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História Violett - Soldado quebrado


Escrita por: Lua1837

Notas do Autor


Hey!

> perdão pelos erros ortográficos e pontuação

Boa
Leitura 💟

Capítulo 11 - Soldado quebrado


Fanfic / Fanfiction Violett - Soldado quebrado

James

Antes

- E ai , James. -- Tyler grita do outro lado do furgão. -- Tem cigarro?

- Tenho. -- tateio os dedos pelo meu uniforme até achar o primeiro maço de cigarro. O pego e Tyler coloca na boca pegando um isqueiro de seu bolso , ele o acende na boca e o traga . Ele solta o ar e a fumaça vem até mim , bufo. Tyler sabe que não devia fumar aqui , já é horrível de respirar e ele ainda insiste em tornar esse lugar difícil de se estar.

Ao meu lado estava Alec , ele olhava uma foto de sua mulher e sua filha. Ele havia se casado a três anos , sua filha tinha apenas um ano de idade e tinha muito pouco contato com o pai.

- Não se preucupe. Vai ve-las novamente. -- digo.

Ele sorri e guarda a foto.

- Eu espero. Ela mal consegue me chamar de pai , eu sou um estranho para ela. -- ele diz.

- Ela tem um ano , não deve falar mais que cinco palavras. -- ele ri de canto. O furgão para e todos nos preparamos para sair . As portas se abrem e saimos , Tyler joga o maço de cigarro no chão e pisa , todos prestam atenção no lugar precisávamos estar a tempo.

O lugar todo era quente . Ate o vento desse lugar era abafado , sem nenhum sinal de brisa fresca. Me sentia num formo , trancado sem ter para onde correr porque sabia que o calor não mudaria. Na verdade , ia piorar.

Sempre piora.

Um forte som alto assusta a todos e me preparo para oque esta por vir.

- É um ataque!

Agora


- James , esta prestando atenção? -- Alfredo fala me chamando. Ele segurava os contratos nas mãos, eu estava aqui por pura obrigação, era para mim estar dormindo ou bebendo sentado no sofá vendo algum jogo ou sei la. Qualquer coisa seria melhor do que estar aqui.

- Sim , estou. -- eu não estava. Eu estava longe , tão longe que nem sabia como havia chegado aqui.

- Não, você não esta . Se ficar assim nas reuniões teremos problemas. -- ele se levanta e anda ate a prateleira de livros. Baboseira, ele nunca os leu , sua visão é horrível mesmo com os óculos ele não consegue ler as palavras pequenas.

- Eu nem devia estar nas reuniões, você é o dono. Eu nem trabalho aqui. -- me levanto bufando.

- Porque não quer. Eu ja lhe ofereci um trilhão de vezes , era para você esta levando os negócios da família como Will.

- É, mas não estou. Então por favor, na próxima vez que me acordar para me obrigar a vir para esse lugar eu juro que desligo na sua cara e mando se fuder. -- ele diz algo que não escuto. Abro a porta e saiu o deixando sozinho. Se eu ficasse por mais um segundo , iria surtar . Ficar perto dele era como um gatilho para meu odio e raiva , eu tenho um bom auto-controle , mas ele se perde ao ter o primeiro contato com Alfredo.

Vou ao terceiro andar ate a sala numero 45 , não havia ninguém para me barrar então entrei sem avisos.

- Oque vocês estão fazendo? -- pergunto ao ver Benny e Tália recolhendo vários papéis no chão. -- Parece que passou um furacão nesse lugar .

- Quase isso. -- diz Tália. -- Invadiram o escritório, James.

- Como assim ? Tentaram roubar algo?

- Sim, tentaram roubar os documentos do projeto ultravioleta. -- franzo o cenho os ajudando a tirar os papéis do chão. -- Não conseguiram , esta num cofre e parecem que só procuraram nos armários e nos computadores.

- Mas graças ao meu super talento com computadores tanto o meu quanto da Tália estão bem protegidos de seja lá quem tente os invadir. -- Benny fala sorrindo.

- Convencido. -- Tália bufa.

Ao arrumamos tudo começamos a conversar sobre a invasão. Tália disse que as câmeras não capturaram nada e nem os alarmes, ninguém sabe quem esteve aqui , mas seja lá quem tentou invadir se deu mal pois Benny colocou um ótimo sistema de proteção nas coisas dessa sala. No fim Tália pediu para que eu fique com os documentos do projeto ultravioleta, seu pai havia deixado com ela antes de entrar em coma. Eles explicam como mais ou menos funciona os corpos da suas ex "cobaias".

