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História Vida de Agente (Repostado) - Romanogers - Capítulo 1


Escrita por: Aninhacpd

Notas do Autor


Olá de novo!!

Espero que gostem da história!!

Boa leitura!!

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Vida de Agente (Repostado) - Romanogers - Capítulo 1

Natasha Pov

— Alguns dias, ser esposa do capitão América equivale a ser uma pre­sidiária. — Natasha murmurou enquanto fechava o zíper de seu vestido verde favorito para outro jantar formal na torre dos vingadores.

Entretanto, não era a expectativa de jantar mais uma vez com os companheiros vingadores e seus amigos e colegas de trabalho que a in­comodava. Era a frustração de ter passado mais um dia no próprio purgatório. Ela adorava o trabalho, principalmente do diretor Nicky Fury e era mais próxima a ele do que ao próprio pai.

Mas, ainda assim, algumas vezes desejava que ela e Steve tivessem o próprio lar, e não apenas um conjunto de apartamentos na torre. Especial­mente naquela noite, por estar irrequieta diante da necessidade de compartilhar as notícias que rece­bera do seu médico de Miami. Ela fora aos Flórida para fazer esse exame, a fim de garantir dis­crição.

Agora, quase não desejava ter ido. Porque, se a im­prensa ficasse sabendo da história, pelo menos seria poupada de ter que comunicar as notícias a Steve.

Era um pensamento covarde, e ela não era co­varde.

Mas até mesmo ela, com anos de treinamento como espiã, não podia olhar para o fim do seu casamento com serenidade. Diferente dos pais, ela não via a vida como uma série de movimentos e contra-movimentos políticos. Para ela... a vida real doía.

Steve terminou de abotoar o segundo punho e colocou as luvas com movimentos precisos e familia­res que causaram dor no coração dela, diante da pos­sibilidade de perder isso tudo. Ele torceu os lábios, o que dava ao seu rosto um ar cínico.

— Terei certeza e direi à sua mãe que você pensa assim.

— Não ouse.

Steve considerava a tendência a alpinismo so­cial da mãe dela uma fonte de diversão, mas Natasha, não. Afinal de contas, era à custa dela que a mãe pre­tendia subir.

— Não tenho o menor desejo de ouvir a Lição 101 de mamãe sobre o quanto tenho sorte por ser uma esposa do capitão américa ou o quanto minha vida é privilegiada. — Isso sem falar no quanto era surpreendente o fato de Steve ter escolhido Natasha, entre tantas mulheres no mundo. Não queria ouvir isso. Agora, não.

— Talvez ela seja capaz de compreender melhor que eu o seu aparente desencanto com a vida. — A voz de Steve indicava que ele estava parcialmente brincando, mas seu olhar sombrio afirmava que ele falava sério.

— Não estou desencantada com a minha vida. — Ela estava tão-somente arrasada pela vida, mas agora não era momento para falar disso.

E não podia deixar de pensar que sua charmosa vida havia chegado ao fim... provavelmente desde o começo, mas estava cega demais para notar isso. Ela comprara a idéia do conto de fadas só para descobrir que o amor unilateral trazia apenas dor, e não prazer. O "felizes para sempre" era apenas para as princesas dos livros... ou para as que eram amadas pelo que eram, como as duas mulheres casadas com os outros agentes da S.H.I.E.L.D. e dos Vingadores.

— Então, por que comparou a vida como minha esposa à de uma presidiária? — perguntou Steve do alto de seu metro e oitenta e com um perfume que a cercava só para lembrá-la do quanto sentiria falta de sua presença física quando tudo acabasse.

Ele era o sonho de toda mulher, o tipo de marido que enfeitava os contos de fada. Ela havia criado muitas fantasias com ele para saber. Ele tinha cabelos loiros, olhos azuis e um corpo atlético maravilhoso adquirido dos anos de exercícios e do exército, mas a altura de um atleta profissional. Seu corpo era musculoso, sem qualquer resquício de gordura, e seu rosto poderia ser o de um ator americano... talvez de uma época diferente, po­rém. Não a beleza óbvia dos rapazes, mas outra, com ângulos vigorosos e uma fenda no queixo que de­monstrava uma força de caráter na qual ela havia aprendido a confiar inteiramente.

Ela teve de engolir duas vezes antes de responder.

— Eu não disse que ser sua esposa era como ser presidiária.

