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História Meu 'V' é de Vingança (reescrita) - 22. "julgando um livro pela capa."


Escrita por: fetishcruel

Notas do Autor


hola buenas noches 😘❤

⚙ CAPÍTULO REVISADO/EDITADO em 08/01/2023.

Capítulo 2 - 22. "julgando um livro pela capa."


Capítulo 22:

"julgando um livro pela capa."

[denise]

Faltavam poucos minutos para o término das aulas do dia. Estávamos na aula de biologia, com a professora que havia entrado no fim do ano passado para substituir o Rubens depois de todo aquele escândalo dele com a Magali. A professora Larissa era super simpática e divertida, além de também adorar uma boa fofoca, assim como eu. Logo quando ela chegou, quando nossa turma ainda estava no segundo ano, comecei a conversar com ela e, em pouquíssimo tempo, viramos BFFs. Ela havia se tornado minha professora favorita e eu tinha certeza que eu também era uma de suas alunas favoritas.

Penha continuava atrás de mim e de Magali na carteira, reclamando de coisas completamente fúteis. Magali estava de prova que eu estava por um fio de perder minha paciência. 

Falando nessas duas, aquele tapa que a Magali deu na Penha no intervalo tinha sido hilário. Eu esperava que aquilo acontecesse outras vezes, precisava registrar ao menos uma foto para postar no meu blog — que agora era apenas meu, já que a Carmem tinha decidido abandonar nosso esquema.

Magali não cansa de ser lendária mesmo, eu pensei.

— Meus queridos alunos, vocês estão livres de mim por hoje! — a professora disse, não demorando para que os primeiros alunos começassem a levantar de seus lugares. — Não esqueçam do seminário sobre genética que eu passei na aula passada! Já é para quinta-feira!

Logo, todos os cavalos — ops, estudantes — já tinham deixado a sala, junto da própria professora, que soprou um beijo para o nosso grupo e Penha, os únicos que estavam ali, antes de ir embora, nos deixando sozinhos.

— O que os alunos dessa espelunca fazem no horário integral? Ficam fazendo apostas sujas e usando drogas? — Penha se manifestou, com seu tom de voz arrogante e prepotente de sempre.

— Não, Penha. Nós temos atividades extracurriculares esse ano aqui, como aulas de dança, música, teatro, esportes, enfim, muitas coisas. Esse ano a escola disponibilizou inúmeras atividades para nós, alunos, tem de sobra. — Magali disse pacientemente. — Você pode escolher o que fazer.

— Onde fica a sala de teatro? Essa parece ser a atividade menos deplorável no meio desse covil de animais silvestres! — Penha grunhiu. Eu encarei-a irritada e ela retribuiu o olhar.

— Você fez a inscrição? — Magali perguntou e Penha negou com a cabeça. — Tem que fazer a inscrição, é o óbvio. Mas, acho que o seu limitado cérebro não deve funcionar muito bem, já foi completamente corrompido por futilidades e coisas banais. 

Não pude evitar rir alto da cara de raiva que a Penha fez após aquela fala de Magali, assim como os garotos. A patricinha apenas se virou e saiu andando, irritada, nos deixou rindo para trás.

— Magali, você é simplesmente fodástica! — eu disse e a abracei de lado.

— Vocês viram a cara que ela fez? — Do Contra comentou, rindo. — Foi sensacional.

— Obrigada, pessoal. — Magali riu, enquanto estufava o peito, orgulhosa. — Enfim, tchau, meninos, eu e Denise vamos pra sala de teatro! Nos vemos depois!

Após todos nós nos despedirmos, Cebola virou-se para o corredor onde ficava a sala de informática, Cascão desceu até o térreo para ir em direção ao ginásio e Do Contra o acompanhou, a fim de ir embora da escola. Ele era o único do grupo a não fazer nenhuma atividade extracurricular; ao invés disso, havia optado por arrumar um emprego. Mas, não era uma surpresa para nenhum de nós, Do Contra continuava sendo o Do Contra, a única diferença era que agora fazia parte de um grupinho. 

Eu até tinha tentado convencê-lo a entrar no clube de música, já que sabia que ele gostava desse mundo — e como eu sabia? Bom, digamos que Do Contra e eu tínhamos nos aproximado bastante e tivéssemos nos tornado grandes amigos, mesmo que parecesse surpreendente. Ele até pareceu considerar aquela proposta, mas no fim decidiu começar a trabalhar mesmo, alegando que ao menos ele estaria ganhando uma graninha. Fiquei triste, mas fazer o que, né?

