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História Vingança? - Acerto de Contas


Escrita por: vingancafanfic

Capítulo 64 - Acerto de Contas


B r u n o

- Do que você está falando? - minha boca secou em alerta.

- Acho que você não soube, mas... Saí com o Gutierrez durante um tempo...- Kendra abaixou a cabeça.

- Eu soube. O próprio entrou aqui em casa e fez questão de contar. 

Vi no rosto dela a vergonha estampada.

- O quê?! - agora Kendra estava incrédula. - Ele não tinha esse direito!

Bufei.

- Sem querer ser chato nem nada, mas...

- Ah, claro. A informação. - ela tentou se recompor. - Bem, Gutierrez vem se comunicando com algum mafioso/traficante desde quando estávamos juntos. Creio que desde quando fomos ao Rio.

- Sério? 

Não quis falar que o tal mafioso era o pai da Melissa. Isso não interessa a Kendra. Preciso saber até onde ela tem conhecimento.

- Pedro vivia no telefone, e um dia eu consegui ouvir a conversa. Bruno, acho que o cara que ele vem se comunicando é... - ela hesitou.

- Fala logo, Kendra.

- É o pai da Melissa. Paul Travis. Pedro sempre tomou muito cuidado, mas você me conhece... Quando acho que tem algo errado eu...

- Eu sei... - confirmei, balançando a cabeça. 

Não sei como eu e Kendra conseguimos manter um relacionamento por tanto tempo. Nós somos muito diferentes, mas durante o período que tentamos, posso dizer que deu certo. Sua atitude de ter vindo aqui me contar sem nem saber da missa a metade também me deixou impressionado.

- Obrigado por ter vindo até aqui me contar. - falei, sincero.

- Bruno, toma cuidado. Ele é perigoso. - Kendra se aproximou. - Cuidado com a Melissa também. Pelo menos até você saber até onde ela está envolvida nisso tudo. 

Espera. 

Até onde eu sei, Kendra não conheceu o pai da Melissa. Eu nunca mencionei Paul em sua presença. 

Encarei Kendra e resolvi levá-la até o escritório. Assim que fechei a porta do cômodo, Kendra perguntou o que eu estava fazendo.

- O que estou fazendo? - perguntei, sarcástico. - Kendra, só tem nós dois aqui. Pode me contar o que você realmente veio fazer na minha casa. 

Ela ficou pálida, e as mãos começaram a tremer.

- Bru...

Dois brutamontes adentraram o recinto e me deram um empurrão, pegando Kendra pelo braço em seguida.

- Soltem ela! - gritei.

- BRUNO... - Kendra tentava se soltar. - ELES QUEREM MATAR VOCÊS DOIS BRUNO! O PAUL...

- SOLTEM ELA! - berrei dessa vez, tentando libertá-lá dos dois.

Levei um soco que me fez voar no chão. De lá, pude ver Kendra me olhando com olhos tristes, enquanto me pedia desculpas por alguma coisa que eu ainda não sei muito bem o que é. 

Assim que os caras saíram, Collins apareceu.

- SENHOR HERNANDEZ! - ela prontamente veio me ajudar.

- Tá tudo bem, Collins. - me recompus. - Kendra tentou vir aqui me contar algo, mas eu desconfiei. E do nada os seguranças vieram atrás dela. Kendra não terminou de me dizer o que queria. - falei, enquanto tocava meu machucado.

- Vou pegar gelo. - Collins falou, saindo pela porta em seguida. 

Preciso aguentar as pontas até Melissa chegar. Será que Kendra veio até aqui de caso pensado?

 M e l i s s a

- E você ainda tem coragem de desviar do assunto! Pai, você me ajudou quando estive em Albany! Você me deu conselhos e de repente... Parece feliz por meu casamento não ter dado certo! O que...foi que eu perdi?!

- Você teve a cara de pau de aparecer em Albany assumindo toda a culpa, quando na verdade o seu EX MARIDO tinha te feito de idiota! Como um pai poderia reagir bem a isso?!

- O assunto era meu. EU iria resolver. - me defendi.

- Ah, ia? COMO? Nem sobre a gravidez você tinha contado ainda.

- Eu iria contar! - falei. - Só precisava de tempo. E não de você se intrometendo.

- Tarde demais. Já me intrometi. E vou continuar.

- Como assim...? - perguntei, incrédula.

- Gutierrez ter entrado no seu caminho? Fui eu me intrometendo, Melissa.

- V-você o quê?! - tossi de nervoso.

- Bruno ter abandonado você no avião? Eu de novo

Minha ânsia de vômito está piorando.

- Eu comando sua vida desde o dia em que você resolveu ir pra Las Vegas. Gutierrez sempre foi meus olhos quando eu não estava por perto.

- O-o que..?! - de repente o restaurante me pareceu apertado, sufocante.

- Eu tenho meus métodos. Não venha me dizer que você realmente achou que eu ficaria em Albany completamente inerte do que acontecia com você em Vegas. Por favor. - meu pai revirou os olhos.

- Mas...

- Me entendi com Pedro quando descobri que ele te batia. Mas ele é um ótimo guarda costas. Daqueles bem fiéis. - riu, tomando um gole do champanhe que jazia na taça do Gutierrez. - Ele é útil. - me encarou. 

- Preciso saber o que... O que aconteceu comigo naquele avião..? - meus olhos ousaram marejar. 

Meu pai olhou torto pra mim, e de relance, olhou para os seguranças que o seguiam. - Gostaria muito de continuar conversando meu anjinho, mas seu namorado está se aproximando. Creio que devo deixa-los a sós. 

