Existe um dia na vida de um gato, em que a gente se pergunta: Porque ainda não dominamos o mundo? A resposta é simples.
NÃO DÁ PRA DOMINAR O MUNDO ENQUANTO VOCÊ ESTÁ TENTANDO SALVAR A BUNDA DE UMA AGULHA ASSASSINA!
Aquele humano... Felix... Ele me paga com certeza. Depois que a pirralha loira de olhos brilhantes audaciosamente me insultou com aquele nome ridículo, esse humano de cabelo berrante me trouxe até um lugar todo branco que tinha cheiro esquisito.
Agora, aqui estou eu, pulando de mesa em mesa, de prateleira a lustres, derrubando tudo o que vejo pelo caminho.
NEM FODENDO QUE VÃO METER ESSA MERDA NO MEU BUMBUM!
Que? Eu zelo pela minha poupança, tá legal?
— Vamos gatinho, não seja assim. — Que mané não seja assim. Esse troço dói horrores. Opa, ele quase me pegou agora, mas eu fui mais rápido e pulei nesse armário alto aqui. HAHA TENTA ME PEGAR AGORA, OTÁRIO!
— Sr. Felix, tenho uma ideia. — O senhorzinho que está segurando a aquela arma maldita falou. Até parece vovô. Não vou cair na sua.
Oh, ele está saindo da sala agora, acho que posso relaxar por enquanto. Vamos acalmar os nervos, posso ter algumas vidas restantes, mas não significa que vou perdê-las assim. Eu tenho que bolar um plano. Talvez, se eu for rápido o suficiente, consigo chegar até a janela e passar pela fresta. Não vai ser problema para mim, já que tenho superpoderes e um deles é fazer os ossos do meu belo corpinho parecerem gelatina. Beleza, vamos tentar, só preciso esperar que esse humano insolente tire os olhos por um instante e... ISSO, AGORA!
Humano tolo, você nunca será mais esperto e mais rápido do que eu. Veja, já estou na janela e você nem percebeu. Fufu, até que foi divertido, mas agora é um adeus.
BYE BYE!
ASTALAVISTA BABY.
Eh... espera... Que cheiro é esse?
Oh não, isso não! É jogo sujo...
— Aqui pequenino, você não está com fome? — Esse vovô, não acredito que ele está usando essa técnica em mim. — Venha... É para você.
Aaaaaah, o doce cheiro da tentação. Esse alimento industrializado que só seres humanos sabem produzir. Tudo bem, eu dou um ponto para vocês por criarem algo tão magnifico. Mas isso não pode ser comparado a verdadeira iguaria. Só que ainda sim, é tentador. O cheiro de peixe exala por essas pequenas bolinhas processadas arduamente por maquinas pesadas. Oh, estou salivando...
— Aqui, aqui... — Não faça isso, o barulhinho não. Hei, não sacuda o pote assim... Ah, não tenho forças para resistir.
Eu... vou...
— Peguei você! — NÃO! ME SOLTE HUMANO INFERIOR EU SOU O REI AQUI. TOMA ISSO, SINTA MINHAS GARRAS! MIAU!! — Ai! - Sentiu isso agora ser maligno? — Acho melhor nós cortamos um pouco suas unhas. É perigoso para a Srta. Athanasia.
Perigoso para ela? ME POUPE! É perigoso para mim, isso sim!
— É uma boa ideia, mas não corte demais, gatos possuem veias perto de suas unhas, isso também pode machucá-los.
Oh, até que esse vovô não é tão burro assim. Vou te dar um ponto. Agora, me solte.
— Vamos, coloque-o aqui, Sr. Robane. — Então seu sobrenome é esse? Não é bonito como o meu.
— Certo.
Ah, o potinho com a comida processada. Estou salivando outra vez. Quer saber? Dane-se. Vou me deleitar nesse saboroso alimento, é quase um manjar dos deuses felinos. Oh minha Bastet, obrigado por ter me feito um gato. Isso parece tão b...
“MIAAAAAAAAAAAAAU”
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— Você parece triste.
Triste? Eu estou furioso, não fale comigo Robane!
Para os humanos que não entenderam, enquanto eu apreciava aquele saboroso prato, o vovô e esse cara se aproveitaram da minha fraqueza e enfiaram aquela agulha maldita no meu traseiro. TÁ DOENDO AINDA, MALDITO.
Ah, eu acho que vou morrer.
Te odeio humano, e odeio aquela pirralha. Se não fosse por vocês eu estaria agora aproveitando minha liberdade pulando nos muros por ai. Mas tudo bem, vocês vão me pagar. Vou me vingar de vocês e quando tiver seus corpos debaixo das minhas patas, vou me mandar pra bem longe... Só me aguardem...
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Ah, eu quero meu parquinho.
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