Afastei meus devaneios e segui Magali para o auditório, onde tínhamos as reuniões do clube de teatro, não sem antes entrelaçar nossas mãos.

(...)

— Os ensaios estão excelentes! — exclamei. — Eu, como diretora da peça, estou muito orgulhosa de você, Magá! — sorri em direção à Magali, que sorriu com a língua entre os dentes.

— Obrigada, diretora. — ela respondeu sensualmente. — Fico feliz que tenha gostado.

A garota começou a se aproximar de mim e fechou os olhos, enquanto eu fazia o mesmo. Começamos a nos beijar suavemente e de forma lenta, apenas aproveitando o contato de nossos lábios unidos. Beijar a Magali era uma dádiva, parecia que só ficava melhor a cada dia. Eu estava completamente viciada, não tinha como negar.

— Ora, ora, Denise e Magali... Por essa eu não esperava! — nós duas nos afastamos, assustadas, vendo Penha se aproximar aos poucos, com sua pose corriqueira de patricinha metida. Fala sério, essa garota não vai deixar a gente em paz nunca?, pensei. — Pelo visto, as coisas por aqui mudaram mesmo…

— Sim, mudaram. Mas, a minha tolerância com você não vai mudar nunca, afinal, nunca nem chegou a existir. — Magali praticamente cuspiu aquelas palavras. — Agora vaza daqui, garota, ninguém te convidou.

— Calma aí, ma chérie! Eu faço parte do clube de teatro agora! — Penha revelou, sorridente. Eu e Magali reviramos os olhos. — Vim aqui atrás da diretora. É uma de vocês duas? — ela perguntou, claramente desdenhosa. [tradução: minha querida]

— Sou eu. — respondi, desinteressada. — O que você quer? Estou ocupada parabenizando a minha atriz principal, não 'tá vendo? — Magali sorriu para mim. 

— Vim aqui justamente por isso: quero ser a atriz principal dessa pecinha mixuruca! Ser figurante não está no meu portfólio. — ela disse, presunçosa. 

— Hm, eu sei o que você quer que eu diga, Penha. Quer que eu olhe pra você e fale "oh, sim, você é a minha mais nova atriz principal, Penhinha linda e maravilhosa", não é? — Penha assentiu, cínica. — Pois, infelizmente, não vai rolar. Quem sabe numa próxima? — sorri, sarcástica. — Tchauzinho!

Segurei a mão de Magali e já estávamos quase indo embora do auditório, quando a voz de Penha surgiu atrás de nós novamente:

— Sério, Denise? Está me trocando assim na cara dura? 

Virei para ela e a encarei, confusa.

— Do que você 'tá falando, sua doente? — perguntei. 

— Do nosso beijo no banheiro. Não se lembra mais? — seu tom de voz era manipulador. — Não se lembra de como você me puxou pela cintura e me deu um beijo no banheiro hoje mais cedo? — ao terminar de falar aquilo, ela fitou Magali e, na mesma hora, eu tive certeza que ela estava apelando para o seu tão conhecido "olhar do desprezo" para convencer Magali de que aquilo tinha sido real.

— 'Tá ficando maluca, Penha? Quem me beijou foi você! Você que me puxou, contra a minha vontade, aliás. — a empurrei para que parasse de manter contato visual com Magali, que apenas abaixou a cabeça.

— Está tentando nos negar? Não se lembra mais da sua festa de quinze anos? Quando você me beijou pela primeira vez e prometeu que faríamos aquilo mais vezes? — Penha fingiu tristeza. — Pois eu me lembro muito bem até hoje de como você me segurou e me beijou incrivelmente bem...

Filha da puta!

— Eu 'tava bêbada naquela festa! — eu disse e encarei Penha, enojada. Empurrei-a novamente. — Mas, foda-se, o que importa é que quem me beijou hoje no banheiro mais cedo foi você! Você que me puxou sem o meu consentimento! Mentirosa de merda!

Penha apenas sorriu, vitoriosa, e me puxou para mais um beijo, que eu acabei cedendo sem querer. Não demorou nem dez segundos para eu empurrá-la uma terceira vez, extremamente enfurecida.

— Fique despreocupada, ma chérie. Sua namoradinha já saiu correndo faz tempo, podemos aproveitar tranquilamente… — Penha sorriu, maliciosa, enquanto ainda me encarava. Eu tinha sorte que era a única que não cedia ao seu olhar maligno.

Olhei em volta e, dito e certo: Magali não estava mais lá. 

Droga!

Virei de costas para ela e saí correndo do auditório da escola o mais rápido que conseguia, batendo a porta do mesmo com toda a força que tinha dentro de mim, com um único objetivo em mente: encontrar a Magali o mais rápido possível.

