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História O Vilarejo na Lagoa: uma fanfic Maze Runner - Trigésimo-Sexto


Escrita por: sehbueno

Capítulo 7 - Trigésimo-Sexto


Fanfic / Fanfiction O Vilarejo na Lagoa: uma fanfic Maze Runner - Trigésimo-Sexto

- “Não há muito o que fazer agora. Nos resta esperar que ela acorde e ver se ela tem algo a dizer.”

- “Mas, Alby, uma garota. Quer dizer, isso muda completamente nossas teorias. Sem falar que, com ela aqui, teremos de reavaliar a maneira como alguns se divertem. E tem que ser feito o quanto antes.”

Parados na porta do quarto onde se encontra a garota desacordada, Alby e Chuck discutem os próximos passos. Na mesma hora, Thomas está sozinho parado diante da porta de número 07. Parece com medo do que possa estar por vir, confuso com o caminhar de suas relações ali dentro. Ele então se vira para voltar a sede, e se depara com Gally parado atrás dele.

- “Está pensativo...”

Thomas permanece em silêncio. O sol está se pondo, o vento fica mais forte e frio. O rapaz não sabe o que dizer.

- “Quero que saiba que não falei para ninguém sobre ontem a noite.”

Thomas por um instante pareceu querer falar algo, espontaneamente. Mas apenas olhou, inexpressivo, mas fixamente para Gally. Parecia buscar alguma coisa, uma pista de sinceridade, de sentimentalismo, qualquer coisa. Mas se frustra, e segue de volta ao encontro dos demais.

- “Ei...!” – diz Gally, impressionado com a frieza de Thomas, que para seu caminhar e olha para trás. – “... Deixa pra lá...”

Thomas finalmente consegue concluir seu retorno. Chuck se aproxima dele, assustado, inquieto.

- “Thomas onde esteve? Você deveria estar com a gente, coisas estão acontecendo por aqui.”

- “Ela acordou?”

- “Não.”

- “Chuck eu conheço ela. Eu sonho com ela quase todas as noites.”

- “O quê? Como assim? Que sonhos são esses?”

- “É confuso. Estamos com roupas brancas, sempre muito próximos, olhando um pro outro. Mas eu não consigo lembrar de muita coisa.”

- “Thomas deveria contar para o Alby. Quer dizer, você deveria estar lá para caso ela acordasse.”

- “Chuck... Tô com medo.” – diz Thomas, com olhos lacrimejantes. – “E se eu estiver fazendo alguma coisa errada? Por que tudo isso está acontecendo? Todos parecem desconfiar de mim. E eu também não sei mais em quem confiar.”

- “Calma, Thomas. Eu confio em você, não pode duvidar disso. Precisa se acalmar e esperar ver o que acontece.”

Nesse momento um clareano os interrompe e diz que o Alby quer todos no refeitório para uma reunião.

No local, todos da Clareira estão reunidos com exceção de Newt, que ficou de olho na garota junto com um dos enfermeiros.

- “Bom, acho que não é surpresa para ninguém que algumas coisas devem mudar por aqui com a chegada de uma garota. Há três que eu vivo aqui, e há três anos que eu não via uma garota...”

- “Como se alguém aqui sentisse falta...” – diz Gally, enquanto alguns garotos riem.

- “Não tem graça, rapaz. Não é hora de fazer piadas. É hora de mudar algumas coisas por aqui. Devemos respeito a presença dela, portanto a partir desse momento, esse tipo de piada e qualquer demonstração de intimidade entre nós garotos deve ser evitada.”

Para a surpresa de Alby, um silêncio permanece, e a sensação de que todos ali estavam de acordo.

- “Você não precisava perder esse tempo, meu chapa.” – diz Gally para Alby, deixando todos espantados.

- “O quê? E por acaso você tem alguma ideia diferente, Gally.”

- “Quero dizer que o pessoal aqui já tinha sido informado disso. Eu mesmo tive essa ideia, e conversei com meu pessoal.”

- “Seu pessoal?” – diz Alby, aproximando-se de Gally.

- “Quando ela subiu na caixa... Foi quando tiramos essa conclusão. E onde você estava mesmo...? Ah, dando corridas no labirinto. Deixando o pessoal que você diz que lidera a mercê de um pirralho gordinho que está aqui há apenas dois meses.”

- “O quê? Você sabia do motivo de irmos para o labirinto. E eu deixei o segundo em comando para trás com as devidas instruções. Newt!”

- “O Newt estava ocupado demais. Brincando de casinha. Passou a manhã inteira naquela lagoa abandonada. Mas quer saber, Alby, você parece esconder algo... Tanta coisa acontecendo tão rápido. Não parou para pensar que desde que o Thomas subiu naquela caixa, as coisas andam saindo do controle. Tudo estava perfeitamente bem antes dele dar as caras por aqui.”

