História Vida Longa ao Rei - Aliança

Natsu

– E então, é isto, vocês concordam? – perguntei após explicar o plano aos meus homens de confiança, estávamos em uma sala no reino de Oklan juntos a Rogue e Sting.

Os vi olhar entre si, e logo depois assentirem com a cabeça.

– Concordamos. Mas, vocês já falaram com elas? – perguntou Gray.

– Essa é a segunda parte, faremos isso hoje, ao entardecer, iremos eu, Rogue, você e Gajeel. – os observei. – Alguma objeção? 

– Nenhuma. – respondeu Gajeel.

– Ótimo, preparem suas coisas, apesar de estarmos indo fazer uma aliança, é sempre bom estar preparado. – eu disse. Levantamos de nossos lugares e saímos.

No fim da tarde nos encontramos em frente ao reino e partimos, não seria uma longa caminhada, o ponto que elas pessoas estavam dizendo não era tão longe do reino, talvez fosse por isso que estivessem apavorados. Seguimos uma pequena trilha em meio ao escuro, e após andarmos por quase duas horas paramos, estranhando um estranho caminho iluminado por tochas e as plantas que ali residiam estarem corretamente aparadas, olhei para meus companheiros e seguimos. 

Chegando mais a frente começamos a vê-las, nos aproximamos, haviam três delas, sentadas em tronos feitos de madeira,  e dessa vez nenhuma delas estava de capuz, suspirei, e segui em frente, parando a uma distância razoável das três.

– Sugiro que soltem-nas. – apontou a garota de cabelo lilás.

Olhei ao redor de mim e percebi que falava de nossas espadas, por que eu já não imaginava isso? Fiz o que ela pediu assim como os outros, largamos nossas espadas no chão e as olhamos. A garota de cabelo lilás que estava no meio sorriu cínica, enquanto as outras duas da ponta permaneceram sérias.

– E então, qual a sua proposta? – perguntou.

– Garotas... – cumprimentou Rogue. – Precisamos de vocês em nossa guerra, queremos que lutem conosco ao nosso lado.

– E o que lhe faz pensar que aceitaremos isso, Rogue do reino de Oklan? – se pôs de pé enquanto falava e as duas logo a acompanharam.

– Ficar ao nosso lado a ajudariam, o povo em si tem medo de todas vocês, e ver vocês lutando ao nosso lado poderia mudar isso. – ela riu em escárnio.

– Você acha mesmo que ligamos para o que o povo pensa de nós? Depois de matar tantas outras não nos importamos mais com o seu povo, se aceitarmos isso queremos que vocês parem a caça, se nos sairmos vitoriosos dessa eu quero que vocês dominem todas as potências e parem com a caça. 

– Dominar a potência? Isso é algo praticamente impossível, você tem a visão de uma visionária. – disse Rogue.

– Eu tenho a visão do poder, a visão de uma líder, é preciso ganância para ficar firme, você acha que por que eu ainda não morri? – perguntou, erguendo o braço esquerdo e fazendo um movimento com a mão que fez as espadas que estavam no chão irem até elas pelo ar, não me surpreendi, ao contrário de Rogue e Gajeel, mas logo disfarçaram. – Tenha pulso firme e poder, e assim ganhará esta luta. Reunião encerrada. – saiu andando e deixou as espadas que ainda estavam no ar irem de encontro ao chão.

Olhei aquilo tudo em lentidão, já havia começado a aceitar tal idéia, não deixaria que fossem embora sem confirmarem uma resposta, sem confirmarem a resposta que queríamos.

– Espera! – disse enquanto ia de encontro a elas.

– Já demos nossa resposta. – respondeu a loira. – Não iremos firmar acordo com pessoas fracas e sem esperanças como vocês. 

– Não somos fracos, e muito menos sem esperança. Escute. Faremos como você diz, mas queremos algo em troca, eu quero, para ser mais exato, minha irmã. 

– Feito. – disse a loira, virando-se de costas junto com as outras duas.

– Uma última pergunta... Como sabiam que viriamos? 

– Sabemos de muitas coisas, tomem cuidado com o que pensam alto, há uma pessoa entre nós que pode saber o que está na cabeça de vocês. – disse a loira ainda de costas e voltou a andar, parando logo em cima. – Já ia me esquecendo, amanhã às sete, estaremos no reino de Oklan, estejam lá, prontos, e se tentarem alguma gracinha, faço questão de matar todos vocês. – e saiu.

Sorri confiante e voltei para meus companheiros.

Lucy

– Por que você concordou em entregar a garota? Sabe que não podemos. – disse Erza.

