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História Viajante - Bônus: O início do fim.


Escrita por: SaphirePrince

Notas do Autor


Oi o/

Capítulo 39 - Bônus: O início do fim.


- Harry...

- Perdoe-me diretor, mas com todo o respeito, eu prefiro ir para a minha casa. – Harry disse teimosamente depois de ouvir por sabe Deus quantas vezes que era mais seguro que ele ficasse no castelo.

Dumbledore suspirou pesarosamente, sem disposição para enfrentar a batalha de vontades que estava se formando.

- Dê-me pelo menos alguns dias para que eu possa colocar sua casa sob o feitiço Fidelius, tudo bem?

Harry sorriu, mas não chegou aos seus olhos.

- Obrigado, Albus. Agora, se me der licença, vou descansar. Sinto-me exausto!

- É claro, meu menino.

Albus deu uma boa olhada no menino enquanto ele saía. Haviam círculos escuros debaixo de seus olhos, sua pele parecia mais pálida e a perda de peso em breve seria óbvia para qualquer um que colocasse os olhos nele. Harry estava sentindo os efeitos da separação de Severus muito mais severamente dessa vez, talvez porque ele nem havia se recuperado corretamente de seu tempo de cativeiro em primeiro lugar.

Tirando os óculos com formato de meia lua, o homem passou as mãos pelo rosto e se recostou em sua cadeira com os olhos fechados, perguntando-se o que deveria fazer para arrumar todas as coisas.

A grande verdade era que Albus Dumbledore acreditava ser alguém que não tinha motivos para se arrepender de suas escolhas. Deliberadamente manipulador, ele acreditava que suas ações fossem justificadas por serem em prol do bem maior. Ele não se importava de usar as pessoas ao seu redor como peças de um xadrez glorificado, e talvez ainda mais bárbaro que o xadrez que os bruxos jogavam, desde que o resultado final lhe agradasse.

Um monte monumental de merda, ele diria naquele momento. Isso se não estivesse sentindo-se tão velho, tão cansado...

Sua vida tinha virado de cabeça desde a chegada de Harry. Ser confrontado com as consequências de seus atos teve um efeito devastador sobre ele, deixando-o perdido.

Albus Dumbledore, em sua arrogância e prepotência, causou danos irreparáveis a todos que se aproximaram dele, e os maiores prejudicados foram Harry e Severus. Não havia como mudar o que ambos os garotos tinham vivido até ali, mas, com alguma sorte, ele conseguiria garantir que eles tivessem um futuro.

Foi com isso em mente que ele se levantou e começou uma lenta caminhada até os portões do castelo. Não era realmente necessário, como diretor ele poderia desaparatar em qualquer lugar da propriedade, mas ele precisava daqueles minutos com seus próprios pensamentos antes de começar a trabalhar nas proteções da casa de Harry.

Ele só havia passado da gárgula que guardava seu gabinete quando percebeu que havia algo errado.

Mudando de ideia sobre sua caminhada, ele aparatou nos terrenos do castelo bem a tempo de ver o primeiro feitiço atingir o escudo que mantia os inimigos do lado de fora dos portões. No instante seguinte seu patrono estava indo de encontro aos membros da Ordem.


-----x-----


Longe dali, Narcisa Malfoy corria contra o tempo para recuperar as provisões que ela havia separado para ela e o marido caso eles precisassem sair rapidamente, o que era exatamente o caso.

Na noite anterior tanto Lucius quanto Abraxas haviam sido convocados pelo Lorde das Trevas e, por algum motivo, Lorde Malfoy carregava o falso diário de Tom que Lucius colocara no lugar do original antes de levá-lo a Albus.

Nas primeiras horas após sua partida, tudo o que Narcisa fez foi se sentar em seu quarto e orar baixinho, como fazia todas as vezes em que o marido era convocado, pedindo a qualquer divindade que lhe ouvisse que o trouxesse de volta para casa são e salvo. Mas a noite avançou, a madrugada chegou e mais rápido do que ela podia acompanhar o sol surgiu no horizonte, tudo isso sem que ela tivesse notícias de Lucius.