Thomas parece nervoso. Muitos o encaram nesse momento, aumentando a sensação de desconfiança dentro dele.

- “Já chega Galileu! A reunião está encerrada.” – grita Alby, fazendo todos se dispersarem do refeitório.

- “Eu esperava mais do líder da Clareira. Todos esperavam...” – diz Gally, em tom de deboche.

- “Você sempre quis dar as ordens por aqui. Sempre esteve contra tudo que eu achava que era melhor para todos. Felizmente você nunca teve voz, não é? E se as coisas estavam tão perfeitas como você disse, deveria me agradecer.”

Alby dá as costas para Gally, que está aparentemente satisfeito. O líder da Clareira parece inseguro, como há tempos não se sentia. Ele caminha em direção a mata, a caminho da lagoa, parece precisar de um tempo a sós com seus pensamentos.

Do lado de fora, Thomas e Chuck se dirigem para a sede. Chegando lá, encontram Newt e Minho aparentemente tendo uma discussão, mas que é interrompida com a chegada deles. Minho sai rapidamente em direção a mata, parece também querer um tempo sozinho.

- “Ela dorme tão calmamente.” – diz Newt, como se nada tivesse acabado de acontecer.

- “Pessoal eu acho que deveríamos dormir.” – diz Chuck.

- “Vocês podem ir se quiserem, eu me encarrego de ficar aqui com ela. Eu sei onde o Alby está, e ele provavelmente não vai voltar hoje.”

- “Bom, eu vou indo nessa. Thomas você vem?”

- “Eu já vou indo, pode ir na frente.”

Thomas não parece considerar a ideia de dormir no momento.

- “Newt, cadê o Alby?”

- “Deve estar pensando a beira da lagoa, encarando a porta da casa onde ele morou por muito tempo.”

- “Era você não era? Você morava com ele. Eu fiz as contas, quando eu cheguei aqui o Alby completava exatos 3 anos de Clareira, o primeiro a chegar aqui. Eu fui o 36°, mas pelo que eu sei só 3 morreram nesse tempo todo que vivem aqui, e o Alby não ficou viúvo.”

- “Você pensa demais, e não enxerga o óbvio. Só houve um momento até o dia de hoje em que o Alby se sentiu sem o controle da situação. E foi a mesma pessoa que causou isso tudo.”

- “Então se não era você... Como eu pude deixar passar isso. Ele me perguntou no labirinto, perguntou como tinha sido a noite...”

- “A noite? Que noite? Não me diga que você e o... Gally.”

Thomas nunca esteve tão impressionado. Como ele pode deixar escapar essa para o Newt. Ao mesmo tempo, ele deixava de ser tão esperto quanto todos achavam que ele era. Realmente algo estava mexendo com ele nos últimos tempos.

- “Thomas você transou com ele? Quer dizer, ele claramente não é muito querido por aqui.”

- “Não esperava um julgamento seu. E pelo que eu sei, a turma que ele parece liderar é a maioria.”

- “Thomas, eles foram os primeiros aqui. Albert e Galileu. Em menos de um mês já estavam juntos, Alby era completamente apaixonado. Quando eu cheguei, eles viviam naquela casa. A lagoa em sua época mais bela, flores e uma tocha linda que durante as noites a tudo iluminava.”

- “E quando foi que tudo mudou?”

- “Alguns meses depois, numa época de muita chuva, eles precisavam dar duro para manter as coisas em ordem. Dois meninos estavam a beira da morte, picada de cobra. A colheita não florescia. Alby passou tempo demais longe de casa. Certo dia ele pegou o Gally dando uns amassos em outro garoto no meio da mata. Eu vi sangue, parecia que iam se matar... Alby o expulsou de casa, ficou morando lá sozinho. Nessa época o Minho e o Ben tinham acabado de se mudar pra lá. Gally fez a cabeça de muitos garotos por aqui, começou a pegar um a um, promovia orgias, eu fui um dos poucos a não cair na conversa dele... É, Thomas, eu e o Gally nunca tivemos nada.”

- “Você deixou ele no comando hoje. Deixou o Chuck sozinho com eles. Ele entregou você na reunião.”

- “É, eu tô sabendo. Mas já está tarde, está na hora de irmos dormir. Você pode ficar também se quiser, eu já vi você dormindo naquela rede, achei que pudesse estar sonhando com uma cama de verdade.”

Foi quando Thomas olhou para trás, dali de onde estavam, sentados em uma das camas. Quase se esqueceu da garota que dormia, mas por um momento questionou que em que tipo de sonho ela estaria.



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