– Não é porque eu concordei que eu farei isso, não fiz nenhuma promessa. 

– Isso é verdade. – disse Lina. – Lutaremos ao lado deles, mas quando isso acabar, seguiremos em frente. 

– Não acho que eles aceitarão isso assim tão fácil, assim como eu também não aceitei, ainda estou digerindo, não confio neles.

– Não precisa confiar, Erza, apenas seja você mesma e lute. Isso é o que você faz de melhor. – disse, e finalizei a conversa por hora.

Natsu

Voltamos para Oklan e fizemos uma pequena reunião, organizando algumas coisas, por ser tarde não conseguimos avisar aos soldados sobre as bruxas, e sabíamos que isso causaria alguma dor de cabeça, e nas ultimas, pânico.

Acordei em cima da hora, e fui me arrumar, era 7:40 quando cheguei a frente dos soldados na área de combate, era uma área grande, perfeita para treinamentos, Rogue já estava vestido apropriadamente, assim como os outros, eles estava em cima de um pequeno banco de madeira junto a Sting  começando a dar instruções quando um pequeno tumulto começou, lá estavam elas, encapuzadas passando pelo meio do povo, parece que elas não tinham medo, alguns sacaram a espada, outros se afastaram, continuei firme, elas foram até onde estava Rogue ficando um pouco a frente dele.

– O que essas criaturas estão fazendo aqui? – perguntou um homem furioso enquanto pegava sua espada.

– Se eu fosse você teria mais respeito com elas, elas irão nos ajudar a vencer esta guerra, sem a ajuda delas caminharemos para uma luta perdida, mas ao lado delas poderemos ter esperança. – disse Sting.

– Como podemos confiar nelas? – perguntou alguém. – Se nem o rosto elas nos mostram.

Em questão de segundo todas abaixaram seus capuz e retiraram suas capaz, elas vestiam vestidos brancos e usavam o cabelo solto, algumas tinham o cabelo mais curto que outras, eram bem diferente das mulheres que estávamos acostumados a ver, mas não deixavam de ser... Bonitas.

Todos estavam surpresos, os relatos sobre as bruxas era que eram horrendas, que os olhos poderiam até mesmo sangrar de tão pavorosas que eram, e agora estavam aqui, em nossa frente, com uma expressão suave e "indefesas", ninguém ousou falar, permaneceram em silêncio, até que a garota de cabelo lilás tomou a palavra.

– Povo de Oklan, viemos aqui com o mesmo propósito de vocês, nos preparar para enfrentar uma guerra, muitos morreram, sabemos, mas guerra é isso, sangue é pago com sangue, e a vitória vem a base do esforço. Daremos nosso braço e entraremos de frente e com a cabeça erguida na batalha. 

Todos permaneceram calados por um segundo, e logo após alguns vaiaram e outros aplaudiram.

– Escutem! – gritou a loira. – O meu nome é Lucy, e eu treinarei vocês para o que irá acontecer em breve, Erza, a ruiva, e eu, dividiremos vocês em dois grupos, os mais fortes, vão com Erza aperfeiçoar as habilidades, e os mais fracos, venham comigo aprender o que é preciso. – olhou em volta. –Não estamos aqui para brincadeira, então, quem realmente quiser um pouco de adrenalina ao lutar e aprender com bruxas, venham conosco! – gritou

Permaneceram em silêncio, mas praticamente todos foram com ela, enquanto apenas uns vinte permaneceram com a ruiva. É, parece que teríamos trabalho a fazer por aqui.

Três horas depois fizemos uma parada, todos estavam treinando ou ajudando em algo, enquanto Erza e Lucy treinavam aos demais, os outros ajudavam a fazer a proteção do reino e a trazer as pessoas de Trausk para Oklan, o reino Trausk ficaria fechado até essa crise passar, todos ajudariam um ao outro, por mais que fosse difícil, seria melhor assim.

– Caramba, quanta gente! – disse a garota de cabelo lilás se sentando em nossa mesa.

– Sim, trouxemos as pessoas de meu reino para cá, para ficarmos todos juntos e seguros. – respondeu Sting, orgulhoso.

– O que? – gritou, chamando a atenção. – Você é idiota? – abaixou o tom.

– Não se esqueça de que ainda sou da realeza e que dou as ordens por aqui.

– Eu não estou nem aí para a sua realeza, estamos aqui de igual para igual, todos estamos na mesma situação. Com todos aqui ficará muito mais fácil de nos atacarmos e todos morrerem, porque estamos todos concentrados em um só lugar. Você não pensa? – se levantou e começou a correr.

– Aonde você vai? – gritou.

– Desfazer a merda que você fez.