[magali]

Saí da escola e segui caminho para a minha casa pisando firme no chão e espumando de ódio, ao mesmo tempo que sentia vontade de chorar. E, para falar a verdade, não fazia ideia do porquê estava daquele jeito. Estava bem claro desde o início que entre mim e Denise não existia nada além de um lance casual. Eu era apenas uma ficante para ela e me sentia envergonhada de estar daquela forma. Eu era ingênua se achava que conseguiria mesmo ter algo sério com Denise.

A minha vontade era de matá-las, tanto ela quanto Penha, mas precisava me controlar. 

Quando entrei em casa, fui direto para o andar de cima e me tranquei no meu quarto, nem me dando ao trabalho de cumprimentar meu pai, que devia estar se arrumando para ir trabalhar naquele horário. Me joguei na cama e peguei minha agenda dentro da mochila, começando a conferir minhas obrigações para o dia seguinte numa tentativa de esquecer aquilo que Penha havia falado.

Ok, amanhã tem aquela atividade pontuada de geografia que o professor passou semana passada e… — joguei a agenda em qualquer lugar do quarto e fechei os olhos, levando minhas mãos até eles. — Aquele trabalho em dupla com a Denise de português!

Em um impulso nervoso, peguei meu travesseiro e comecei a socá-lo repetidas vezes. Eu estava estressada e magoada, precisava descontar todos aqueles sentimentos ruins em algo que não possuísse vida e nem sentisse dor e o meu pobre travesseiro parecia ser o que mais se encaixava naquela descrição.

Magali? — virei na direção da porta do quarto, de onde aquela voz vinha, levemente assustada. Eu conhecia aquela voz. Corri até a porta e destranquei-a, sendo pega de surpresa por duas pessoas conhecidas. — Oi, sumida! A gente 'tava com saudade de tu.

Era Fernanda, ao lado de Felipe. Sorri desacreditada ao vê-los e os abracei ao mesmo tempo, empolgada.

Que saudade de vocês! — exclamei. — O que 'cês 'tão fazendo aqui? 

— A gente se mudou pra cá. — Felipe anunciou, me deixando extremamente animada. — Como esse ano já é o último ano da Fernanda, mainha achou que seria melhor a gente vir pra cá pra tentar entrar na Universidade do Limoeiro! É o meu sonho entrar nela e da Fernanda também, então mainha deixou a gente vir. A gente 'tá morando na casa de uma tia aqui pertinho. Daí a Fer vai tentar entrar lá esse ano e ano que vem vai ser minha vez!

 — Ai, meu Deus, mentira! — abracei-os novamente. — Não 'tô acreditando nisso! Só pode ser um sonho!

— Não é sonho, fofa! — Fernanda soprou um beijo. — 'Tamo' aqui em carne e osso. Felipe mais osso que carne, mas ainda assim. — eu ri, enquanto Felipe a repreendia com o olhar.

— Nossa, 'tô muito feliz com essa notícia! Pode ter certeza que vou fazer de tudo pra você ficar na minha sala, Fer! — falei, dando pulinhos extremamente constrangedores. — Uma pena você ainda estar no segundo, Lipe, se não eu faria de tudo pra você ficar lá também…

— Não tem problema, Magá. Eu sobrevivo sem vocês. — ele riu.

— Vocês vão adorar minha turma! Não vejo a hora de apresentar vocês, sério! — eu disse.

— A gente também quer conhecer eles, saber o que eles têm de tão especial pra te fazer abandonar a gente. — Fernanda disse. — E eu 'tô brincando, antes que tu leve a sério, 'tá? 

— 'Tá bom. — eu gargalhei. — Mas, vem cá, como o meu pai deixou vocês entrarem aqui?

— Eles me explicaram direitinho toda a situação, filha. — meu pai quem respondeu, entrando no quarto no mesmo instante. — Eles me disseram que te acolheram enquanto você 'tava… Longe daqui. Me mostraram fotos de vocês lá e tudo mais. Então, eu deixei eles ficarem até você chegar pra vocês poderem conversar.

— Ah, entendi. — minha expressão era de confusão. — Ouvindo atrás da porta, pai?

Err… — ele coçou a nuca, envergonhado. — Filha, você tem que entender que eu ainda estou preocupado com você! Você passou meses longe de mim, passou por muitos traumas antes de tudo. Eu me preocupo com você.

Eu estava pronta para retrucar, quando Felipe falou:

— Ele tem razão, Magali. 

Assenti com a cabeça, deixando para lá.

