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História VILLAIN todoroki s. - Ni


Escrita por: deIacours

Capítulo 2 - Ni


SHINSO HITOSHI ESTAVA COMEÇANDO A se acostumar com a frequência que era chamado na delegacia. Depois do Festival Esportivo, onde sua individualidade foi mostrada a todos, era comum o rapaz ser chamado para ajudar nos interrogatórios, em casos que nem mesmo os métodos dos policiais funcionavam. Sentia-se feliz por finalmente ter seu poder reconhecido para algo heroico.

Mas aquela era a primeira vez em que Todoroki Shouto, o meio-fogo e meio-gelo da classe 1A, o acompanhava, e o rapaz se perguntava como ele poderia ajudar naquela situação, já que sua individualidade não era ideal para interrogatórios.

Assim que entraram na sala, meia hora após o chamado e ainda vestindo seus uniformes da Yuuei, Aizawa-sensei e Naomasa Tsukauchi, o detetive, se viraram para receber os dois alunos.

— Desculpe chamá-los assim, Todoroki, Shinso. — o sensei murmurou, os braços cruzados em uma postura séria poucas vezes presente no homem.

— Sem problemas. — o garoto de cabelos roxos respondeu, recebendo um aceno em concordância de Todoroki. — O que temos hoje?

Só então seus olhos focaram na garota atrás do vidro, onde Aizawa e o detetive antes observavam.

Sua aparência estava bem escassa, como se há tempos não tomasse um bom banho. As olheiras escuras embaixo de seus olhos se destacavam em sua pele porcelana e retratavam suas noites mal dormidas, mas nada disso a fazia menos bonita, nem tiravam a delicadeza que seu rosto carregava.

— Por que estou aqui, sensei? — Todoroki perguntou, falando pela primeira vez desde que entraram na sala.

Tsukauchi suspirou, voltando a encarar a garota.

— Nós a capturamos durante uma ronda noturna, e desde então ela estava sendo mantida no presídio. — começou. — Temos provas suficientes para acreditar que ela fazia parte da Liga dos Vilões, então decidimos interrogá-la para ver se conseguimos alguma pista sobre o sequestro do jovem Bakugou, em casos assim, qualquer mínima informação é útil.

Os mais novos assentiram, e o Aizawa completou.

— Tudo que ela disse desde que chegou aqui, é que tinha um acordo a propor, mas só falaria com você, Todoroki. — todos na sala encararam o garoto, que arqueou a sobrancelha sem entender. — Você consegue pensar em alguma possível ligação entre vocês?

— É a primeira vez que a vejo, sensei. — respondeu sincero. Foi a vez de Aizawa assentir.

— Primeiro tentaremos com você, Shinso-san. — o detetive informou, vendo o rapaz concordar. — Se ainda assim não der certo, você entra em ação, Todoroki-san.

— Sei que é muito pedir que fale com ela, ainda mais por estar se recuperando do acampamento, mas consegue fazer isso, Todoroki? — perguntou Aizawa, encarando-o.

O bicolor não precisou pensar muito para acenar positivamente. Queria fazer o que estivesse ao seu alcance para salvar o colega de sala, afinal, era isso que heróis faziam.

— Seja mais esperto que ela, Shinso. — o sensei aconselhou, antes do rapaz entrar na sala.

Assim que passou pela porta, a garota o encarou em expectativa, logo mudando a expressão para uma mal-humorada, quando viu que não era quem esperava. O rapaz manteve sua expressão de tédio quando caminhou até a cadeira de frente para ela, se sentando.

— Eu disse Todoroki Shouto, Eraser Head. — resmungou a garota, abrindo um sorriso sarcástico. — Não vou cair nesses truques baratos.

— Por que falar com Todoroki? — perguntou.

Izanami o encarou de cima a baixo, semicerrando seus olhos e analisando qualquer mínimo movimento do garoto. Sentiu-se aliviada quando concluiu que os policiais e heróis não tinham muita informação sobre si, caso contrário, não teriam mandado o rapaz.

Por fim, se recostou de novo em sua cadeira, voltando a expressão entediada de antes.

— Certo, qual sua ligação com a Liga dos Vilões? — tentou novamente, sem obter nenhuma resposta. Assim como todas as outras tentativas que se seguiram, tudo o que o rapaz recebia era o silêncio.

Do lado de fora, a situação preocupava aqueles que observavam.

— Como ela pode resistir a individualidade de Shinso dessa forma? — perguntou Todoroki, surpreso pela garota não ter dito uma palavra sequer, mesmo com as provocações do rapaz.

— Talvez ela tenha conhecimento de como funciona. — Aizawa suspirou. — Teremos que pedir para Todoroki entrar, Tsukauchi-san.

Para Aizawa, pedir para Shinso participar de um caso como aquele era gastar tempo. De fato a individualidade do rapaz era útil em interrogatórios, mas Izanami parecia saber muito mais do que eles pensavam, e eles, em contrapartida, não sabiam quase nada a respeito da garota.

— Qual a individualidade dela? — Todoroki voltou a perguntar.

— Não temos nenhum registro no banco de dados do governo em nome de Izanami que bata com suas características. — o detetive suspirou. — Os policiais estão usando uma foto dela para procurar, então não sabemos quando encontraremos mais informações ou se encontraremos.

— Ela praticamente... não existe. — o garoto arqueou a sobrancelha.

— Achamos que ela use uma identidade falsa sim. — soltando mais um suspiro, o homem apertou um botão na sua frente. — Shinso, por favor, venha.

O garoto prontamente obedeceu, se retirando da sala.

— Me desculpem. — coçou a nuca, parecendo nervoso.

— Mesmo assim, obrigado pela ajuda, Shinso-san. — agradeceu o policial.

— Não é muito útil, mas a forma como ela me estudou significa que sabia como minha individualidade funcionava, porém duvido muito que tenha me assistido no Festival Esportivo.

— O que quer dizer então?

— Controle mental é uma individualidade sensitiva, não sei direito como funciona, mas sempre reconhecemos um dos nossos.

— “Um dos nossos”? — Aizawa arqueou a sobrancelha. — Você acha que ela possuí uma uma individualidade igual a sua?

— Uma derivação, talvez. — concordou o garoto.

Todos encararam a garota novamente, que mantinha seu olhar em suas mãos, ainda parecendo entediada.

— O que faremos, Tsukauchi-san? — perguntou o sensei.

— Todoroki-san... — o detetive respirou fundo, cruzando os braços sem desviar o olhar do vidro. — Estou contando com você. 



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