— Você disse a vida de uma esposa do capitão américa, o que você não seria se não fosse casada comigo.

— Verdade. — Ela suspirou. — Mas não quis ofendê-lo.

Ele apalpou a face dela em um movimento que certamente enviaria ondas de prazer às suas termina­ções nervosas. Ele a tocava tão raramente quando não estavam na cama que, quando o fazia, ela não sabia como reagir.

— Não estou ofendido, apenas preocupado. — Ela podia perceber a preocupação no tom de voz dele e sentiu-se culpada.

Ele não fizera nada de errado... exceto ter escolhi­do a mulher errada para ser sua esposa.

— Eu tive um dia difícil, só isso.

A outra mão dele uniu-se à primeira e ele inclinou a cabeça dela para cima, para que ela não desviasse os olhos.

— Por quê?

Ela lambeu os lábios, desejando novamente que não descessem para jantar com os amigos. Ela tam­bém desejava muito que a forte dor que sentia na bar­riga fosse apenas uma cólica menstrual, desde que havia parado de tomar pílula para que pudessem ter um filho.

— Passei a manhã toda com representantes das principais organizações femininas de agentes da S.H.I.E.L.D para discutir a necessidade de creches e escolas perto do complexo.

— Pensei que a mulher de Clint estivesse cui­dando disso.

— O vôo de helicóptero entre as ilhas aumentou o enjôo de Laura, mas ela não quis cancelar a reu­nião. Eu a convenci a deixar-me assumir seu lugar. Agora, acho que devia ter mandado as representantes se encontrarem com ela.

— Por quê? Você e Laura têm a mesma visão so­bre esse assunto.

— Não de acordo com as representantes. — Ela sorriu. — Elas acham que uma mulher que não tem filhos e que, sobretudo, só trabalha como espiã e vingadora, não compreenderia os desafios da mulher que trabalha fora. Acreditam que Laura seja ideal para essa missão e que devo me manter fora disso.

— Elas disseram isso a você? — Ele não parecia ofendido por ela, apenas curioso. Não tinha idéia do quanto à desaprovação daquelas mulheres a magoara.

— Sim.

— Então, o fato de ter crescido aprendendo a ser espiã foi bom.

— Quer dizer que teria se chateado se eu tivesse dito a elas para pegarem um vôo e encontrarem Laura?

Steve soltou uma gargalhada masculina, como se não pudesse imaginar a cena.

— Como se você fosse fazer isso.

— Talvez tenha feito.

Mas ele apenas sacudiu a cabeça.

— Conheço você. Sem chances.

— Talvez não me conheça tanto quanto pensa. — Na realidade, ela sabia que não. Afinal de contas, ele nunca se ativera ao fato de ela ter se casado com ele por amor. O casamento por conveniência fora um plano arquitetado pela mente dele e da mãe dela.

— Fez isso? — ele perguntou, com uma sobrance­lha irônica levantada.

Ela queria dizer que sim só para provar que ele es­tava errado, mas falou a verdade.

— Não, mas quis fazer.

— Em geral, o que queremos e o que nos permiti­mos fazer não são a mesma coisa. E isso faz parte de se adequar à posição que você ocupa.

— E você ainda pergunta por que comparei ser esposa do capitão américa a ser uma presidiária?

— Está infeliz, Natasha?

— Não mais que a maioria das pessoas — ela ad­mitiu. Desde pequena, aprendera a esconder as ver­dadeiras emoções, mas estava cansada de fingir.

— Você está infeliz? — Steve perguntou com um tom de voz que trazia uma inegável perplexidade.

Aquele homem, tão conhecido nos círculos diplo­máticos por sua perspicácia, sentia-se ameaçado quando se tratava de Natasha.

— Duas das representantes não foram nada sutis em expressar sua opinião de que já passou da hora de eu lhe dar um filho — ela falou, em vez de res­ponder.

— E isso a chateia? — Novamente ele parecia sur­preso.

— Um pouco.

— Mas não deveria. Logo você poderá comparti­lhar boas notícias nessa área.

Ela estremeceu, como se as palavras dele tivessem caído como sal em uma ferida que fora deixada aber­ta e sangrando com a ligação do médico.

— E se eu não puder? — ela perguntou, testando um caminho que não estava pronta para enfrentar.

Ele colocou as mãos grandes e calorosas sobre seus ombros e virou-lhe o rosto com movimentos firmes.

