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História Vida na Corporação Cápsula - Um amigo de infância.


Escrita por: LittleBulma

Notas do Autor


Bom... :3 Espero que gostem.

Capítulo 19 - Um amigo de infância.


Por mais que as coisas estivessem ruins para meu lado, os dias passavam mais rápido do que eu poderia imaginar. Meu pai agora me incluía nas reuniões, e eu estava até gostando de participar. Era maravilhoso ver a minha futura empresa crescendo e se tornando cada vez mais importante. Nós éramos os melhores inventores e desenvolvedores de eletrônicos, força bélica, espacial... Simplesmente tínhamos todo o mercado em nossas mãos.
Nos fins de semana, eu podia descansar e focar um pouco em outras coisas. O problema era que em todo o tempo que eu tinha livre, a imagem daquele saiyajin do qual eu tanto gostava me vinha à mente. E eu não conseguia nem um momento de paz, pois quando pensava nele, lágrimas rolavam e eu só fazia ficar em casa, na minha cama, acariciando o ventre que era quase inexistente. Ficava deprimida e não tinha vontade de viver.
– Filha... – Mamãe entrou no quarto. – Você está bem?
– Só estou com sono, mamãe... – Eu limpei rapidamente meu rosto com um cobertor, para que ela não visse que eu estava chorando. Eu não queria que meus pais vissem a minha dor.
– Todo fim de semana é isso, querida... Acho que você está trabalhando muito na empresa. Vou pedir para seu pai diminuir suas responsabilidades. – Ela comentou e já ia saindo.
– Não, mãe! – A vi voltando. – Não é isso.
– Eu sei que não é, sua boba... Sente falta de Vegeta. Está mais do que estampado nesse seu rostinho de princesa. – Mamãe sentou ao meu lado, passando a mão por meus cabelos azuis.
– Está tão na cara assim? – Suspirei.
– Sim. Mas não estará mais. Hoje você vai numa festa. – Ela sorriu. – E eu não aceito um não como resposta!
– Festa? O que você está planejando, mamãe? – Não pude deixar de sorrir também. Era muito bom ver mamãe se preocupando comigo. Pelo menos eu tinha a meus pais, que nunca me deixariam na mão.
– Ah, é só uma festinha. Chamei vários dos seus amigos. – Ela me entregou um convite cor de rosa. – É a fantasia, espero que escolha uma... Vamos comprar juntas?
– Ai meu Kami, mamãe! Não sei se estou pronta para isso... – Bati na testa com uma das mãos. – Uma festa?!
– Gastei um dinheirão nisso, senhorita Bulma! Você vai e vai aproveitar. – Minha mãe já me puxava para fora da cama. – Agora vamos para a loja de fantasias e comprar algo legal para você!
Acabei cedendo. Eu não podia ficar o resto da vida chorando por causa de um cara que estava no espaço e, provavelmente, não voltaria... “Ele deve estar se divertindo com outra garota, rindo da sua cara” Eu repetia mentalmente, tentando me convencer de que ele nunca sentiu nada por mim. Talvez fosse verdade, talvez não... Na verdade, no fundo eu ainda acreditava que ele voltaria, mas tinha que aceitar a realidade.
Fui com mamãe para a loja de fantasias, onde ela me fez experimentar coisas ridículas. A terceira fantasia que experimentei foi de princesa. Não posso negar que, ao me olhar no espelho, achei extremamente atraente. Eu estava maravilhosa, como uma princesa de verdade, mas não poderia me vestir daquele jeito. Não com meu príncipe longe. Provei várias outras roupas, até achar uma que não ficou tão bem. Como não queria ir de princesa, iria vestida de feiticeira. Uma tiara preta, um vestidinho com desenho de teia de aranha... É, dá pro gasto. “Você nunca ficará feia, Bulma!” Ri enquanto pensava em como eu estava bonita.
A noite chegou rápido. Tomei banho e me arrumei. Não posso negar que eu estava vendo uma marca no vestido, e jurava que parecia uma grávida de nove meses, mas mamãe disse que era coisa da minha imaginação. Peguei uma cápsula de carro e fui para a festa. Eu queria que meus pais fossem, mas eles disseram que era uma coisa minha, não deles... Chegando lá, o lugar realmente estava muito bonito. Luzes eram vistas de fora e a musica tocava alta.
Entrei cuidadosa. Eu não estava muito animada para a festa, mas não podia deixar de gostar daquela musica que quase me deixava surda e fazia meu corpo querer dançar. Quando finalmente cheguei à pista de dança, me surpreendi. Muitos dos meus amigos estavam ali, até me assustei. Chichi estava com Goku em um canto, conversando com ele enquanto o mesmo comia. Kuririn e Mestre Kame conversavam em outro canto. Surpreendi-me com a quantidade de pessoas que eu não reconhecia. As pessoas que eu não conseguia lembrar o nome eram meus amigos de colegial, alguns garotos com os quais eu saí... Todos estavam fantasiados e bem engraçados.
Quando fui andando em direção a Goku, várias pessoas pararam para falar comigo, me elogiaram... Mas eu não estava muito a fim de ouvi-las, então apenas sorria, concordava e agradecia brevemente, chegando o mais rápido possível a Goku. Ele estava muito engraçado. Ele tinha duas orelhas bem brancas no topo da cabeça e uma roupa felpuda e muito larga em todo o corpo.
– Belo coelho... – Ri, enquanto ele me abraçou.
