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História Victor(ia) - Neagle - A Fuga.


Escrita por: rolezwxx

Capítulo 14 - A Fuga.


Eagle POV

Acordei com alguém cutucando o meu braço, abri os olhos lentamente e a figura de um loiro sorrindo apareceu um pouco borrada. Pisquei algumas vezes e depois bocejei.

- Bom dia Victor – ele falou sorrindo... Tem algo errado, ele está sorrindo pra mim.

- O que foi? – perguntei seco me espreguiçando. Senti as minhas costas reclamarem, mas logo em seguida passou. Ele me entregou uma calça jeans e eu a vesti.

- Fique calmo! Não vou fazer nada. Dá o braço? – pediu e eu estiquei o meu braço esquerdo (já que eu tinha socado a porta com o direito), logo ele prendeu uma algema em meu pulso e o outro lado ele prendeu em seu braço – Vou te levar num lugar que você vai gostar – ele falou me tirando de cima da mesa que eu tinha dormido.

Quando ele ia abrir a porta ele olhou para o rachado na porta. Ele balançou a cabeça e riu. Assim que ele abriu a porta eu sai correndo pra fora o puxando junto.

- Calma! – ele falou e eu fiquei olhando pelo corredor branco. Ele terminou de fechar a porta e começamos a caminhar pelo corredor – Pelo visto alguém ficou nervoso ontem à noite? – ele falou apontando para a minha mão.

- Pensei que vocês tinham escutado os meus gritos – falei debochado e ele riu.

- Nós não ficamos aqui de noite. Nós temos uma casa – ele falou me puxando para outro corredor a direita que estávamos. Era um corredor totalmente fechado, não tinha nenhuma porta, nem nada.

- Eu também tenho uma – falei seco.

- Não fique assim – ele falou calmamente e eu parei. Ele me olhou bravo.

- Por que eu não deveria ficar assim? Vocês me sequestraram, abriram meu corpo, fizeram experiências doidas. Eu preferia estar morto do que ter que ficar mais cinco minutos nessa tortura – falei e ele bufou.

- Apenas cale a boca – falou voltando a me puxar. Nós viramos em outro corredor a direita e entramos na segunda porta a esquerda.

Ali era outro corredor, tinha as paredes escuras, dava um ar sombrio... Me dava medo. No final do corredor havia uma luz bem forte, assim que chegamos ao final dele dava para um pequeno jardim cercado por muros cheios de heras (heras, tipo de trepadeira), havia um pequeno banco de madeira no centro daquele pequeno jardim. Sorri.

Tudo bem que não tinha árvores, flores ou qualquer sinal de pássaros ou esquilos, mas já era muito melhor do que ficar trancado naquele quarto o dia inteiro. Luke foi comigo até o banquinho e nós nos sentamos.

- Se sente mais calmo? – ele perguntou e eu suspirei pesado sentindo a grama fria debaixo dos meus pés.

- Só um pouco mais calmo – falei e ele sorriu minimamente.

- Sabia que você ficou nove dias dormindo? – ele perguntou divertido.

- Eu sou um bicho preguiça em forma humana mesmo – falei e ele riu.

- Não te culpo, a medicação que usamos em você é muito forte – ele falou e eu suspirei.

- Por que você faz isso?

- Isso o que? – ele perguntou sem entender nada.

- Isso, sequestrar as pessoas e depois usar elas como experimentos – falei olhando para um dos muros cheios de heras, dava até pra subir.. Hum, interessante. Ele suspirou e ficou em silêncio por um bom tempo.

- Bom, eu estava na faculdade de medicina, ouvi falar sobre algumas novas experiências que estavam fazendo, o principal desenvolvedor era Geoff. Em uma seleção para se tornar o seu novo assistente eu acabei sendo escolhido por ser o melhor aluno da classe. Os anos foram se passando e as pesquisas de Geoff só iam aumentando e a minha faculdade acabando. No ultimo bimestre da faculdade, faltando apenas um mês pra eu acabar a faculdade, fecharam o laboratório dele, depois disso ele não falou mais comigo. No dia em que terminei a faculdade ele voltou a falar comigo, ele fez a minha cabeça com seus projetos mirabolantes e agora eu não sei se é isso que eu quero – ele desabafou.