Dito isto, ele se levantou, deixando um bolo de dinheiro em cima da mesa. Me deu um último sorriso e já ia saindo, quando segurei sua mão.

- Pai, por favor... Me diz, o que aconteceu lá no Rio? Você teve ajuda do Gutierrez? - apertei sua mão. - Seja sincero comigo! Pelo menos uma vez! 

Ele suspirou. - Já que você está pedindo sinceridade... - se apoiou na mesa. - Fui até o Rio para te impedir de voltar pra aquele anão metido a besta. - sorriu maleficamente. - E deixei meu recadinho diversas vezes naquela cara. O proibi de chegar perto de você. E sinceramente? 

Engoli em seco.

- Eu teria matado o Bruno se não fosse por você. Sei que iria sofrer demais. E também por causa da criança. Satisfeita?

Sem esperar uma reação minha, me deu as costas.

- Acho bom você ir morar com Pedro, odiaria saber que Bruno sofreu um acidente... - me olhou de relance, indo em direção à saída. 

Meu batimento cardíaco está a mil. 

Gutierrez se aproximou logo depois. Tentei me recompor, mas acho que falhei.

- Tá tudo bem? 

Me desvencilhei dele e pedindo licença, fui até o banheiro. 

Mal cheguei na cabine, esvaziei todo o meu estômago. Estou com uma ânsia que não passa. Achei que seria fácil, mas está complicado fingir. 

Olhei pro meu mini gravador nas minhas mãos. Rebobinei toda a conversa que tive com meu pai momentos atrás. 

Isso deve bastar pra polícia levá-lo para a cadeia... E deixá-lo apodrecendo por lá. 

Claro, isso significa que eu também irei. Afinal, estou usando um documento falso e fiz coisas nas quais me arrependo. Mas quero começar do zero com Bruno. Sei que ele irá me esperar.

Voltei a mesa e Gutierrez parecia estranho.

- Não estou me sentindo muito bem, me leva de volta? - pedi, sem muitos rodeios.

- Claro. - respondeu, um tanto confuso.

(...)

No trajeto, um silêncio arrebatador nos atingiu.

- Você está muito estranha desde a conversa com seu pai. - Pedro começou, tentando quebrar o gelo.

- Eu pedi pra ele ser sincero. Estou digerindo as informações. - respondi, simplesmente. 

Estávamos adentrando a garagem da mansão do Bruno.

- Eu não sou idiota. Sei que você ainda ama o Bruno. Mas eu vou te fazer feliz, Melissa. Você e Malia. Vão ter tudo o que quiserem, não faltará nada pras duas! Não precisa ter medo de mim!

- Já te falei que nós vamos tentar, hm? - lhe dei um selinho rápido, pois a última coisa que quero é que Bruno veja. - Nos vemos?

- Amanhã. Sem falta.

Saí do carro e tomei um susto ao entrar na sala. 

Meu pai está segurando Malia. 

Collins e Bruno estão sentados, um de costas pro outro; os punhos amarrados. 

Não vejo Tânia em lugar nenhum, mas aparentemente todos os funcionários também estão sendo feito de reféns. Espera... Aquela ali amarrada é a Kendra?!

- Olha ela aí! - ouvi sua voz dizer. - Não faz tanto tempo assim que nós vimos, não é? 

Malia ao me ver começou a me querer e consequentemente a chorar.

- Me devolve a minha filha! - consegui dizer.

- Sabe, aquela nossa conversa de mais cedo? Então, me fez pensar um pouquinho...

- Me DEVOLVE A MINHA FILHA!

- Você me fez dizer tudo! - riu, sarcástico. - Eu quero a gravação.

- Que gravação, VOCÊ ENLOUQUECEU?! - falei, tentando não surtar e confirmar suas suspeitas. 

Ouvi o engatilhar de uma arma atrás de mim.

- Dê logo a maldita gravação, Melissa. - ouvi a voz do Gutierrez dizer. 

Me virei e ainda não consigo acreditar.

- Não me obrigue a atirar em você. - falou, o dedo no gatilho.

- Você acabou de dizer que me amava. Disse que não era pra eu ter medo de VOCÊ!! - comecei a me descontrolar. - SEU DESGRAÇADO! QUER SABER A VERDADE?! - bufei, pegando no cano da arma e pondo em minha testa. - Se você tiver que me matar, fará isso AGORA. PORQUE EU NUNCA VOU SENTIR POR VOCÊ O QUE EU SINTO PELO BRUNO! Minha boca está com o gosto ruim do seu beijo até agora. Eu tenho NOJO de você! NOJO

Gutierrez me olhou nos olhos e não disse nada.

- EU NÃO VOU DAR A GRAVAÇÃO. - olhei pra Bruno. - Eu amo você! Me desculpa por ter transformado a sua vida num inferno. - voltei meu olhar para Gutierrez. - Vai. - minha respiração está acelerada. - Atira

Ele não moveu um músculo.

- Atira! ATIRA SEU MERDA INFELIZ!!

Um estrondo seco ecoou pela sala.


Notas Finais


VOLTEEEEEEEEEEEEEEI hahahaha
Já pedindo desculpas pelo sumiço. A carga de trabalho aumentou e tive que esperar as férias pra poder postar.
Como ja vinha falando com vocês ao longo do ano que passou, a fic já está em seus momentos finais. Então, vamos vivendo um capítulo por vez, ok? hahahaha
Espero que tenham tido um natal e um ano novo maravilhosos!
Continuem comigo!
xoxo
Rafa


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