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História Vida e morte por um fio - Voo em certo parte 2


Escrita por: lizlonelyk

Notas do Autor


O que vermos é o que é ou apenas nossas projeções ?

Capítulo 32 - Voo em certo parte 2


Quanto é difícil só ouvir, o apenas confiar,desejava mais que tudo fazer com que o fio dourado surgisse, queria estar vestida com a malha de prata,mas tinha apenas uma bolsa com objetos e a câmera, nada além.

Seguia Diego pensando em minha mãe,eu sei que ela deve estar agora conversando com o Mestre. Sempre vem a minha mente o medo dela, suas preocupações e o seu desejo que no fim de tudo certo. Ela é sempre assim quando eu era criança ela pediu boas amizades, um bom futuro e que eu conhecesse o Mestre. Eu nunca contei a ela sobre o abismo,nunca contei sobre meus vícios, sobre como quase morri. É o tipo de coisa que só Mestre pode saber. ..

É estranho pensar na ideia de ser mãe, as vezes me pego pensando o que teria feito se fosse ela? Será que teria a sua sabedoria e a compreensão desse elo que nos temos?

Hoje vejo que o Mestre é uma coluna, é a árvore que dá o alimento, é o rio que tira a sede. É o único que de fato pode fazer algo por nós.

Tenho uma ligação palpável, clara e visível com minha mãe, poderia dizer que tenho ou melhor tinha com meu pai, algo concreto que de fato existe, algo que eu consigo ver. Diante disso desses sentimentos eu tenho medo de fracassar ao mesmo tempo que estou desmotivada a continuar.

Quando mais nova,quando não sabia do fio e eu apenas sobrevivia pensava que amizades e assim como o próprio amor eram algo que conquistamos,algo que precisava de um sacrifício diário,algo que não era digna .Bem era desta forma que via, via que era diferente e que não havia ninguém semelhante, amizades são peixes que mordem  a isca, mas que fogem assim que se puxa para fora do rio, em outras palavras dificilmente uma amizade permanecerá em outras situações ou em outros tempos, amizades são atraídas por algo uma "isca",algo que possamos oferecer. Não é concreto, não é real melhor é real apenas por um período de tempo.

São fios de algodão, fios brancos que ligam, que transmitem bons sentimentos, experiências e que tesem uma vestimenta quente que envolve o coração. Assim como a malha de prata do Mestre, mas é feita de algodão. ..

Confesso que ainda estou sentindo frio, sinto a falta da vestimenta de algodão, sinto saudades desse sentimento de ver o fio branco, sinto falta da maciez, da textura e do conforto que tinha. Minha mãe está certa em se preocupar comigo, essa solidão que acompanha minhas asas. ..essa forma de proteção, esse desejo por algo concreto. Pode até parecer triste alguém que não tem amigos ou a ideia que exista alguém que nunca viveu um amor. Não quero pra mim roupas de algodão, não quero que os fios se rompam, que apodreçam com o tempo. Assumo meus fracassos, assumo meus vícios,mas nunca assumirei  um relacionamento passageiro. Prefiro morrer só a ver meu coração nu, despido de calor, a ideia do abismo mais atraente, me jogo novamente lá, mas não entrego o meu coração. Deveria ter a mesma convicção sobre minha fidelidade ao Mestre,  esse pensamento, a ideia do eterno daquilo que realmente vali a pena. Não quero ser abandonada, mas abandono o Mestre. É só aparecer uma distração que pronto!  Esqueço-me do fio, de seus cuidados,e de seus caminhos.


Notas Finais


... Por nossos meios é simplesmente impossível, é algo que vem de cima para baixo e não o contrario.


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