Steve Rogers, A.K.A. Captain America (Capitão América)
Localização atual: Complexo dos Avengers (Vingadores)
O voo de retorno para casa foi tranquilo. Daisy, Rhodes, Pepper, Jessica e Everett ajudaram bastante no resgate do inumano Lucas no Rio de Janeiro e todos dormiam agora na parte de trás do Quinjet, incluindo o garoto resgatado, que quis vir conosco, pois já era tarde da noite. Conversei bastante para ter a certeza de que o rapaz realmente estava determinado a ajudar, assim como pedi naquela transmissão para o mundo todo. Às minhas vistas, ele é um jovem de bom coração, totalmente perdido agora após Thanos e sua dizimação.
Estávamos em um voo noturno, já sobre território norte-americano e nos aproximando do Complexo dos Avengers (Vingadores), em alguns minutos chegaríamos lá. Então, Pepper se aproxima e senta no banco do copiloto, sem sua armadura e com os cabelos ruivos presos em um rabo de cavalo.
- Problemas para dormir? - Perguntei, ativando o piloto automático e virando o banco para olhá-la diretamente.
- Tony não sai da minha mente, não sei onde e nem como está... Nem sei ao menos se ele ainda está... - Ela começa a dizer.
- Não pense assim. - Cortei sua fala, percebendo onde chegaria.
- Mas você concorda com esse receio? - Os olhos dela estavam marejados, olhando para o chão de nuvens abaixo do Quinjet.
- Nós simplesmente não sabemos o que aconteceu com ele. Não podemos supor.
- Agora me diga, Steve... O que VOCÊ acha que aconteceu com ele? - Ela põe um dedo no meu peito, dando ênfase na sua pergunta.
Só consegui olhar para baixo, afinal eu não sabia o que dizer.
- Desculpe, eu consigo perceber que você não está bem e ainda assim fui insensível. - Ela põe uma mão sobre meu ombro, bem mais calma. - Daremos nosso melhor pelo que Tony acredita.
Ela se levanta e volta para a parte traseira da nave.
Em minutos, o grande "A" do Complexo é visto lá embaixo e a sequência de pouso é iniciada. Logo, um pequeno grupo aparece a beira do hangar para recepcionar quem estava chegando. Abaixei a rampa do Quinjet e peguei meu escudo, prendendo-o às costas do uniforme. Parei de frente para Lucas, que coçava os olhos, acordando do sono pesado durante o longo voo.
- Preparado? - Tentei parecer confiante ao inspirar liderança, mas aquela insegurança acometia em peso.
- Bom, eu nunca nem tinha saído do Brasil até então... - Ele dá de ombros.
- Vai ser tranquilo, você só está conhecendo Os Heróis Mais Poderosos da Terra. - Rhodes passa com sua armadura logo ao lado, com uma rápida mão no ombro dele.
Após sairmos, vimos o comitê de boas-vindas formado por Thor, Rocket, Bruce, Melinda May e uma mulher nova na situação. Essa tinha cabelos loiros e longos, usando roupas casuais assim como os outros. Cumprimentei todos com um aperto de mão, terminando por ela.
- Acho que não nos conhecemos. - Olhei bem em seus olhos quando apertei sua mão, ela tinha uma postura bem correta, em um tipo militar. - Deixe eu me apresentar. Já me conhece como Captain America (Capitão América), mas pode me chamar pelo nome: Steve, Steve Rogers. Capitão do Exército Estadunidense no centésimo sétimo batalhão na Segunda Grande Guerra.
- Olá, Capitão Rogers. - Ela sorri. - Fui general da Aeronáutica Estadunidense, Carol Denvers. Mas o nome de heroína fica por conta de Captain Marvel (Capitã Marvel) mesmo.
- Thor, qual a situação? - Virei para ele, enquanto todos rumávamos para dentro.
- Estamos com problemas, Steve. Carol e eu estávamos com Tony e uma aliada robótica do Rocket... Passamos por uma arena com um ser todo-poderoso que poderá vir atrás de nós, pois fugimos todos após arruinar seus planos. Pegamos um artefato dele chamado Cubo Cósmico, que nos trouxe de volta, mas Tony e a outra mulher não caíram aqui. Estão perdidos pelo espaço.
- Saber que Tony está vivo já me alivia. - Suspirei.
Pepper, ao ouvir isso, apenas abraça Thor e agradece em voz baixa, retirando-se para seus aposentos conjuntos com Stark no Complexo.
