História Vida nova e um novo amor... - O jantar

O final de semana terminou e a segunda feira chegou mais uma vez. Orihime encontrava-se no Pronto Socorro, pronta para atender qualquer pessoa que precisasse de ajuda. Entretanto nesse ínterim, enquanto ninguém chegava, conversava com seus colegas de trabalho Momo e Hanatarou. Viu então numa das baias Ichigo atendendo uma senhora que chegara passando mal. Ao seu lado, o ajudando, estava Nelliel linda e prestativa como sempre.

“O doutor Kurosaki e a Nell chan realmente são bem próximos né?” a ruiva questionou curiosa e também um pouco incomodada.

“Sim, sempre foram assim, desde que ela começou a trabalhar aqui...” comentou Hinamori distraidamente, pois se encontrava olhando o celular parecendo estar bastante ansiosa.

“O que foi Momo chan? O que tanto olha aí de interessante?”

“Nada não... É que estou aguardando uma mensagem...”

“Do Hitsugaya kun?” perguntou Isane que chegara nesse momento.

“Bem... É... Não vou negar...” a morena respondeu nervosa.

“Ele volta hoje né?”

“Sim, não vejo a hora de vê-lo.”

“É seu namorado?” Inoue indagou curiosa.

“Sim. Nós nos conhecemos desde crianças, mas começamos a namorar há pouco tempo, depois que... Bom, melhor deixar essa história para lá...” o semblante de Hinamori mudou de repente. Nessa hora chegaram alguns pacientes para serem atendidos e a rodinha teve que se dispersar.

E assim a manhã passou rapidamente. Orihime estava almoçando quando o seu celular tocou. Pegou o aparelho e viu que era Rukia lhe ligando. Atendeu curiosa para saber o que ela queria lhe falar.

“Oi amiga, tudo bem? Está no seu intervalo?” nisso o choro de um bebê foi ouvido “Calma, filha que já vou lhe dar de mamar.”

“Tudo e você? Pelo jeito a Ichika chan está com fome né?”

“Ela estava dormindo até agora, por isso resolvi te ligar... É que eu tenho um recado para você...”

“Para mim?”

“Sim, do meu irmão...”

“O que? Do senhor Kuchiki?”

“Sim, ele me perguntou se teria algum problema de convidá-la para jantar. Não sabia o que responder por isso eu resolvi te ligar primeiro e perguntar.”

“Ahh eu não sei se devo... Seu irmão é um homem tão refinado e eu sou uma simples enfermeira...”

“Nada a ver, Orihime! Apesar daquele jeito dele ele preza muito mais as qualidades da pessoa do que seu status social ou dinheiro. Pelo menos depois que se casou com a minha irmã... Eu te contei que nós éramos muito pobres, mas mesmo assim, ele se apaixonou por Hisana.” Explicou.

“Entendo, mas ainda assim, não sei se devo aceitar o convite...”

“É só um jantar e pelo que sei você não tem ninguém no momento né?”

“Não, é que...” nesse momento o rosto de um belo médico de cabelos laranja veio à mente da ruiva.

“Então! Qual o problema? Como te falei é apenas jantar, nada mais! Não significa que você vai ter que namorar ele! Vocês podem se tornar apenas bons amigos!” insistiu.

Após pensar por alguns minutos e da insistência de Rukia, Orihime disse à amiga que poderia dizer ao irmão dela que aceitaria o convite. A baixinha ficou bastante feliz e depois de mais ou menos uma hora, o empresário ligou para Inoue. Conversaram rapidamente apenas para combinar o jantar. Ele a buscaria no sábado às oito da noite. A jovem desligou o celular ainda achando que não deveria ter aceitado o convite, no entanto agora não tinha mais jeito. Suspirou profundamente e voltou ao seu trabalho.

Já era quase sete da noite quando a ruiva saiu do hospital. Quando passava por uma loja viu algo na vitrine que lhe chamou a atenção. Como não possuía nada adequado para usar no encontro com Byakuya resolveu entrar e provar. O vestido caiu perfeitamente em seu corpo e como não era muito caro também resolveu comprá-lo. Com a sacola em mãos chegou ao seu pequeno apartamento satisfeita com a compra. Após jantar e tomar um banho resolveu se deitar. Como estava bem cansada, logo adormeceu...

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Eram quase nove da manhã quando a jovem enfermeira despertou. A semana terminara e como era sábado não precisava se preocupar com o horário já que não trabalhava nos finais de semana.  Levantou-se, foi ao banheiro, tomou café e passou a fazer as atividades domésticas que deixara acumular nos outros dias. Dessa maneira o dia passou rapidamente e quando percebeu era mais de cinco da tarde.