– Chichi, você está linda! – Sorri para ela. A morena estava vestida de caçadora, combinando com o marido.
– Obrigada, amiga. – Ela deu um sorriso.
Fui andando pela festa. Estava tudo muito lindo, tudo bem arrumado... Minha mãe sabia do que eu gostava, e sabia como fazer uma festa. Eu estaria pulando de alegria e dançando muito. Isso se eu estivesse no clima. A festa estava maravilhosa, mas aquilo não era para mim. Não naquele dia. Eu me sentia mal por estar ali. Não é que eu não quisesse esquecer Vegeta, mas, mesmo com todo o sofrimento, tinha algo bom em lembrar dele. Quando eu pensava no meu saiyajin, uma energia me subia a cabeça, e eu me sentia um pouco melhor.
Sentei num pufe, bem afastado da pista de dança. Era perto de uma das mesas de comida, e eu comecei a comer um pouco. Havia frios e pãezinhos, mas a única coisa que eu conseguia comer eram pedaços de queijo, pelo visto, muito bons.
– Você é um rato? – Ouvi uma voz.
– Ahn? – Admito que estava numa situação deplorável. Vários pedaços de queijo na mão e mais alguns na boca.
– Eu perguntei se você é um rato... Sabe, eles gostam de queijo. – A voz novamente falou, seguida de uma risada gostosa que me fez querer rir também.
– É, eu sei... – Comentei.
– Não acredito que não me reconheça pela voz, menina azul. – Ele se aproximou.
Nesse momento, meu coração parou. Eu ainda não tinha visto a figura, mas ao ouvir aquele apelidinho super irritante que eu tanto odiava, eu tive certeza de quem era o dono daquela voz.
– Ueno! – Corri ao encontro do homem enorme que ali estava, pulando em cima dele e abraçando-o.
– Ahn... Oi Bulma. Não sabia que tinha passado a me amar. – Ele sorriu.
– Ah! Seu idiota! – Bufei. – Eu só estava com saudades.
– Entendo... Faz muito tempo que não nos vemos mesmo.
– Pois é. Como você cresceu, cara! Pensei que seria mais baixo que eu para sempre. – Ri. – Mas veja só, está muito mais alto!
– Pois é. E quem diria que a azul deixaria de ser uma tábua. – Ueno riu de seu próprio comentário.
Fiquei um pouco vermelha com o comentário dele. Não de vergonha, mas de raiva mesmo. Várias lembranças vinham como flashes na minha cabeça, me deixando totalmente confusa. Lembrei de quando conheci Ueno, no primário. Como ele me irritava todos os dias, me fazendo chorar na escola. O menino sempre me apelidava de coisas como “azul”, pela cor de meus cabelos e olhos.
– Pois é. Uma mulher muito inteligente e linda eu me tornei. – Virei as costas para ele. – E parece que meu cabelo azul faz muito sucesso entre os garotos!
– Convencida. – Ele riu.
– Só falo a verdade. – Ri também.
Passamos o resto da festa juntos, apenas conversando sobre o nosso passado e o rumo que nossas vidas estavam tomando. Fiquei feliz ao saber que Ueno já tinha seu emprego, que era um advogado. Ele também sorriu ao saber do meu cargo na corporação. Era engraçado reencontrar alguém que há tempos não se vê. Tanta coisa nós conversamos que, quando reparei, já era tarde.
– Eu acho que vou para casa... Já estou começando a ficar com sono. – Sorri, dando um beijo na bochecha dele.
– Ahn... Bulma. – Ele chamou.
– O que você quer, irritante? – Bufei.
– Posso te ligar amanhã? – Ele sorriu, adorava me irritar.
– Ahn, tanto faz. Liga sim. – Virei as costas e fui embora.
Eu não sabia bem o que ele queria. O fato de nos odiarmos na infância me deixou meio confusa. Ele parecia interessado em mim, mas eu não sabia se estava pronta para me envolver de novo. Na verdade... Vegeta tinha pisado em mim, eu não deveria me importar com ele. Não deveria me sentir traindo se ele foi embora... Mas algo me fazia pensar nele com carinho, mesmo com toda a raiva que eu guardava.
Cheguei em casa e tirei a fantasia. Aquela festa não tinha me feito bem algum, e eu tinha conseguido uma dor de cabeça de lembrancinha. Acho que mamãe chamou Ueno para conversar comigo, ver se rolava alguma coisa... Ele era realmente muito bonito, mas ainda é difícil olhar para outro homem. Pelo menos por enquanto, Vegeta toma conta dos meus pensamentos. E isso está cada vez pior. Deitei na cama e chorei. Chorei tanto que, no meio da noite, não tinha nenhuma lágrima que eu conseguisse derramar. “Por quê? Por que ele foi embora?” Eram as únicas coisas que eu conseguia pensar. Por mais que estivesse sendo forte por fora e durante os dias, minhas noites eram sempre agonizantes, atormentadas... Tudo por aquele maldito Saiyajin.
Com as mãos no ventre, pensando no meu futuro bebê, adormeci. Um sono pesado e, graças a Kami, sem sonhos envolvendo um certo Saiyajin.

Notas Finais


Eu sei que eles não se encontram nesses três anos, mas queria que eles se encontrassem, então... xD A fanfic é minha! Bom... Ueno é um nome de um carinha num anime/manga que eu gosto muito, resolvi colocar esse nome no tiozinho. Depois eu descrevo a aparência dele pra vocês.
Digamos que eu quero que a Bulma arranje alguém, e colocar o Yamcha seria meio... Tenso. xD
Capítulo que vem eles vão sair juntos. :3 Ah, e ela vai falar com o Veggy. :3 Espero que gostem. Posto terça ou quarta...
Beijos.


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