- Mas não relaxe ainda. - Ele diz, assim que chegamos na sala de reuniões, de onde era possível ver que uma batalha intensa havia destruído muitos aparatos do laboratório. - O Cubo Cósmico é um artefato poderoso. Ele controla a mente de quem não for poderoso o suficiente para empunhá-lo, ou seja, não se deve tocar com mãos nuas. Stark e uma nova aliada que lhe apresentarei mais tarde tocaram e ficaram incontroláveis contra nós, tivemos de derrotá-los para que retomassem suas consciências. Porém, o grande problema esteve aqui.
Thor me conduz até o laboratório, com Rocket e Banner na cola. O resto do grupo permanece na sala de reuniões.
- Estes dois amigos nossos estavam conseguindo criar um novo Vision (Visão) a partir do que encontraram de Wakanda. - Thor explica.
- Invadimos os sistemas da tal Shuri, a irmã do rei. Ela tinha feita um backup da mente do andróide de vocês. - Rocket complementa, cruzando os braços. - Utilizamos o corpo original para imbutir a nova inteligência artificial sem a parte da Jóia da Mente.
- Acontece que a nova IA parce ter reagido com o poder do Cubo, acordando uma consciência totalmente nova, que deixou um aviso estranho antes de sumir com o artefato. - Banner diz, acionando uma tela holográfica e iniciando um vídeo das câmeras de vigilância.
Ele aproxima a imagem e vejo um Vision (Visão) totalmente esbranquiçado enfrentando um Thor de roupas casuais. O asgardiano grunhia tentando suportar a imensa e súbita força extra do andróide. Então, Vision (Visão) profere as seguintes palavras:
- Irei levá-lo e repassar uma mensagem que atravessa o Cosmos, uma antiga profecia dos confins do universo. - Sua voz estava bem diferente do habitual, enquanto o mesmo retirava aos poucos o machado de Thor encravado em seu ombro. - Preste atenção ao filho dos mares, ele pode ser o fator de salvação ou destruição. Porém as respostas que busca são muito diminutas, diferente da grandiosidade com a qual as trata. E por fim, oito serão os vencedores do Embate Infinito.
Thor faz uma pergunta, confuso, mas é jogado para o lado junto com seu machado, enquanto Vision (Visão) alcança o Cubo isolado em uma câmara de contenção. Um brilho amarelo voa na direção do andróide, mas ele abre um portal e some com o Cubo. Quando o brilho passa, percebo que Carol estava no meio do mesmo. Então, o vídeo acaba.
- O que faremos? - Thor pergunta, impaciente.
- Sinceramente, pela primeira vez, eu não sei. - Respondi, apoiando as duas mãos na bancada a frente.
- Como assim não sabe? Você é o líder do grupo, Rogers! Seu dever é saber o que fazer e nos comandar! Que tipo de líder não saber fazer tal coisa? - Thor avança vociferando e crescendo para cima de mim, fazendo-me recuar alguns passos.
- Acho melhor você se acalmar. - Carol aparece, puxando Thor pelo ombro para longe de mim.
- Já estamos sem Stark, agora vamos ficar sem nossa liderança também? Não acha isso um pouco excessivo numa situação de caos? - Ele grita com Danvers também.
- Você está nervoso por se sentir impotente, eu entendo. Mas, de forma figurada, lançar raios em todos ao redor só aumenta a confusão. Veja como Steve está calmo, pensativo. Está avaliando as duas palavras, sua capacidade e seu conhecimento da situação. Ele é como seu escudo, defensivo. Então controle sua tempestade para a hora correta.
As palavras da Captain Marvel (Capitã Marvel) fizeram efeito em acalmar Thor, pelo menos por enquanto. Eu ainda tinha muito o que pensar. Nosso grupo acabou de ganhar adições, mas a gravidade e quantidade dos problemas também. Conseguia sentir meus batimentos cardíacos acelerando, a tensão em meu corpo aumentava. Eis que Banner para na minha frente, então respiro para o responder.
- Steve. A Nat já está de volta. Ela pediu pra te avisar quando você voltasse, ela trouxe Clint, mas ele parece estar em um pesado luto só agora. - Ele ri, nervoso e entrelaçando as mãos. - Nós conversamos e entramos em um consenso: nosso antigo lance se foi, seguimos e mudamos de página. Três anos de distância nos mudaram bastante. Mas mesmo assim, agradeço pelo apoio que me deu naquela época.