— Está chateada por ainda não ter engravidado? Não deveria. Estamos tentando há apenas alguns meses. O médico falou que mulheres que tomam pílula por muito tempo podem levar mais tempo para engra­vidar, mas logo vai acontecer. Afinal de contas, sabe­mos que está tudo em ordem.

Pior que sal na ferida, essas palavras foram como duras chicotadas. Antes de se casarem, três anos an­tes, ele havia exigido que os dois fizessem vários exames, inclusive alguns relativos a tipo sangüíneo e compatibilidade do esperma dele com o muco do útero de Natasha. Ele também havia pedido que ela fizesse um teste sobre os seus ciclos de fertilidade, somente como garantia adicional.

Sabendo que grande parte do casamento com ela envolvia fornecer um filho para o capitão América, ela havia concordado sem pestanejar. Tudo estava normal. Eles tinham compatibilidade para gravidez e ela era fértil como todas as mulheres de sua idade.

A surpresa maior para ela fora o desejo dele de es­perar um pouco para ter um bebê. Ela não entendia nem sabia por que ele queria esperar, mas agora sabia que a chance que teriam de ter um filho juntos fora por água abaixo.

Incapaz de suportar qualquer nível de intimidade diante do que ela sabia que estava por vir, até mesmo de um toque mais simples, ela se afastou dele.

Steve Pov

Steve sentiu muita raiva diante desse comporta­mento de Natasha, com suas curvas femininas provo­cando uma libido que ansiava por ela dia e noite. Ele queria agarrá-la e perguntar por que, depois de três anos, seu toque não era mais aceitável, mas essa seria uma atitude de um homem primitivo, e o capitão américa não era primitivo.

Além disso, a rejeição física dela não era novida­de. Isso vinha acontecendo há meses, mas, sempre que ela se esquivava de um contato físico, ele ficava surpreso. Depois de dois anos recebendo uma incrí­vel paixão como resposta sempre que a tocava, ele podia ser perdoado por achar quase impossível resig­nar-se diante da repentina mudança de atitude dela.

Antes dos últimos meses ele juraria que Natasha o amava. Ela nunca falou isso, mas durante os dois pri­meiros anos do casamento, ela havia demonstrado de várias formas sutis e nem tão sutis assim que sentia mais que uma satisfação mercenária de uma mulher por um casamento bem contratado. O amor dela não fora uma das condições de Steve, portanto ele não se prolongara no assunto... até que ele terminasse.

Não que precisasse que ela sentisse isso, mas não conseguia parar de pensar no momento em que tudo tinha acabado e por que ela parecia não desejá-lo mais com a mesma paixão que o atraía.

A rejeição física começou um ou dois meses de­pois de ela ter parado de tomar pílula. Inicialmente, ele pensou que talvez tivessem sido os hormônios. Ele leu em algum lugar que esse tipo de coisa pode acontecer, mas, com o passar dos meses, tudo piorou.

Então, às vezes, ela fazia amor com ele como antes e todas as preocupações dele desapareciam. Só para reaparecerem quando ela se esquivava mais uma vez. Ele não estava acostumado a ser rejeitado na vida, es­pecialmente por uma mulher que desejasse fisicamente. Isso vindo de sua própria mulher era algo ina­ceitável.

E estava acontecendo mais e mais nos últimos tempos.

Ele começou a imaginar se, lá no fundo, ela não gostaria de engravidar.

— Você quer ter um bebê meu? Está com medo do que possa acontecer?

Ela se encolheu, como se ele tivesse batido nela, e seu rosto empalideceu.

— Sim, quero ter um filho seu. Mais que tudo. Não sei como pode imaginar outra coisa.

Ela fora tão firme em suas palavras que ele não ti­nha como duvidar.

— Então, nada nessa situação deve chateá-la.

O olhar que ela lançou com seus olhos verdes não era encorajador, mas ele continuou, certo de sua con­clusão.

— Logo você poderá calar essas pessoas com a realidade da gravidez. Por enquanto, você simples­mente lidará com a situação de forma diferente, man­dando as representantes se encontrarem com Laura.

Ela virou o rosto para o espelho e prendeu os lon­gos cabelos castanhos num coque.

— E isso resolve tudo, não é?

— Deveria — ele falou com certa exasperação. — Não entendo por que está reagindo tão intensamente a isso. Você já lidou com pessoas bem mais irritantes que essas mulheres.