— Enfim, venham aqui vocês dois, preciso deixar vocês atualizados sobre tudo que rolou por aqui. Quero atualizações da vida de vocês também! — disse eu, puxando eles pelos braços para se sentarem na minha cama.

Passamos o resto da tarde batendo papo e conversando sobre trivialidades, até consegui me distrair um pouco e esquecer o ocorrido com Denise de mais cedo. Era bom tê-los ali, embora minha cabeça não parasse de pensar em como seria lidar com Felipe, Fernanda e Denise no mesmo lugar. Eu esperava que aqueles dois já tivessem me esquecido, ou que conhecessem alguma outra pessoa por aqui. 

Não posso deixar a vinda deles estragar nada.

[dia seguinte]

[cebola]

Já era terça-feira. Eu e outros alunos que se interessaram pelo clube de games — sim, a escola tinha criado um clube de games e eu não poderia estar mais feliz — estávamos ouvindo algumas instruções de Licurgo sobre uma espécie de torneio que a escola começaria a proporcionar a partir daquele ano.

Era interessante como, só porque aquele era o nosso último ano na escola, todas aquelas coisas boas estavam acontecendo.

Eu não podia negar que estava muito animado, fazia bastante tempo que eu não participava de algo relacionado à games. Meio que parei de participar de RPGs e todas aquelas coisas depois que fui expulso de casa, já que todos os meus "equipamentos" haviam ficado para trás e, como DC não gostava de jogar, não tinha nada que pudesse me ajudar em sua casa, malmente um notebook velho que ele não usava mais. Mas, eu estava ansioso para voltar àquele mundo, agora que a própria escola tinha aquele clube.

Hoje o dia tinha sido agitado e o principal dos motivos para isso havia sido a entrada de uma nova menina na nossa sala, uma tal de Fernanda. Magali nos apresentou ela e um outro menino que era uma série inferior a nós, o nome dele era Felipe. Segundo ela, eles quem tinham acolhido ela quando ela estava longe do bairro. Achei suspeito eles decidirem de uma hora para outra se mudarem para cá, ainda mais levando em conta que Magali parecia tão surpresa quanto nós. Tinha que confessar que não tinha ido muito com a cara dos dois e esperava que eles não quisessem se juntar ao nosso "grupinho". 

Por azar, o tal do Felipe optou por também entrar no clube de games, então, eu teria que ver bastante a cara dele.

Licurgo — que naquele ano tinha virado nosso diretor, por incrível que pudesse parecer — deixou a sala de informática, enquanto cada um de nós íamos para um computador diferente. Pelo que entendi, antes de começar a boiar e pensar em um monte de baboseiras enquanto ele explicava tudo, teríamos que treinar como um time para competir com os alunos da outra escola do Limoeiro, a Mercedes de Almeida, uma escola particular que só tinha mimadinhos e almofadinhas.

Isso vai ser moleza!

O torneio basicamente seria um jogo de RPG onde cada um dos jogadores teria que assumir um papel e, juntos, tentaríamos invadir o império inimigo, que teria os mesmos papéis e objetivos que nós. Basicamente, teríamos que treinar para conseguir matar os adversários até chegar ao rei, que também teríamos que derrotar. Eu estava bastante empolgado, já que aquele era exatamente o tipo de jogo que eu gostava.

— Seguinte, galera, a gente tem que montar uma estratégia. Sem estratégia, a gente tem mais chances de perder, e nenhum de nós quer isso! — eu assumi a liderança, ganhando a atenção dos demais. Meio que estavam todos esperando que eu fizesse aquilo, já que, modéstia à parte, eu era muito bom em jogos de RPG e todo mundo sabia disso. — Seria uma boa a gente se dividir em quatro mini grupinhos para treinar: os combatentes e defensores da equipe A e os combatentes e defensores da equipe B. Seria melhor quatro e não apenas dois grupinhos porque daí a equipe B serviria meio que pra gente simular o jogo do pessoal da outra escola e todos nós sabemos que precisamos estar preparados para tudo! Os combatentes de ambas as equipes iriam tentar invadir o império adversário, enquanto os defensores iriam defender as suas respectivas bases da equipe alheia. Assim a gente treina defesa e ataque ao mesmo tempo e podemos ficar sussa. Entenderam? — todos assentiram. — Acho que por hoje a gente pode só montar nossos avatares, que tal? 

Um burburinho começou na sala, até uma voz se sobressair das demais:

— E por que a gente tem que seguir as suas instruções? — perguntou um garoto qualquer do primeiro ano. — Você nem deve saber jogar RPG, deve ficar chupando a rola do seu namoradinho o dia inteiro. Me recuso a ser comandado por um viadinho!