- Amigos servem para isso. - Estendi a mão com um sorriso de canto leve.
Ele sorri e aperta a minha também.
- Bom, se me dá licença, tenho um grande trabalho a fazer. - ele gesticula apontando pro laboratório.
- Certo. Vou até Natasha então. Ela está no quarto de sempre?
- Sim.
Então, segui o caminho pelo Complexo até o quarto dela, com as mãos apoiadas na fivela do cinto.
Thanos, o Titã Louco, portador da Manopla do Infinito
Localização atual: Nidavelir, forjas asgardianas
Após o surto de poder destrutivo, fui arremessado contra uma das enormes máquinas da forja com uma força descomunal. Fui obrigado a utilizar o poder das Jóias para curar os ferimentos do meu corpo, todos eles. Então, levantei novamente com fôlego completo.
- Thane, meu filho, não me obrigue a enfrentá-lo. - Argumentei.
- Cala a sua bocaaaaaa!!! - O jovem da Nova Corps ao lado de Thane envolve seu corpo de uma aura de poder azulada e parte para cima com uma velocidade impressionante. A única reação que consegui ter foi acionar a Jóia do Poder e criar uma barreira de proteção entre nós. Mesmo assim, a pressão era tanta que o joguei para o lado para não ser arrastado. - Desgraçado!
O jovem volta com sua velocidade impressionante, energizando a mão para um soco. Apenas abri um portal na sua frente, o qual ele não conseguiu parar antes e atravessou. Apenas ouve-se o som de seu golpe destruindo algo do outro lado da enorme forja. Imediatamente, Thane salta, com sua mão de poder escuro brilhando mais que a de poder âmbar. Rebati o primeiro golpe, seguido de um chute giratório seu, ao qual dei passo para trás. Então, ele salta para frente, avançando com sua mão escura à frente se novo. Consegui pisar na minha espada de duas lâminas e trazê-la para a mão com o pisão a tempo de me defender com a mesma. Eu segurava a espada firmemente, enquanto meu filho biológico forçava seu poder contra minha lâmina.
- Filho, eu... - Tentei dizer, mas o berro do jovem Nova se aproximando me interrompe.
Girei a lâmina, lançando Thane para trás a tempo de me defender do Nova. Consegui agarrar sua cabeça antes que ele me golpeasse e o joguei ao chão, acertando um chute que o fez colidir contra uma pilastra com força.
- Stark, Nebula (Nebulosa)! É hora de vocês! - Gritei aos dois, que apenas haviam se retraído em um canto. Ambos não demonstraram vontade de se mover, então utilizei o poder da Jóia da Mente para controlá-los, já que não quiseram me ouvir.
O Nova lança diversas esferas de energia sucessivas em um curto período de tempo. Girei a espada na frente, defendendo-me de todas. O jovem vinha voando na minha direção mais uma vez, apenas ergui a lâmina a cima da cabeça e o golpeei para o chão com força. Sua aura de poder impediu que ele fosse cortado, mas ainda assim deve ter doído a potência do meu golpe. Infelizmente, esqueci como Thane é esguio. Ele me flanqueia e ataca por trás com um disparo do seu poder escuro. Os efeitos negativos daquilo fizeram todo o meu corpo doer e ficar inerte em dormência por uns segundos. Foi o suficiente para que meu filho criasse um construto (objeto de energia) da sua mão com poder âmbar. Um machado talha um corte em minha costas e me lança ao chão, metros de distância de onde eu estava antes. Os dois jovens covergem para me matar no chão, porém os efeitos do controle mental sobre Stark e Nebula (Nebulosa) finalmente entram em vigor: os dois me defendem no momento exato, o terráqueo com sua armadura e minha filha com seus bastões.
Stark logo produz dois canhões enormes de energia em seus braços e libera tanta energia que teria pulverizado um ser normal, mas não o meu filho. Enquanto isso, Nebula (Nebulosa) tenta uma imobilização para cima do Nova. Quando a forte energia de Stark cessa, vejo que Thane havia se defendido com perfeição do ataque com mais um construto: um sólido escudo de sua energia âmbar. Ele aponta a palma da mão escura para o Iron Man (Homem de Ferro) e atira, lançando-o longe e destruindo sua armadura quase que por completo, o que significa que Stark ficaria de fora até que sua nanotecnologia reconstruísse sua armadura. Por outro lado, Nebula (Nebulosa) obteve sucesso ao imobilizar o jovem sobrevivente de Xandar.