- Você sabe que ele só está te usando? – perguntei e ele afundou seu rosto em suas mãos.

Assim que ele tirou as mãos do rosto, olhou o seu relógio de pulso e deixou um suspiro escapar. Ele se levantou e eu me levantei junto.

- Esgotou seu horário. Vamos Trindade – falou me puxando para dentro do corredor escuro.

Bem que dizem que sim há uma luz no fim do túnel... Eu acabei de achar a minha.

[...]

2 semanas depois...

E lá estava eu sendo levado para a antiga sala de cirurgias. Oh beleza! -Sintam a ironia- Desta vez eu não fui andando, não, eu fui deitado numa maca. Meus braços e ombros estavam completamente imobilizados. O Luke ia conversando comigo enquanto me levava para a sala de cirurgia. Ele é um cara bem legal, ele diz que é o meu coleguinha de sequestro. Pelo menos ele conversa comigo.

Logo eu já estava embaixo das fortes luzes da sala. Suspirei pesado. Sinto que isso vai dar merda!

- Boa noite Victor. Como você está? – Geoff me perguntou calmamente.

- Com frio – falei. Eu estava só com uma calça jeans e aquela sala estava fria como a neve.

- Isso vai passar – ele falou abrindo uma maleta. Eu pude ver duas grandes e grossas seringas com um liquido azul claro dentro.

- O que é isso? – perguntei enquanto o Luks passava álcool nas laterais do meu pescoço. Não estou com um bom pressentimento sobre isso.

- Hormônios modificados nuclearmente – falou Geoff colocando as duas seringas num tipo de base do lado do meu pescoço. As agulhas das seringas apontavam diretamente para uma veia do meu pescoço.

Minha santa periquita cabeluda! Aquelas agulhas eram maiores que as minhas mãos! Puta que pariu! Fudeu! É hoje que eu morro! Agora entendi o porquê de o outro garoto ter morrido!

- Espera.. Modificados nuclearmente? Você vai injetar isso em mim? Por acaso eu vou virar o Hulk? – perguntei casualmente e ele riu.

- Vamos dizer que você vai se transformar depois disso, e sim eu vou injetar isso em você – ele falou prendendo a minha cabeça contra maca.

- Vocês disseram que o ultimo garoto morreu nessa fase... – falei enquanto ouvia eles colocando um treco no meu dedo, acho que era pra marcar os batimentos cardíacos.

- Nós demos sedante e morfina pra ele, o sedante e a morfina juntos aos hormônios deram um efeito colateral e ele morreu intoxicado na hora – Geoff falou e eu engoli a seco.

Agora que fudeu mesmo! Vamos começar a pedir para todos os santos me protegerem! Jesus amado se eu sair vivo dessa eu prometo que eu ajudo a minha mãe a reformar a casa! Se eu sair vivo dessa prometo que ajudo a alimentar os pombos do parque! Prometo que vou ao asilo jogar damas com os velhinhos e rir das piadas sem graça deles sobre ameixas!

- Então você não vai receber sedantes nem morfina, vai ter que aguentar ai – falou Geoff e logo em seguida eu não ouvi mais nada.

Minha respiração estava ofegante, eu estava com medo... Quem eu quero enganar eu estava me estava me sentindo uma galinha indo para o abate.

Senti uma dor no pescoço que era capaz de me rasgar ao meio. Eu sentia aquele liquido azul entrar na minha corrente sanguínea, minha respiração já estava descompassada e os meus batimentos cardíacos estavam rápidos. Eu não conseguia gritar, algo me impedia.