Eu fitei o garoto, enfurecido, fechando meu punho automaticamente. Meu sangue começava a ferver e, se ele falasse mais alguma merda, eu iria dar um belo de um soco na cara daquele moleque. 

— E o que uma coisa tem a ver com a outra? Não é por que ele namora um garoto que ele não saiba jogar ou seja inferior a alguém aqui. — o tal do Felipe rebateu, me pegando totalmente de surpresa. — Isso é ridículo! Tu não vai a lugar nenhum sendo preconceituoso desse jeito!

— Sem contar que o Cebola manda muito bem em RPG, todo mundo sabe disso. Você devia procurar se informar antes de falar. — disse uma outra menina cujo nome eu também não sabia. Minha fama 'tá boa, hein? Pra uma menina que eu nunca troquei uma palavra sequer estar me elogiando, pensei.

— Obrigado! — sorri em agradecimento, estufando o peito. Encarei o pirralho que falou aquilo de mim com desprezo. — Tem mais alguma coisa a acrescentar ou só mais asneira?

— Tenho! — ele levantou da cadeira que estava e veio em minha direção. — Já falei que não vou aceitar ser liderado por um viadinho de bosta! Então sai daqui antes que eu te quebre inteiro na porrada!

Encarei ele raivosamente, embora estivesse com um pouco de medo. Mesmo que o menino fosse de duas séries abaixo da minha, ele era mais alto e parecia ser mais forte. Continuei sem falar nada, até que alguém o puxou com força e segurou-o pela gola da camiseta, de repente.

Era Felipe. Ok, ele está me defendendo de novo.

— Ele vai liderar sim! Eu posso ter acabado de entrar na escola e não saber como ele joga, mas pela opinião de todos aqui ele é um bom jogador, se vacilar até o melhor! E com certeza é mil vezes melhor que tu! — disse ele. — Então, se não quer ser liderado pelo Cebola só por ele namorar outro cara, vaza! Ninguém aqui vai sentir falta de você!

— Eu não vou sair. — rebateu.

— Quem concorda que esse fulaninho desconhecido deveria ir embora do nosso time, levanta a mão. — Mandy, uma garota de cabelos vermelhos do terceiro C, disse e levantou a mão, sendo acompanhada por todos da sala. Segurei a vontade de rir vendo a cara de irritação do dito cujo, enquanto Felipe o soltava. 

— Vai embora daqui, meu chapa. Esse baitolinha aqui que 'tá falando com você pelo menos é conhecido e querido, diferente de você. — sorri arrogante, empurrando-o contra a parede. O garoto se limitou apenas a sair da sala, pisando firme no chão. — Obrigado por me defender, cara. — sorri sem mostrar os dentes para Felipe e apertei sua mão. 

— Não tem de quê! — ele sorriu. Não vou mentir que, olhando-o de perto, Felipe era até que bem bonito. Mas, é óbvio que o meu namorado é muito mais.

— Enfim, galera, tivemos esse inconveniente, mas acho que agora sim a gente pode voltar ao foco! Montem seus avatares e quais posições querem assumir.  — sorri, maldoso. — E eu, logicamente, serei o rei!

Sentei-me em uma cadeira afastado dos outros, perto de um dos computadores. Eu olhava para o resto da turma, que conversavam animadamente uns com os outros, enquanto montavam seus avatares. Encarei Felipe ao longe que, assim como eu, também estava sozinho. Eu não sabia direito o porquê, mas mesmo que ele tivesse me defendido daquele outro garoto, ainda sentia algo estranho vindo dele, não sabia explicar.

Talvez eu estivesse apenas julgando um livro pela capa. Ou talvez ele realmente não fosse confiável. Eu realmente não tinha a mínima ideia.

[continua] 


Notas Finais


olha eu caraio

sim, o felipe e a fernanda voltaram. será que vai ter confusão com a denise? será que eles vão ser bonzinhos como eram na primeira temporada ou vão voltar uns ranços??

essa última cena gente, só pra deixar claro, não vai pesar na fic, ok?? ou seja, esse nojentinho homofobico não vai mudar em nada na fic, provavelmente nem vai aparecer mais. coloquei só pra """apresentar o felipe""" de novo. será que ele pode ser um novo empecilho na vida do dc e do cebola???

só o futuro dirá.......

e quem quer que a penha morra respira. acabou de chegar e já tá causando pras nossas divas e lindas magali e dedê, onde se viu????

OBRIGADA PELOS 22 FAVORITOS AAAAAA. com apenas um capítulo e 4 dias de lançamento, já temos 22 pessoas favoritando.

estoy muy felizita ❤


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