- Ouça-me, Thane. - Utilizei o poder da Jóia do Espaço para conter os movimentos de meu filho. - Há algo maior em jogo no momento.
- Sim, e você se acha o salvador, mas a ameaça de verdade é você. É tudo culpa sua. - Thane cospe as palavras de maneira fria e cruel. - Nunca achei que eu sentiria vontade de matar meu próprio pai algum dia.
- Filho, estou tentando impedir que o universo entre em ruína. Depois do que fiz, outra ameaça surgiu e seu poder atravessa as barreiras do nosso universo.
- Ele está certo, isso tudo é culpa sua. - Stark se levanta, eu havia esquecido dele e liberado seu controle de forma inconsciente. Sua armadura já reconstruída, mas ele fez questão de deixar seu rosto de fora para falar. - Sua ganância de poder levou o universo a te responder. Essa pergunta chegou à altura.
- Então, já sabem o que é? - Olhei para ambos.
Os dois afirmam.
- Então, ajudem e sejam parte das forças do meu exército. Juntos, podemos parar o que vem por aí. - Dividi os olhares entre ambos. Eram dois aliados que fariam toda a diferença: Thane por ser meu filho e ser muito poderoso, Stark por poder trazer todos os Avengers (Vingadores) junto e com sua inteligência.
- Toda essa bagunça só está acontecendo por culpa sua. Se você morrer, tudo acaba e então poderemos desfazer suas atrocidades. - Thane diz, utilizando sua mão escura para se libertar.
- Não façam isso. - Thane e Stark ficam lado a lado, parecendo prontos para me enfrentarem juntos.
- Tudo voltará a ser como era antes. - Stark diz, fechando o capacete de sua armadura.
Steve Rogers, A.K.A. Captain America (Capitão América)
Localização atual: alojamentos do Complexo dos Avengers (Vingadores)
Após um banho para limpar o corpo e a mente da missão de resgate, finalmente rumei para o quarto de Natasha. Obviamente, bati à porta e esperei resposta. Sem demoras, ela aparece, pondo a cabeça para fora apenas.
- Oi? Ah, Steve! - Ela sorri ao me reconhecer.
- Oi, Nat. Fiquei sabendo que voltou com Clint e vim o mais rápido que pude. Disseram que queria falar comigo.
- Claro, pode entrar.
Ela se põe atrás da porta abrindo espaço para que eu entrasse. Logo, andei até a cama e sentei, notando que ela ainda estava com o corpo molhado enrolado em uma toalha. Então, anda até o banheiro e começa a pentear os cabelos tingidos de loiro.
- Então, pode contar. Como foi sua missão com o garoto? - Ela pergunta de lá.
- Bom, tudo correu bem. Tivemos uma luta contra ele, onde Daisy e o garoto destruíram um pouco a cidade, incluindo parte do estádio de futebol famoso do Rio de Janeiro. Ela também é muito poderosa. - Respondi, olhando para os detalhes no quarto.
- Ainda bem que tudo foi fácil. Como se resolveu?
- Trouxemos o garoto conosco. Ele estava perdido pelo mundo, pois sua família, sabe... acho que não preciso dizer. - Entrelacei as mãos, impaciente.
- Sim, não precisa. - Durante alguns segundos, ela faz silêncio, até quebrá-lo de novo. - Pode contar comigo se precisar de alguém para treinar o novo recruta.
- Os métodos da Sala Vermelha não são um pouco pesados demais? - Ri um pouco da minha própria piada com o passado de Black Widow (Viúva Negra) dela.
- Se eu, como humana normal, aguentei; um inumano não aguentaria? - Natasha olha para trás, sorrindo.
- Tem razão. - Afirmei com um aceno de cabeça. Mais alguns segundos de silêncio, o qual fui eu a quebrar dessa vez. - Trouxe Clint de volta, não foi?
- Sim, foi feia a situação. - Ela diz no momento em que começa a passar um creme hidratante pelas pernas, apoiada no vaso sanitário. Desviei o olhar para não ferir sua privacidade. - Justin Hammer estava por lá.
- Aquele concorrente da Stark Industries? Voltou a ser problema? Esses caras não se cansam... - Suspirei. - O dinheiro é a perdição desse novo século.
- Realmente, garoto de 1945. - Natasha ri. - Diferente da sua época, não estamos mais em guerra contra outros países.