Natasha deu de ombros e caminhou na direção da porta. Era muito linda, quase etérea em sua aparên­cia, apesar das curvas que proclamavam seu corpo. E, em situações como essa, ela sentia-se intocável como um espírito. Mas era mulher dele, era direito dele tocá-la.

Ele o fez, pegando seu braço quando ela passou.

Ela parou e olhou para ele, seus lindos olhos ver­des estavam tomados de uma vulnerabilidade que ele não compreendia, nem gostava. Aquilo implicava uma infelicidade que ele não queria que ela sentisse.

— O que foi? — ela perguntou.

— Não gosto de vê-la assim.

— Eu sei. Você espera que tudo na sua vida ande sem tropeços, que todas as pessoas cumpram seu papel sem questionamentos. Sua programação é analisada detalhadamente e as surpresas não são bem-vindas.

— Esforço-me para isso.

— A ponto de se casar com uma mulher com as qualificações adequadas. Você me investigou, e me testou para saber se eu me adequaria a ser sua esposa. Certamente não esperava que eu fosse uma fonte de frustração para você.

Ela estava certa, mas ele não entendia o som fraco de sua voz. Ela não pareceu chateada em cumprir todo esse protocolo na época.

— Você é tudo o que eu sempre quis como esposa. Naturalmente, na minha posição, faria qualquer es­forço para ter certeza de que nosso futuro estivesse seguro, mas você era e é perfeita para mim, boneca.

Ela se encolheu diante desse elogio, mais do que freqüentemente se esquivava do toque dele. Como se qualquer alusão à intimidade entre ambos doesse. Mas eram íntimos. Eram marido e mulher. Não havia relação mais íntima que essa.

Então, por que ele havia sentido como se ambos vivessem em hemisférios totalmente diferentes no momento?

Ele a puxou para perto, ignorando o sutil recolhi­mento de seu corpo.

— Não precisamos descer para jantar, você sabe. Ela arregalou os olhos, surpresa.

— É o aniversário de Tony.

— São apenas nossos amigos, eles irão entender.

— Mas, Tony não irá gostar.

— Ele não vai se incomodar se eu mandar avisar que não vamos. E há formas bem mais interessantes de passarmos a noite.

— Conversando?

— Não é o que tenho em mente.

Ela fechou a cara e se afastou, em uma óbvia re­jeição.

— Isso seria rude.

Será que Natasha havia encontrado outra pessoa para dividir sua natureza passional? Talvez tivesse até um amante. Ele sentiu uma grande fúria diante dessa idéia, mas, em sua arrogância, não podia pensar em nada mais que fizesse com que ela o rejeitasse fi­sicamente. Além disso, algumas vezes, ela agia como se não estivesse presente, e ele tinha um argumento convincente para achar que ela havia conhecido outra pessoa.

Tão convincente que ele não tinha certeza se con­seguiria controlar a fúria que sentia. Detestava sentir-se assim. Casara-se com ela para evitar esse tipo de convulsão emocional em sua vida.

E essa era a principal razão para nunca ter expres­sado sua suspeita. Ele conhecia Natasha melhor que muitos homens conheciam suas mulheres. Ele se as­segurou disso, e tudo que conhecia de seu caráter di­zia que ela nunca, sob circunstância alguma, agiria tão desonestamente a ponto de ter um caso. Essa fora uma das razões de ter se casado com ela. Era uma mulher muito íntegra, mas também era uma mulher acostumada a ter fortes paixões.

Se alguém pudesse mudar isso... será que o outro podia? Será que algum homem desconhecido estava se aproveitando da sensualidade secreta dela, algo que costumava satisfazer tanto a Steve? Ele não podia acreditar nisso, mas, ao contrário do que podia parecer, ele tinha de saber a verdade.

Ligaria para uma agência de detetives e solicitaria uma investigação sobre as atividades atuais de Natasha e seus movimentos no último ano.

De uma forma ou de outra, Steve descobriria a origem do comportamento misterioso de sua mulher. Se outro homem estivesse envolvido, ele descobriria e lidaria com a situação adequadamente.

Esse pensamento provocou uma raiva primitiva à qual ele não tinha intenção de se entregar.


Notas Finais


Vou tentar ir postando os capítulos durante a semana. Não posso postar todos de uma vez por causa das regras e para não ter outro problema com o site.


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