No momento em que ela estava começando a se questionar se existia algum ser superior ou se eles poderiam ser considerados dignos de ter suas preces atendidas, Lucius surgiu no meio do quarto, brutalmente ferido, coberto de sangue, balbuciando várias coisas antes de desmaiar. Levou alguns instantes para Narcisa registrar o que Lucius havia dito, mas quando finalmente afundou ela quase não podia acreditar: Abraxas estava morto, Lucius foi descoberto como espião, quase foi morto,  fugiu mas estava sendo perseguido.

Quando ela entendeu a gravidade da situação, as proteções da mansão começaram a oscilar.

A bolsa enfeitiçada para suportar tudo o que eles precisavam estava encolhida e guardada em suas vestes quando ela se ajoelhou ao lado do marido e o segurou com toda a delicadeza que conseguia reunir em uma situação como aquela e agarrou o pingente que Albus Dumbledore lhe dera. Narcisa deu uma última olhada para o quarto que dividira con o marido todos aqueles meses, seu refúgio naquela casa, e disse a palavra que a levaria à segurança. 

A chave de portal de emergência se ativou no extrato momento em que as proteções caíram. Ambos aterrissaram na ala hospitalar e foram imediatamente amparados por Madame Pomfrey, que passou a trabalhar em Lucius.

Tudo o que Narcisa queria era se sentar ao lado da cama do marido e descansar sabendo que ambos estavam em segurança no castelo, mas o universo não parecia concordar com isso.

O som de vozes do lado de fora a levou a espiar pela janela, apenas para encontrar a Ordem da Fênix reunindo-se ao redor do castelo com as varinhas apontadas para cima em uma tentativa de sustentar o que restava dos feitiços de proteção.

Ela nunca imaginou que viveria para ver o dia em que Hogwarts seria atacada dessa maneira.


-----x-----


Catherine Prince observou o neto e, pela milésima vez em poucos dias, desejou que sua filha estivesse viva. Severus estava sofrendo. Não importava quantas garantias ele desse de que estava bem, sua dor era visível. Catherine não sabia mais o que fazer.

Naquele momento ele tinha Alan em seu colo, o garotinho brincando com os botões do colete que Sarah havia escolhido para Severus naquele dia, o que rendeu um pequeno sorriso por ser a primeira peça na cor preta que ela escolherá para ele de bom grado. No entanto ele estava distante.

- Quatro dias são o suficiente, Severus. Levante-se e vá conversar com Harry.

- Eu vou! – ele respondeu simplesmente, pegando-a de surpresa.

- Oh... Pode-se saber quando?

- Daqui a pouco. – ele disse, agora parecendo nervoso. – Falei com Remus ontem. Ele disse que todos tinham algum compromisso hoje, então imaginei que seria mais fácil conversar com Harry enquanto estivéssemos sozinhos. – ele ficou em silêncio por alguns instantes, mas através de seus olhos era possível ter um vislumbre de guerra que estava acontecendo em sua mente. – Você... você acha que ele vai querer me ver? Quero dizer, eu saí sem dar a ele chance de falar, seria justificado se ele não quisesse me ver.

- Ele vai querer ver você, Sev. – Catherine respondeu gentilmente. – Eu vou repetir isso quantas vezes forem necessárias, Severus: você pode duvidar do que quiser, mas não pode duvidar que aquele garoto te ama.

- Eu sei e eu também o amo. – ele disse tão baixinho que ela teve dificuldade de ouvir.

Ela estava pronta para dizer a ele para sair e recuperar o namorado quando uma fênix prateada, o conhecido patrono de Albus, entrou voando pela janela e se empoleirou ao lado de Severus e a voz do diretor encheu o quarto.

As proteções caíram. Hogwarts está sendo atacada.”

Severus estava lívido.

- Mensagem padrão para os membros da Ordem. – ele murmurou. – Deuses, não! Harry... Harry está no castelo.


Notas Finais


Tchau o/


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