Não me contive e acabei rindo junto por alguns segundos, mas logo minha melhor amiga se recompõe na seriedade novamente.
- Clint está bem abalado. Após dar um banho nele, consegui fazer com que comesse algo e parasse para uma noite de sono tranquila em uma cama decente. O submundo do crime de todo o planeta já pôs a cabeça nele a prêmio, o único lugar seguro para ele atualmente é aqui. A fazenda foi queimada por alga máfia... quando ele souber... - Natasha suspira de forma triste.
Um minuto de silêncio permaneceu, enquanto minha mente vagava para a antiga fazenda de Clint. Era tão cheia de vida, com sua mulher e seus filhos, a natureza simplificando a alma de um homem afundado em um antro de espionagem e mortes... Ele realmente precisa de um suporte para aguentar a virada que sua vida acabou de dar.
Natasha sai do banheiro segurando sua toalha pela frente do corpo e se senta logo ao meu lado, de costas para mim. Então, vejo em sua mão uma pomada analgésica, a qual ela estende para mim.
- Pode passar em mim, por favor? - Ela segura os cabelos para que as costas fiquem livres e eu pego o tubo de pomada.
Notei os diversos hematomas que ela tinha pelo corpo, sua pele branco cheia de marcas arroxeadas, desde pequenas a grandes, leves ou pesadas. Apenas comecei a massagear suas costas lentamente, sentindo vez ou outra seu corpo de retesar de dor.
- Fiquei sabendo que se tornou um galã e tanto, Steve. - Ela quebra o silêncio mais uma vez. - Os rumores dizem que você e Daisy tiveram uma noite daquelas no clima tropical.
- Uhm... Natasha, eu... - A questão foi uma surpresa tão grande que parei de massagear com a pomada.
- Não precisa me explicar nada. - Ela ri de mim. - Algo casual às vezes acontece, e não é nenhum pecado, Senhor Certinho.
- Não me parece tão correto... - Voltei a massagear suas costas.
- Você às vezes é tão bobo, Steve Rogers... - Ela ri mais um pouco.
Daí para frente, o assunto pairou à minha mente. Afinal, o que Natasha quis dizer com aquilo?
Ela levanta e parte para o banheiro novamente, dessa vez para por alguma roupa. Quando volta, já arrumada, para na minha frente.
- Precisamos bolar alguma estratégia para agir daqui para frente, com a equipe. Estamos com pessoal novo e uma parte dos antigos. Conseguiremos fazer grandes feitos se nos empenharmos, mas para isso... - Ela termina com uma mão na cintura.
- Não sei se posso, Nat. Eu... - Comecei, mas perdi a fala.
- Para, você é um ótimo homem. - Ela ajeita as golas do meu casaco. - Só está com o coração doendo, desconfiado de si mesmo. Só que nós sabemos tudo o que você pode fazer, seu potencial é enorme, assim como seu coração.
- Nat...
- Cala a boca, seu idiota, tem uma mulher te elogiando.
E antes que eu dissesse mais algo, ela me puxa pela nuca e me beija de forma intensa. Minhas mãos instintivamente vão até sua cintura e a puxam para perto. Afinal, o que era isso que me fazia querer Natasha ainda mais perto? Minhas mãos sobem, passando por suas costas. Uma delas a agarra pela nuca, fazendo-a soltar um suspiro forte, enquanto ela passava as mãos pelos meus cabelos. Era uma sensação sem igual, como eu não sentia há muito tempo. Parecia que a parte de mim que foi deixada em 1945 finalmente havia sido descongelada.
O momento é interrompido, pois alguém abre a porta rápido.
- Nat... Ah, me desculpa! - Banner cobre os olhos e quase fecha a porta. - Eu... eu só vim avisar que precisamos de vocês urgente aqui. Um homem com um grupo chegou dizendo que conhece o Steve. Desculpa pela intromissão.
Ele fecha a porta atrás de si.
Natasha arruma os cabelos um pouco bagunçados, tentando disfarçar um sorriso no rosto, enquanto eu estava bem envergonhado agora, a ponto de enfiar as mãos nos bolsos.
- Você pode encarar isso da forma que quiser mais tarde. A porta do quarto sempre vai estar aberta pra você. - Ela se permite sorrir um pouco e passa um dedo pelos meus lábios.
Então, anda até a porta.
- Você vem, garoto tímido?
Apenas soltei uma risada e fui junto.
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