Pensamos em melhorar a proteção da minha casa também. Benny iria lá para fazer um cofre seguro o suficiente para que ninguém o abra com facilidade. Eu já havia decidido morar aqui , se voltasse para Los Angeles ficaria sozinho vivendo de fast foods e comidas enlatadas. Aqui pelo menos eu podia ver minha irmã mais vezes e comer da sua comida que é incrivelmente boa. Aqui sem dúvida era o lugar que me parecia certo estar.

Essa invasão no escritório de Tália e Benny só me fez pensar mais sobre meu passado. A cada dia me convencia que Victor Vancov não esta morto, talvez a sensação de medo constante seja por tudo que passei ou seja meu corpo querendo a prova concreta de que ele esta realmente morto.

Depois de todos esses anos eu ainda sinto a mesma raiva queimando. A mesma coisa que me fazia enxergar vermelho, e perder parte da sanidade que ainda me restava. Era como me sentir de volta ao inferno. E acredite se existe um, era a cela em que cresci. Não importa quanto tempo ou dinheiro eu gaste com psicólogos, psiquiatras e todo esse meio , no fim eu me via onde havia começado. Na mesma merda. É um ciclo sem fim.

Não vejo Violett des que ela pagou minha fiança . Ela devia estar brava. Não a culpo , eu devia ter tido o mínimo de paciência com ela , afinal ela era a unica que me ajudaria. Jennie não estava na lista de opções, ela me encheria de sermões e em pouco tempo toda família saberia transformando minha vida num inferno .

Entro em meu carro e procuro pelo meu celular. Não o acho. Quando penso em sair do carro e procura-lo pelos lugares em que estive , vejo Tália vim em minha direção.

- Esqueceu seu celular no escritório. -- ela me devolve o objeto e suspura. -- James, quanto tempo faz que você não vê o Ferraz?

- A quase um ano. -- digo.

- Des do velório dela , não é? -- assinto -- Talvez faça bem a você ve-lo , ele também adoraria o ver.

- Obrigado por trazer meu celular , Tália. -- fecho a porta e a vejo suspirar. Ligo o carro e saiu pelas ruas a deixando. Ela provavelmente tinha razão, mas eu tento afastar qualquer sinal de saudades ou falta dela que possa me deixar num estado vulnerável, novamente.

Jennie pega o último copo da mesa e o coloca na pia. Ela diz que levaria depois ,pois acabara de fazer as unhas e não as estragaria. Ela senta-se a minha frente no banco alto da bancada e coloca as mãos sobre a mesa certificando-se que não havia estragado nada. Ela sorri ao ver que estavam intactas , ela puxa o aparelho das minhas mãos e o coloca ao seu lado.

- Não venha para a minha casa para comer da minha comida e para mexer no telefone. -- ela faz uma cara de brava e riu de sua tentativa.

- Desculpa.

- Então porque decidiu morar em São Francisco de vez? Tudo isso por causa da Violett?

- Não. Sim. Talvez . Eu não sei , eu gosto daqui , e gosto de estar com ela , tenho os bares com meus amigos e tenho você. Em Los Angeles eu estaria sozinho.

- Pensei que gostasse de estar sozinho. -- ela diz.

- Eu gosto , mas estar sempre sozinho faz com que eu perca o resto da minha sanidade .

- E também tem uma certa garota com nome de flor que lhe interessa muito. -- ela sorri esperançosa.

Acho que Jennie tem tanto medo que eu morra sozinho e armagurado que empurra qualquer pessoa que ela considere qualificada para cima de mim , ela já armou muitos encontros onde ela esta com seu marido e convida uma amiga para me impressionar e no fim ela espera ser madrinha de casamento. Não preciso nem dizer o quanto ela falhou.

- Sim , se você quer mesmo ouvir isso então, sim! Violett é interessante. -- digo em rendição. Ela sorri e bate palmas exageradamente . -- Não exagere.

- Como não? James , você não se envolve com ninguém a quase um ano . Eu me preucupo com você e o resto da sua vida , seja ela amorosa ou sexual. -- mexo a cabeça sorrindo .

- Olha Jennie, eu agradeço pela sua preocupação, mas eu posso muito bem cuidar da minha vida. -- ela revira os olhos -- Agora mudando de assunto, Tália acha que eu devia me reencontrar com o Ferraz .

- Ela esta certa. Vocês eram amigos , a morte dela não deveria mudar esse fato. Ambos sentem saudades dela e sei o carinho que tem por ele aasim como ele tem por você.

Conversamos por mais algumas horas , as conversas com minha irmã sempre eram longas e interessantes. Ela nunca permitia o silêncio então sempre tinhamos assunto . Bom , ela tinha , mas gostava de a escutar.