- Calma Victor! Já esta acabando – falou Luke tentando me reconfortar. Eu tentava me mexer, me tirar dali – Acabou! Acabou! – Luke anunciou e minha respiração ficou mais ofegante que antes.

Meu pescoço estava queimando! Eu sentia como se algo estivesse rasgando os meus músculos e perfurando os meus ossos.

- Agora Victor... Victor! Preste atenção! Você vai ficar de olhos abertos olhando para a lâmpada e vai ficar puxando e soltando o ar bem devagar – ele falou e eu comecei a fazer o que ele tinha falado. Puxa, solta, puxa, solta... Beeem devagar.

Senti uma pontada no peito, o meu maxilar travou e tudo ficou escuro. Foi tipo quando você está bem tranquilo assistindo TV na sua casa e BUM! Tem um apagão. Eu podia jurar que eu estava de olhos abertos. A minha visão não ficou turva e eu nem se quer me senti enjoado.

Senti um choque percorrer o meu corpo e a maldita luz me cegou. Tipo quando a sua mãe abre a janela e a luz do dia vai direto na sua cara.

- Argh! – gritei. Abri bem os olhos e vi o Luke desprender o que prendia a minha cabeça a maca, depois os meus ombros e por fim os meus braços, enquanto Geoff guardava um desfibrilador. Depois de me desamarrar o Luke colocou dois band-aid onde as agulhas tinham furado.

Suspirei pesado e fechei os olhos. Eu estava cansado disso tudo. Ouvi alguns cochichos entre eles e logo senti a maca andando. Resolvi não abrir os olhos.

- Leve ele até o quarto e deixa-o na cama, amanhã veremos o que fazemos – falou Geoff. Ouvi o Luke sussurrar um sim.

Eu ouvi a porta ser aberta, senti-me ser colocado na minha cama, mas em seguida ouvi gritos, depois ouvi passos apressados e depois não ouvi mais nada. Abri os olhos, olhei em volta e não tinha ninguém por perto, a porta do meu quarto estava aberta, mas eu estava do lado de dentro.

Do lado de dentro... por enquanto.

Levantei da cama, agora eu me sentia tonto e enjoado. Andei até a porta e olhei para o corredor... Ninguém. Lembra-se Eagle! Lembre-se...

Ok vá para o corredor da sala de cirurgia. Comecei a caminhar em direção ao corredor certo.

Siga por esse corredor e pegue o outro corredor à direita. Todo o tempo eu olhava para trás, mas parecia que tinha mais ninguém ali.

Esse corredor não terá nada, vire a direita no outro corredor e entre na segunda porta a esquerda. Cruzei os dedos para a porta estar aberta e... Ela estava.

Segui pelo corredor escuro e logo eu vi a luz branca da lua no fim dele. Cheguei ao pequeno jardim cercado de muros. Fui até um muro que tinha um tronco de árvore rente a ele. Subi no tronco e comecei a escalar as heras. Elas estavam altas e alguns galhinhos secos me cortavam, mas isso não importava. Cheguei ao topo do muro, ouvi um alarme soar dentro do hospital abandonado.

Entrei em pânico, sem nem pensar me joguei de cima do muro. Cai com tudo no chão, as minhas pernas estavam doendo muito e agora sangrando junto por debaixo do jeans azul, mas mesmo assim comecei a correr dentre o mato. Eu não sabia para onde eu estava indo, mas eu acho que qualquer lugar é melhor que aquele inferno.

Eu devia estar correndo/andando fazia umas 2 horas dentro daquele mato, até que eu cheguei a uma estrada de terra muito pouco iluminada. Olhei para os lados e nada. Olhei pra cima e só a luz fraca de um poste iluminava ali. Nenhum telefone, nenhum restaurante de estrada... Nada.

E agora pra que lado que eu vou?


Notas Finais


E finalmente o Eagle escapou de lá, yeyyy! Comemoremos! \o/
O que acham que vai acontecer agora, hm? :)
Beijão, nos vemos no próximo capítulo ♥


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