“Nossa, mas já?” pensou ao olhar o relógio da parede. Resolveu então começar a se preparar para o encontro. Primeiro tomou um longo banho para relaxar. Depois trocou de roupa e fez a maquiagem. Quando terminou de se arrumar eram quase oito da noite. Sentou-se e esperou. De repente seu celular tocou. Era  Byakuya que acabara de chegar e que a estava esperando em frente ao pequeno prédio em que morava. Suspirou fundo, pegou sua bolsa e após se certificar que havia trancado a porta do seu apartamento foi ao encontro do empresário. Quando chegou na rua, viu-o parado na frente de um belo carro de luxo. Não sabia qual modelo era, contudo tinha noção que o veículo custava uma boa quantia de yenes.

“Boa noite, senhor Kuchiki. Como está?”

“Boa noite, senhorita Inoue. Bem e você?”

“Estou ótima, obrigada!”

“Bom, melhor irmos.” Abriu a porta do passageiro para que a ruiva entrasse. Esta agradeceu constrangida e admirada com a educação daquele lindo homem.

Durante o caminho conversaram sobre amenidades e meia hora depois eles chegaram ao seu destino. O automóvel parou em frente a um bonito restaurante. Logo o manobrista apareceu para estacionar o carro. Em seguida chegou a recepcionista do local, uma jovem muito bonita e elegante que os conduziu à mesa reservada. Assim que se acomodaram, o empresário pediu um bom vinho e após olharem o cardápio fizeram o pedido.

“Que lugar mais chique! Fico até sem graça diante de tantas pessoas bem vestidas...” Orihime disse meio encabulada.

“Não tem porque ficar sem graça. Está adequadamente vestida para o local.” Falou o Kuchiki sério fitando a moça com atenção.

“Ahhh obrigada...” a ruiva agradeceu envergonhada. Logo em seguida a comida chegou e os dois passaram a comer enquanto conversavam.

Durante a conversa, Orihime descobriu algumas coisas sobre aquele homem tão elegante. De que havia perdido a esposa há cinco anos e desde então não se casara. Ele confessou que tivera alguns relacionamentos, mas todas as mulheres com quem se envolvera eram fúteis e só estavam interessadas no seu dinheiro. Além disso, descobriu que ele faria quarenta anos em alguns meses, ou seja, que era quinze anos mais velho do que ela, embora não parecesse.

“Rukia me disse que você morava em Karakura...”

“Sim, é uma cidade pequena a mais ou menos cento e cinquenta quilômetros de Tóquio.”

“E por que resolveu se mudar para cá? Desculpe se eu estiver sendo inconveniente...”

“Imagina... É que tive uns problemas pessoais e também porque queria tentar a vida na cidade grande...” respondeu sem graça e evitando tocar no assunto do ex-namorado. Byakuya percebeu o constrangimento da moça e resolveu mudar de assunto.

“Entendo. E está gostando daqui? Do seu trabalho no Pronto Socorro?”

“Sim, bastante! Apesar de estar morando aqui apenas há seis meses, já me sinto bem adaptada!” a conversa estava tão agradável que eles nem perceberam o tempo passar. O empresário pediu a conta e após pagar foram direto para a porta do restaurante onde o manobrista já havia trazido o carro luxuoso do cliente. Após entraram no veículo, ele levou a bela ruiva para casa.

“Obrigada, pela noite, senhor Kuchiki!”

“Por favor, não me chame de senhor, pois me faz sentir velho...” pediu o elegante homem.

“Oh, me desculpe! Não foi minha intenção, Kuchiki san...” o moreno suspirou, contudo achou que a jovem se sentiria mais à vontade de chamá-lo dessa maneira. Despediu-se da moça e foi embora assim que se certificou de que ela encontrava-se em segurança.

Orihime entrou no seu apartamento sentindo-se um pouco cansada. A noite fora agradável, porém algo estava lhe incomodando. O irmão de Rukia era rico, bonito, educado, mas mesmo assim sentiu que os dois não tinham muito a ver. Talvez porque fosse uma pessoa simples do interior ou quem sabe por ele ser bem mais velho do que ela. Não que tivesse algum preconceito quanto a isso, no entanto sabia que algo assim poderia pesar no futuro se por acaso viessem a ter algum tipo de relacionamento que não fosse amizade. Nesse momento lembrou-se de certo médico de cabelos laranja, mesmo sabendo que talvez não devesse. Balançou a cabeça tentando afastar tais pensamentos. Decidiu tomar um banho rápido antes de dormir sem imaginar que mais um havia caído nas suas graças, mesmo não tivesse feito nada para provocar isso...

Continua...