De alguma forma ela sempre conseguia voltar para o assunto Violett , esse nome parecia soar como uma dádiva de sua boca. Eu queria pedir desculpas para ela, ja havia pensado em ir a Star Seven e me desculpar pelo modo em que lhe tratei , duvido muito que seja um missão fácil, mas eu tinha de fazer algo.

Minha mente havia criado cenários perfeitos , eu chegaria ela viria em minha direção e teriamos uma conversa com café e chocolate quente. Mas isso era só na expectativa. Na realidade seria mais possível ela fugir de ter qualquer contato comigo por minimo que seja , e seria uma tentativa frustrante de um recomeço.

Me despeço de Jennie e entro em meu carro. Já havia ficado muito tempo com ela, e por mais que gostasse de sua presença eu gostava mais ainda de lugares amplos que me permitisse ver o céu. Uma das únicas coisas que me acalmaram.

Paro o carro no estacionamento na faculdade de Violett , tudo que minha cabeça disse para não fazer. Eu o fiz. A realidade me atingiu em cheio , assim que passei a analisar todos os alunos embusca de apenas uma em específico. Coloco os óculos escuros e abro a janela do carro , pego o cigarro e o acendo . Olho todas essas pessoas e me sinto velho entre o estilo dessas pessoas, calças largas , bonés e me paressem bem despojados e relaxados. Eu sou quase um velho perto deles. Vejo a garota de cabelos castanhos andar lentamente sobre o gramado verde , ela sempre parecia distante, distante o suficiente para algum dia fugir sem dar notícias a ninguém, e ela é esperta o bastante para nunca ser achada. Ela olha em volta analisando tudo e todos como sempre e seu olhar para ao me ver , ela enche seus pulmões e me encara sem tirar os olhos de mim.

Violett esta ali , parada a minha frente. Era um ato involuntário procurar por ela , eu a queria por perto , talvez pelo fato dela fazer com que eu me sinta humano. Começou como algo tão pequeno, com ver outra pessoa ao olha-la e agora eu a queria comigo e não aceitaria outra, apenas ela.

Ela vira o rosto bruscamente e volta a andar. Suspiro. Entro no carro e saiu daquele lugar , o tempo se preparava para chover, chuva estava virando rotina nos últimos dias. Paro o carro devagar ao ver a garota andar rapido para fugir da chuva . Abro a janela .

- Entra no carro. -- ela ignora e continua a andar -- Deixa de pirraça e entra.

- Muito obrigado , mas minha imunidade e otima não ficarei doente. -- agradeça ao projeto ultravioleta. -- E eu não preciso da sua ajuda e nem da sua falsa preocupação.

- Não interessa. Entra logo no carro. Esta chovendo e esta muito frio , olhe para você está tremendo . . -- ela para e suspira derrotada. Entra no carro e bufa.

Ela coloca o cinto e vira o rosto para a janela .

O caminho foi calmo e silencioso até seu prédio, ela pensa em sair , mas tranco o carro a impedindo.

- Só 5 minutos. -- peço.

- Esta bem.

- Saiba que foi muito difícil vir aqui e na sua faculdade, todos me olhavam como se eu fosse um velhote . Eu podia estar em casa assistindo a um jogo com cerveja e cigarro.

- Não pedi para vir.

Talvez eu devesse ter cido mais sutil. Eu não custumo pensar antes de falar e no fim sempre se torna um problema. Meu plano de me desculpar e ter uma conversa sensata com ela já não me parece uma opção.

- Na teoria seus 5 minutos já acabaram. -- ela diz. -- Olha eu deixei você em paz como pediu , e como você disse , não precisamos fingir que nos importamos sendo que isso é uma puta de uma mentira.

- Não, não é. Olha não espere um clichê vindo de mim , eu não sou um príncipe encantado . Eu não sou como uma daquelas pessoas da sua faculdade, mas eu gosto de estar com você. -- digo.

Ela tira o cinto e se inclina para mim.

- Eu não quero príncipe algum. Eu quero alguém real . Você é real , mas você dispensa qualquer tipo de contato que eu tente ter com você.

- Olha você pode me chamar de puto , desgraçado, filho da puta oque você quiser . Você esta certa. Mas, por favor , me de a chanche de estar perto .

Violett me olha e suspira.

- Isso significa que vou ter que deixar você entrar na minha vida , e isso pode resultar a um de nós sair machucado. Esta mesmo disposto a arriscar , soldado?

- Eu arrisco des da primeira vez que te vi.


Notas Finais


Obrigado por ler ✨


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