltando da escola. Atrás deles três adultos. Uma mulher eu reconheci imediatamente como Eileen Snape. Lily disse que os outros dois eram seus pais. Meus avós, aqueles eram meus avós! Dei-me conta de que não sabia absolutamente nada sobre eles, que ninguém nunca me falou sobre eles, e foi preciso cada grama de força de vontade para não puxar Lily e enche-la de perguntas.

Quando minha vez chegou, apontei-lhe um armário de madeira no canto da sala de estar. Dentro, em um pedestal curto, uma bacia de pedra com runas e símbolos entalhados na borda. Ele agradeceu pela penseira, mas parecia curioso com o porquê de eu ter lhe dado uma. Apenas abanei com as mãos para indicar que não era importante no momento.


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Lily foi a primeira a deixar a casa, seguida do casal Malfoy. Catherine permaneceu por mais alguns minutos, momento em que aproveitou para conversar em particular com o neto. O assunto real eu desconhecia, mas seria capaz de apostar que eu estava envolvido, isso se os olhares furtivos na minha direção queriam dizer alguma coisa. Quando a conversa chegou ao fim, Severus a acompanhou até a porta onde eles se despediram e ela partiu.

- Obrigado por isso Harry! – ele disse enquanto fechava a porta atrás dele.

- Não precisa agradecer, Sev. Eu queria que esse dia fosse especial pra você.

- E foi! Mas...- seus olhos percorreram meu corpo, como o flagrei fazer durante toda a noite. – eu acho que pode se tornar ainda mais especial.

- Como?

Ao invés de responder, Severus se aproximou com um olhar predatório e puxou-me para ele. Sua boca bateu contra a minha e o gemido que escapou foi prontamente engolido enquanto eu praticamente era devorado por um beijo faminto. Meu coração corria como louco enquanto a língua de Sev mapeava minha boca. O som do sangue sendo bombeado que soava nos meus ouvidos era quase tão alto quanto o ruído úmido de nossas línguas duelando.

Aquele era o beijo mais intenso que havíamos trocado até o momento e eu precisei agarrar-me aos seus ombros com força por medo de minhas falharem.

Só percebi que estávamos nos movimentando quando minhas costas se chocaram contra a parede. Severus tinha uma mão de cada lado do meu rosto, segurando com firmeza para conduzir o beijo. Aproveitando o apoio, ele pressionou seu corpo contra o meu, sua excitação evidente pressionada contra a minha barriga. Meu membro se contraiu em expectativa.

Quando o beijo terminou ambos estávamos ofegantes.

- Sabe, minha avó tem razão – ele disse enquanto lutava para respirar normalmente. – Eu não posso correr o risco de te perder! – seus lábios apenas tocavam minha pele enquanto ele viajava da minha boca para o meu pescoço, onde depositou beijos pequenos. Uma mordida no lóbulo da minha orelha enviou um arrepio demorado por todo meu corpo. – Eu quero você pra mim. Quero fazê-lo meu! Você que ser meu, Harry? Apenas meu?

A voz profunda e as palavras sussurradas fizeram muito pouco para ajudar com minhas pernas não confiáveis. Na verdade fizeram-me derreter em seus braços e gemer com abandono inclinando a cabeça para o lado para dar mais acesso aos lábios e dentes que atacavam meu pescoço.

- Eu sou seu, Severus! Tudo o que você precisa é reivindicar-me. – foi tudo o que consegui dizer, e ainda assim minha voz não passava de um sussurro lânguido.

Um beijo, mais calmo, depois e Severus tinha minhas mãos nas suas e guiava-me para meu quarto, o mesmo que dividimos por todas aquelas noites.

De pé ao lado da cama, assisti Severus tirar de suas casas, um por um cada um, dos botões da minha camisa. Beijos foram salpicados em cada novo pedaço de pele exposta. O suéter que ele usava estava jogado em algum lugar no chão, sua camisa já estava aberta e minhas mãos vagavam pelo tronco pálido. Tocar a pele macia e quente era ótimo, mas ainda era insuficiente para me distrair do quão lento Severus estava sendo. Tentei apressar as coisas abrindo os botões restantes, apenas para ter minhas mãos afastadas.

- Shhh, seja paciente. – repreendeu e continuou seu caminho. Minutos depois eu estava livre de roupas e ligeiramente envergonhado.

Severus envolveu um braço em torno da minha cintura e voltou a me beijar. Ele me guiou alguns passos até que eu estivesse de costas para a cama. Sem que seus lábios me deixassem, ele me deitou gentilmente na cama, acompanhando-me e acomodando-se entre minhas pernas.

- Eu pensei em algumas coisas durante esses dias em que praticamente só o vi de longe. – ele sussurrou. – Você quer saber o que pensei?

Limitei-me a gemer, tentando a proveitar ao máximo o peso reconfortante de seu corpo sobre mim.

- Pensei em qual seria seu gosto. – ele lambeu um ponto particularmente sensível do meu pescoço. – Pensei em como seria ter você contorcendo-se embaixo de mim. – outro arrepio percorreu meu corpo. – Pensei no qual delicioso seria estar dentro de você...

- Oh, céus! Sev, por favor, por favor, por favor...

- Por favor o quê, meu Harry?

- Por favor...

- Diga o que você quer, Harry!

- Você! Eu quero você. Faça-me seu!

Enquanto eu implorava tão desesperadamente por ele, Severus se deslocou. Eu só percebi quando o calor úmido de sua boca envolveu minha ereção que pulsava implorando liberação. A visão da sua cabeça subindo e descendo, minha ereção sumindo naquela boca pecaminosa foi demais pra mim.

- Oh, porra!

Um tapa de mão cheia na minha coxa reverberou no quarto.

- Veja sua língua, Senhor Seeley, ou terei que punir você. – o tom professoral, o mesmo usado pelo Professor Snape, era o estímulo que faltava. Meus músculos se retesaram, minhas costas arquearam e estrelas explodiram em frente aos meus olhos com a intensidade do orgasmo. Severus engoliu até a última gota.

Enquanto eu me recuperava ele perguntou:

- Você tem certeza?

- Eu nunca tive tanta certeza em toda a minha vida!


Continua...


Notas Finais


Nox!


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